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Economia - é o estudo de como as pessoas e a sociedade escolhem o emprego de recursos

escassos, que podem ter usos alternativos, de forma a produzir vários bens e a distribuí-los para
consumo, agora e no futuro, entre as várias pessoas e grupos na sociedade.
Três Problemas da Organização económica
* Que bens produzir? (O quê) - qual a quantidade a produzir de cada um dos bens e serviços
possíveis, com o stock limitado que a sociedade dispõe de recursos e factores produtivos
* Como os produzir? (Como?) - levar a cabo uma escolha eficiente dos métodos produtivos
* Para quem os produzir (Para quem?) - refere-se à distribuição dos bens de consumo entre os
membros da sociedade
Bem económico – é todo e qualquer elemento apto à satisfação das necessidades económicas o
homem. Para determinado elemento ser considerado um bem económico tem de haver quatro
condições:
• Necessidade
• Objecto que satisfaça a necessidade
• Acessibilidade
• Raridade
Existem vários bens:
• Bens livres – obtidos sem esforço (ex: oxigénio)
• Bens materiais - têm existência física
• Bens imateriais – serviços que satisfazem as necessidades humanas
• Bens naturais – não implicam qualquer atividade humana (ex: água)
• Bens produzidos – resultam de uma acção do homem (ex: cadeira)
• Bens consumíveis – utilização faz com que deixem de existir (ex: alimentos)
• Bens duradouros – utilização não implica a sua destruição (ex: livros)
• Bens duráveis – conservam-se durante muito tempo sem deteriorações
• Bens perecíveis – estragam-se ao longo do tempo, não podendo ser armazenados por
muito tempo
• Bens substituíveis – fazem concorrência entre si, servindo com alternativa na satisfação
do consumo de um bem
• Bens sucedâneos – a substituição do bem não é perfeita, o bem substituto proporciona
um grau de satisfação inferior ao do bem substituído (ex: manteiga e margarina)
• Bens fungíveis – a substituição do bem é perfeita, sendo indiferente ao consumidor o
uso do bem a ou b (ex: exemplares da mesma edição)
• Bens complementares – têm que ser utilizados em conjunto para a satisfação de uma
necessidade. Podem ser de razão: absoluta, origem técnica (ex: carro e pneus), ou,
relativa, origem psicológica (ex: café e açúcar)
• Bens directos – o homem pode utilizar de forma imediata na satisfação das suas
necessidades, porque são naturalmente consumíveis (ex: fruta) ou porque concluíram o
processo productivo (ex: relógio)
• Bens indirectos – não são utilizáveis pelo homem de forma imediata, porque não
satisfazem nenhuma necessidade. Podem ser: potenciais, têm previamente que ser
transformados para poderem ser utilizados (ex: matérias-primas), ou, instrumentais,
servem para produzir outros bens (ex: ferramentas)
Necessidade económica – o homem dedica-se á actividade económica porque tem necessidade
de satisfazer as suas necessidades. Os elementos constitutivos das necessidades económicas
são:
• Estado de insatisfação
• Conhecimento de um meio para satisfazer a necessidade
• Acessibilidade desse meio
• Desejo de possuir esse meio
As necessidades podem ser primárias, a sua satisfação é indispensável, ou, secundárias, não
são essenciais à sobrevivência humana.
Utilidade económica – aptidão presumida de bens para satisfazer as necessidades económicas.
Resulta de um juízo de valor do consumidor, variando de pessoa para pessoa e de época para
época. Pode ser:
• Ponderada – exprime até que ponto é economicamente viável a produção ou obtenção
de um bem
• Total – conjunto de bens que podem ser utilizados na satisfação das necessidades,
qualquer bem a faz aumentar a utilidade total
• Marginal – última dose disponível de um bem para satisfação das necessidades, ou seja,
utilidade adicional obtida com a utilização de um bem
Mercantilismo - índice de riqueza das nações dado pela detenção de metais preciosos:
• Bulionista - tem por finalidade a proibição absoluta da saída dos metais precisosos,
quer em moeda que em barra
• Industrial - o fundamental era assegurar o saldo favorável da balança comercial: a
saída do ouro para comprar matérias-primas devia ser inferior á entrada do ouro
resultante das vendas no estrangeiro. Verifica-se uma forte intervenção do Estado na
economia.
• Comercial - baseado no desenvolvimento da actividade comercial, e semelhante ao
colbertismo, não se impondo ás importações desde que as exportações fossem
superiores.
Fisiocracia - tem como ideia fundamental a defesa de uma ordem natural que comandava a
economia. A economia seria dirigida por leis de origem divina, que seriam por isso
inalteráveis, não podendo ser contrariadas pelo homem. O pensamento fisocrático tem duas
ideias fundamentais:
• a agricultura é a única atividade económica criadora de riqueza, já que as outras
apenas as transformam (indústria) ou transportam (comércio)
• o Estado não deve intervir na economia, pois tal intervenção será perturbadora da
ordem natural, sendo a abstenção estatal vista como uma condição indispensável
para o equilíbrio e desenvolvimento da sociedade
Adam Smith - enquanto que para os fisiocratas a economia tem origem divina, para os
liberais era de natureza psicológica, ou seja, surge como consequência do comportamento
do homem na vida económica. A filosofia de Smith assenta no individualismo, ou seja, cada
um deve focar-se em obter o seu próprio êxito e lucro, e mesmo sem querer, estarão a
contribuir para o interesse colectivo da sociedade, sendo conduzido por uma mão-invísivel a
atingir um objectivo que não tinha previsto.
O novo modelo económico liberal assenta em 2 grandes princípios: na livre iniciativa privada
e na livre concorrência, só assim podendo haver uma concorrência perfeita. Para esta se
verificar tem de existir:

• Atomicidade do mercado - existência de múltiplos agentes económicos


• Homogeneidade dos produtos - os produtos acabados são iguais, sendo o factor de
distinção o preço
• Transparência do mercado - todos os agentes económicos conhecem os preços
praticados
• Livre acesso ao mercado - em qualquer momento é possível a chegada de novos
agentes económicos ao mercado fazendo concorrência aos já instalados
• Mobilidade dos factores de produção - total liberdade para que os factores de
produção se desloquem dos sectores da economia onde a oferta é excessiva, para
aqueles onde a oferta é escassa

As funções do Estado são:


• Eficiência – corrigir falhas de mercado, como situações de monopólio/oligopólio e
externalidades
• Equidade – preocupação da sociedade em relação aos mais desfavorecidos através de
políticas de redistribuição dos rendimentos
• Estabilidade – preocupação de qualquer país reduzir as flutuações do ciclo económico,
reduzindo o desemprego, a inflação, combatendo as altas taxas de juro, promovendo o
crescimento económico

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