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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A FABRICAÇÃO PERSONALIZADA DE

PALMILHAS EM IMPRESSORA 3D E A CONFECÇÃO CONVENCIONAL NA


DISTRIBUIÇÃO DO TIPO DE PISADA E NO CONTROLE POSTURAL

Valdeir Massoleni1
Vanessa Mesquita1
Juliano Ferreira Mendes2

RESUMO

Este trabalho descreve uma análise comparativa entre a confecção rápida e


personalizada de palmilhas ortopédicas convencionais e 3D na distribuição das pressões
plantares e no controle postural. Tal abordagem se impõe devido à grande parte das alterações
posturais serem ocasionadas por influência dos membros inferiores, especialmente os pés, um
arranjo articular de indispensabilidade estabilidade e mobilidade. A finalidade deste trabalho
foi verificar se as palmilhas ortopédicas produzidas a partir da recente tecnologia 3D fossem
capazes de redistribuir as pressões plantares e reduzir a dor de maneira igual às
convencionais, mantendo a funcionalidade individual e um alternativo de intervenção de custo
semelhante ao mercado atual. Este intento foi conseguido mediante pesquisa comparativa de
campo realizada no laboratório de marcha e postura no município de Varginha de Minas
Gerais com dois grupos distintos, um que utilizou a palmilha convencional e o outro que
utilizou a 3D, sendo avaliados pelo protocolo CNT de Lizandro Ceci, por escalas de dor,
comprometimento de membros inferiores e baropodometria. A análise demonstrou resultados
eficientes para ambos os grupos com relação à dor, funcionalidade e conforto, no entanto, o
grupo convencional se mostrou superior na questão de comodidade e adaptação do
dispositivo. Apesar disto, o grupo 3D foi capaz de solucionar impasses de saúde que mesmo a
fisioterapia convencional não foi suficiente. Considera-se que a intervenção foi eficaz para os
indivíduos selecionados, a continuidade ao tratamento pode ser realizada de maneira segura
até o momento em que ambos dispositivos não causem desconforto ou irregularidades.

Palavras-chave: Órteses. Palmilhas. Controle Postural. Pressão Plantar. Palmilhas


Ortopédicas. Palmilhas Personalizadas.
1
Discentes do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail:
valdeir.massoleni@alunos.unis.edu.br e vanessa.mesquita@alunos.unis.edu.br
2
Orientador e docente do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS – MG. E-mail:
juliano.mendes@professor.unis.edu.br
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho descreve uma análise comparativa entre a produção de palmilhas


personalizadas em impressora 3D e a produção tradicional, aplicadas na distribuição do tipo
de pisada e do controle postural.

Tal abordagem se justifica devido às alterações posturais afetarem grande parte da


população mundial em algum momento da vida. Este fato interpõe métodos de investigação
duvidosos durante a avaliação de uma síndrome, distúrbio ou alteração problema, podendo
apresentar-se como origem em um local diferente da parte que foi afetada ou referida como
dor. Logo, a dor manifestada em uma articulação pode ter sido resultado de uma falha na
postura ou do posicionamento errôneo da pisada. Quando não cuidado, além do desconforto
diário, pode levar a problemas crônicos que poderiam ser evitados durante a fase preventiva.
(LOPES; BARCAT; RUIZ, 2017)

O pé humano encontra-se como um arranjo complexo, devido à necessidade de


sustentar o peso de maneira estável ao mesmo tempo em que se conceda mobilidade articular.
Não obstante, doenças nesta articulação não são incomuns, como um alto preço a se pagar.
Dito isto, a avaliação da planta do pé é fundamental em função de verificar a sobrecarga e a
distribuição das forças impostas em áreas específicas do corpo, que contribuem para o
controle postural. (AFFELDT et al., 2018)

A forma como o indivíduo apóia o pé no solo durante a fase da passada reflete na


magnitude da força de reação do solo (FRS) e consequentemente, no tipo de carga e
alinhamento gerado nas disposições osteomioarticulares. A força de impacto (FRS) pode
exibir resultados que variam entre 1,6 a 3,0 em indivíduos que apenas caminham até
praticantes de atividades esportivas. Tal força pode ser reduzida a partir de calçados
esportivos e pelo contato do pé com o solo quando as cargas remanescentes são impostas às
demais estruturas anatômicas. Assim, os acúmulos de cargas por esforço repetitivo associado
ao tipo de pisada e desvios anatômicos individuais podem contribuir para o aumento da
incidência de lesões. (ZIEMBA, 2015)

Segundo Lima (2018), a incidência de lesões varia desde fraturas por estresse, no qual
correspondem à cerca de 27,3%, entorses articulares à 18,2% e as contusões entre 8,6%,
levando em consideração que entre as estruturas mais danificadas estão o tornozelo (22,3%), o
joelho (22,7%) e a coluna lombar (18%). Observando este cenário, muito se debate sobre a o
surgimento de fraturas por estresse em ambos os sexos, predominância de entorses articulares
e lesões em partes moles em mulheres, além de estiramentos e inflamações comuns nos
homens. Em vista da atual situação, a maior frequência dos agravos osteomusculares sugerem
mulheres jovens mantidas em uma faixa etária entre 20 a 39 anos. (ALMEIDA et al., 2009)

A partir destes fatos mencionados, a etiologia das lesões apresenta-se como causa
multifatorial e relativa, determinadas a partir de fatores intrínsecos como sexo, idade, etnia,
biotipo, morfologia do pé e tipo da passada, bem como fatores extrínsecos como regime de
treinamento, tipo de calçado utilizado e a superfície de treinamento ou deslocamento.
(ZIEMBA, 2015)

Dado o exposto, cogita-se com muita frequência a utilização de palmilhas (órteses


plantares) como dispositivos para uso terapêutico ou em desportivos, confinadas dentro de
sapatos fechados envolvendo o pé, característica de conferir suporte para a mecânica do corpo
e no controle postural, através da correção, compensação e proteção, com propósitos de
qualidade de vida individual. Apesar disto, a manufaturação deste dispositivo deve compor-se
de materiais resistentes capazes de absorver choques e impactos, gerar conforto, reduzir e
redistribuir as pressões plantares quando necessário e promover uma sensação de alívio as
queixas de dor desencadeadas por pessoas em grandes permanências na posição ortostática.
(SEGER, 2017; ALMEIDA et al., 2009)

As utilizações de órteses plantares têm sido realizadas para diminuir as condições de


dor relacionadas ao pé e a coluna vertebral, através da redistribuição das cargas plantares em
contato com superfícies rígidas e da massa corporal sobre a região plantar, proporcionando
melhor alinhamento da pelve e reduzindo a absorção de choque, consequentemente,
diminuindo as algias relacionadas à estas articulações. (ALMEIDA et al., 2009)

Sua produção abrange diferentes materiais, que variam de acordo com a necessidade,
podendo ser macias, semirrígidas ou rígidas. A manufaturação se introduz com a captura da
geometria do pé manualmente ou digitalizado, em seguida, passa-se pela fase de design com
correções de positivo e negativo dos moldes, e finalmente a produção. (SEGER, 2017)

Apesar disto, poucos estudos avaliam a efetividade desta intervenção correlacionando


os diferentes tipos de materiais no ambiente de trabalho, analisando as circunstâncias
positivas e negativas geradas pela imposição do material relacionado à sobrecarga
biomecânica articular e o impacto durante a posição ortostática. (ALMEIDA et al., 2009)
Assim como os seres humanos, os recursos tecnológicos avançam todos os dias e
acaba por tornarem-se empregados como forma de aperfeiçoar o bem estar da sociedade.
Inovar a saúde é fundamental, entretanto, soluções capazes de reduzir os custos e
democratizar o acesso a esses tipos de tecnologias favorecem ainda mais nosso
desenvolvimento. (GARCIA; LUIS; FARIA, 2019)

As utilizações da computação na área médica têm estado presente em inúmeros


campos de pesquisas da área da saúde, como a epidemiologia e sistemas de diagnósticos.
Através disto, o aditamento da competência energética dos circuitos elétricos e de tecnologias
como wireless têm sido cada vez mais investigadas para respostas de equipamentos de
monitoramento e diagnóstico clínico, considerando este fato como uma área que têm atraído a
atenção de muitos pesquisadores. (AFFELDT et al., 2018)

O desenhista industrial (designer) é responsável por aperfeiçoar as características


funcionais dos produtos, bem como desenvolver novos protótipos, fornecendo qualidades
estéticas e funcionais. A fim de aperfeiçoar o processo de produção, o designer utiliza
ferramentas inovadoras como à prototipagem rápida (PR), realizando a produção de peças
geométricas determinadas, induzindo a redução do consumo, capital, horas de trabalho e
energia, fabricando peças prontas para o uso. Partindo da hipótese de que um design pode
auxiliar na fabricação de palmilhas personalizadas e customizadas individuais, este estudo
busca analisar a elaboração eficiente destes produtos. (GARCIA; LUIS; FARIA, 2019)

É importante ressaltar que reconhecer os fatores relevantes relacionados ao surgimento


de lesões pode auxiliar na implementação de estratégias adequadas para a intervenção quando
realizados em uma abordagem multidisciplinar eficiente, a importância deste trabalho para
com a comunidade e a prática do estudo leva uma questão para dentro dos consultórios, a fim
de tornar o método mais acessível e barato, aproximando-o das pessoas em geral. (LOPES;
BARCAT; RUIZ, 2017)

O objetivo deste estudo foi desenvolver um conjunto de palmilhas personalizadas de


custo semelhante ou mais acessível que o mercado, demonstrando conceito alternativo ao
existente e analisando a sua influência sobre o corpo e as pressões plantares. De propósito
prático, o estudo buscou mensurar se a tecnologia 3D a partir da prototipagem rápida foi
capaz de suprir às necessidades individuais de maneira análoga as convencionais, corrigindo
alterações e desalinhamentos plantares, diminuindo a dor e gerando conforto e qualidade com
os materiais selecionados comparados aos instrumentos de produção de palmilhas tradicional.
Os objetivos específicos demonstram um conceito alternativo àqueles presentes no mercado
atual, a realização de testes fidedignos e legitimados com base em evidência para garantir a
viabilidade do produto, descrever as características individuais de cada participante antes e
depois da utilização da palmilha, independentemente da fabricação tradicional ou por
impressão 3D, verificar as distribuições de pressão plantar antes e depois de utilizar as
palmilhas.

2 METODOLOGIA

A essência desta pesquisa envolveu uma análise comparativa entre a manufaturação


rápida e personalizada de palmilhas ortopédicas em impressora 3D e a confecção tradicional,
relacionando-as com os tipos de pisada e o controle postural. Tratou-se de uma pesquisa
quantitativa, qualitativa, descritiva e comparativa de caráter de estudo de campo realizada na
clínica Podolab (Laboratório de Marcha e Postura localizado na Avenida Castelo Branco) em
Varginha (Minas Gerais) durante o período de 2020 a 2021.
Os pacientes foram selecionados por critério de praticidade e proximidade, contatados
por telefone ou pessoalmente. Ao interesse de sua participação, foram estipuladas duas
avaliações com a participação do pesquisador responsável e dos assistentes por meio de data e
hora definidos, anunciando em uma destas datas o termo de consentimento livre e esclarecido
(TCLE) aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa seguindo a normatização lei 466/12,
concordando sobre sua participação da pesquisa. A carta de anuência foi utilizada como prova
de concordância com o desenvolvimento da pesquisa nas dependências dos participantes que
foram abordados, evidenciando a não utilização de todo e qualquer procedimento invasivo
capaz de prejudicar a condição de vida dos prestadores.
Foram eleitos oito participantes divididos em dois grupos compostos por 4
participantes cada, caracterizados por que utilizou a palmilha convencional e grupo que
utilizou a palmilha fabricada em impressora 3D. Os critérios de inclusão exigiram idade entre
20 a 38 anos para o sexo masculino e 20 a 35 anos para o sexo feminino a fim de adquirir
duas amostras próximas à homogeneidade, além de possuir cognitivo preservado, capacidade
de atender as orientações fornecidas pelos pesquisadores e apresentar habilidade para
conservar-se sobre a posição ortostática. Os critérios de exclusão envolveram a presença de
doença degenerativa, alterações visuais, vestibulares e déficit de atenção.
Em cada uma das avaliações foi empregado o questionário sócio demográfico a fim
coletar dados como etnia, sexo, idade, estado civil, local de residência, número para contato
para casos emergenciais, grau de escolaridade e situação profissional, identificando seu estado
geral, a necessidade de sua participação e a indicação do uso de órteses plantares.
Ao considerar o padrão de dor pré-existente também utilizamos a escala EVN antes e
após a intervenção, questionando se a algia era constante, intermitente ou breve, se possui
datas ou horários específicos, quando se iniciou e qual foi seu último episódio. O instrumento
compreende uma linha horizontal de 10 cm, indicando em seus extremos com frases que
correspondem à “ausência de dor” e “dor insuportável”, utilizando como uma régua e
medindo entre a marcação do indivíduo por números. (GRAZIA, 2009 apud HUSHISSON,
1974).
Também analisamos as influências da pisada sobre os membros inferiores (MMII)
pela Escala Funcional da Extremidade Inferior (LowerExtremityFunctionalScale - LEFS).
Elaborada pela Organização Mundial de Saúde é considerada um instrumento formado por 20
itens pontuados no valor de 5 pontos, ou seja, 0 a 4, conforme ANEXO. Sua pontuação total
varia de 0 a 80 sendo que a maior pontuação retrata um ótimo estado funcional, enquanto que
pontuações mais baixas representam o comprometimento do estado funcional. (MOREIRA;
SABINO; RESENDE, 2010; PEREIRA et al., 2013 tradução nossa)
Após a entrevista, todos os participantes passaram pelo protocolo CNT a fim de
averiguar a necessidade de indicação de palmilhas posturais. Este protocolo foi descrito por
Lizandro Ceci e abrange três variáveis importantes durante a avaliação. Na primeira delas é o
a avaliação se inicia com o paciente em posição ortostática, então são testados o comprimento
dos membros superiores (MMSS). Ambos os membros podem permanecer tanto na posição
vertical como na horizontal, levando a necessidade da extensão de cotovelo (FIGURA 1).
Logo, a assimetria é ocasionada em função da rotação de tronco e o teste é considerado
normal quando o comprimento de ambos os membros for simétrico. (NEDEL, 2009)
Figura 1. Avaliação do comprimento dos membros superiores – protocolo CNT
Fonte: Mattos (2006)

A próxima avaliação refere-se ao nivelamento das cristas ilíacas, cujo posicionamento


do paciente é o mesmo da anterior, se mantendo imóvel enquanto o clínico mensura a
discrepância das cristas ilíacas (FIGURA 2).

Figura 2. Avaliação do nivelamento das cristas ilíacas – protocolo CNT


Fonte: Fernandes (2017 apud PRZYSIEZNY, 2016)

Encerramos o protocolo CNT com a avaliação da região paravertebral da coluna


lombar por meio do teste dos polegares, também conhecido como teste de bassani e das
espinhas ilíacas póstero-superiores. O indivíduo deve permanecer de pé enquanto o avaliador
posiciona ambos os polegares direito e esquerdo sobre as espinhas ilíacas póstero superiores
na musculatura paravertebral, solicitando que o indivíduo realize uma flexão de tronco
(FIGURA 3). O movimento deve iniciar com a flexão da cabeça, em seguida do tronco e por
último da região lombar. (NEDEL, 2009)
Figura 3. Avaliação da musculatura paravertebral (Teste dos polegares ou de Bassani) –
protocolo CNT
Fonte: Fernandes (2017 apud PRZYSIEZNY, 2016)

Por fim, utilizamos a baropodometria para fins de diagnóstico e avaliação das pressões
plantares durante ortostase estática e dinâmica. Trata-se de um exame objetivo e quantitativo
realizado sobre uma plataforma composta de sensores que comparam as pressões subjulgadas
em diferentes áreas das regiões plantares. Isso acontece devido os desequilíbrios corporais no
espaço afetarem aproximadamente 90% da população, podendo ser analisados através da
baropodometria. (STEFANELLO; JUCÁ; LODI, 2006; LAFAYETTE; MATTOS;
PACHECO, 2005)
Após a avaliação, foram definidas as peças podais para correção da pisada e da
postura. Ambos os projetos foram comparados quanto ao custo de materiais e do profissional,
mão de obra e tempo de fabricação. As palmilhas foram utilizadas durante um período
mínimo de 45 e máximo de 57 dias desde o dia 22 de dezembro até 17 de fevereiro, onde
foram realizadas a ultima reavaliação das escalas e protocolos citados anteriormente assim
como o feedback dos pacientes quanto a escala de conforto e satisfação.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todos os 8 participantes foram conduzidos no período de outubro de 2020 a fevereiro


de 2021, sendo descarte da coleta os pacientes que apresentassem doenças degenerativas,
alterações visuais, disfunções vestibulares e deformidades ortopédicas capazes de
comprometer o uso das palmilhas ou até mesmo reivindicar o método de avaliação universal
optado para a amostragem.
Todos os participantes (100%) possuíam curso superior incompleto, sendo que cinco
dos deles (62,5%) não exercia atividade remunerada e três deles (37,5%) exercia atividade
remunerada seja por método de estágio, teste ou vínculo empregatício durante o período de
avaliação.
Em resposta ao questionário sócio demográfico, sete (87,5%) dos pacientes nunca
haviam utilizado palmilhas ortopédicas enquanto que apenas um (12,5%) paciente do sexo
feminino já havia previamente utilizado.

De todos os participantes, nenhum deles (100%) apresentou interesse em procurar um


profissional da área para realizar uma avaliação específica e verificar se apresentava indicação
para utilização de palmilhas ortopédicas anteriormente a este estudo, mas dois (25%) deles
sendo 1 do sexo masculino e 1 do sexo feminino optaram pela utilização do dispositivo para
correção da pisada e apenas um (12,5%) do sexo feminino optou para resolução da assimetria
dos membros inferiores.

Cinco (62,5%) dos pacientes, sendo 3 do sexo masculino e 2 do sexo feminino


informaram apresentar pouco conhecimento sobre o seu real estado de comprometimento da
pisada e adjuntos as articulações mais próximas como joelho e quadril, os demais três
pacientes (37,5%) informaram apresentar razoável conhecimento.

Metade da amostra (4 – 50%) não necessitou interromper nenhuma de suas atividades,


mas do restante (4 - 50%), 1 (25%) do sexo feminino interrompeu parte de suas atividades
ocupacionais, 2 (50%) do sexo masculino interromperam suas atividades
esportivas/recreativas e 1 (25%) do sexo masculino interrompeu parte de suas atividades de
vida diária (AVDs).

Sete dos pacientes (87,5%) não realizaram nenhum outro tipo de tratamento
anteriormente e durante o processo de utilização das palmilhas ortopédicas, um (12,5%) deles
realizou tratamento para hérnia discal.

Em relação ao nível de sedentarismo, cinco pacientes relataram ser sedentários


(62,5%), sendo 2 masculinos (50%) e 3 femininos (75%). Os demais se consideram: 2
moderadamente ativo (25%), sendo 1 do sexo masculino (25%) e 1 do feminino (25%). Por
fim, apenas 1 (12,5%) paciente da amostra total indicou pertencer a categoria ativo,
representando 25% do sexo masculino.
Em relação ao tipo de calçado mais utilizado, 4 (50%) pacientes da amostra utilizava
com maior frequência chinelos, representando 2 (50%) do sexo masculino e 2 (50%) do sexo
feminino. A outra metade da amostra relatou utilizar com maior freqüência calçados do tipo
tênis, representando 4 (50%) indivíduos, sendo 2 (50%) do sexo masculino e 2 (50%) do sexo
feminino. Os demais tipos de calçados como sandália, sapato fechado, ambos com ou sem
salto não conquistaram nenhum voto da amostragem.

As palmilhas foram distribuídas de forma totalmente gratuita aos pacientes, mas ao


exemplificar o custeio do serviço e do dispositivo, 7 (87,5%) dos indivíduos julgaram ser
acessível e apenas 1 (12,5%) relatou ser muito exorbitante, não havendo nenhum voto para o
baixo custo. Os resultados do questionário podem ser vistos no quadro 1 e 2.

Quadro 1. Correlação dos dados obtidos do grupo convencional no questionário sócio-


demográfico

Questionário Sócio-Demográfico
Grupo de Palmilhas Convencionais
PAC 1 (D.B) PAC 2 (S.C) PAC 3 (G.G) PAC 4 (R.O)
1 – Já utilizou
palmilhas Não Não Não Não
ortopédicas?
2 – Já verificou
se possui Não Não Não Não
indicação?
3 – Considere
seu grau de Pouco Razoável Pouco Razoável
conhecimento conhecimento conhecimento conhecimento conhecimento
deste problema
4 – Quais tipos
de atividades
Atividades de
foram
Ocupacionais Nenhuma Nenhuma vida diária
prejudicadas
(AVDs)
devido este
problema?
5 – Já realizou Não Não Não Não
algum
tratamento
para este
problema?
6 – Você se Moderadamente
Sedentária Ativo Sedentário
considera: ativa
7 – Qual tipo
de calçado mais Chinelo Tênis Tênis Tênis
utiliza?
8 – Em relação
ao preço, você
Acessível Acessível Acessível Alto Custo
considera a
palmilha:
Fonte: Próprios autores

Quadro 2. Correlação dos dados obtidos do grupo 3D no questionário sócio-demográfico

Questionário Sócio-Demográfico
Grupo de Palmilhas 3D
PAC 1 (B.P) PAC 2 (D.A) PAC 3 (A.A) PAC 4 (A.L)
1 – Já utilizou
palmilhas Não Sim Não Não
ortopédicas?
2 – Já
verificou se
Não Sim Não Não
possui
indicação?
3 – Considere
seu grau de
Pouco Razoável Pouco
conhecimento Pouco conhecimento
conhecimento conhecimento Conhecimento
deste
problema
4 – Quais
Nenhuma Nenhuma Esportiva/Recreativa Esportiva/Recreativa
tipos de
atividades
foram
prejudicadas
devido este
problema?
5 – Já
realizou
Sim – Fisioterapia
algum
Não Não Não para Hérnia de disco
tratamento
(sem sucesso)
para este
problema?
6 – Você se Moderadamente
Sedentária Sedentária Sedentário
considera: ativo
7 – Qual tipo
de calçado Chinelo Tênis Chinelo Chinelo
mais utiliza?
8 – Em
relação ao
preço, você Acessível Acessível Acessível Acessível
considera a
palmilha:
Fonte: Próprios autores

Neste estudo, também foi aplicada a escala visual numérica (relação de 1 – 10 na


pontuação de dor) antes e após a utilização da órtese plantar, constando no início da pesquisa,
antes mesmo da fabricação do instrumento: tamanho da amostra n 8, com pontuação mínima:
0; pontuação máxima: 9; amplitude total: 9; mediana: 5; média aritmética: 4,3 (±); desvio
padrão: 3,2 e conjunto bimodal de 0 e 6 antes da utilização das palmilhas. Meramente ao
grupo correspondente ao de palmilhas convencionais, n 4, mínimo: 0; máximo: 6; amplitude
total: 6; mediana: 3,5; média aritmética: 3,2 (±); desvio padrão: 2,5; amodal. Para o grupo de
palmilhas fabricadas em impressora 3D, n 4, mínimo: 0; máximo: 9; amplitude total: 9;
mediana: 6,5; média aritmética: 5,5 (±); desvio padrão: 3,8; amodal, conforme gráfico abaixo
(GRÁFICO 1).
Gráfico 1. Correlação da variável dor pela escala visual numérica (EVN) antes da
utilização de palmilhas convencionais e 3D

Fonte: Próprios autores

Após a utilização das palmilhas, a pontuação da EVN em amostra n 8 foi de: mínimo:
0; máximo: 3; amplitude total: 3; mediana: 0; média aritmética: 0,3 (±); desvio padrão: 1,0,
moda: 0. Destes, o grupo convencional apresentou n 4, mínimo: 0; máximo: 3; amplitude: 3;
mediana: 0; média aritmética: 0,75 (±), desvio padrão: 1,5, moda: 0. Já o grupo 3D constatou
constatou, n 4, mínimo: 0; máximo: 0; amplitude: 0; mediana: 0; média aritmética: 0 (±);
desvio padrão: 0; moda: 0, condizente ao gráfico seguinte (GRÁFICO 2).

Gráfico 2. Correlação da variável dor pela escala visual numérica (EVN) após utilização
das palmilhas convencionais e 3D
Fonte: Próprios autores

Através da (TABELA 1) é possível comparar os dados equivalentes ao período inicial,


onde foi realizada apenas a avaliação postural estática e dinâmica seguida da fabricação tanto
da palmilha convencional quanto da palmilha ortopédica, e do período final, após 30 dias de
uso de ambas as palmilhas ortopédicas correspondente ao valor de dor.

Tabela 1. Correlação da variável dor antes e após o uso das palmilhas convencionais e
3D segundo EVN

Pontuação da variável dor - EVN

Group ENV (BEFORE) EVN (LATER)

N P. Convencionais 4 4

P. 3D 4 4

Missing P. Convencionais 0 0

P. 3D 0 0

Mean P. Convencionais 3.25 0.750

P. 3D 5.50 0.00

Median P. Convencionais 3.50 0.00

P. 3D 6.50 0.00

Standard deviation P. Convencionais 2.50 1.50

P. 3D 3.87 0.00

Minimum P. Convencionais 0 0

P. 3D 0 0

Maximum P. Convencionais 6 3

P. 3D 9 0
Pontuação da variável dor - EVN

Group ENV (BEFORE) EVN (LATER)

Fonte: Próprios Autores

Outro aspecto de igual importância a ser abordado no início e após o período de


avaliação do dispositivo fabricado, foi aplicado a escala autodidática da Extremidade Inferior
(Lower Extremity Functional Scale – LEFS) a fim de definir a funcionalidade segundo o
próprio paciente ao realizar suas atividades de vida diária (AVDs) e atividades instrumentais
de vida diária (AIVDs).

A primeira parte do resultado foi coletada durante o início da pesquisa, cujo


evidenciou: Grupo convencional: PAC 1 (D.B) 77 pontos; PAC 2 (S.C) 80 pontos; PAC 3
(G.G) 79 pontos; PAC 4 (R.O) 79 pontos. Com relação ao grupo de palmilhas em impressora
3D: PAC 1 (B.P) 42 pontos, PAC 2 (D.A) 72 pontos, PAC 3 (A.A) 52 pontos, PAC 4 (A.L)
73 pontos, conforme (GRÁFICO 3).

Gráfico 3. Comparação das variáveis da escala LEFS antes da utilização das palmilhas
convencionais e 3D

Fonte: Próprios autores

Após período de utilização de ambas as palmilhas, a pontuação da escala LEFS na


segunda avaliação do grupo convencional foi de: PAC 1 (D.B) 79 pontos; PAC 2 (S.C) 80
pontos; PAC 3 (G.G) 80 pontos; PAC 4 (R.O) 80 pontos. De mesma forma, o grupo que
utilizou palmilhas em impressora 3D o resultado foi de: PAC 1 (B.P) 67 pontos, PAC 2 (D.A)
69 pontos, PAC 3 (A.A) 80 pontos, PAC 4 (A.L) 77 pontos, conforme (GRÁFICO 4).

Gráfico 4. Comparação das variáveis da escala LEFS após utilização das palmilhas
convencionais e 3D

Fonte: Próprios autores

Assim, a pontuação na escala de comprometimento associado de membros inferiores


no início do estudo correspondeu à: n 8 mínimo: 42; máximo: 80; amplitude total: 38;
mediana: 75; média aritmética: 69,25 (±); desvio padrão: 14,28, moda: 79. Logo, apenas para
a amostra referente à produção de palmilha convencional: n 4, mínimo: 77; máximo: 80;
amplitude: 3; mediana: 79; média aritmética: 78,75 (±); desvio padrão: 1,25; moda: 79. Já,
para distribuição de palmilhas 3D: n 4, mínimo: 42; máximo: 73; amplitude: 31; mediana: 62;
média aritmética: 59,75 (±); desvio padrão: 15,28;

De outra forma, a pontuação para esta mesma escala após a utilização de ambas as
palmilhas foi de: n 8, mínimo: 67; máximo: 80; amplitude: 13; mediana: 79,5; média
aritmética: 76,5 (±); desvio padrão: 5,37; moda: 80. Tendo como valores apenas para o grupo
de palmilhas convencionais: n 4, mínimo: 79; máximo: 80; amplitude: 1; mediana: 80; média
aritmética: 79,75 (±); desvio padrão: 0,50; moda: 80. E para o grupo de palmilhas feitas por
impressora 3D: n 4, mínimo: 67; máximo: 80; amplitude: 13; mediana: 73; média aritmética:
73,25 (±); amodal, conforme comparação pela tabela a seguir (Tabela 2).
Tabela 2. Correlação das variáveis antes e após o uso das palmilhas convencionais e 3D
pela escala Lower Extremity Functional Scale – LEFS

Lower Extremity Functional Scale – LEFS

Group LEFS (BEFORE) LEFS (LATER)

N P. Convencionais 4 4

P. 3D 4 4

Missing P. Convencionais 0 0

P. 3D 0 0

Mean P. Convencionais 78.8 79.8

P. 3D 59.8 73.3

Median P. Convencionais 79.0 80.0

P. 3D 62.0 73.0

Standard deviation P. Convencionais 1.26 0.500

P. 3D 15.3 6.24

Minimum P. Convencionais 77 79

P. 3D 42 67

Maximum P. Convencionais 80 80

P. 3D 73 80

Fonte: Próprios Autores

Durante a avaliação postural, o paciente se manteve em ortostase enquanto o


examinador realizava o protocolo CNT. A existência de assimetria em uma das três variáveis
“comprimento dos MMSS, nivelamento das cristas ilíacas e tensão da musculatura
paravertebral” resultava na indicação das palmilhas ortopédicas, no qual foram mensuradas a
partir da colocação de peças podais corretivas, ou seja, relevos que foram posicionados e que
reequilibraram áreas específicas do pé e consequentemente às demais estruturas corporais,
cujas sofreram alteração do tônus postural, assim como descrito no (QUADRO 3).

Quadro 3. Correlação das variáveis do protocolo CNT antes e após a utilização das
palmilhas ortopédicas

Voluntários GRUPO PROTOCOLO CNT (SEM PROTOCOLO CNT (COM


PALMILHA) - ANTES PALMILHA) - DEPOIS
C N T C N T
PAC 1 CON D D E N N N
(D.B)
PAC 2 (S.C) CON N E E N N N
PAC 3 CON E D E N N N
(G.G)
PAC 4 CON D D D N N N
(R.O)
PAC 5 (B.P) 3D D D E D D D
PAC 6 3D D N E E D N
(D.A)
PAC 7 3D D E E E D D
(A.A)
PAC 8 3D D E E N N N
(A.L)
Fonte: Próprios autores. D: Aumentado à direita; N: Normal; E: Aumentado à esquerda.

Logo, o tratamento e fabricação do dispositivo são individuais, buscando eliminar


compensações e bloqueios articulares pela reprogramação postural com relevos de 1 a até 3
mm. A partir do (Quadro 4) é possível analisar se após a adaptação da palmilha houve
reprogramação postural e se não será mais necessário a utilização do dispositivo ou se ainda
existe necessidade de utilização da palmilha, permanecendo melhor com ou sem palmilha.

Quadro 4. Variáveis do protocolo CNT sem a utilização da palmilha ortopédica após os


30 dias mínimos de uso.

VOLUNTÁRIOS GRUPO PROTOCOLO CNT (SEM PALMILHAS) APÓS


30 DIAS
C N T
PAC 1 (D.B) + CON D D D
PAC 2 (S.C) + CON D N E
PAC 3 (G.G) + CON N D D
PAC 4 (R.O) + CON D D D
PAC 5 (B.P) = 3D D D D
PAC 6 (D.A) - 3D E N N
PAC 7 (A.A) = 3D D D D
PAC 8 (A.L) - 3D N N N
Fonte: Próprios autores. D: Aumentado à direita; N: Normal; E: Aumentado à esquerda.+: melhor com palmilha
do que sem; - : após o período de utilização do dispositivo houve reprogramação e conservou-se melhor sem
palmilha do que com; = : não houve diferença

Após o período mínimo de 30 dias de utilização do dispositivo, foi empregada a escala


de conforto e satisfação, a fim de verificar se as palmilhas fabricadas em impressora 3D
atingiram os mesmos objetivos que as palmilhas produzidas de maneira convencional. O
resultado da escala pode ser consultado pelos quadros 5 e 6.

Quadro 5. Variáveis da Escala de Conforto e Satisfação do grupo de palmilhas


convencionais

Escala de conforto e satisfação


Grupo de Palmilhas convencionais
PAC 1 (D.B) PAC 2 (S.C) PAC 3 (G.G) PAC 4 (R.O)
1 – Orientação Utilizar Utilizar Utilizar Utilizar
quanto ao tempo diariamente, durante as diariamente, no diariamente, no
de utilização no maior AVDs maior limite de maior limite de
limite de tolerância tolerância
tolerância
2 – Você ainda Sim, Sim, Sim, mas por Sim, exatamente
utiliza a exatamente exatamente tempo menor do como foi
palmilha? como o como o que o indicado indicado
indicado indicado
3 – De que forma Orientação Orientação Orientação oral Orientação oral
foi a orientação oral oral
4 – Realizou Não Não Não Não
algum tratamento
associado?
5 – Considera que Confortável, Houve Pontuação: 10 Pontuação: 8
houve melhora? houve melhora da
Pontue de 0 a 10: melhora pisada e da
quanto à dor; postura
Pontuação: 5 Pontuação: 9
6 – Quanto ao Pontuação: 7 Pontuação: 9 Pontuação: 10 Pontuação: 10
conforto, avalie 0
a 10:
7 – A palmilha Sim Não Sim Sim
coube em todos os
calçados?
8 - Você está Sim Sim Sim Sim
satisfeito com o
dispositivo?
Fonte: Próprios autores

Quadro 6. Variáveis da Escala de Conforto e Satisfação do grupo de palmilhas 3D

Escala de conforto e satisfação


Grupo de Palmilhas 3D
PAC 5 (B.P) PAC 6 (D.A) PAC 7 (A.A) PAC 8 (A.L)
1 – Orientação Utilizar Utilizar Utilizar Utilizar
quanto ao tempo diariamente, diariamente, diariamente, no diariamente, no
de utilização no maior no maior maior limite de maior limite de
limite de limite de tolerância tolerância
tolerância tolerância
2 – Você ainda Sim, Sim, mas por Sim, exatamente Sim, exatamente
utiliza a exatamente tempo menor como o indicado como foi
palmilha? como o do que o indicado
indicado indicado
3 – De que forma Orientação Orientação Orientação oral Orientação oral
foi a orientação oral escrita e oral
4 – Realizou Não Odontológico Não Não
algum tratamento (Bruxismo)
associado?
5 – Considera que Pontuação: 8 Pontuação: 2 Pontuação: 10 Pontuação: 9
houve melhora?
Pontue de 0 a 10:
6 – Quanto ao Pontuação: 8 Pontuação: 0 Pontuação: 8 Pontuação: 9
conforto, avalie 0
a 10:
7 – A palmilha Sim Não Sim Sim
coube em todos os
calçados?
8 - Você está Sim Não Sim Sim
satisfeito com o
dispositivo?
Fonte: Próprios autores

Gráfico 5. Pontuação da variável resolução problema 0 a 10 segundo a escala de


conforto e satisfação

Fonte: Próprios autores


No gráfico acima (GRÁFICO 5), podemos observar os valores brutos de 0 a 10
relacionados à pontuação de ambos os grupos quanto ao ponto de vista de cada participante
em sua intervenção.

Gráfico 6. Pontuação da variável conforto 0 a 10 segundo a escala de conforto e


satisfação

Fonte: Próprios autores

No gráfico acima (GRÁFICO 6), observa-se a pontuação bruta de 0 a 10 relacionada à


ambos os grupos quanto ao seu ponto de vista em relação ao conforto de ambas as palmilhas
ortopédicas.

Abaixo na (TABELA 3) é possível observar a comparação dos dados fornecidos pelos


participantes de ambos os grupos quanto ao conforto de cada palmilha, possibilitando analisar
se a palmilha 3D atingiu as mesmas expectativas do que as palmilhas convencionais.

Tabela 3. Análise das pressões plantares antes e depois após utilização da palmilha do
grupo convencional e 3D

Baropodometria
Pacientes Grupo Pressões Plantares Antes Após

D.B. Convencional PRESSÃO PÉ D 43% 46%


PRESSÃO PÉ E 57% 54%
P. QUANDRANTE SUP. D 15% 18%
P. QUANDRANTE SUP. E 19% 16%
P. QUANDRANTE INF. D 29% 28%
P. QUANDRANTE INF. E 38% 38%

S.C. Convencional PRESSÃO PÉ D 45% 43%


PRESSÃO PÉ E 55% 57%
P. QUANDRANTE SUP. D 15% 15%
P. QUANDRANTE SUP. E 20% 22%
P. QUANDRANTE INF. D 30% 28%
P. QUANDRANTE INF. E 35% 35%

G.G. Convencional PRESSÃO PÉ D 52% 52%


PRESSÃO PÉ E 48% 48%
P. QUANDRANTE SUP. D 19% 18%
P. QUANDRANTE SUP. E 18% 17
P. QUANDRANTE INF. D 33% 34%
P. QUANDRANTE INF. E 29% 31%

R.H. Convencional PRESSÃO PÉ D 42% 48%


PRESSÃO PÉ E 58% 52%
P. QUANDRANTE SUP. D 13% 18%
P. QUANDRANTE SUP. E 24% 16%
P. QUANDRANTE INF. D 29% 30%
P. QUANDRANTE INF. E 35% 36%

B.P. 3D PRESSÃO PÉ D 47% 45%


PRESSÃO PÉ E 53% 55%
P. QUANDRANTE SUP. D 16% 22%
P. QUANDRANTE SUP. E 16% 24%
P. QUANDRANTE INF. D 31% 23%
P. QUANDRANTE INF. E 36% 30%

D.A. 3D PRESSÃO PÉ D 56% 49%


PRESSÃO PÉ E 44% 51%
P. QUANDRANTE SUP. D 22% 16%
P. QUANDRANTE SUP. E 20% 14%
P. QUANDRANTE INF. D 34% 33%
P. QUANDRANTE INF. E 24% 37%

A.A. 3D PRESSÃO PÉ D 45% 50%


PRESSÃO PÉ E 55% 50%
P. QUANDRANTE SUP. D 14% 21%
P. QUANDRANTE SUP. E 17% 20%
P. QUANDRANTE INF. D 30% 28%
P. QUANDRANTE INF. E 38% 30%

A.L. 3D PRESSÃO PÉ D 47% 53%


PRESSÃO PÉ E 53% 47%
P. QUANDRANTE SUP. D 18% 22%
P. QUANDRANTE SUP. E 19% 18
P. QUANDRANTE INF. D 29% 31%
P. QUANDRANTE INF. E 34% 29%
Fonte: Próprios autores

Levando em consideração o contexto apresentado, o projeto propôs a fabricação de um


dispositivo a partir da aquisição e análise das pressões plantares, no qual foi utilizado durante
períodos de marcha estática ou dinâmica, para prevenção, diagnóstico ou tratamento de
indivíduos com alterações posturais.

As palmilhas ortopédicas geram estímulos proprioceptivos para correção de alterações


posturais, motivo que é explicado pela ação dos elementos podais de baixa amplitude
colocados sob a pele e os músculos plantares. Após este acontecimento, tanto os estímulos
visuais quanto os podais e os bucais ativam os reflexos posturais promovendo a correção por
estimulação ou inibição das cadeias musculares. (NEDEL, 2009)

A modificação do tônus postural é realizada pela inserção das peças na planta dos pés
(FIGURA 4). Um elemento médio externo irá produzir uma lateropulsão contra lateral, ou
seja, ao tendenciar dirigir-se para um lado, o elemento influencia o movimento para o lado
oposto, assim como o elemento infra-cubóide. De maneira oposta, uma barra infra capital
unilateral gera uma rotação do mesmo lado do corpo (homolateral). A utilização destes
componentes contribuem para a reprogramação postural através do alinhamento dos
segmentos corporais (MATTOS, 2006). As cunhas são posicionadas para correção do
calcâneo, logo, a cunha pronadora é posicionada para correção do calcâneo em inversão,
posicionada externamente. A cunha supinadora é utilizada para correção do calcâneo em
eversão, sendo posicionada na região interna do calcâneo. (FERNANDES, 2017)

Figura 4. Peças podais utilizadas na pesquisa


Fonte: Fernandes (2017 apud PRZYSIEZNY, 2016)

Manfio et al. (2001) relata que aproximadamente 60% do peso corporal são
dispensadas nos calcanhares, 5,2% no médiopé, cerca de 31% a 38% nos metatarsos e apenas
2% nos dedos. Dados que se assimilam com nosso estudo, onde 100% dos participantes
apresentavam maior pressão na parte posterior do pé com e sem o uso das palmilhas.

Seger (2017) cita a capacitação das palmilhas personalizadas em preservar o seu


impacto (efeito) com relação às pré-fabricadas, contribuindo para marcha prolongada, maior
estabilidade e menor gasto energético, de natureza igual para Tenten-Diepenmaat (2015) que
reflete sobre existir maior redistribuição de cargas plantares das áreas álgicas nestes
dispositivos e conseguintemente menor intensidade e maior bem-estar e comodidade.

Assim como no estudo de Affeldt et al. (2018), a palmilha foi construída utilizando
moldes de tamanho de pé com variações numéricas entre 24 ao 47, modificados a partir de
matéria resina, feltro base, poliuretano e eva para as palmilhas convencionais e filamentos
rígidos e flexíveis para as 3D (FIGURA 5 e 6). As análises das pressões plantares e variáveis
de controle postural foram efetuadas com baropodômetro, de mesma maneira visto em Pereira
et al. (2013).
Figura 5. Palmilha Convencional Figura 6. Palmilha 3D

Fonte: Próprios autores Fonte: Próprios autores

Em referência ao questionário sócio demográfico, destacamos a baixa adesão e busca


por este método terapêutico, representado pelo médio a baixo nível conhecimento e interesse
sobre a área quando não indicado por um profissional da saúde, como o médico ou o
fisioterapeuta. Mesmo assim, a maior parte de ambos os grupos obtiveram resultados
positivos apenas com esta estratégia, sem realizar qualquer outro tipo de intervenção.

O tipo de calçado mais utilizado por parte de cada paciente foi questionado devido
crermos a certa dificuldade da palmilha em se adaptar a todo e qualquer tipo de calçado,
interferindo como forma de adesão do participante por parte do modelo ser ou não ideal por
motivos simples de maior costume de empregar a rotina de chinelos ou rasteiras em maior
proporção do que de calçados fechados, por exemplo. Apesar disto, grande parte dos
pacientes alegou que a palmilha se adaptava bem ao calçado que mais utilizavam, contudo,
apenas n 2 (25%) de ambos os grupos, sendo n 1 convencional (25%) e n 1 3D (25%)
relataram que o dispositivo não se adaptava a todos os calçados freqüentes. Este evento foi de
significativa magnitude para a construção dos dados, visto que alterar o padrão de estilo de
vida do voluntário pode significar sua egressão da pesquisa, principalmente devido à rotina de
engajamento social e profissional. Apesar disto, nenhum dos n 8 voluntários se retirou do
estudo, propondo-se e optando-se à transição do calçado, diferentemente ao estudo de
Guimarães et al. (2006), onde exclusivamente 14 de 33 (42%) participantes relataram que as
palmilhas não se adaptaram aos calçados durante um período de 25 a 30 meses.

A pontuação da escala LEFS refletiu em aumento da funcionalidade dos membros


inferiores em todos os participantes do grupo convencional e em 3 participantes do grupo 3D,
seguida de ligeira diminuição da funcionalidade de n 1 (25%) do grupo 3D de 73 para 69. De
acordo com os dados apresentados por Pereira et al. (2013) após investigar a eficácia desta
mesma escala em diferentes versões de outros países como Itália, França, Canadá e Holanda,
verificou-se que o questionário apresentava boas condições de aplicação na população
brasileira após a publicação de Metsavaht et al. (2012) na versão em português. Um pouco
distante de nosso estudo, mas de base comparativa, Stratford et al. (2004) chegaram a
conclusão que o instrumento é apropriado para avaliação da funcionalidade dos
comprometimentos de MMII em seu estudo de validação em artroplastia de quadril e joelho,
assim como Lin et al. (2015) na utilização desta mesma escala para mensuração da
funcionalidade de pacientes com fratura de tornozelo, ambos correlacionados com o aumento
da pontuação da escala. Moreira, Sabino e Resende (2010) realizaram a avaliação de 11
instrumentos clínicos de avaliação funcional de tornozelo, tendo dentre estes a escala LEFS
como recomendada como modelo claro e objetivo com propriedades de medida e valor
apropriados, ainda no momento em que não havia sua tradução.

Condizente à escala de conforto e satisfação, n 7 (87,5%) voluntários relataram


apresentar dor entre o 1º até o 3º dia de uso, seguido de subsequente aconchego, proteção e
comodidade logo após o período de adaptação, objetivando prolongar o uso do dispositivo
conforme o indicado ou por um período relativo menor de uso. Apesar disto, n 1 paciente do
grupo 3D (12,5% da amostra total e 25% do grupo 3D) não se harmonizou à palmilha,
relatando dificuldades durante a adesão por ter vivenciado situações de desconforto, como
dor, deslizamento sob meia fina e má adaptação ao calçado. Este fato pode ser explicado pela
utilização do filamento rígido durante a fabricação associado aos desnivelamentos das peças
podais de correção postural, concordante com a pesquisa realizada por Iglesias et al. (2012)
em idosos a fim de mensurar a estabilidade utilizando palmilhas rígidas ou macias, no qual foi
verificado que as palmilhas rígidas apresentam maiores chances de sucesso devido as
palmilhas macias apresentarem um suporte mecânico menor e consequentemente, menor
capacidade em gerar forças de reações ao solo.

Considerando que a dor foi reduzida em grande parte dos participantes deste estudos, é
importante considerar que sua avaliação pode ser considerada de maneira subjetiva, pois para
conclusões clínicas e de pesquisa irá depender da experiência pessoal. Além disso, a
frequência em que ocorre anda lado a lado com a intensidade, portanto, pessoas com dores
cotidianas podem apresentar agravamento dos sintomas. Por mais que as escalas tornem a
mensuração mais honesta, seu pronunciamento pode persuadido pelo estado emotivo pessoal.
(SILVA; DELIBERATO, 2009)

De maneira semelhante relatado por Qu (2014) em seu trabalho sobre diferentes


impactos de palmilhas na estabilidade postural em idosos e adultos, onde o feedback
somatossensorial pode ser explicado pela alteração das bordas da palmilhas para estabilização
corporal, favorecido pelo maior controle e estabilidade de palmilhas rígidas do que as macias,
sugerindo maior performance muscular durante o caminhar para neutralizar a postura, visto
que este tipo de palmilhas podem fornecer maior suporte mecânico principalmente em locais
desnivelados, mantendo o pé em uma posição mais neutra. Diferentemente, as palmilhas
macias pendem ao maior conforto, podendo apresentar maior instabilidade do que as rígidas,
mas tendo maior eficácia na redução das sensações álgicas na planta do pé.

Guimarães et al. (2006) ao investigar o nível de adesão dos participantes que já


utilizaram palmilhas previamente em um estudo de formato de entrevista e diálogo, dividiu os
grupos de maior adesão para menor adesão e concluiu que o conforto pode implicar
drasticamente no sucesso do estudo. Segundo o autor, esta casualidade pode ter ocorrido por
fatores intrínsecos da palmilha, como erro de fabricação das dimensões ou fatores
biomecânicos, como esforço muscular demasiado causado por intercorrência do impacto a fim
de proporcionar estabilização. Em suma, segundo relatos dos pacientes, a incomodidade pode
surgir pela sensação de amplo volume dentro do calçado, deixando-o muito apertado.

Não menos importante, a observação de Lima (2018, apud STANKIEVICZ, 2018)


evidencia a maior probabilidade de manifestação de lesões ao sexo feminino causados por
motivos fisiológicos de composição corporal. Em suma, as mulheres apresentam cerca de
25% a menos de massa muscular do que os homens, somenos densidade óssea e alargamento
de pelve com aumento de flexibilidade com consequente frouxidão ligamentar. (VAN DER
WORP et al., 2015)

Dado o exposto, Basford et al (2002). Analisaram quais os fatores que poderiam


coadjuvar para aceitação da órtese de membro superior e deduziram que por mais que as
repercussões do dispositivo sejam benéficas, o engenho é desprezado caso haja desconforto.

É importante ressaltar que não houve padronização durante a produção do dispositivo,


ou seja, o tipo de material, a espessura e as peças variaram conforme a necessidade do
paciente. Todos estes motivos influenciam durante a absorção de choque, podendo ser maior
em um do que em outro, o que dificulta a comparação dos resultados. Assim, interpreta-se que
qualquer dado baropodométrico deve ser interpretado com cuidado, levando à indicação de
uma órtese individualizada, moldada conforme a necessidade do usuário, assim como no
estudo das pressões plantares de Almeida et al. (2009) utilizando palmilhas customizadas no
ambiente de trabalho.

Mesmo assim, comparando este estudo ao de Almeida et al. (2009) e Basford et al.
(2002), houve redução da dor entre o período inicial e final da avaliação para ambos os
grupos, ressaltando que a utilização de palmilhas viscoelásticas de poliuretano pelos autores
citados ocorreu também em um baixo período de tempo, porém maior do que neste estudo.
Logo, pode-se dizer que as adições de peças podais aos pés quando capazes de trazer
conforto, podem suavizar os sinais álgicos.

Resultados semelhantes foram encontrados na pesquisa de Beltrán (2008) do Instituto


de Barcelona com 105 pacientes de ambos os sexos e de idades distintas com variação de 18 a
60 anos, onde após a confecção das palmilhas e utilização por um prazo de 2 meses percebeu-
se que 91,57% reduziram seus sintomas de dor e apresentaram maior conforto em ortostase,
estes comparados à 87,5% deste estudo.

Kavlak (2003) também analisou os efeitos das palmilhas posturais em uma amostra de
18 pacientes durante um período de 3 meses, no qual houve redução da dor e gasto de energia
em pacientes com artrite reumatóide.

Existe uma suposição de que a estadia prolongada na posição ortostática pode


aumentar a sensibilidade da planta do pé, logo, Shabat et al. (2005) relatam que ao utilizar
palmilhas ortopédicas, aumenta-se a sensação de conforto aos pés, que por sua vez, resulta na
diminuição das queixas álgicas. Assim, como Almeida et al. (2009), se torna pertinente que
permanecer de pé em um plano macio é menos cansativo do que em uma face rígida.

Alguns autores como Budiman-Mak et al. (1996) afirmam que o êxito na intervenção
utilizando palmilhas têm sido relacionado com um bom tempo de uso, sendo capaz de reduzir
a dor. Todas as medidas apresentaram diferença nas pressões plantares ao utilizarem
palmilhas posturais, sendo estatisticamente significativas. Segundo Nedel (2009, apud
PRZYSIEZNY, 2006), este fato pode ser explicado pelas reavaliações do protocolo CNT e
baropodométricas terem sido aplicadas após o período mínimo de utilização exigido para que
ocorra reprogramação da postura, que é de 45 dias.
Assim como Neto et al. (2015), Mafinski (2005) e Fernandes (2017), nosso estudo
obteve resultados positivos mediante utilização das peças podais quando aprofundado o
protocolo CNT. A partir disso, houve melhora de todas as variáveis posturais durante a
utilização das palmilhas convencionais, contudo, ainda existiu resistência para estas mesmas
variáveis durante a correção em curto prazo com os elementos podais nas palmilhas 3D. Não
obstante, estes mesmos estudos apresentaram amostras superiores ao nosso, alcançando de 15
a 40 participantes, ainda assim, com alteração no teste de tensão da musculatura paravertebral.
Neste contexto, o mesmo exame variou em ambos os indivíduos do grupo convencional e do
grupo 3D após a retirada das palmilhas, assim como as demais variáveis de comprimento dos
MMSS e nivelamento das cristas ilíacas. Ainda que tenham se mantido normais para o grupo
convencional durante o período de utilização de 30 dias.

Em resposta as variáveis baropodométricas, após o período mínimo de 30 dias de uso


houve melhora da distribuição plantar em grande parte dos grupos assim como na pesquisa de
Fernandes (2017) e Ferreira, Ávila e Mastroeni (2015) em seu estudo com pacientes obesos
após dois meses de uso. Apesar disso, Neto et al. (2015) utilizou a mesma metodologia de
avaliação e não conseguiu resultados positivos com os elementos podais de correção em
mulheres saudáveis, de mesma forma com um de nossos pacientes do grupo 3D com seu
resultado previamente apresentado antes do estudo.

Apesar disto, segundo Stefanello, Jucá e Lodi (2004, apud MARCZAK, 2004), os
valores de normalidade de pressão plantar se mantém em torno de 35 a 40% para o ante pé e
55 a 60% no retro pé. Considerando este tipo de valor, todos os pacientes deste estudo
obtiveram ou mantiveram resultados positivos.

Bankoff et al. (2004) descreve a baropodometria como um método de analisar o


equilíbrio postural, considerando-a como uma técnica recente e de escasso uso nas pesquisas,
principalmente por ser manuseada em maior proporção para condições clínicas. Apesar disto,
o autor valoriza o instrumento como forma de avaliação do deslocamento do centro de
pressão e na distribuição das cargas plantares dos pés de forma estática e dinâmica, as
mesmas formas que foram realizadas neste estudo.

Telfer e Woodburn (2010) realizaram um estudo onde foram escolhidos 141 artigos a
respeito da tecnologia 3D. A fim de avaliar e mensurar o pé, os autores concluíram que o
conhecimento desta tecnologia, mesmo que até agora exista por necessidade de
aperfeiçoamento, é capaz de acelerar o tempo de produção das órteses. Esta conclusão vem de
encontro com nosso projeto, analisando a velocidade no qual foram produzidos os
dispositivos e a praticidade em inserir os relevos das peças podais em questões de
centímetros.

Os resultados de Nedel (2009, apud OHLENDORF et al., 2008) com o exame de


Escanometria Tridimensional (3D) em adultos de ambos os sexos apresentam uma proposta
semelhante aos nossos resultados. Comparando ambas as orientações, todos os pacientes
utilizaram as palmilhas sem receber diretrizes para mudança de seus hábitos diários, havendo,
portanto, como única necessidade utilizar a palmilha por o maior período de tempo possível,
desde que haja conforto e tomando como base tempo mínimo de 4 horas por dia. Logo, em
ambos os estudos houve melhora da postura e alívio da dor com o dispositivo.

De acordo com Salles, Gyi e Forrester (2011) o preço da fabricação dos modelos de
palmilha varia conforme o quilograma do material utilizado, o tempo contabilizado de
produção (mão de obra) e manutenção das máquinas. O custo bruto referente ao tipo de
palmilha do nosso estudo foi de: convencional mantido entre R$ 300 reais, enquanto que a
palmilha 3D permaneceu entre: Custeio por horário da impressora com filamento e energia
elétrica inclusos R$ 10,00, com tempo de impressão do par de aproximadamente 8 horas,
contabilizando R$ 80,00; horário do profissional engenheiro para calibração da máquina e
ajuste da impressão R$ 50,00; e valor por hora de projeto, ou seja, projeção da palmilha em
software SolidWorks R$ 60,00, totalizando R$: 190,00. Segundo Seger (2017), em seu estudo
de análise da influência das palmilhas personalizadas na distribuição das pressões plantares e
controle postural, o tempo médio e custo de fabricação variou conforme a técnica e o tempo,
segundo Melchels, Feijen e Grijpma (2010) e Seger (2017 apud ALVES, 2001) podendo
estimar de 7 horas e 50 minutos para 5 pares na técnica Estereolitografia (SLA - 3D) raio
ultravioleta com solidificação de resina por CAD com preço médio de £ 191,25; Segundo
Saleh (2013) 18 horas e 30 minutos para 15 pares na técnica sinterização seletiva por laser
(SLS - 3D) varrimento de pós em rolo por laser guiado a CAD com custo de £143,34 o par
sendo o mercado mais competitivo; de acordo com Jumani, Shaikh e Shah (2014) na técnica
modelagem por deposição de material fundido (FDM – 3D) maior competição com o mercado
convencional, 14 horas e 10 minutos (modelação por extrusão de plástico) com valor do par
£240,33.

Outro aspecto merecedor de uma análise é o pós-tratamento. Após passar pela


intervenção, todos os pacientes que apresentaram resultados benéficos neste estudo podem
continuar optando pelo recurso, ou seja, a serventia da palmilha continua válida desde que não
haja desconforto, passando de um período de curto para longo prazo. Semelhantemente ao
estudo de Guimarães et al. (2006), os objetivos do tratamento deste estudo após a recuperação
passaram para prevenção e impedir o retrocesso, visto que a adaptação em um baixo período
de tempo pode ser revertida quando o estímulo é retirado.

De outro modo, um dado aspecto que nos chama a atenção é a forma como lidar com
as limitações deste estudo. Mesmo que esta pesquisa utilize recursos práticos de forma rápida
para investigação de alterações posturais, também pode ser considerada subjetiva devido à
imperfeição da observação do avaliador e a escala visual numérica no qual pode ser alterada
conforme a experiência pessoal e não somente a intensidade. Outros fatores de entrave que
devem ser considerados correspondem ao número da amostra, o período de tempo e a
manutenção da impressora. Durante o período de fabricação das palmilhas individualizadas,
existiram períodos de interrupção do projeto devido à danificação de peças, todavia, os
resultados continuaram semelhantes aos estudos citados anteriormente.

4 CONCLUSÃO

De acordo com o que foi exposto, uma simples inconstância dos pés pode sugerir em
uma imprevisibilidade da postura. A indicação de palmilhas ortopédicas personalizadas pode
ser utilizada como recurso alternativo durante a reabilitação a fim de evitar contratempos mais
sérios, além de beneficiar a postura e promover alívio da dor.
Atualmente no mercado, existem diversas maneiras de se produzir palmilhas
individualizadas e a literatura prova que este tipo de dispositivo surte maior efeito benéfico do
que as pré-fabricadas em massa. Considerando o período de tempo em que os pacientes
utilizaram para seu bem-estar, tais mecanismos garantiram melhora significativa da dor e da
funcionalidade mesmo que as alterações nas distribuições plantares tenham sido mínimas.
Retomando nossa pergunta inicial, ambas as palmilhas tiveram efeitos positivos
durante o tratamento. As órteses provindas da recente tecnologia 3D foram capazes de atender
os requisitos deste estudo, contudo, os materiais utilizados ou a maneira como os pacientes
utilizaram o dispositivo pode ter interferido em resultados superiores da pesquisa.
Demonstramos que as limitações deste estudo também devem ser levadas em
consideração, visto que as medidas dependem do ponto de vista do avaliador, do período e
utilização do dispositivo, da subjetividade durante a mensuração da dor e da funcionalidade,
assim como a população, que requer um maior aprofundamento visto que o controle foi
realizado em avaliações distintas e não durante o acompanhamento periódico em clínica ou
domicílio.
COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN PERSONALIZED INSULATION
MANUFACTURING IN 3D PRINTER AND CONVENTIONAL CLOTHING IN THE
DISTRIBUTION OF THE TYPE OF WALKING AND POSTURAL CONTROL

ABSTRACT

This work tests a comparative analysis between the quick and personalized
manufacture of conventional and 3D orthopedic insoles in the distribution of plantar pressures
and in postural control. Such an approach is necessary because most of the postural changes
are caused by the effects of the lower limbs, especially for the feet, an articular arrangement
of indispensable stability and mobility. Modern work has verified whether orthopedic insoles
produced using recent 3D technology were able to redistribute as plantar pressures and reduce
pain just as they did, maintaining individual functionality and an alternative of normal
intervention to the current market. This attempt was achieved through comparative field
research carried out in the walking and laying laboratory in the municipality of Varginha de
Minas Gerais with two distinct groups, one using a conventional insole and the other using a
3D, being carried out by the CNT protocol by Lizandro Ceci , by pain scales, lower limb
involvement and baropodometry. The efficient result analysis for both groups in relation to
pain, functionality and comfort, however, the conventional group is superior in terms of
adaptation and adaptation of the device. Despite this, the 3D group was able to resolve health
impasses that even conventional physiotherapy was not enough. It is considered that the
intervention was effective for those selected, continuity of treatment can be carried out safely
until the moment when both devices do not cause discomfort or irregularities.

Keyowrds: Orthoses. Insoles. Postural Control. Plant pressure. Orthopedic Insoles. Custom
Insoles.
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ANEXOS
ANEXO A

ESCALA VISUAL NUMÉRICA


ANEXO B

ESCALA FUNCIONAL DA EXTREMIDADE INFERIOR


APÊNDICES
APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

Título da Pesquisa: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A FABRICAÇÃO RÁPIDA


PERSONALIZADA DE PALMILHAS EM IMPRESSORA 3D E A CONFECÇÃO
CONVENCIONAL NA DISTRIBUIÇÃO DO TIPO DE PISADA E NO CONTROLE
POSTURAL.

Nome do Pesquisador Responsável: Juliano Ferreira Mendes

Fone do Pesquisador Responsável: +55 35 99817-9242


E-mail do Pesquisador Responsável:julianofmendes@yahoo.com.br
Nome dos Pesquisadores Assistentes (alunos):Valdeir Massoleni e Vanessa Mesquita
Instituição de Vínculo da Pesquisa: Unis
Contato com a Instituição: etica@unis.edu.br ou (35) 3219-5084 (Helena)

Definição: O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e


independente, com função pública, que deve existir nas instituições que realizam pesquisas
envolvendo seres humanos no Brasil, criado para defender os interesses dos sujeitos da
pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa
dentro de padrões éticos (Normas e Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa Envolvendo
Seres Humanos – Res. CNS 4666/2012).

1. Natureza da pesquisa: o (a) Sr. (Sra.) está sendo convidado (a) a participar desta
pesquisa que tem como finalidade ajudar no desenvolvimento do Projeto intitulado
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A FABRICAÇÃO RÁPIDA PERSONALIZADA
DE PALMILHAS EM IMPRESSORA 3D E A CONFECÇÃO CONVENCIONAL NA
DISTRIBUIÇÃO DO TIPO DE PISADA E NO CONTROLE POSTURAL do Curso de
Graduação em Fisioterapia, do Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS/MG, o qual
ao final terá o levantamento dos dados de forma estatística.

2. Participantes da pesquisa: serão entrevistados oito indivíduos divididos em dois grupos,


sendo grupo 1 caracterizado pelos utilitários da palmilha convencional e grupo 2
caracterizado pela utilização de palmilhas fabricadas em impressora 3D, da microrregião
de Varginha.

3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo o Sr. (Sra.) permitirá que o (a)
pesquisador (a) obtenha dados que serão utilizados para a comparação entre os modelos de
palmilhas fabricados, evidenciando o método mais aconselhável de manufaturação destes
dispositivos em prol dos benefícios para o paciente e o fisioterapeuta produtor. O Sr.
(Sra.) tem liberdade de se recusar a participar e, ainda, se recusar a continuar participando
em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o Sr. (Sra.). Sempre que quiser
poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do (a) pesquisador(a)
do projeto ou da própria instituição, identificados no início desta página. Em qualquer
situação, sua identidade será integralmente preservada.
4. Sobre as entrevistas: a entrevista poderá ser verbal, sem gravações, com suas respostas
anotadas com caneta no próprio questionário pelo(a) pesquisador(a). Poderá haver registro
fotográfico da autorizado pelo Sr. (Sra.), para que os pesquisadores possam fazer constar
em seu documento final para a Instituição.

5. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os


procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com
Seres Humanos conforme Resolução n.º 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum
dos procedimentos usados oferece riscos à sua integridade física, mental, psíquica, moral e
dignidade. A utilização do novo material, bem como a produção incorreta do dispositivo
poderão resultar em perda da sensibilidade, do volume da musculatura intrínseca dos
metatarsos e até mesmo desabamento dos arcos plantares, ocasionando o surgimento de
úlceras plantares, dedos em garra e até mesmo o pé caído. Todavia, neste projeto, serão
realizadas avaliações recorrentes a cada mês, bem como observações semanais para
notificar a evolução do paciente e reforçar as orientações quanto à utilização da palmilha.
Ainda, durante a fabricação de ambas, serão utilizados os instrumentos de
baropodometria, notificando a real distribuição das pressões nos pés, assim como a
plantigrafia, fortificando o sistema de diagnóstico e análise da pisada, antes da produção
das órteses plantares. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002) Apesar da baixa estimativa do
surgimento de um destes riscos, desenvolveremos imediatamente outra palmilha com os
mesmos recursos utilizados, levando em consideração ao feedback do paciente, bem
como, o orientaremos ao clínico quando em extrema necessidade.

6. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente


confidenciais. Somente os pesquisadores e o orientador terão conhecimento dos dados.

7. Benefícios: ao participar desta pesquisa o Sr. (Sra.) não terá nenhum benefício direto.
Entretanto, espera-se que este estudo traga informações importantes sobre os benefícios
referentes ao seu tipo de pé e alterações de sua pisada, reformulando a necessidade ou não
da utilização destes dispositivos de forma que o conhecimento aqui produzido possa
permitir melhor entendimento sobre o tema desta pesquisa, onde o(a) pesquisador(a) se
compromete a divulgar os resultados obtidos como forma de divulgação dos resultados
obtidos. Os pacientes submetidos à utilização das órteses plantares tanto pela produção
convencional quanto pela manufaturação em impressora 3D poderão apresentar benefícios
quanto à eliminação ou redução significativa da dor, aumento do conforto e do
desempenho nas atividades de vida diária e/ou esportivas, prevenção de lesões associadas
ao tipo de pé ou alterações quanto ao tipo de pisada. Sua utilização adequada retribui na
correção da postura reestruturando princípios básicos do alinhamento dos pés e
consequentemente das articulações do joelho e quadril. Além destes citados, um pé bem
posicionado proporciona um bom fluxo sanguíneo, necessário principalmente para
pacientes com Diabetes Mellitus, além de que, quando aplicadas no momento certo para
prevenção da progressão da doença, são consideradas bem mais baratas do que um
procedimento cirúrgico.

8. Pagamento: o Sr. (Sra.) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa,
bem como nada será pago por sua participação. Caso haja alguma despesa relacionada à
sua participação nessa pesquisa, V.Sa. será ressarcida das despesas que porventura possam
surgir. Fica definido aqui que ressarcimento trata-se única e exclusivamente de
compensação material, exclusivamente de despesas do participante e seus acompanhantes,
quando necessário, tais como transporte e alimentação.

9. Garantia de Busca de Indenização: este documento não lhe garante nenhuma


indenização, mas garante a V.Sa. o direito à busca de indenização, caso se sinta de alguma
forma prejudicada durante o transcorrer da pesquisa ou após sua finalização e divulgação
dos resultados, mediante análise do jurídico.

Após estes esclarecimentos, caso o Sr.(Sra.) se sinta plenamente esclarecido, solicitamos o


seu livre consentimento para participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens
que se seguem.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Consentimento Livre e Esclarecido


Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu
consentimento em participar da pesquisa. Autorizo a realização da pesquisa e a divulgação
dos dados obtidos neste estudo.

______________________________________________
Nome e Assinatura do Participante da Pesquisa
RG: __________________________

______________________________________________
Juliano Ferreira Mendes
Pesquisador Responsável

______________________________________________
Valdeir Massoleni
Pesquisador Assistente

______________________________________________
Vanessa Figueiredo Mesquita
Pesquisador Assistente
APÊNDICE B

CARTA DE ANUÊNCIA

Assunto:Análise comparativa entre a produção de palmilhas personalizadas em impressora 3D


e a produção tradicional, aplicadas na distribuição do tipo de pisada e do controle postural.
Anexo: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Varginha, 02 de agosto de 2020

IlmaSr(a). ............................................................
Devido ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que será desenvolvido pelos
Pesquisadores Assistentes, os acadêmicos: Valdeir Massoleni e Vanessa Figueiredo Mesquita
do Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS,
Campus de Varginha-MG, e orientado por mim, Pesquisador Responsável Prof. Juliano
Ferreira Mendes, venho solicitar a Vossa Excelência permissão para realizar uma análise entre
a comparação da manufaturação de palmilhas personalizadas em impressora 3D e a produção
tradicional, aplicada na distribuição do tipo de pisada e no controle postural, com o intuito de
verificar se a fabricação de palmilhas ortopédicas em impressora 3D surte efeito na
redistribuição das pressões plantares em áreas desejáveis, se corrige alterações e
desalinhamentos e se o material utilizado para sua produção serve de base para nosso estudo
em termos de conforto e fricção, devido ao número restrito de instrumentos disponíveis para
sua produção, correspondendo à comparação com os demais equipamentos utilizados na
maneira tradicional.
Neste ínterim, serão aplicados questionários e testes específicos quanto à avaliação na
presença de dor, alterações do tipo de pisada e situações problemas associados de membros
inferiores. As avaliações serão realizadas na clínica Podolab – Laboratório de Marcha e
Postura, localizada na Avenida Castelo Branco, nº 245 sala 305, Cnpj 22895409/0001-56
juntamente do orientador e responsável pelo estabelecimento Juliano Ferreira Mendes,
baseada no protocolo CNT e constando com a necessidade da utilização das órteses plantares.
Esclareço que a avaliação não contém procedimentos invasivos e não será realizado nenhum
tipo de tratamento fisioterapêutico, bem como nenhum procedimento que venha a ser
prejudicial aos participantes do projeto.
Esta pesquisa será realizada nos respectivos dias e horários a seguir: 30/09/2020 à
04/11/2020, das 8:00 até as 11:00 horas. Deixo-lhe os contatos de telefone e email:
Pesquisador Responsável Juliano Ferreira Mendes (35) 9817-9242 e e-
mail julianofmendes@yahoo.com.br; Pesquisador Assistente Valdeir Massoleni (35) 92001-
2854 e e-mail valdeirmassolenifs@gmail.com; Pesquisadora Assistente Vanessa Figueiredo
Mesquita: (35) 9 9863-2023 e e-mail vanessa.meskita2008@hotmail.com.

Certos de poder contar com vossa colaboração, neste sentido, antecipadamente agradeço.

Respeitosamente,

_________________________________________________________________________
Pesquisador Assistente Pesquisador Assistente
Valdeir Massoleni Vanessa Figueiredo Mesquita
UNIS/MG UNIS/MG

___________________________________________________________
Pesquisador Responsável
Juliano Ferreira Mendes
UNIS/MG

Autorizo e tenho ciência,

__________________________________________________
Juliano Ferreira Mendes
Clínica Podolab - Laboratório de Marcha e Postura

Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS/MG


Rodovia Varginha - Elói Mendes (Próximo ao Aeroporto de Varginha)
Varginha/MG-CEP: 37110-000 -Tel:(35) 3219-5000
APÊNDICE C

QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO
APÊNDICE D

ESCALA DE CONFORTO E SATISFAÇÃO

1. Qual foi a orientação passada em relação ao tempo diário da palmilha?

_______________________________________________________________________________________

2. Você ainda utiliza a palmilha?

 Sim, exatamente como foi indicado;


 Sim, mas por tempo menor do que o indicado;
 Sim, eventualmente;
 Não. Por quanto tempo você a utilizou? ________________________________________________
 Nos momentos que não utiliza sente alguma diferença? ___________________________________

3. De que forma a orientação sobre o uso da palmilha foi passada?

Recebi orientação oral Recebi orientação escrita e oral

4. Você realizou algum outro tipo de tratamento para esse problema?

1. Sim. Qual?______________________________________________
2. Não.

5. Você considera que a palmilha melhorou seu problema? (Sendo 0 não houve melhora e 10 melhora
total)

_______________________________________________________________________________________

6. Quanto ao conforto, você considera a palmilha: (Sendo 0 muito desconfortável e 10 muito confortável)

7. A palmilha coube em todos os calçados fechados?

Sim Não

8.Você está satisfeito com o retorno proporcionado pelo dispositivo?

Sim Não

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