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Sacramentos: quantos e por quê?

- I
É convicção da Igreja que os sacramentos todos foram instituídos por Cristo.
Somente assim eles têm de fato um valor salvífico verdadeiro. de modo
infalível, com a autoridade que Cristo deu aos Apóstolos e seus legítimos
sucessores, os Bispos: “Se alguém afirmar que os sacramentos da nova lei não
foram todos instituídos por Jesus Cristo, nosso Senhor... seja anátema (= seja
separado da Igreja)”. Mas, onde, na Bíblia aparece a instituição dos sete
sacramentos, um por um? Antes de responder esta questão é necessário
compreender o que o Concílio quis afirmar com a palavra “instituir”. Quando
estudamos as atas do Concílio de Trento, vemos explicado lá que os Bispos
participantes do Concílio afirmaram que Cristo “instituiu” no sentido que é ele,
Jesus Cristo, diretamente, quem confere eficácia, poder, efeito ao rito
celebrado. Em outras palavras: a força do sacramento vem de Cristo e só dele,
é manifestação da sua obra de salvação. Os sacramentos não são, como dizia
erradamente Calvino, instituições da Igreja. Jesus é a presença de salvação,
visível e eficaz, de Deus no nosso meio – por isso ele é o Sacramento do Pai; a
Igreja, por sua vez, é continuadora da presença de Cristo: o Senhor fez dela
sinal visível e eficaz de sua palavra e de sua ação – ela é sacramento de
Cristo!
Então, ao instituir a Igreja o Senhor Jesus tinha a intenção clara que ela fosse
sacramento de sua presença e que seus gestos e palavras fossem sinais
eficazes de sua ação e de sua presença. Neste sentido toda a Igreja é
sacramental: Jesus não quis apenas os sete sacramentos; quis muito mais:
desejou a própria estrutura sacramental da Igreja; quis que sua presença
graciosa e salvífica fosse vista, concreta, palpável nos ritos, gestos, ação de
serviço que a Igreja realiza entre os homens. É isto que Trento quer ensinar: a
estrutura sacramental da Igreja não vem nem dos Apóstolos, nem da própria
Igreja, mas do próprio Cristo Jesus, Sacramento primordial! E isto é dogma de
fé!
Interessa à Igreja que, biblicamente, está mais que dito que Cristo fez de sua
Igreja sacramento de sua presença, prolongamento de seus gestos e palavras
salvíficos! No entanto, isto não significa que não possamos ver no próprio Novo
Testamento o embrião da prática de cada um dos sacramentos. Vejamos
somente alguns exemplos – existem outros:
- para o batismo: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água
e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5); “Ide, portanto, e fazei
que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo...” (Mt 28,19).
- para a eucaristia: “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e pronunciou a
bênção. Depois, partiu o pão e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei,
isto é o meu corpo’. Em seguida, tomando um cálice, depois de dar graças,
deu-lhes, dizendo: ‘Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da
Aliança, derramado por muitos, para o perdão dos pecados’” (Mt 26,26ss; cf.
Mc 14,22-24; Lc 22,19s; 1Cor 11,24s).
- para a penitência: “E eu te digo: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a
minha Igreja e as portas do inferno nunca levarão vantagem sobre ela. Eu te
darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos
céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt
16,18s); “Após essas palavras, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito
Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não
perdoardes os pecados não serão perdoados’” (Jo 20,22s).
- para a confirmação: “Quando os apóstolos, que estavam em Jerusalém,
ouviram que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e
João. Estes, assim que chegaram, fizeram uma oração pelos novos fiéis a fim
de receberem o Espírito Santo, visto que ainda não havia descido sobre
nenhum deles. Tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus” (At
8,14ss); “Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. 6 Pela
imposição das mãos, Paulo fez descer sobre eles o Espírito Santo. Falavam
em línguas e profetizavam” (At 19,5s).
- para a ordem: “E tomando um pão, deu graças, partiu-o e deu-lhes dizendo:
‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim’” (Lc
22,19); “Por este motivo eu te exorto reavivar a chama do dom de Deus que
recebeste pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6).
- para o matrimônio: “Não lestes que no princípio o Criador os fez homem e
mulher e disse: Por isso o homem deixará o pai e a mãe para unir-se à sua
mulher, e os dois serão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só
carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu” (Mt 19,4-9); “Sujeitai-vos
uns aos outros no temor de Cristo. Maridos, amai vossas esposas, como Cristo
amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água
do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem
mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e
irrepreensível. Assim os maridos devem amar suas mulheres, como a seu
próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Decerto, ninguém
odeia sua própria carne mas a nutre e trata como Cristo faz com sua Igreja,
porque somos membros de seu corpo. Por isso deixará o homem o pai e a mãe
e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne .Grande é este mistério.
Quero referir-me a Cristo e sua Igreja” (Ef 5, 21-32).
- para a unção dos enfermos: “Há algum enfermo? Mande, então, chamar os
presbíteros da Igreja, que façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em
nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará e,
se tiver cometido pecado, será perdoado” (Tg 5,14s).
Vejam bem: estes textos não são provas do momento em que os sacramentos
foram instituídos! Eles simplesmente mostram como o embrião de cada ação
sacramental da Igreja estava presente na ação de Cristo e dos Apóstolos por
ele enviados! Assim, todos e cada sacramento remota a Cristo, que fez de sua
Igreja sacramento de salvação!
Qual é a finalidade da celebração dos sacramentos?
 
 
Cristo morreu e ressuscitou para derramar sobre nós o Espírito Santo que nos
dá a vida divina, nos torna semelhantes ao Cristo ressuscitado e, assim, nos
faz filhos do Pai, à imagem do Filho Jesus. Por isso no dia mesmo da
Ressurreição o Senhor derramou seu Espírito sobre a Igreja. Ora, é
exatamente este dom do Espírito (que nos cristifica, nos torna imagem do Filho
Jesus e, assim, vai nos fazendo filhos do Pai até a vida eterna) que recebemos
em cada sacramento. Celebrando os sacramentos, recebemos o Espírito que
nos faz semelhantes ao Filho Jesus e, assim, filhos do Pai e herdeiros do Céu.
 
 
Qual, então, a finalidade dos sacramentos? Cristificar-nos, fazendo-nos
templos do Espírito e filhos de Deus Pai e, por isso, herdeiros do Céu.
Cristificando-nos, os sacramentos nos inserem cada vez mais no Corpo do
Senhor, que é a Igreja. Por isso, podemos dizer também que os sacramentos
constróem a Igreja, Corpo de Cristo.

Por exemplo: na Eucaristia é toda a Igreja quem celebra, todos os batizados


que dela participam. Nenhum cristão assiste à Missa; o cristão participa da
Missa! Já um não-batizado, mesmo que esteja lá e responda e cante, apenas
assiste! Participamos da celebração dos sacramentos porque somos membros
do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Mas um é o modo de participar dos leigos e
outro o modo de participar do sacerdote: o padre torna presente o Cristo
Cabeça do Corpo que é a Igreja, enquanto os batizados participam como
membros do Corpo de Cristo.

Edith Stein - Santa Teresa Benedita da Cruz – Batismo e Confirmação


Santa Imelda – Eucaristia
Santa Maria Madalena – Reconciliação – pecadora perdoada. Santa Maria
Egipciaca
Santa Terezinha do Menino Jesus – Unção dos Enfermos – Não morro, entro
na vida
Ordem – Padre Pio
Matrimônio – São Luiz e Zélia Martin – pais de Santa Terezinha. O bom Deus
me deu pais que são mais do céu do que da terra.
Compromisso com os sacramentos – Receber para viver
Receber para viver - Via, meio de SANTIFICAÇÃO
Os sacramentos são assim proclamações da salvação, dos favores que o
Deus-Amor fez e faz para seu povo, por meio de sinais sensíveis, ritos e
palavras. São ainda o “sim” do fiel ao Mistério da salvação. São a resposta
livre, consciente, amorosa com um ato pessoal e eclesial. Os sacramentos não
são atos individuais, mas expressões comunitárias da fé, onde Cristo é o
centro, garantindo sua presença permanente e atual no meio dos fiéis. Os
sacramentos exprimem o relacionamento dos homens com Deus.
Sacramentos e a nossa vida
Batismo – Banho, purificação. A água é vida e pela água do Batismo é gerado
a nossa vida e filiação divina em Cristo Jesus. O pecado é destruído em nós.
Pela via ordinária o Batismo é condição de salvação. o homem se torna filho
adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo
O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a
remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento
para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de
Cristo, templo do Espírito Santo. Com isso mesmo, o batizado, é incorporado à
Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
Reconciliação – exame de consciência
Eucaristia – CIC 1376 – 1381. Eucaristia não é reflexo de Deus, é Deus.
Confirmação – Infusão do Espírito Santo – Dom do Espírito Santo.
“Pelo sacramento da Confirmação (os cristãos) são ligados mais perfeitamente
à Igreja, são enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo, são mais
estreitamente obrigados à fé. Como verdadeiras testemunhas de Cristo devem
espalhar e defender essa fé, tanto por palavras como por obras” Lumen
Gentium, 11
Unção dos Enfermos; Ordem; Matrimônio

Jovens, não deixem as coisas, o materialismo, os prazeres e nem as ideologias


de morte SUFOCAREM as sementes do Evangelho plantadas em vocês. Ao
contrário, cuidem delas, como preciosos tesouros e com a graça de Deus
produzam muitos frutos onde quer que vocês estejam: na família, na escola, no
lazer e na igreja. Esses frutos lhes darão recompensas eternas e não somente
ilusões passageiras e prestígios nesse mundo. Desejem ser boas pessoas,
bons profissionais, viverem bem a vocação que o Senhor lhes chamar, mas
acima de tudo desejem o CÉU. E o céu não é um projeto futuro, nós já
experimentamos o céu aqui na terra, justamente pela vivência dos sacramentos
e a vida de oração que manifesta em nós e na sociedade o nosso amor a Deus
e aos irmãos.

11. São considerados válidos pela Igreja Católica os batismos realizados nas
seguintes
igrejas não católicas:
a. Igrejas orientais (“ortodoxas”, que não estão em comunhão plena com a Igreja
Católica Romana, das quais, pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil);
b. Igreja Vetero Católica;
c. Igreja Episcopal do Brasil (“Anglicanos”);
d. Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
e. Igreja Evangélica Luterana no Brasil (IELB);
f. Igreja Metodista;
g. Outras igrejas evangélicas: Igrejas presbiterianas; Igrejas batistas; Igrejas
congregacionais; Igrejas adventistas do sétimo dia;
h. Outras igrejas pentecostais: Assembleia de Deus; Congregação Cristã do Brasil;
Igreja do Evangelho Quadrangular; Igreja Deus é Amor; Igreja Evangélica Pentecostal
“O Brasil para Cristo”; Exército da Salvação, e outras.
12. Um cristão batizado numa dessas igrejas não pode ser normalmente “rebatizado”,
nem sequer sob condição. Entretanto, exige‐se de quem já foi batizado, e desejam
integrar‐se na Igreja Católica, uma profissão de fé que seja formalizada em ato público
perante a comunidade; por esta profissão de fé ele é recebido na Igreja Católica (cf.
C.D.C. cân. 11). Feita a Profissão de Fé e, antes de receberem o Sacramento da
Eucaristia, da Crisma ou do Matrimônio, precisa confessar‐se com o sacerdote. É
necessário que tragam da Igreja onde foi batizado um Atestado de Batismo.
13. Há sérias dúvidas quanto à validade do batismo administrado pelas Igrejas
Brasileiras (a ICAB e as dela derivadas que, não raro, se autointitulam "apostólicas",
"ortodoxas" etc.) e pela Igreja Universal do Reino de Deus (segundo a orientação da
assessoria canônica da CNBB, há dúvidas sobre a reta intenção deste grupo
pentecostal). Nesses casos, deve‐se batizar sob condição (cf. CNBB n. 25).
14. São certamente considerados nulos os batizados feitos nas seguintes igrejas,
seitas ou grupos religiosos:
a. Igreja Pentecostal Unida do Brasil (costuma batizar apenas "Em nome do Senhor
Jesus" e não em nome de toda a Santíssima Trindade);
b. Mórmon ou dos Santos dos Últimos Dias (negam a divindade de Cristo, no sentido
autêntico e, consequentemente, seu papel redentor);
c. Testemunhas de Jeová (negam a fé na Santíssima Trindade);
d. Ciência Cristã;
e. Messiânica ou da Unificação do Reverendo Moon;
f. Cientologia;
g. Grupos como os da Umbanda, Candomblé e outros menos conhecidos.

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