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Nova Aliança

Semanário Litúrgico – Ano XXX – Nº 17 – 07 de Abril de 2023 - Diocese de São José dos Campos – SP

SEXTA FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR


DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA
“Tenho sede”. Com estas palavras contemplamos a entrega obediente e amorosa do Filho
de Deus no madeiro. Nesta sede humana de Jesus manifesta-se, em verdade, a sede de
Deus por uma humanidade mais fraterna, justa e solidária, que vive intimamente ligada ao
Senhor que a criou e a chamou para ser santa. A sede de Deus é saciada quando imitamos
o exemplo de seu Filho, vivendo como Ele viveu e ofertando-nos despojadamente como Ele
se ofertou. No venerável silêncio deste dia em que Cristo vence a morte com a doação de
sua vida, iniciemos esta sagrada liturgia.

ENCONTRO ENTRE IRMÃOS res; e nós pensávamos fosse um chagado,


golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi
(Os ministros aproximam-se do altar, em silên- ferido por causa de nossos pecados, esmaga-
cio, fazendo-lhe reverência. O sacerdote e os do por causa de nossos crimes; a punição a
diáconos prostram-se em sinal de profunda ele imposta era o preço da nossa paz, e suas
reverência e respeito pelo mistério que vamos feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós
celebrar.) vagávamos como ovelhas desgarradas, cada
qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez
1. ORAÇÃO recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi
Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca;
Cristo destruístes a morte que o primeiro pe- como cordeiro levado ao matadouro ou como
cado transmitiu a todos. Concedei que nos ovelha diante dos que a tosquiam, ele não
tornemos semelhantes ao vosso Filho e, as- abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e
sim como trouxemos pela natureza a imagem foi condenado. Quem se preocuparia com sua
do homem terreno, possamos trazer pela gra- história de origem? Ele foi eliminado do mun-
ça a imagem do homem novo. Por Cristo, nos- do dos vivos; e por causa do pecado do meu
so Senhor. – Amém. povo, foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe se-
pultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos,
A PALAVRA SE FAZ VIDA porque ele não praticou o mal, nem se encon-
trou falsidade em suas palavras. 10O Senhor
quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo
2. PRIMEIRA LEITURA (Is 52,13-53,12) sua vida em expiação, ele terá descendência
Leitura do Livro do Profeta Isaías. duradoura, e fará cumprir com êxito a vonta-
13
Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua de do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento,
ascensão será ao mais alto grau. 14Assim alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu
como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens,
desfigurado ele estava que não parecia ser carregando sobre si suas culpas. 12Por isso,
um homem ou ter aspecto humano –, 15do compartilharei com ele multidões e ele reparti-
mesmo modo ele espalhará sua fama entre rá suas riquezas com os valentes seguidores,
os povos. Diante dele os reis se manterão em pois entregou o corpo à morte, sendo contado
silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narra- como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava
do e conhecendo coisas que jamais ouviram. o pecado de todos e intercedia em favor dos
53,1
Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? pecadores.
E a quem foi dado reconhecer a força do Se- - Palavra do Senhor!
nhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como - Graças a Deus!
renovo de planta ou como raiz em terra seca.
Não tinha beleza nem atrativo para o olhar- 3. SALMO RESPONSORIAL (Sl (30) (31))
mos, não tinha aparência que nos agradasse. - Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu es-
3
Era desprezado como o último dos mortais, pírito.
homem coberto de dores, cheio de sofrimen- 1. Senhor eu ponho em vós minha esperança;
tos; passando por ele, tapávamos o rosto; que eu não fique envergonhado eternamente!
tão desprezível era, não fazíamos caso dele. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu es-
4
A verdade é que ele tomava sobre si nossas pírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas do- 2. Tornei-me o opróbrio do inimigo, o despre-
zo e zombaria dos vizinhos, e objeto de pa- los. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lu-
vor para os amigos; fogem de mim os que me gar, porque Jesus costumava reunir-se aí com
veem pela rua. Os corações me esqueceram os seus discípulos. 3Judas levou consigo um
como um morto, e tornei-me como um vaso destacamento de soldados e alguns guardas
espedaçado. dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali
- Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu es- com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus,
pírito. consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao
3. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, encontro deles e disse:
e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu en- Presidente: “A quem procurais?”.
trego em vossas mãos o meu destino; libertai- Leitor 1: 5Responderam:
-me do inimigo e do opressor! Povo: “A Jesus, o Nazareno”.
4. Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, Leitor 1: Ele disse:
e salvai-me pela vossa compaixão! Fortalecei Presidente: “Sou eu”.
os corações, tende coragem, todos vós que Leitor 1: Judas, o traidor, estava junto com
ao Senhor vos confiais! eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles re-
cuaram e caíram por terra. 7De novo lhes per-
4. SEGUNDA LEITURA (Hb 4,14-16; 5,7-9) guntou:
Leitura da Carta aos Hebreus. Presidente: “A quem procurais?”.
Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote emi- Leitor 1: Eles responderam:
nente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Povo: “A Jesus, o Nazareno”.
Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé Leitor 1: 8Jesus respondeu:
que professamos. 15Com efeito, temos um Presidente: “Já vos disse que sou eu. Se é a
sumo sacerdote capaz de se compadecer de mim que procurais, então deixai que estes se
nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado retirem”.
em tudo como nós, com exceção do pecado. Leitor 1: 9Assim se realizava a palavra que
16
Aproximemo-nos então, com toda a con- Jesus tinha dito: ‘Não perdi nenhum daqueles
fiança, do trono da graça, para conseguirmos que me confiaste’. 10Simão Pedro, que trazia
misericórdia e alcançarmos a graça de um au- uma espada consigo, puxou dela e feriu o ser-
xílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias vo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha
de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, direita. O nome do servo era Malco. 11Então
com forte clamor e lágrimas, àquele que era Jesus disse a Pedro:
capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por Presidente: “Guarda a tua espada na bainha.
causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”.
Filho, aprendeu o que significa a obediência Leitor 1: 12Então, os soldados, o comandante
a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o
consumação de sua vida, tornou-se causa de amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás,
salvação eterna para todos os que lhe obede- que era sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote
cem. naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus
- Palavra do Senhor. o conselho: “É preferível que um só morra
- Graças a Deus! pelo povo”. 15Simão Pedro e um outro discípu-
lo seguiam Jesus. Esse discípulo era conheci-
5. EVANGELHO (Jo 18,1-19,42) do do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no
pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora,
6. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO perto da porta. Então o outro discípulo, que
Salve, ó Cristo obediente! Salve, amor oni- era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, con-
potente, que te entregou à cruz e te recebeu versou com a encarregada da porta e levou
na luz. Pedro para dentro. 17A criada que guardava a
1. O Cristo obedeceu até a morte, humilhou- porta disse a Pedro:
-se e obedeceu o bom Jesus. Humilhou-se e Mulher: “Não pertences também tu aos discí-
obedeceu, sereno e forte, humilhou-se e obe- pulos desse homem?”.
deceu até a cruz. Leitor 1: Ele respondeu:
2. Por isso o Pai do céu o exaltou, exaltou-o e Leitor 2: “Não!”.
lhe deu um grande nome, exaltou-o e lhe deu Leitor 1: 18Os empregados e os guardas fize-
poder e glória, diante dele céus e terra se ajo- ram uma fogueira e estavam se aquecendo,
elhem! pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecen-
do-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interro-
Leitor 1: PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JE- gou Jesus a respeito de seus discípulos e de
SUS CRISTO SEGUNDO JOÃO. seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos Presidente: “Eu falei às claras ao mundo. En-
para o outro lado da torrente do Cedron. Havia sinei sempre na sinagoga e no Templo, onde
aí um jardim, onde ele entrou com os discípu- todos os judeus se reúnem. Nada falei às es-
condidas. 21Por que me interrogas? Pergunta Leitor 2: “Então, tu és rei?”.
aos que ouviram o que falei; eles sabem o que Leitor 1: Jesus respondeu:
eu disse”. Presidente: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e
Leitor 1: 22Quando Jesus falou isso, um dos vim ao mundo para isto: para dar testemunho
guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, da verdade. Todo aquele que é da verdade es-
dizendo: cuta a minha voz”.
Leitor 2: “É assim que respondes ao Sumo Leitor 1: 38Pilatos disse a Jesus:
Sacerdote?”. Leitor 2: “O que é a verdade?”
Leitor 1: 23Respondeu-lhe Jesus: Leitor 1: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encon-
Presidente: “Se respondi mal, mostra em tro dos judeus, e disse-lhes:
quê; mas, se falei bem, por que me bates?”. Leitor 2: “Eu não encontro nenhuma culpa
Leitor 1: 24Então, Anás enviou Jesus amarra- nele. 39Mas existe entre vós um costume, que
do para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis
Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. que vos solte o rei dos Judeus?”.
Disseram-lhe: Leitor 1: 40Então, começaram a gritar de novo:
Povo: “Não és tu, também, um dos discípu- Povo: “Este não, mas Barrabás!”.
los dele?”. Leitor 1: Barrabás era um bandido. 19,1Então
Leitor 1: Pedro negou: Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados
Leitor 2: “Não!”. teceram uma coroa de espinhos e a coloca-
Leitor 1: 26Então um dos empregados do ram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com
Sumo Sacerdote, parente daquele a quem um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e
Pedro tinha cortado a orelha, disse: diziam:
Leitor 2: “Será que não te vi no jardim com Povo: “Viva o rei dos judeus!”.
ele?”. Leitor 1: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu
Leitor 1: 27Novamente Pedro negou. E na de novo e disse aos judeus:
mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, leva- Leitor 2: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de
ram Jesus ao palácio do governador. Era de vós, para que saibais que não encontro nele
manhã cedo. Eles mesmos não entraram no crime algum”.
palácio, para não ficarem impuros e poderem Leitor 1: 5Então Jesus veio para fora, trazen-
comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao en- do a coroa de espinhos e o manto vermelho.
contro deles e disse: Pilatos disse-lhes:
Leitor 2: “Que acusação apresentais contra Leitor 2: “Eis o homem!”.
este homem?”. Leitor 1: 6Quando viram Jesus, os sumos sa-
Leitor 1: 30Eles responderam: cerdotes e os guardas começaram a gritar:
Povo: “Se não fosse malfeitor, não o tería- Povo: “Crucifica-o! Crucifica-o!”.
mos entregue a ti!”. Leitor 1: Pilatos respondeu:
Leitor 1: 31Pilatos disse: Leitor 2: “Levai-o vós mesmos para o crucifi-
Leitor 2: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de car, pois eu não encontro nele crime algum”.
acordo com a vossa lei”. Leitor 1: 7Os judeus responderam:
Leitor 1: Os judeus lhe responderam: Povo: “Nós temos uma Lei, e, segundo essa
Povo: “Nós não podemos condenar nin- Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de
guém à morte”. Deus”.
Leitor 1: 32Assim se realizava o que Jesus ti- Leitor 1: 8Ao ouvir essas palavras, Pilatos fi-
nha dito, significando de que morte havia de cou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez
morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no pa- no palácio e perguntou a Jesus:
lácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Leitor 2: “De onde és tu?”.
Leitor 2: “Tu és o rei dos judeus?”. Leitor 1: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos
Leitor 1: 34Jesus respondeu: disse:
Presidente: “Estás dizendo isso por ti mes- Leitor 2: “Não me respondes? Não sabes que
mo, ou outros te disseram isso de mim?”. tenho autoridade para te soltar e autoridade
Leitor 1: 35Pilatos falou: para te crucificar?”.
Leitor 2: “Por acaso, sou judeu? O teu povo Leitor 1: 11Jesus respondeu:
e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Presidente: “Tu não terias autoridade alguma
Que fizeste?” sobre mim, se ela não te fosse dada do alto.
Leitor 1: 36Jesus respondeu: Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa
Presidente: “O meu reino não é deste mundo. maior”.
Se o meu reino fosse deste mundo, os meus Leitor 1: 12Por causa disso, Pilatos procurava
guardas teriam lutado para que eu não fosse soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
entregue aos judeus. Mas o meu reino não é Povo: “Se soltas este homem, não és amigo
daqui”. de César. Todo aquele que se faz rei, decla-
Leitor 1: 37Pilatos disse a Jesus: ra-se contra César”.
Leitor 1: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos le- (Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa)
vou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no
lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gá- 31
Era o dia da preparação para a Páscoa. Os
bata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, judeus queriam evitar que os corpos ficassem
por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: na cruz durante o sábado, porque aquele sá-
Leitor 2: “Eis o vosso rei!”. bado era dia de festa solene. Então pediram a
Leitor 1: 15Eles, porém, gritavam: Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos
Povo: “Fora! Fora! Crucifica-o!”. crucificados e os tirasse da cruz. 32Os solda-
Leitor 1: Pilatos disse: dos foram e quebraram as pernas de um e,
Leitor 2: “Hei de crucificar o vosso rei?”. depois, do outro que foram crucificados com
Leitor 1: Os sumos sacerdotes responderam: Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e ven-
Povo: “Não temos outro rei senão César”. do que já estava morto, não lhe quebraram
Leitor 1: 16Então Pilatos entregou Jesus para as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado
ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus to- com uma lança, e logo saiu sangue e água.
mou a cruz sobre si e saiu para o lugar cha- 35
Aquele que viu, dá testemunho e seu teste-
mado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali munho é verdadeiro; e ele sabe que fala a ver-
o crucificaram, com outros dois: um de cada dade, para que vós também acrediteis. 36Isso
lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda aconteceu para que se cumprisse a Escritura,
escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus
estava escrito: “Jesus Nazareno, o Rei dos Ju- ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olha-
deus”. 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, rão para aquele que transpassaram”. 38Depois
porque o lugar em que Jesus foi crucificado fi- disso, José de Arimateia, que era discípulo de
cava perto da cidade. O letreiro estava escrito Jesus - mas às escondidas, por medo dos ju-
em hebraico, latim e grego. 21Então os sumos deus - pediu a Pilatos para tirar o corpo de
sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar
Povo: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicode-
mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos mos, o mesmo que antes tinha ido de noite
judeus’”. encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta qui-
Leitor 1: 22Pilatos respondeu: los de perfume feito de mirra e aloés. 40Então
Leitor 2: “O que escrevi, está escrito”. tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no,
Leitor 1: 23Depois que crucificaram Jesus, os com os aromas, em faixas de linho, como os
soldados repartiram a sua roupa em quatro judeus costumam sepultar. 41No lugar onde
partes, uma parte para cada soldado. Quanto Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no
à túnica, esta era tecida sem costura, em peça jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém
única de alto abaixo. 24Disseram então entre tinha sido sepultado. 42Por causa da prepara-
si: ção da Páscoa, e como o túmulo estava perto,
Povo: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos foi ali que colocaram Jesus.
a sorte para ver de quem será”. - Palavra da Salvação.
Leitor 1: Assim se cumpria a Escritura que diz: - Glória a vós, Senhor!
“Repartiram entre si as minhas vestes e lança-
ram sorte sobre a minha túnica”. Assim proce- ORAÇÃO UNIVERSAL
deram os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, Na celebração da Paixão do Senhor, a Igreja
estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, abre os braços e o coração numa oração de
Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, intercessão pela salvação do mundo. A Igreja,
ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que é o Corpo Místico de Cristo, por meio des-
que ele amava, disse à mãe: se mesmo Cristo, apresenta ao Pai suas gran-
Presidente: “Mulher, este é o teu filho”. des intenções. Toda a humanidade é trazida
Leitor 1: 27Depois disse ao discípulo: aos pés da cruz.
Presidente: “Esta é a tua mãe”.
Leitor 1: Dessa hora em diante, o discípulo a 7. PELA SANTA IGREJA
acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sa- Oremos, irmãos e irmãs caríssimos, pela san-
bendo que tudo estava consumado, e para ta Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus
que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por
Presidente: “Tenho sede”. toda a terra e nos conceda uma vida calma
Leitor 1: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. e tranquila, para sua própria glória. (Silêncio)
Amarraram numa vara uma esponja embebida Deus Eterno e Todo-Poderoso, que em Cristo
de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele revelastes a vossa glória a todos os povos, ve-
tomou o vinagre e disse: lai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa
Presidente: “Tudo está consumado”. Igreja, espalhada por todo o mundo, permane-
Leitor 1: E, inclinando a cabeça, entregou o ça inabalável na fé e proclame sempre o vos-
espírito. so nome. Por Cristo, nosso Senhor. - Amém.
8. PELO PAPA dentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que
Oremos pelo nosso santo Padre, o Papa Fran- o povo da primitiva aliança mereça alcançar a
cisco. O Senhor nosso Deus, que o escolheu plenitude da vossa redenção. Por Cristo, nos-
para o Episcopado, o conserve são e salvo à so Senhor. - Amém.
frente da sua Igreja, governando o povo de
Deus. (Silêncio) 13. PELOS QUE NÃO CREEM NO CRISTO
Deus Eterno e Todo-Poderoso, que dispuses- Oremos pelos que não creem no Cristo, para
tes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos que, iluminados pelo Espírito Santo, possam
escutar nossos pedidos: protegei com amor também ingressar no caminho da salvação.
o Pontífice que escolhestes, para que o povo (Silêncio)
cristão que governais por meio dele possa Deus Eterno e Todo-Poderoso, dai aos que
crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor. não creem no Cristo e caminham sob o vos-
- Amém. so olhar com sinceridade de coração, chegar
ao conhecimento da verdade. E fazei que se-
9. POR TODAS AS ORDENS E CATEGO- jamos no mundo testemunhas mais fiéis da
RIAS DE FIÉIS vossa caridade, amando-nos melhor uns aos
Oremos pelo nosso Bispo Cesar, por todos os outros e participando com maior solicitude do
bispos, presbíteros e diáconos da Igreja e por mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Se-
todo o povo fiel. (Silêncio) nhor. - Amém.
Deus Eterno e Todo-Poderoso, que santificais
e governais pelo vosso Espírito todo o corpo 14. PELOS QUE NÃO CREEM EM DEUS
da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigi- Oremos pelos que não reconhecem a Deus,
mos por todos os ministros do vosso povo. para que, buscando lealmente o que é reto,
Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, possam chegar ao Deus verdadeiro. (Silêncio)
vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Se- Deus Eterno e Todo-Poderoso, vós criastes
nhor. - Amém. todos os seres humanos e pusestes em seu
coração o desejo de procurar-vos para que,
10. PELOS CATECÚMENOS tendo-vos encontrado, só em vós achassem
Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o repouso. Concedei que, entre as dificuldades
Senhor nosso Deus abra os seus corações deste mundo, discernindo os sinais da vos-
e as portas da misericórdia, para que, tendo sa bondade e vendo o testemunho das boas
recebido nas águas do batismo o perdão de obras daqueles que creem em vós, tenham a
todos os seus pecados, sejam incorporados alegria de proclamar que sois o único Deus
no Cristo Jesus. (Silêncio) verdadeiro e Pai de todos os seres humanos.
Deus Eterno e Todo-Poderoso, que por novos Por Cristo, nosso Senhor. - Amém.
nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja,
aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) 15. PELOS PODERES PÚBLICOS
catecúmenos, para que, renascidos pelo ba- Oremos por todos os governantes: que o nos-
tismo, sejam contados entre os vossos filhos so Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes
adotivos. Por Cristo, nosso Senhor. - Amém. dirija o espírito e o coração para que todos
possam gozar de verdadeira paz e liberdade.
11. PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS (Silêncio)
Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs Deus Eterno e Todo-Poderoso, que tendes na
que creem no Cristo, para que o Senhor nos- mão o coração dos seres humanos e o direito
so Deus se digne reunir e conservar na unida- dos povos, olhai com bondade aqueles que
de da sua Igreja todos os que vivem segundo nos governam. Que por vossa graça se con-
a verdade. (Silêncio) solidem por toda a terra a segurança e a paz,
Deus Eterno e Todo-Poderoso, que reunis a prosperidade das nações e a liberdade reli-
o que está disperso e conservais o que está giosa. Por Cristo, nosso Senhor. - Amém.
unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho.
Que a integridade da fé e os laços da caridade 16. POR TODOS OS QUE SOFREM PROVA-
unam os que foram consagrados por um só ÇÕES
batismo. Por Cristo, nosso Senhor. - Amém. Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai Todo-Po-
deroso, para que livre o mundo de todo erro,
12. PELOS JUDEUS expulse as doenças e afugente a fome, abra
Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor as prisões e liberte os cativos, vele pela segu-
nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de rança dos viajantes e transeuntes, repatrie os
que cresçam na fidelidade de sua aliança e no exilados, dê saúde aos doentes e a salvação
amor do seu nome. (Silêncio) aos que agonizam. (Silêncio)
Deus Eterno e Todo-Poderoso, que fizestes Deus Eterno e Todo-Poderoso, sois a conso-
vossas promessas a Abraão e seus descen- lação dos aflitos e a força dos que labutam.
Cheguem até vós as preces dos que clamam - Felizes os convidados para a Ceia do Se-
em sua aflição, sejam quais forem os seus so- nhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o peca-
frimentos, para que se alegrem em suas pro- do do mundo.
vações com o socorro da vossa misericórdia. - Senhor, eu não sou digno(a) ...
Por Cristo, nosso Senhor. - Amém.
20. CANTO DA COMUNHÃO
ADORAÇÃO DA CRUZ Prova de amor maior não há que doar a vida
A entrega de Cristo ao Pai e aos homens na pelo irmão.
cruz é o mais sublime sinal de amor. A Igreja 1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamen-
ergue o sinal da vitória do Senhor, como que to: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos te-
para concretizar neste gesto a realização da nho amado!”
sua palavra: “Quando eu for levantado da ter- 2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes
ra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Honrando meu preceito: “Amai-vos uns aos outros, como
sua cruz, adoramos e agradecemos a Jesus eu vos tenho amado!”
por seu amor. 3. Como o Pai sempre me ama, assim tam-
bém, eu vos amei: “Amai-vos uns aos outros,
17. EXORTAÇÃO AO ERGUER A CRUZ como eu vos tenho amado!”
- Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salva- 4. Permanecei em meu amor e segui meu man-
ção do mundo. damento: “Amai-vos uns aos outros, como eu
- Vinde, adoremos! vos tenho amado!”
5. E chegando a minha Páscoa, vos amei até
18. ADORAÇÃO DA CRUZ o fim: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos
Meu povo, que te fiz eu ou em que te con- tenho amado!”
tristei? Responde-me! Que mais devia ter 6. Nisto todos saberão, que vós sois os meus
feito por ti e não o fiz? Responde-me! discípulos: “Amai-vos uns aos outros, como eu
1. Por que eu te tirei da terra do Egito, prepa- vos tenho amado!”
raste uma cruz para o teu Salvador!
2. Eu te plantei como vinha, escolhida e pre- 21. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
ciosa e tu te fizeste amarga para mim! OREMOS: Ó Deus, que nos renovastes pela
3. Eu flagelei por ti o Egito e os primogênitos e santa morte e ressurreição do vosso Cristo,
tu me entregaste, assim flagelado! conservai em nós a obra de vossa misericór-
4. Eu abri o mar diante de ti e tu me abriste o dia, para que, pela participação deste misté-
lado co’uma lança! rio, vos consagremos sempre a nossa vida.
5. Na coluna de fogo, eu te guiei e tu me con- Por Cristo, nosso Senhor. - Amém!
duziste ao pretório de Pilatos!
6. Eu te dei a beber a boa água da pedra e tu DEUS NOS ABENÇOA
me deste a beber fel e vinagre!
Ó Deus Santo! Ó Deus Santo! Santo e Po-
deroso! Santo e Poderoso! Santo e imortal, Estamos encerrando esta celebração. Mas a
tende piedade de nós! Santo e imortal, tende vivência do Tríduo Pascal continua. Não de-
piedade de nós! vemos nos desviar do pensamento central da
Igreja para este dia e o de amanhã: silêncio,
DEUS NOS ALIMENTA meditação e reflexão diante do túmulo de Je-
sus, que morreu por nós.

19. RITO DA COMUNHÃO 22. ORAÇÃO SOBRE O POVO


- Rezemos, com amor e confiança, a oração Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa
que o Senhor nos ensinou: sobre o vosso povo, que acaba de celebrar
- Pai Nosso... a morte do vosso Filho, na esperança da sua
- Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos ressurreição. Venha o vosso perdão, seja
hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa mise- dado o vosso consolo; cresça a fé verdadeira
ricórdia, sejamos sempre livres do pecado e e a redenção se confirme. Por Cristo, nosso
protegidos de todos os perigos, enquanto, vi- Senhor. - Amém.
vendo a esperança, aguardamos a vinda do
Cristo Salvador. (Terminada a oração,
- Vosso é o reino, o poder e a glória para
sempre! todos se retiram em silêncio)
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Registro de Títulos e Documentos nº 173183
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