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Celebração da Palavra de Deus

Diocese da Campanha/MG – Ano B (São Marcos) – 29 de Março de 2024 – Solenidade – Cor: Vermelha

Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor


RITOS INICIAIS fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si
nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e
(Na hora marcada, todos se reúnem na Igreja ou no local de nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e
celebração, guardando o mais profundo silêncio.
Toda a equipe de celebração, já em seus lugares, coloca-se de humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos
joelhos por alguns instantes, juntamente com a assembleia. pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição
O presidente da celebração pode motivar todos a se ajoelharem, a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o
mas de forma breve. NÃO há entrada, intenção e comentário. preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como
O altar deve estar completamente desnudado (sem toalhas e ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e
velas). Quem preside, após alguns instantes em silêncio, faz a
oração sem o convite “oremos”:) o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi
(De pé) maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como
cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos
Oração do Dia
que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado
Pres.: Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo
pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com
destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a
sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos
todo gênero humano. Concedei que nos tornemos
vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado
semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos
até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um
pela natureza a imagem do homem terrestre, possamos
túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal, nem
manter pela graça a imagem do homem celeste. Por
se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis
Cristo, nosso Senhor. Ass.: Amém.
macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em
expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir
Liturgia da Palavra com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de
(Sentados)
sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu
1ª Leitura (Is 52,13-53,12) Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens, carregando
Leitura do Livro do Profeta Isaías. sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele
13
Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes
será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado
pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado
parecia ser um homem ou ter aspecto humano –, 15do de todos e intercedia em favor dos pecadores. – Palavra
mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. do Senhor. Ass.: Graças a Deus.
Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo
que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que Salmo Responsorial (Salmo 30 (31))
jamais ouviram. 53,1Quem de nós deu crédito ao que R/. Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do – 2Senhor, eu ponho em vós minha esperança; *
Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de que eu não fique envergonhado eternamente!
planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem – 6Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos porque vós me salvareis, ó Deus fiel! (R/.)
agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais,
homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando – 12Tornei-me o opróbrio do inimigo, *
por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não o desprezo e zombaria dos vizinhos,
– e objeto de pavor para os amigos; * quem procurais?” Nar.: 5Responderam: Ass.: “A Jesus,
fogem de mim os que me veem pela rua. o Nazareno.” Nar.: Ele disse: Cristo: “Sou eu.” Nar.:
– 13Os corações me esqueceram como um morto, * Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus
e tornei-me como um vaso espedaçado. (R/.) disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De
– 15A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, * novo lhes perguntou: Cristo: “A quem procurais?” Nar.:
e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eles responderam: Ass.: “A Jesus, o Nazareno.” Nar.:
– 16Eu entrego em vossas mãos o meu destino; *
8
Jesus respondeu: Cristo: “Já vos disse que sou eu. Se é
libertai-me do inimigo e do opressor! (R/.) a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.”
Nar.: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
– 17Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, * “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste.” 10Simão
e salvai-me pela vossa compaixão! Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu
– 25Fortalecei os corações, tende coragem, * o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
todos vós que ao Senhor vos confiais! (R/.) O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
Cristo: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber
2ª Leitura (Hb 4,14-16; 5,7-9) o cálice que o Pai me deu?” Nar.: 12Então, os soldados, o
Leitura da Carta aos Hebreus.
comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o
Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que
amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o
entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso,
sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14Foi
permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com
Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que
efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer
um só morra pelo povo.” 15Simão Pedro e um outro
de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo
discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do
como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos
Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo
então, com toda a confiança, do trono da graça, para
Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o
conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um
outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote,
auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua
saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro
vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor
para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a
e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E
Pedro: Leitor: “Não pertences também tu aos discípulos
foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo
desse homem?” Nar.: Ele respondeu: Leitor: “Não!”
sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a
Nar.: 18Os empregados e os guardas fizeram uma
Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de
fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro
sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos
ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo
os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor.
Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e
Ass.: Graças a Deus!
de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu: Cristo: “Eu
(De pé)
falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e
Aclamação ao Evangelho no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei
V.: Reginaldo Veloso, M.: Silvio Milanez, CD Tríduo Pascal I.
às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que
R/. Salve, ó Cristo Obediente! / Salve, amor onipotente, /
que te entregou à cruz / e te recebeu na luz! ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.” Nar.:
22
V/. O Cristo obedeceu até a morte, / humilhou-se e obedeceu Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava
o bom Jesus, / humilhou-se e obedeceu, sereno e forte, / deu-lhe uma bofetada, dizendo: Leitor: “É assim que
humilhou-se e obedeceu até a cruz. (Fl 2,8-9) respondes ao Sumo Sacerdote?” Nar.: 23Respondeu-lhe
Jesus: Cristo: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se
Evangelho da Paixão (Jo 18,1-19,42) falei bem, por que me bates?” Nar.: 24Então, Anás enviou
Nar.: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão
João: Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, Ass.: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o Nar.: Pedro negou: Leitor: “Não!” Nar.: 26Então um dos
traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir- empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem
se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um Pedro tinha cortado a orelha, disse: Leitor: “Será que não
destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos te vi no jardim com ele?” Nar.: 27Novamente Pedro
sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás,
e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã
acontecer, saiu ao encontro deles e disse: Cristo: “A cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não
ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então
Pilatos saiu ao encontro deles e disse: Leitor: “Que Cristo: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se
acusação apresentais contra este homem?” Nar.: 30Eles ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti,
responderam: Ass.: “Se não fosse malfeitor, não o portanto, tem culpa maior.” Nar.: 12Por causa disso,
teríamos entregue a ti!” Nar.: 31Pilatos disse: Leitor: Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
“Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa Ass.: “Se soltas este homem, não és amigo de César.
lei.” Nar.: Os judeus lhe responderam: Ass.: “Nós não Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César.”
podemos condenar ninguém à morte.” Nar.: 32Assim Nar.: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para
se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado
morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da
palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Leitor: “Tu és o preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse
rei dos judeus?” Nar.: 34Jesus respondeu: Cristo: “Estás aos judeus: Leitor: “Eis o vosso rei!” Nar.: 15Eles,
dizendo isso por ti mesmo, ou outros te disseram isso de porém, gritavam: Ass.: “Fora! Fora! Crucifica-o!”
mim?” Nar.: 35Pilatos falou: Leitor: “Por acaso, sou Nar.: Pilatos disse: Leitor: “Hei de crucificar o vosso
judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a rei?” Nar.: Os sumos sacerdotes responderam: Ass.:
mim. Que fizeste?” Nar.: 36Jesus respondeu: Cristo: “O “Não temos outro rei senão César.” Nar.: 16Então
meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o
mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não levaram. 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar
fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.” chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o
Nar.: 37Pilatos disse a Jesus: Leitor: “Então, tu és rei?” crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus
Nar.: Jesus respondeu: Cristo: “Tu o dizes: eu sou rei. no meio. 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e
Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o
da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha Rei dos Judeus.” 20Muitos judeus puderam ver o letreiro,
voz.” Nar.: 38Pilatos disse a Jesus: Nar.: “O que é a porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto
verdade?” Nar.: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e
dos judeus, e disse-lhes: Leitor: “Eu não encontro grego. 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram
nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, a Pilatos: Ass.: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas
que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus.’” Nar.:
solte o rei dos Judeus?” Nar.: 40Então, começaram a 22
Pilatos respondeu: Leitor: “O que escrevi, está escrito.”
gritar de novo: Ass.: “Este não, mas Barrabás!” Nar.: Nar.: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados
Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para
flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem
espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no costura, em peça única de alto a baixo. 24Disseram então
com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e entre si: Ass.: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a
diziam: Ass.: “Viva o rei dos judeus!” Nar.: E davam- sorte para ver de quem será.” Nar.: Assim se cumpria
lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes
Leitor: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para e lançaram sorte sobre a minha túnica.” Assim
que saibais que não encontro nele crime algum.” Nar.: procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus,
5
Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de
e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: Leitor: “Eis o Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao
homem!” Nar.: 6Quando viram Jesus, os sumos lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: Cristo:
sacerdotes e os guardas começaram a gritar: Ass.: “Mulher, este é o teu filho.” Nar.: 27Depois disse ao
“Crucifica-o! Crucifica-o!” Nar.: Pilatos respondeu: discípulo: Cristo: “Esta é a tua mãe.” Nar.: Dessa hora
Leitor: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso,
não encontro nele crime algum.” Nar.: 7Os judeus Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a
responderam: Ass.: “Nós temos uma Lei, e, segundo Escritura se cumprisse até o fim, disse: Cristo: “Tenho
essa Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de sede.” Nar.: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Deus.” Nar.: 8Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre
mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e
perguntou a Jesus: Leitor: “De onde és tu?” Nar.: Jesus disse: Cristo: “Tudo está consumado.” Nar.: E,
ficou calado. 10Então Pilatos disse: Leitor: “Não me inclinando a cabeça, entregou o espírito.
respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar (Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa)
e autoridade para te crucificar?” Nar.: 11Jesus respondeu: Nar.: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus
queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o
sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. 2. Pela Santa Igreja, pelo Papa, por todos os seus membros
Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas e pelos catecúmenos.
aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram Leitor: Rezemos pela nossa Igreja aqui e no mundo inteiro:
e quebraram as pernas de um e, depois, do outro, que por todos os ministros e ministras de nossas comunidades, pelo
foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Papa Francisco e por nosso Bispo Pedro, que têm como missão
coordenar a unidade da Igreja, pelos que se preparam para ser
Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as batizados nesta Páscoa e pelos que trabalham na catequese.
pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de
lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu, dá joelhos, canta-se:
testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de
fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso nós!
aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Todos se levantam e o que preside reza:
“Não quebrarão nenhum dos seus ossos.” 37E outra Pres.: Ó Deus de bondade, firmai em vosso amor esta vossa
Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que família. Fortalecei na fé os animadores e animadoras do vosso
transpassaram.” 38Depois disso, José de Arimateia, que povo e fazei que nossas Igrejas sejam cada vez mais pascais e
era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos testemunhas do vosso amor para com toda a humanidade. Por
judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Cristo, nosso Senhor.
Ass.: Amém.
Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus.
39
Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha 3. Pela unidade dos cristãos
ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta Leitor: Rezemos por todas as Igrejas cristãs e pela unidade dos
quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram cristãos: pelas comunidades cristãs de nossas cidades e de
o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em nosso bairro e seus pastores, pelos organismos que promovem
faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41No a unidade entre as Igrejas, pelos que oram e trabalham pela
lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no união das Igrejas.
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de
jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido
joelhos, canta-se:
sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de
o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus. – nós!
Palavra da Salvação. Ass.: Glória a vós, Senhor! Todos se levantam e o que preside reza:
(Sentados) Pres.: Ó Deus, promessa de paz, Jesus morreu para reunir
Homilia todos os vossos filhos e as vossas filhas em todo o mundo. Dai
(Ao final deste material se encontra uma sugestão de às Igrejas cristãs a unidade visível e a alegria de cumprirem a
reflexão que poderá ser feita neste momento) missão que lhes destes. / Por Cristo, nosso Senhor.
Oração Universal Ass.: Amém.
Pres.: Irmãos e irmãs, nós celebramos o Senhor que pela cruz
salvou o mundo inteiro. Rezemos, então, pelas grandes 4. Pelos que não creem no Cristo
necessidades da Igreja e da humanidade, pela qual Jesus Cristo Leitor: Rezemos pelas comunidades e grupos de outras
deu a vida. religiões: por todos os grupos religiosos, para que se engajem
firmemente pela paz, para que se acabem as guerras entre as
1. Pela Paz religiões, para que sejam testemunhas fiéis na construção de
Leitor: Rezemos pela paz no mundo inteiro para que cessem uma cultura de paz, para que peregrinem obedecendo
todas as guerras, para que vença a justiça, pelo fim de todo fielmente os preceitos do Deus da paz.
armamento, pelo fim das discriminações raciais, por melhores Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de
condições de vida em nosso país e em todos os países do joelhos, canta-se:
Terceiro Mundo. R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de nós!
joelhos, canta-se: Todos se levantam e o que preside reza:
Letra e Música: Pe. Joaquim Ximenes Coutinho Pres.: Ó Deus do universo, acolhei as preces e invocações de
R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de todos os que vos invocam com nomes diferentes e protegei as
nós! pessoas que se consagram ao vosso serviço. Firmai o diálogo
Todos se levantam e o que preside reza: inter-religioso e a colaboração entre todos vos que são vossos.
Pres.: Deus de terna compaixão, pela cruz de Jesus Cristo Por Cristo, nosso Senhor. Ass.: Amém.
derrubastes os muros de separação entre os povos. Dai a toda
5. Pelos judeus
a humanidade a vossa paz, baseada na justiça e no direito. Por
Leitor: Rezemos pelas comunidades de Israel
Cristo, nosso Senhor.
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de
Ass.: Amém.
joelhos, canta-se:
R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de encontrarem meios eficientes de solidariedade. Por Cristo,
nós! nosso Senhor.
Todos se levantam e o que preside reza: Ass.: Amém.
Pres.: Ó Deus, promessa de paz, que fizestes aliança com
Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja, Adoração da Santa Cruz
reafirmai a unidade das duas alianças e multiplicai as vossas
bênçãos sobre o povo judeu, conduzindo-o pelo caminho da
Apresentação da Santa Cruz
(Estando a Cruz velada com um tecido vermelho em um lugar de
paz. Por Cristo, nosso Senhor. destaque já preparado, o presidente da celebração convida à
Ass.: Amém. Adoração da Cruz. Nesse momento, não se faz a entrada, nem se
canta como o costume. Após o comentário, a equipe de celebração
6. Pelos que não creem em Deus
faz a adoração e, no final, toda assembleia faz o mesmo.)
Leitor: Rezemos pelos que não creem em Deus e pelas
Pres.: Celebramos a Paixão e a Morte de Nosso Senhor
pessoas que estão em crise de fé.
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de Jesus Cristo. É desta entrega, deste ato de amor de Jesus
joelhos, canta-se: na Cruz que nasce a Igreja. A cruz não é apenas
R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de instrumento de morte, mas é também trono e exaltação,
nós! sinal de salvação. Na Cruz Jesus se torna o único
Todos se levantam e o que preside reza: mediador entre o Pai e a humanidade. Contemplemos o
Pres.: Ó Deus, pusestes no coração de toda pessoa o desejo de lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo e o
vos procurar. Dai a todos os que procuram a verdade, a graça adoremos!
de vos descobrir como Deus vivo e amigo da humanidade. (Terminado o comentário acima, o presidente da celebração retira
Fazei de nós, que cremos, testemunhas da vossa bondade. Por o pano vermelho, faz juntamente com a equipe de celebração a
Cristo, nosso Senhor. Adoração da Cruz, enquanto se canta)
Ass.: Amém.
Canto para Adoração da Cruz
7. Pelos governantes Letra e Música: Pe. Joaquim Ximenes Coutinho
Leitor: Rezemos pelos que dirigem os destinos das nações: 1. Povo meu, que te fiz eu?/ Dize em que te contristei?/ Por
pela Organização das Nações Unidas e por todos os que à morte me entregaste?/ Em que foi que te faltei?
organismos que congregam as nações, pelos chefes de estado, Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de
por todos os que exercem o poder executivo, por todos os que nós!
trabalham na justiça, por todos os que atuam no legislativo, 2. Eu te fiz sair do Egito,/ com maná te alimentei./ Preparei-te
vereadores e deputados. bela terra,/ tu, a cruz para o teu rei.
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de 3. Bela vinha eu te plantara,/ tu plantaste a lança em mim./
joelhos, canta-se: Águas doces eu te dava,/ foste amargo até o fim.
R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de 4. Flagelei por ti o Egito,/ primogênitos matei./ Tu, porém, me
nós! flagelaste,/ entregaste o próprio rei.
Todos se levantam e o que preside reza: 5. Eu te abri o Mar Vermelho,/ me rasgaste o coração./ A
Pres.: Ó Deus, vós revelais vossa salvação a todos os povos, Pilatos me levaste,/ eu te levei pela mão.
fazei que os dirigentes das nações as governem com justiça. 6. Só na cruz tu me exaltaste,/ quando em tudo te exaltei./ Que
Que todos os habitantes da terra vivam em liberdade e sejam mais podia eu ter feito?/ Em que foi que te faltei?
respeitados como vossos filhos e vossas filhas. Por Cristo,
nosso Senhor.
Ass.: Amém. Rito da Comunhão
(A Cruz permanece em lugar de destaque à entrada do
8. Por todos os que sofrem presbitério; os ministros colocam sobre o altar a toalha e o
Leitor: Rezemos por todas as pessoas que sofrem: pelos povos corporal ; o Ssmo. Sacramento é trazido ao altar, pelo caminho
indígenas ameaçados de morte, pelos sofredores das ruas de mais curto e em silêncio, acompanhado com duas velas que são
nossas cidades, pelas pessoas que estão nas prisões, pelos colocadas sobre o altar. Quem preside dirige-se ao altar, faz a
doentes de nossas comunidades, pelas vítimas da fome e da genuflexão e diz:)
violência, pelos refugiados, pelos que são discriminados. Pres.: Obedientes à palavra do Salvador e formados por
Todos se ajoelham e rezam em silêncio. Permanecendo de seu divino ensinamento, ousamos dizer (cantar):
joelhos, canta-se:
Ass.: Pai nosso...
R./ Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de
Pres.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
nós!
Todos se levantam e o que preside reza: Ass.: Amém
Pres.: Ó Deus, defensor da vida e consolação dos aflitos, tende Pres.: Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o
piedade de vosso povo. Mostrai a vossa força em todos os que Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
sofrem tribulações e iluminai as comunidades cristãs a Ass.: Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em
minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).
Pres.: OREMOS – Ó Deus eterno e todo-poderoso, que
Canto da Comunhão nos renovastes pela santa morte e ressurreição do vosso
L. e M.: Pe. José Weber, SVD, CD Tríduo Pascal I. Cristo, conservai em nós a obra da vossa misericórdia,
R/. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo para que, pela participação neste mistério, vos
irmão.
consagremos sempre a nossa vida. Por Cristo, nosso
1. Eis que dou o meu novo mandamento: / “Amai-vos uns aos
outros como eu vos tenho amado”. (R/.) Senhor. Ass.: Amém.
2. Vós sereis os meus amigos de seguirdes meu preceito: /
“Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. (R/.) Ritos Finais
3. Como o Pai sempre me ama, assim também Eu vos amei: /
“Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. (R/.) Oração sobre o povo
4. Permanecei no meu amor e segui meu mandamento: / Pres.: Que a vossa bênção, Senhor, desça copiosa sobre
“Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. (R/.) o vosso povo, que acaba de celebrar a morte do vosso
5. E chegando a minha Páscoa, vos amei até o fim: / “Amei- Filho na esperança da sua ressurreição. Venha o vosso
vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. (R/.)
perdão, seja dado o vosso consolo, cresça a fé verdadeira
6. Nisto todos saberão que vós sois meus discípulos: / “Amai-
vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. (R/.)
e a redenção eterna se confirme. Por Cristo, nosso
(Momento de silêncio para oração pessoal) Senhor. Ass.: Amém.
(De pé) (E todos, feita uma genuflexão diante da Cruz, retiram-se em
Oração depois da Comunhão silêncio. Depois da celebração, o altar é desnudado, deixando-se,
todavia, sobre ele a Cruz com dois ou quatro castiçais.)

“Tudo está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (Jo 19,30).


Quanto barulho houve naquele dia! Quanto barulho ainda há hoje! Naquele dia, único na história da
humanidade, Jesus, o Filho de Deus, entregou-se por amor. O velho Simeão já havia profetizado: “Este é destinado a
ser causa de queda e de reerguimento de muitos em Israel, e a ser sinal de contradição” (Lc 2,34). Quanta contradição
houve naquele dia! Quanta contradição ainda há hoje! O Filho de Deus foi condenado a morrer numa cruz. Muitos
homens e mulheres continuam morrendo injustamente.
Jerusalém estava cheia, era festa da Páscoa e judeus fiéis de todos os lugares ali estavam. Mas aquela não seria
uma Páscoa como as demais... algo estava acontecendo de diferente. O Nazareno foi preso e condenado. Pela
madrugada começou o barulho, que ao longo do dia foi aumentando, tomando força, espalhando... era o barulho por
causa do jovem Jesus de Nazaré.
Todos queriam falar, havia muita gritaria! Os sacerdotes e mestres da lei, os soldados, o povo… todos
gritavam. Gritos de condenação, de injúrias, de zombaria… gritos daqueles que não permitiram ouvir a voz do
silêncio. E Ele, Jesus, o Galileu, continuava silencioso... quase não falou. Silêncio penetrante que cortava todo aquele
barulho.
E era três horas da tarde. Não havia mais lugar para tanto barulho, tanta agitação. E Jesus, o Filho do Homem,
entregou seu espírito, no alto da cruz: “Tudo está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (Jo 19,30).
Todo aquele barulho cessou. O grande silêncio tomou conta de toda a terra. Toda a criação se calou diante da maior
prova de amor: Jesus, o Filho de Deus, doou sua vida pela humanidade. Não restou nada, não guardou nada para si,
Jesus entregou-se totalmente. Não houve palavras diante de tamanho mistério... apenas o silêncio. Silêncio
esperançoso!
Hoje, celebrando a Paixão e Morte de Jesus, somos conduzidos a mergulhar nesse insondável mistério. Diante
do mistério da cruz resta-nos calar e contemplar essa grande prova de amor. Quanto barulho ainda há hoje: guerras,
injustiças, divisões. São inúmeros os desafios, e, por vezes, bate-nos o desânimo. Há muito barulho lá fora, há muito
barulho dentro de cada um de nós: medo, insegurança, angústia, solidão... um misto de sentimentos que causam muito
barulho. Não há mais lugar para o barulho. É preciso silenciar! Diante da Cruz de Jesus, neste dia, entreguemos nossa
vida. O barulho, a gritaria, a tormenta passará. É preciso fixar os olhos na cruz de Jesus para vislumbrar a vida nova.
Contemplemos este grande mistério! É dia de silêncio... silêncio esperançoso!

www.diocesedacampanha.org.br – O DIA DO SENHOR – Celebração da Palavra de Deus. Direção Editorial: Dom Pedro Cunha Cruz |
Equipe Colaboradora: Pe. Flávio Henrique Ribeiro, Pe. Marcus Vinicius Tertuliano, Pe. Sandro Araújo, Pe. Rafael Sebastião, Pe. Edson
Pereira de Oliveira, Pe. Daniel Menezes, Gabriel Henrique da Silva, Guilherme Augusto Portugal, Cleyton Weliton Fernandes, Tobias de
Oliveira Coelho. Mitra Diocesana da Campanha Rua Maestro Pompeu, 150 - Campanha - MG | (35) 3261-1217

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