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SEXTA-FEIRA SANTA

Paixão do Senhor

Tríduo Pascal – Paixão de Jesus


“ Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue?
Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou. Começou a
brotar da própria cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor. Estando Jesus
já morto e ainda pregado na Cruz, diz o evangelista, um soldado
aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu
sangue e água: a água como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo
da eucaristia....disse que esta água e este sangue são símbolos do
batismo e da eucaristia que brotam do lado de Cristo. Pois Cristo formou a
Igreja de seu lado transpassado, assim como do lado de Adão foi formada
Eva sua esposa. (Sermão de São João Crisóstomo, bispo. Retirado da Liturgia das
Horas II, pag.415 )

PARÓQUIA SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DO BONSUCESSO


Diocese de Guarulhos
Organizado por Anderson Mariano

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Tríduo Pascal 1 Sexta-feira Santa
SEXTA-FEIRA SANTA
Tríduo Pascal – Paixão do Senhor

Neste dia e no dia seguinte, a Igreja, por e conhecendo coisas que jamais
antiqüíssima tradição, não celebra a eucaristia.
ouviram. “Quem de nós deu crédito
A celebração consta de três partes: Liturgia da ao que ouvimos? E a quem foi dado
Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão eucarística.
reconhecer a força do Senhor?
Não há antífona de entrada; a solene ação litúrgica Diante do Senhor ele cresceu
começa com a oração silenciosa de toda a
assembleia, de joelhos. como renovo de planta
ou como raiz em terra seca.
Não tinha beleza nem atrativo
ORAÇÃO DA COLETA para o olharmos, não tinha
aparência que nos agradasse.
P. (Não se diz Oremos): Era desprezado como o último
Lembrai-vos de vossas misericórdias, dos mortais, homem coberto de dores,
Senhor, e santificai com vossa eterna cheio de sofrimentos; passando
proteção vossos fiéis, pelos quais por ele, tapávamos o rosto;
o Cristo, vosso Filho, instituiu, tão desprezível era, não fazíamos
por seu sangue, o mistério pascal. caso dele. A verdade é que
Ele, que vive e reina pelos séculos ele tomava sobre si nossas
dos séculos. enfermidades e sofria,
ele mesmo, nossas dores;
T. Amém. e nós pensávamos fosse um chagado,
golpeado por Deus e humilhado!
Mas ele foi ferido
A – LITURGIA DA PALAVRA por causa de nossos pecados,
esmagado por causa de nossos
crimes; a punição a ele imposta
era o preço da nossa paz, e suas
Primeira Leitura feridas, o preço da nossa cura.
Isaías 52,13-53,12 Todos nós vagávamos como ovelhas
desgarradas, cada qual seguindo
Leitura do Livro do Profeta Isaías seu caminho; e o Senhor fez recair
sobre ele o pecado de todos nós.
Ei-lo, o meu Servo Foi maltratado, e submeteu-se,
será bem-sucedido; não abriu a boca; como cordeiro
sua ascensão será ao mais alto grau. levado ao matadouro ou como
Assim como muitos ficaram pasmados ovelha diante dos que a tosquiam,
ao vê-lo – tão desfigurado ele estava ele não abriu a boca.
que não parecia ser um homem Foi atormentado pela angústia
ou ter aspecto humano –,
e foi condenado.
do mesmo modo ele espalhará Quem se preocuparia com
sua fama entre os povos. sua história de origem?
Diante dele os reis se manterão Ele foi eliminado do mundo dos vivos;
em silêncio, vendo algo e por causa do pecado do meu povo
que nunca lhes foi narrado foi golpeado até morrer.

Tríduo Pascal 2 Sexta-feira


Santa
Deram-lhe sepultura entre ímpios, Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,
um túmulo entre os ricos, e salvai-me pela vossa compaixão!
Fortalecei os corações, tende coragem,
porque ele não praticou o mal, todos vós que ao Senhor vos confiais!
nem se encontrou falsidade
em suas palavras.
O Senhor quis macerá-lo Segunda Leitura
com sofrimentos. Hebreus 4,14-16;5,7-9
Oferecendo sua vida em expiação,
ele terá descendência duradoura, Leitura da Carta aos Hebreus
e fará cumprir com êxito
a vontade do Senhor. Irmãos:
Por esta vida de sofrimento, Temos um Sumo Sacerdote eminente,
alcançará luz e uma ciência perfeita. que entrou no céu, Jesus, o Filho
Meu servo, o justo, fará justos de Deus. Por isso, permaneçamos
inúmeros homens, carregando firmes na fé que professamos.
sobre si suas culpas. Com efeito, temos um Sumo
Por isso, compartilharei com Sacerdote capaz de se compadecer
ele multidões e ele repartirá suas de nossas fraquezas,
riquezas com os valentes seguidores, pois ele mesmo foi provado em tudo
pois entregou o corpo à morte, como nós, com exceção do pecado.
sendo contado como um malfeitor; Aproximemo-nos então,
ele, na verdade, resgatava o pecado com toda a confiança,
de todos e intercedia em favor do trono da graça,
dos pecadores. para conseguirmos misericórdia
e alcançarmos a graça de um auxílio
Palavra do Senhor. no momento oportuno.
Cristo, nos dias de sua vida terrestre,
Salmo Responsorial dirigiu preces e súplicas,
Sl. 30(31), 2.6.12-13.15-16.17.25 com forte clamor e lágrimas,
(R. cf. Lc 23,46) àquele que era capaz de salvá-lo
da morte. E foi atendido,
R. Ó Pai, em tuas mãos por causa de sua entrega a Deus.
eu entrego o meu espírito. Mesmo sendo Filho,
aprendeu o que significa a obediência
Senhor, eu ponho em vós minha esperança;
que eu não fique envergonhado eternamente! a Deus, por aquilo que ele sofreu.
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, Mas, na consumação de sua vida,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel! tornou-se causa de salvação eterna
para todos os que lhe obedecem.
Tornei-me o opróbrio do inimigo,
O desprezo e zombaria dos vizinhos,
e objeto de pavor para os amigos;
Palavra do Senhor.
fogem de mim os que me veem pela rua
Os corações me esqueceram como um morto,
e tornei-me como um vaso espedaçado.

A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,


e afirmo que só vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!

Tríduo Pascal 2 Sexta-feira


Santa
Aclamação ao Evangelho Padre: “A quem procurais?”
Fl 2,8-9
Canto: 562 – Louvai Narrador: Responderam:

Salve ó Cristo obediente! Leitor 1 e 2: “A Jesus, o Nazareno.”


Salve, o amor onipotente!
Que te entregou à cruz Narrador: Ele disse:
e te recebeu na luz!
Padre: “Sou eu.”
O Cristo obedeceu até a morte,
humilhou-se e obedeceu o bom Jesus, Narrador: Judas, o traidor,
humilhou-se e obedeceu, sereno e forte, estava junto com eles.
humilhou-se e obedeceu até a cruz. Quando Jesus disse “sou eu”,
eles recuaram e caíram por terra.
Por isso o Pai do céu o exaltou, De novo lhes perguntou:
exaltou e lhe deu um grande nome,
exaltou e lhe deu poder e glória, Padre: “A quem procurais?”
diante dele céus e terra se ajoelhem!
Narrador: Eles responderam:

Evangelho Leitor 1 e 2: “A Jesus, o Nazareno.”


João 18,1-19,42
Narrador: Jesus respondeu:
Providenciar: Narrador, Leitor 1, Leitor 2 para falas
masculinas e Leitora 3 para fala feminina.
Padre: “Já vos disse que sou eu.
Organizar com antecedência onde ficarão os
leitores e os mircrofones.
Se é a mim que procurais,
então deixai que estes se retirem.”
Padre: Paixão de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo João. Narrador: Assim se realizava
(Não se diz: “Glória a vós Senhor...”) a palavra que Jesus tinha dito:
“Não perdi nenhum daqueles
Narrador: Naquele tempo, que me confiaste”.
Jesus saiu com os discípulos Simão Pedro, que trazia uma espada
para o outro lado da torrente consigo, puxou dela e feriu o servo
do Cedron. do Sumo Sacerdote,
Havia aí um jardim, onde ele entrou cortando-lhe a orelha direita.
com os discípulos. O nome do servo era Malco.
Também Judas, o traidor, conhecia Então Jesus disse a Pedro:
o lugar, porque Jesus costumava
reunir-se aí com os seus discípulos. Padre: “Guarda a tua espada
Judas levou consigo um na bainha. Não vou beber o cálice
destacamento de soldados e alguns que o Pai me deu?”
guardas dos sumos sacerdotes
e fariseus, e chegou ali Narrador: Então, os soldados,
com lanternas, tochas e armas. o comandante e os guardas
Então Jesus, consciente de tudo dos judeus prenderam Jesus
o que ia acontecer, saiu ao encontro e o amarraram.
deles e disse: Conduziram-no primeiro a Anás,

Tríduo Pascal 3 Sexta-feira


Santa
que era o sogro de Caifás, o Sumo Narrador: Quando Jesus falou isso,
Sacerdote naquele ano. um dos guardas que ali estava
Foi Caifás que deu aos judeus deu-lhe uma bofetada, dizendo:
o conselho:
Leitor 1: “É assim que respondes
Leitor 1: “É preferível que um só ao Sumo Sacerdote?”
morra pelo povo”.
Narrador: Respondeu-lhe Jesus:
Narrador: Simão Pedro e um outro
discípulo seguiam Jesus. Padre: “Se respondi mal, mostra
Esse discípulo era conhecido em quê; mas, se falei bem,
do Sumo Sacerdote e entrou com por que me bates?”
Jesus no pátio do Sumo Sacerdote.
Pedro ficou fora, perto da porta. Narrador: Então, Anás enviou Jesus
Então o outro discípulo, que era amarrado para Caifás, o Sumo
conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, Sacerdote. Simão Pedro continuava
conversou com a encarregada da lá, em pé, aquecendo-se.
porta e levou Pedro para dentro. Disseram-lhe:
A criada que guardava a porta disse
a Pedro: Leitor 1 e 2: “Não és tu, também,
um dos discípulos dele?”
Leitora 3: “Não pertences também tu
aos discípulos desse homem?” Narrador: Pedro negou:

Narrador: Ele respondeu: Leitor 2: “Não!”

Leitor 2: “Não”. Narrador: Então um dos empregados


do Sumo Sacerdote, parente daquele
Narrador: Os empregados a quem Pedro tinha cortado a orelha,
e os guardas fizeram uma fogueira disse:
e estavam se aquecendo,
pois fazia frio. Leitor 1: “Será que não te vi
Pedro ficou com eles, aquecendo-se. no jardim com ele?”
Entretanto, o Sumo Sacerdote
interrogou Jesus a respeito de seus Narrador: Novamente Pedro negou.
discípulos e de seu ensinamento. E na mesma hora, o galo cantou.
Jesus lhe respondeu: De Caifás, levaram Jesus ao palácio
do governador. Era de manhã cedo.
Padre: “Eu falei às claras ao mundo. Eles mesmos não entraram
Ensinei sempre na sinagoga no palácio, para não ficarem impuros
e no Templo, onde todos os judeus e poderem comer a Páscoa.
se reúnem. Então Pilatos saiu ao encontro
Nada falei às escondidas. deles e disse:
Por que me interrogas?
Pergunta aos que ouviram Leitor 1: “Que acusação apresentais
o que falei; eles sabem contra este homem?”
o que eu disse.”
Narrador: Eles responderam:

Tríduo Pascal 4 Sexta-feira


Santa
Leitor 1 e 2: “Se não fosse malfeitor, Narrador: Jesus respondeu:
não o teríamos entregue a ti!”
Padre: “Tu o dizes: eu sou rei.
Narrador: Pilatos disse: Eu nasci e vim ao mundo para isto:
para dar testemunho da verdade.
Leitor 1: “Tomai-o vós mesmos Todo aquele que é da verdade
e julgai-o de acordo com a vossa Lei.” escuta a minha voz.”

Narrador: Os judeus Narrador: Pilatos disse a Jesus:


lhe responderam:
Leitor 1: “O que é a verdade?”
Leitor 1 e 2: “Nós não podemos
condenar ninguém à morte.” Narrador: Ao dizer isso,
Pilatos saiu ao encontro
Narrador: Assim se realizava o que dos judeus, e disse-lhes:
Jesus tinha dito, significando
de que morte havia de morrer. Leitor 1: “Eu não encontro
Então Pilatos entrou de novo no nenhuma culpa nele.
palácio, chamou Jesus Mas existe entre vós um costume,
e perguntou-lhe: que pela Páscoa eu vos solte um preso.
Quereis que vos solte o rei dos judeus?”
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Então,
Narrador: Jesus respondeu: começaram a gritar de novo:

Padre: “Estás dizendo isto por ti Grupo: “Este não, mas Barrabás!”
mesmo,
ou outros te disseram isto de mim?” Narrador: Barrabás era um bandido.
Então Pilatos mandou flagelar Jesus.
Narrador: Pilatos falou: Os soldados teceram uma coroa de
espinhos e puseram na cabeça de Jesus.
Leitor 1: “Por acaso, sou judeu? Vestiram-no com um manto vermelho,
O teu povo e os sumos sacerdotes aproximavam-se dele e diziam:
te entregaram a mim. Que fizeste?”
Leitor 1 e 2: “Viva o rei dos judeus!”
Narrador: Jesus respondeu:
Narrador: E davam-lhe bofetadas.
Padre: “O meu reino Pilatos saiu de novo e disse
não é deste mundo. aos judeus:
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas teriam lutado Leitor 1: “Olhai, eu o trago aqui fora,
para que eu não fosse entregue aos diante de vós, para que saibais
judeus. Mas o meu reino não é daqui. que não encontro nele crime algum.”

Narrador: Pilatos disse a Jesus: Narrador: Então Jesus veio para


fora, trazendo a coroa de espinhos
Leitor 1: “Então tu és rei?” e o manto vermelho.
Pilatos disse-lhes:

Tríduo Pascal 5 Sexta-feira


Santa
Leitor 1: “Eis o homem!” Grupo: “Se soltas este homem,
não és amigo de César.
Narrador: Quando viram Jesus, Todo aquele que se faz rei,
os sumos sacerdotes e os guardas declara-se contra César.”
começaram a gritar:
Narrador: Ouvindo estas palavras,
Grupo: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Pilatos trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
Narrador: Pilatos respondeu: no lugar chamado “Pavimento”,
em hebraico “Gábata”.
Leitor 1: “Levai-o vós mesmos Era o dia da preparação da Páscoa,
para o crucificar, pois eu não encontro por volta do meio-dia.
nele crime algum.” Pilatos disse aos judeus:

Narrador: Os judeus responderam: Leitor 1: “Eis o vosso rei!”

Grupo: “Nós temos uma Lei, Narrador: Eles, porém, gritavam:


e, segundo esta Lei,
ele deve morrer, Grupo: “Fora! Fora! Crucifica-o!”
porque se fez Filho de Deus.”
Narrador: Pilatos disse:
Narrador: Ao ouvir estas palavras,
Pilatos ficou com mais medo ainda. Leitor 1: “Hei de crucificar
Entrou outra vez no palácio o vosso rei?”
e perguntou a Jesus:
Narrador: Os sumos sacerdotes
Leitor 1: “De onde és tu?” responderam:

Narrador: Jesus ficou calado. Leitor 1 e 2: “Não temos outro rei


Então Pilatos disse: senão César.”

Leitor 1: “Não me respondes? Narrador: Então, Pilatos entregou


Não sabes que tenho autoridade Jesus para ser crucificado,
para te soltar e autoridade e eles o levaram. Jesus tomou a cruz
para te crucificar?” sobre si e saiu para o lugar chamado
“Calvário”, em hebraico “Gólgota”.
Narrador: Jesus respondeu: Ali o crucificaram, com outros dois:
um de cada lado, e Jesus no meio.
Padre: “Tu não terias autoridade
alguma sobre mim, se ela não Pilatos mandou, ainda, escrever um
te fosse dada do alto. letreiro e colocá-lo na cruz;
Quem me entregou a ti, portanto, nele estava escrito:
tem culpa maior.” “Jesus, o Nazareno, o Rei dos judeus”.
Muitos judeus puderam ver o letreiro,
Narrador: Por causa disso, porque o lugar em que Jesus foi
Pilatos procurava soltar Jesus. crucificado ficava perto da cidade.
Mas os judeus gritavam: O letreiro estava escrito em hebraico,
latim e grego.

Tríduo Pascal 6 Sexta-feira


Santa
Então os sumos sacerdotes o discípulo a acolheu consigo.
dos judeus disseram a Pilatos: Depois disso, Jesus, sabendo
que tudo estava consumado,
Leitor 1 e 2: “Não escrevas e para que a Escritura
‘o Rei dos Judeus’, se cumprisse até o fim, disse:
mas sim o que ele disse:
‘Eu sou o Rei dos judeus’ ”. Padre: “Tenho sede.”

Narrador: Pilatos respondeu: Narrador: Havia ali


uma jarra cheia de vinagre.
Leitor 1: “O que escrevi, está escrito.” Amarraram numa vara uma esponja
embebida de vinagre
Narrador: Depois que crucificaram e levaram-na à boca de Jesus.
Jesus, os soldados repartiram Ele tomou o vinagre e disse:
a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado. Padre: “Tudo está consumado.”
Quanto à túnica, esta era tecida
sem costura, em peça única Narrador: E, inclinando a cabeça,
de alto a baixo. entregou o espírito.
Disseram então entre si:
(Todos se ajoelham um instante)
Leitor 2: “Não vamos dividir a túnica.
Tiremos a sorte para ver de quem Narrador: Era o dia da preparação
será.” para a Páscoa.
Os judeus queriam evitar que
Narrador: Assim se cumpria os corpos ficassem na cruz
a Escritura que diz: durante o sábado,
“Repartiram entre si as minhas vestes porque aquele sábado
e lançaram sorte sobre a minha era dia de festa solene.
túnica”. Assim procederam Então pediram a Pilatos que
os soldados. mandasse quebrar as pernas aos
crucificados e os tirasse da cruz.
Perto da cruz de Jesus,
estavam de pé a sua mãe, Os soldados foram e quebraram
a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, as pernas de um e, depois, do outro
e Maria Madalena. que foram crucificados com Jesus.
Ao se aproximarem de Jesus,
Jesus, ao ver sua mãe e vendo que já estava morto,
e, ao lado dela, o discípulo não lhe quebraram as pernas;
que ele amava, disse à mãe: mas um soldado abriu-lhe o lado
com uma lança, e logo saiu sangue
Padre: “Mulher, este é o teu filho.” e água. Aquele que viu, dá testemunho
e seu testemunho é verdadeiro;
Narrador: Depois disse ao discípulo: e ele sabe que fala a verdade,
para que vós também acrediteis.
Padre: “Esta é a tua mãe.”
Isso aconteceu para que se cumprisse
Narrador: Daquela hora em diante, a Escritura, que diz:

Tríduo Pascal 7 Sexta-feira


Santa
“Não quebrarão I. Pela Santa Igreja
nenhum dos seus ossos”.
E outra Escritura ainda diz: L. Oremos, irmãos e irmãs caríssimos,
“Olharão para aquele pela santa Igreja de Deus: que o
que transpassaram”. Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a
unidade, que ele a proteja por toda a
Depois disso, José de Arimateia, terra e nos conceda uma vida calma e
que era discípulo de Jesus tranquila, para sua própria glória.
mas às escondidas, por medo
dos judeus – pediu a Pilatos para tirar Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:

o corpo de Jesus. Pilatos consentiu.


Então José veio tirar o corpo de P. Deus eterno e todo-poderoso,
Jesus. Chegou também Nicodemos, que em Cristo revelastes
o mesmo que antes tinha ido a vossa glória a todos os povos,
de noite encontrar-se com Jesus. velai sobre a obra do vosso amor.
Trouxe uns trinta quilos de perfume Que a vossa Igreja,
feito de mirra e aloés. espalhada por todo o mundo,
permaneça inabalável na fé
Então tomaram o corpo de Jesus e proclame sempre o vosso nome.
e envolveram-no, com os aromas, Por Cristo, nosso Senhor.
em faixas de linho,
como os judeus costumam sepultar.
No lugar onde Jesus foi crucificado, II. Pelo Papa
havia um jardim e, no jardim,
um túmulo novo, onde ainda ninguém L. Oremos pelo nosso santo Padre, o
tinha sido sepultado. Papa N. O Senhor nosso Deus, que o
Por causa da preparação da Páscoa, escolheu para o Episcopado, o
e como o túmulo estava perto, conserve são e salvo à frente da sua
foi ali que puseram Jesus. Igreja, governando o povo de Deus.

Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:


Padre: Palavra da salvação.
P. Deus Eterno e todo-poderoso,
Após a leitura da Paixão, se for oportuno, faz-se que dispusestes todas as coisas
uma breve homilia. Tendo-a terminado o presidente com sabedoria,
poderá convidar os fiéis a se dedicarem por alguns
momentos à oração contemplativa. dignai-vos escutar nossos pedidos:
protegei com amor o Pontífice
que escolhestes,
para que o povo cristão
que governais por meio dele
possa crescer em sua fé.
ORAÇÃO UNIVERSAL Por Cristo, nosso Senhor.

P. A salvação de Cristo é oferecida a


todos. Conscientes dessa verdade, III. Por todas as ordens
rezemos por todos os povos e e categorias de fieis
nações, para que ressuscitem para
uma vida nova.

Tríduo Pascal 8 Sexta-feira


Santa
L. Oremos pelo nosso Bispo N., por da sua Igreja todos os que vivem
todos os bispos, presbíteros e segundo a verdade.
diáconos da Igreja e por todo o povo
fiel. Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:

Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz: P. Deus eterno e todo-poderoso,


que reunis o que está disperso
P. Deus eterno e todo-poderoso, e conservais o que está unido,
que santificais e governais velai sobre o rebanho do vosso Filho.
pelo vosso Espírito Que a integridade da fé e os laços
todo o corpo da Igreja, da caridade unam os que foram
escutai as súplicas que vos dirigimos consagrados por um só batismo.
por todos os ministros do vosso povo. Por Cristo, nosso Senhor.
Fazei que cada um,
pelo dom da vossa graça,
vos sirva com fidelidade. VI. Pelos judeus
Por Cristo, nosso Senhor.
L. Oremos pelos judeus, aos quais o
Senhor nosso Deus falou em primeiro
IV. Pelos catecúmenos lugar, a fim de que cresçam na
fidelidade de sua aliança e no amor
L. Oremos pelos (nossos) do seu nome.
catecúmenos: que o Senhor nosso
Deus abra os seus corações e as Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:

portas da misericórdia, para que,


tendo recebido nas águas do batismo P. Deus Eterno e todo-poderoso,
o perdão de todos os seus pecados, que fizestes vossas promessas
sejam incorporados no Cristo Jesus. a Abraão e seus descendentes,
escutai as preces da vossa Igreja.
Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz: Que o povo da primitiva aliança
mereça alcançar a plenitude
P. Deus eterno e todo-poderoso, da vossa redenção.
que por novos nascimentos Por Cristo, nosso Senhor.
tornais fecunda a vossa Igreja,
aumentai a fé e o entendimento
dos (nossos) catecúmenos, VII. Pelos que não crêem no Cristo
para que, renascidos pelo batismo,
sejam contados entre L. Oremos pelos que não crêem no
os vossos filhos adotivos. Cristo, para que, iluminados pelo
Por Cristo, nosso Senhor. Espírito Santo, possam também
ingressar no caminho da salvação.

V. Pela unidade dos cristãos Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:

P. Deus eterno e todo-poderoso,


L. Oremos por todos os nossos dai aos que não crêem no Cristo
irmãos e irmãs que crêem no Cristo, e caminham sob o vosso olhar
para que o Senhor nosso Deus se com sinceridade de coração,
digne reunir e conservar na unidade chegar ao conhecimento da verdade.

Tríduo Pascal 9 Sexta-feira


Santa
E fazei que sejamos no mundo que tendes na mão o coração
testemunhas mais fiéis da vossa dos seres humanos e o direito
caridade, amando-nos melhor dos povos, olhai com bondade
uns aos outros aqueles que nos governam.
e participando com maior solicitude Que por vossa graça se consolidem
do mistério da vossa vida. por toda a terra a segurança
Por Cristo, nosso Senhor. e a paz, a prosperidade das nações
e a liberdade religiosa.
Por Cristo, nosso Senhor.
VIII. Pelos que não crêem
em Deus
X. Por todos os que sofrem
L. Oremos pelos que não reconhecem provações
a Deus, para que, buscando
lealmente o que é reto, possam L. Oremos, irmãos e irmãs, a Deus
chegar ao Deus verdadeiro. Pai todo-poderoso, para que livre o
mundo de todo erro, expulse as
Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz: doenças e afugente a fome, abra as
prisões e liberte os cativos, vele pela
P. Deus eterno e todo-poderoso, segurança dos viajantes e
vós criastes todos os seres humanos transeuntes, repatrie os exilados, dê
e pusestes em seu coração saúde aos doentes e a salvação aos
o desejo de procurar-vos para que, que agonizam.
tendo-vos encontrado,
só em vós achassem repouso. Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz:
Concedei que,
entre as dificuldades deste mundo, P. Deus eterno e todo-poderoso,
discernindo os sinais da vossa sois a consolação dos aflitos
bondade e a força dos que labutam.
e vendo o testemunho das boas obras Cheguem até vós
daqueles que crêem em vós, as preces dos que clamam em sua
tenham a alegria de proclamar aflição, sejam quais forem
que sois o único Deus verdadeiro os seus sofrimentos,
e Pai de todos os seres humanos. para que se alegrem
Por Cristo, nosso Senhor. em suas provações
com o socorro da vossa misericórdia.
Por Cristo, nosso Senhor.
IX. Pelos poderes públicos

L. Oremos por todos os governantes:


que o nosso Deus e Senhor, segundo B – ADORAÇÃO DA CRUZ
sua vontade, lhes dirija o espírito e o
coração para que todos possam gozar O sacerdote, com os ministros dirige-se à
de verdadeira paz e liberdade. porta da Igreja, onde toma nas mãos a cruz
coberta com o véu. Junto à porta principal, no
Reza-se em silêncio. Depois o Sacerdote diz: meio da Igreja e à entrada do presbitério, de
pé, ergue a cruz, desnudando-o aos poucos,
cantando a seguinte antífona:
P. Deus eterno e todo-poderoso,

Tríduo Pascal 10 Sexta-feira


Santa
P. Eis o lenho da Cruz, D – COMUNHÃO
do qual pendeu a salvação do mundo.
Sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o
R. Vinde Adoremos! corporal e o livro.

Pelo caminho mais curto, o Diácono ou ministro


Não disponibilizar várias cruzes. traz o Santíssimo do local da reposição e coloca-o
Deve-se prestar adoração para uma única Cruz. sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio.
Enquanto se presta a adoração entoam-se cantos.
Outros dois ministros com velas acesas
acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam
Cantos: 564 – 565 – 566 – 567 – 568 os castiçais perto do altar ou sobre ele.
– 569 – 570 – 571 do louvai
Após colocar o Santíssimo sobre o alar, reza-se o
Pai Nosso e continua o rito.

P. Rezemos com amor e confiança a


C – COLETA oração que o Senhor nos ensinou:

Coleta para a Terra Santa T. Pai nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
Hoje todos nós somos convidados a venha a nós o vosso Reino,
fazer um gesto de solidariedade e seja feita a vossa vontade
apoio aos cristãos e à Igreja presente assim na terra como no céu.
nos “Lugares Santos”, que O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
correspondem aos lugares bíblicos e perdoai-nos as nossas ofensas,
das origens de nossa fé cristã. assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
Sabemos que naqueles lugares, os e não nos deixeis cair em tentação,
cristãos ficaram reduzidos a um mas livrai-nos do mal.
pequeno número e a presença da
Igreja ali depende quase inteiramente P. Livrai-nos de todos os males ó Pai
da solidariedade dos cristãos que e dai-nos hoje a vossa paz.
vivem em outras partes do mundo. Ajudados pela vossa misericórdia,
sejamos sempre livres do pecado +
Por isso, também nós somos e protegidos de todos os perigos,
convidados a fazer hoje nosso gesto enquanto aguardamos a feliz
generoso e solidário para com os esperança e a vinda do nosso
cristãos que continuam a testemunhar Salvador, Jesus Cristo.
a fé naqueles lugares, onde Jesus T. Vosso é o Reino, o poder
nasceu, pregou o Evangelho, e a glória para sempre!
entregou a vida por nós sobre a cruz e
ressuscitou dos mortos. P. Felizes os convidados para a Ceia
do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus,
A Coleta de hoje é destinada a apoiar que tira o pecado do mundo.
a Igreja e os cristãos nos “Lugares T. Senhor, eu não sou digno(a)
Santos”. Sejamos agradecidos por de que entreis em minha morada,
nossa fé e generosos na partilha dos mas dizei uma palavra
bens. e serei salvo(a).

Canto: 572 – 573 do louvai Canto de comunhão:


574 – 575 ou 510 do Louvai

Tríduo Pascal 11 Sexta-feira


Santa
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

P. Oremos: (silêncio)
Ó Deus eterno E todo poderoso,
que nos renovastes
pela santa morte e ressurreição
do vosso Cristo,
conservai em nós a obra
de vossa misericórdia,
para que, pela participação
deste mistério,
vos consagremos sempre
a nossa vida.
Por Cristo, nosso Senhor.

T. Amém.

Terminada a comunhão, o cibório é transportado


por um ministro para um lugar preparado fora da
Igreja ou, se não for possível, para o próprio
tabernáculo.

Se for oportuno, observa-se um momento de


silêncio. Em seguida reza-se a seguinte oração para
despedir o povo.

E – MOMENTO FINAL

ORAÇÃO SOBRE O POVO

P. Inclinai-vos para a bênção.

P. Que a vossa bênção,


Senhor, desça copiosa
sobre o vosso povo,
que acaba de celebrar a morte
de vosso Filho,
na esperança da sua ressurreição.
Venha o vosso perdão,
seja dado o vosso consolo,
cresça a fé verdadeira
e a redenção eterna se confirme.
Por Cristo, nosso Senhor.

T. Amém.

Todos se retiram em silêncio.

O altar é desnudado novamente.

Omite-se o canto de saída.

Tríduo Pascal 12 Sexta-feira


Santa

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