Buda

Buda foi um homem de grande sabedoria que, embora nascido como um príncipe, deixou o seu palácio,
dedicando incessantes esforços para atingir a iluminação (o nível mais elevado da Consciência), tendo
lançado a luz da felicidade humana sobre o povo indiano. A existência de Buda regeu-se por quatro
verdades:
1ª Verdade: A vida é sofrimento.
O homem sofre, porque se liga muito a coisas passageiras, exteriores a si, a coisas materiais que não
duram sempre. Por isso se angustia e sofre.
2ª Verdade: A vida é desejo.
Todos os homens têm desejos, o que é normal mas, quando dependemos em demasia desses desejos, eles
acabam por nos fazer sofrer.
3ª Verdade: Mas podemos deixar de sofrer. Para isso, temos de aprender a renunciar a certas
coisas.
Devemos aprender a lidar com os nossos desejos, renunciando aos excessos: às birras que apontam as
culpas aos outros quando, muitas vezes, os maiores culpados somos nós próprios...
4ª Verdade: Todos podemos encontrar o caminho que nos conduz à libertação, à iluminação, à
Consciência.
Há um caminho para nos libertarmos do peso excessivo dos desejos. É no final dele que se encontra a
verdadeira paz. Para lá chegarmos, basta que vivamos em plena consciência cada momento do dia.
Importa sempre fazer esforços, não desistir, acreditar que podemos fazer melhor, construir um mundo
melhor.
Muitos vão ser os que se juntam a Buda, unidos na mesma vontade de se transformarem e de construírem
um mundo melhor. Assim, Buda vai partilhar com todos estas verdades e ensinar-nos que a CALMA, a
GENEROSIDADE, a HONESTIDADE, o AMOR, a GENTILEZA devem brotar de dentro de cada um.

Sou eu que me devo mudar; para tal, devo ouvir a voz da minha consciência. Se me mudar, o mundo
mudará para melhor. É O INTERIOR QUE MUDA O EXTERIOR E NÃO O CONTRÁRIO. Não são precisos
grandes gestos, nem grandes palavras: os bons sentimentos e acções manifestam-se nos pequenos gestos
do dia-a-dia. Buda também ensinou que, porque a todos nós nos é dada a oportunidade de praticar o bem,
SOMOS RESPONSÁVEIS PELAS NOSSAS ACÇÕES. Assim, sofreremos, mais cedo ou mais tarde, as
consequências.

Por isso, Buda fala da REENCARNAÇÃO: a cada um de nós são dadas várias oportunidades para, ao longo
de uma vida ou de várias, podermos emendar os erros cometidos. Se o fizermos, um dia seremos
iluminados. Caso contrário, não mais deixaremos a RODA DA SÂNSARA, ou RODA DA VIDA, onde
estaremos sempre sujeitos às leis da matéria, às leis do sofrimento e da morte.

Buda morreu aos 80 anos, numa localidade do Vale do rio Ganges, o grande rio da Índia. Mas é o homem
que morreu nesse dia, pois o que ele veio ensinar é eterno. Ensinou-nos que cada um de nós pode ser
Buda, porque ser Buda é uma forma de estar no mundo, um estado de paz e de serenidade, um esforço
contínuo para a COMPAIXÃO, para a TRANSFORMAÇÃO e para a LIBERDADE.