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História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar

SEPÚLVEDA, L. História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar .

Dados Bibliográficos de Luís Sepúlveda

Nasceu em Ovalle, no Chile, em 1949;


Desde a selva amazónica ao deserto de Sarahuí, das celas de Pinochet aos barcos do “Greenpeace” lutou
sempre como revolucionário numa incansável defesa do ambiente;
A sua obra multifacetada compreende contos, romances, peças de teatro e ensaios;
Tornou-se conhecido com a obra O Velho que Lia Romances de Amor.

Frase de Destaque

“Todos nós desejamos “voar”… de qualquer forma. Voar simboliza tudo aquilo que desejamos, todas as
nossas ambições, todos os nossos sonhos.”

No entanto, quando enfrentamos dificuldades sentimo-nos muitas vezes incapazes e os nossos sonhos
tornam-se aparentemente inatingíveis. Nestes momentos, é importante que nos lembremos do valor que
realmente temos e de todas as nossas capacidades. Temos que acreditar, pois se não ousarmos lutar, nunca
iremos conseguir!

“ (…) à beira do vazio compreendeu o mais importante: (…) que só voa quem se atreve a fazê-lo (…)”

Crítica e Analogia

A História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar surge nos como uma lufada de ar fresco e
transmite-nos, com uma linguagem muito simples, valores fundamentais. Entre outros, a protecção da
natureza, a valorização da diversidade humana e a superação das dificuldades são as principais ideias
destacadas ao longo desta fábula. Detentor destas qualidades é o poeta, que, através da sua enorme
capacidade de comunicação e da sua sensibilidade, conseguiu entender o gato Zorbas. Assim, aceitando a
diferença e ajudando-o a superar as suas dificuldades, fez com que o gato gordo e preto conseguisse cumprir
a sua promessa.
Neste episódio, e ao longo de toda a história, a diversidade surge como uma mais-valia, que
enriquece a vida de todos os que usufruem dela. Isto porque são os obstáculos que tornarão a vitória mais
saborosa, que tornarão a vida mais rica, que tornarão “os sentimentos (…) mais intensos e belos, porque será
a amizade entre seres totalmente diferentes.”
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De facto, Zorbas foi para a pequena gaivota um ponto de abrigo, incentivando-a a acreditar nos seus
sonhos! É isso que todos nós devemos ser para os outros e para nós mesmos, para que consigamos alcançar
os nossos objectivos, para sermos felizes tal como podemos ouvir na canção “O meu abrigo” de Mafalda
Veiga.

“O meu abrigo”,
de Mafalda Veiga

Olha pra mim


Deixa voar os sonhos
Deixa acalmar a tormenta
Senta-te um pouco aí

Olha pra mim


Fica no meu abrigo
Dorme no meu abraço
E conta comigo
Que eu estarei aqui

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei
sempre que te sentires só

Olha pra mim


Hoje não há batalhas
Hoje não há tristeza
deixa sair o sol

Olha pra mim


fica no meu abrigo
perde-te nos teus sonhos
e conta comigo

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
eu estarei sempre
que te sentires só

enquanto anoitece,
enquanto escurece
e os brilhos do mundo
cintilam em nós
enquanto tu sentes
que se quebrou tudo
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eu estarei sempre
que te sentires só

eu estarei sempre
que te sentires só

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