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Estudante:
Calton da Graça Tomas Mutangue
No: 23; Turma 91
Docente:
Lourenço Gonha
1. Introdução.................................................................................................................................1
2. Danças tradicionais em Moçambique.......................................................................................2
2.1. Dança Nhau.......................................................................................................................2
2.4. A dança Tahura.................................................................................................................4
2.5. Dança Lingundumbwe......................................................................................................5
2.6. Dança Tamadune...............................................................................................................6
2.7. Dança Tufo........................................................................................................................6
2.8. Dança Maulide..................................................................................................................8
3. Conclusão.................................................................................................................................9
4. Bibliografia.............................................................................................................................10
1. Introdução
As danças tradicionais são danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada
região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do
quotidiano e brincadeiras (Alex, 2017). O surgimento das danças dança tradicional aconteceu
através dos rituais religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o
sol e a chuva.
O presente trabalho pretende explorar a vida cultural tradicional de Moçambique, olha para
aquilo que são as danças e cânticos tradicionais.
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2. Danças tradicionais em Moçambique
Moçambique é dividido em onze províncias: Niassa; Cabo Delgado; Nampula; Zambézia; Tete;
Manica; Sofala; Inhambane; Gaza; e Maputo. Nas diferentes províncias os moçambicanos se
distribuem em distintos grupos étnicos: (Bi)Tonga, Chopi, Povos do baixo Zambeze, Maconde,
Macua, Tsonga, Xonakaranga, Nguni, Islamizados do litoral norte, Yao, Maravi. Cada povo
possui sua cultura, crenças, tradições e língua (embora a língua oficial do país seja o português).
Moçambique, com seus muitos povos e línguas também é repleto de danças tradicionais, tais
como:
A Dança Nyau foi certificada pela Organização das Nações Unida para Educação Ciência e
Cultura (UNESCO) em Novembro de 2005,como .uma obra-prima do património oral e
intangível da humanidade A dança Nhau, constitui a cultura dos habitantes da província de Tete,
que exige bastante agilidade do seu dançarino, duma máscara de madeira e a dança tabu de ritos
de iniciação.Como tradição dos habitantes desta província, usam certos símbolos de seus hábitos
e costumes, como símbolos de maniqueira, que representam matéria prima para fazer sumo,
doces, bebidas alcoólicas e alimentação , e o de cabrito que representa fonte de riqueza. Como
uma indumentária deste povo, para mulheres ” chithero”, capulana com blusa “bhaju” mesmo
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tecido e os homens ” ngonda” tecido branco denominado “tchiria” para os adultos. Os mitos,
Deus da chuva considerado “nsato”.
Relato de um espectador: “O nhau estava forte. A princípio chegara um homem alto, tão alto que
tocava com a cabeça as últimas folhas dos eucaliptos. Por detrás dele vinha uma jibóia. A seguir
veio um contingente de dançarinos. Todos traziam máscaras medonhas, de animais e aves.
Estavam nus. Os seus corpos eram pintados de um branco forte que lembrava a cal.
Empunhavam azagaias, chuços, catanas, machados. Alguns tinham os flancos cobertos com
pequenas esteiras de bambu, à primeira vista, poder-se-ia julgar que tinham os movimentos
presos. Mas a agilidade é a condição primária do nhau”.
Alguém do passado descreveu como era a antiga dança nhau na região do Zóbuè, em Tete.
Dança tabu, sobretudo o nhau chipeta, esta dança era também uma iniciação que exigia
sacrifício, virilidade e heroísmo
É uma dança tradicional moçambicana e que representa a resistência colonial do país sobretudo
na região sul. Maioritariamente praticada nas regiões interiores de Gaza e Maputo, a dança tem
poucos praticantes ao nível das cidades.
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É uma dança originária da comunidade makonde, e é sem dúvida, a dança mais conhecida e mais
divulgada em toda a província de Cabo Delgado e até mesmo em todo país. A sua difusão chega
a ultrapassar as fronteiras nacionais.
O mapiko, é uma das principais danças tradicionais makonde, é praticado nos ritos de iniciação e
cumpri a função lúgubre, em caso de morte de um membro do grupo ou da comunidade. Pratica-
se também em algumas cerimónias de investidura de chefes clânico-linhageiros (vahumu).
O elemento central do mapiko é o lipiko, dançarino principal, este deve estar, necessariamente,
envolto em panos e mascarado. A máscara, tanto pode representar figuras de animais (coelho,
leão, cão, leopardo, hiena), como também pode representar uma figura humana, que simboliza o
espírito de um defunto a ser invocado. Da cintura para cima todo corpo do dançarino fica coberto
de guizos.
A dança inicia com o tocar do batuque, likuti, e é acompanhada por um coro formado pela
assistência, que se dispõe de modo a formar um corredor por onde deve passar o lipiko. Na
extremidade, surge o dançarino que, à grande velocidade, entra no recinto de dança e se atira
contra o muro formado pela assistência, que recua assustada. O coro canta e dialoga, através de
gestos, com o lipiko.
Participam na dança homens e mulheres adultos, que usam um pano preto cingido em forma de
saia, uma camisola interior, um lenço branco e um cinto. Nas pernas, os dançarinos amarram
chocalhos que, com o bater dos pés no chão, produzem um som. Dispõem-se em círculo,
empunhando objectos como machadinhos, enxadas ou paus. Esta dança é praticada à noite, em
cerimoniais fúnebres, ritos de iniciação e no período de colheitas.
Para assinalar este período, o chefe da aldeia organiza a recolhe de produtos para a confecção de
otheka, um tipo de cerveja de fabrico caseiro. Bebe-se e dança-se toda noite, como forma de
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expressar alegria pelas colheitas conseguidas. Esta é também uma forma de manifestar
agradecimento aos espíritos por terem proporcionado boas colheitas.
Os instrumentos são compostos por quatro tios de batuques: um tahura grande, um likuti, um
nikoni e um ntxuntxu. As canções retratam, essencialmente, o dia-a-dia da vida social e
económica da comunidade.
É uma versão feminina do mapiko, sendo a bailarina principal a mulher. Ela tanto pode ser adulta
como adolescente. Aliás, o habitual tem sido uma rapariga adolescente, capaz de executar os
movimentos com maior vigorosidade.
Para bailar no terreiro da aldeia, ou em qualquer outro recinto, ela é completamente coberta de
panos da cabeça aos pés. Estes panos cruzam o tronco, partindo das espáduas até a cintura. A
este nível é colocada uma capulana, localmente designada por inguvo ya magombe. Outras
capulanas são dobradas várias vezes e enroladas nos braços e nas pernas da dançarina. Na
execução da dança, essas capulanas abanam, acompanhando os movimentos rápidos, para trás e
para frente, da jovem dançarina.
Na encenação, a bailarina segura nas mãos um ou dois lenços e um pequeno machado ou enxada.
Na falta destes objectos, ela pode pegar na mão uma simples vara. Quando dança, o tronco da
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bailarina inclina-se ligeriramente para frente, dobrando sobre os rins, com os braços estendidos
para os lados e para a frente, levemente curvados. Nessa posição, move-se em pequenos passos,
abanando o tronco ao ritmo do batuque.
A dança tem lugar no lipanda, local onde decorrem as cerimónias de iniciação feminina.
Todavia, a prática do lingundumbwe tornou-se de tal modo livre que toda a gente pode conhecer
a mulher mascarada. Esta dança é a mis característica dos ritos emininos, constituindo o principal
divertimento das iniciadas, do primeiro ao último dia.
É uma dança feminina. Os homens apenas participam como instrumentistas. A esta dança foi
atribuído o nome de tamadune em honra de uma mulher makhonde, co-fundadora do grupo
cultural, que era assim chamada.
Usa-se, como instrumentos, seis batuques: um ntodje, três makuti e dois três magoma. As
canções entoadas evocam alguns acontecimentos importantes da comunidade e factos ligados à
Luta de Libertação Nacional, como é o caso do Massacre de Mueda.
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É uma dança de origem árabe, ligada à religião muçulumana, que pode ser praticada em
cerimónias, festas e datas específicas do calendário islâmico. Ela tornou-se vulgar na região
nortenha do país, mais precisamente, no litoral das províncias de Cabo Delgado, Nampula e
Zambézia. É uma dança essencialmente feminina, na qual os homens apenas participam como
instrumentistas. Todavia, há casos em que os grupos são compostos só por mulheres.
Na dança tufo, o rigor no traje e nos adornos são fundamentais. As mulheres e as raparigas usam
um uniforme formado por capulana, blusa e lenço, quase sempre de cores garridas. As capulanas
são amarradas à cintura, uma por cima da outra, cobrindo as pernas.
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Hoje é mais o nhau macanga que se dança com algumas misturas do outro, sem deixar de ser
espectacular. Nesta máscara algo medonha perpetua-se um rito, que uma cultura antiga esculpiu
de enigmas.
Uma dança em vias de desaparecer. É uma demonstração da fé apresentada só por homens que
dançam e cantam e com uma espécie de alfinete, navalhas, pregos grandes de aço ou ferro,
espetos de ferro ou outros instrumentos afiados que se dá o nome de “tupachi”, que penetram no
corpo, perfurando a carne e que tem como admiração do público esses dançarinos não sangram
nem os corpos ficam com marcas das perfurações. Segundo a informação que obtivemos, para se
preparar o corpo do dançarino para este ritual, eles ficam no mínimo 15 dias sem actividade
sexual e sem comer polvo nem peixe. Esta dança era antigamente muito praticada nos
casamentos islâmicos. Esta dança ainda pode ser encontrada na ilha de Moçambique, Angóche
e Pemba.
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3. Conclusão
Dentre as diversidade podemos encontrar a dança mapiko. Que é uma dança originária da
comunidade makonde, e é sem dúvida, a dança mais conhecida e mais divulgada em toda a
província de Cabo Delgado e até mesmo em todo país.Tambem temos A Dança Nyau que foi
certificada pela Organização das Nações Unida para Educação Ciência e Cultura (UNESCO) em
Novembro de 2005,como .uma obra-prima do património oral e intangível da humanidade A
dança Nhau, constitui a cultura dos habitantes da província de Tete,
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4. Bibliografia
DIAS, Jorge. Os Macondes de Moçambique III Vida Social e Ritual. Lisboa: Bertrand Irmãos, Lda,1964.
DUARTE, Ricardo Teixeira e GRAÇA, João Manuel Ferraz Machado. Máscaras. Porto: Comissário-
Geral de Moçambique na Exposição Universal de Servilha,1992. FERREIRA, Rita. Povos de
Moçambique: história e cultura. Porto: Afrontamento, 1975.
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