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ORIGEM: A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA

A dança é uma das formas de expressão mais antigas usadas pelo ser humano. Seus
primeiros registros remontam à Pré-História, mais especificamente ao período Paleolítico,
também conhecido como Idade das Pedras. Por volta do ano 9000 a.C., os seres humanos
já dançavam.

A prova disso está na arte rupestre - conjunto de representações artísticas feitas nas
paredes e nos tetos das cavernas. Na Pré-História, a dança era uma manifestação ritual
que servia para garantir a proteção das atividades diárias relacionadas à sobrevivência
(como a caça e a pesca).

A DANÇA NA ANTIGUIDADE

Tal como no período pré-histórico, a dança era muito importante na Antiguidade. No Egito
Antigo, a dança cumpria função religiosa e, para os antigos egípcios, dançar era uma forma
de entrar em sintonia com os deuses. Tanto a dança quanto a música estavam relacionadas
a eventos importantes da sociedade egípcia, como o trabalho, as festas e os funerais.

Na Grécia Antiga, a dança era uma manifestação cultural que fazia parte do cotidiano. Os
gregos dançavam em festividades, rituais religiosos, procissões, casamentos etc.
Dependendo da ocasião, essas danças podiam ser executadas individualmente ou em
grupo. Nas peças de teatro, havia danças coreografadas.

Um dado interessante sobre a dança na Grécia Antiga é o fato dela ser ensinada às
crianças na escola. Acreditava-se que tanto o esporte quanto a dança eram atividades
essenciais ao pleno desenvolvimento físico e espiritual do cidadão.

A DANÇA NA IDADE MÉDIA

O cristianismo tentou combater a dança como um ritual de idolatria. Manifestações


corporais, como a dança, também podiam ser consideradas pecaminosas. Apesar disso, a
Igreja não conseguiu proibir a dança, que era praticada sobretudo pelos camponeses, mas
também pela nobreza.

A dança medieval mais comum eram as chamadas danças circulares ou danças de roda. Já
nos meios palacianos um dos tipos de dança mais famosos era a basse, uma dança de
casais bastante popular no século XIV.

A DANÇA NO RENASCIMENTO

Durante o Renascimento surgiram escolas de dança artística. Também nesse período a


dança passou a ser objeto de estudo, com o surgimento de professores e manuais
dedicados ao tema.

De um modo geral, houve uma grande valorização da dança nas cortes, que incluíam a
dança em suas maiores festividades. Foi nessa época, nas cortes italianas, que surgiu o
balé clássico. O primeiro grande espetáculo de balé ocorreu em 1581.
No Renascimento, a dança basse ainda é muito praticada pela nobreza, seja na Itália ou na
França. Trata-se de um tipo de dança coreografada que geralmente envolvia mais de um
casal.

A DANÇA NO SÉCULO XIX


A dança do século XIX ficou marcada pela ascensão da valsa. De origem camponesa, a
valsa invadiu os salões da alta sociedade, mas sem deixar de causar algum escândalo. Até
então, as danças entre casais guardavam certo distanciamento. A proximidade provocada
pelo "abraço" da valsa não era vista com bons olhos pelos mais conservadores.

Outro marco importante do século XIX é a popularização e difusão do balé. Houve


transformações importantes, como a introdução do tutu (saia feita de tule) e a consolidação
da chamada "dança na ponta dos pés", que caracteriza o balé até o dias de hoje.

A DANÇA NOS SÉCULOS XX E XXI


O século XX é marcado pelo advento da dança moderna e pela influência de dançarinos
de fora da Europa. No início do século, os mestres da dança vêm sobretudo dos Estados
Unidos

Precursora da dança moderna, a coreógrafa e bailarina Isadora Duncan (1877-1927)


trouxe maior liberdade aos movimentos do balé, novas técnicas e maior despojamento no
figurino.

CONCEITO DA DANÇA SEGUNDO AUTORES:


Segundo Butt (1995), a dança é definida como uma das mais antigas artes criadas pelo
ser humano, onde ele manifesta todos os seus impulsos e crenças. Neste contexto, desde
que existe o ser humano, existe a dança. Alguns autores e estudiosos comentam que, antes
mesmo de usar a palavra, o ser humano já se servia do movimento corporal para expressar
seus sentimentos.

Segundo Nanni (1998), a dança é como uma arte que significa expressão gestual e facial
através de movimentos corporais, emoções sentidas a partir de determinado estado de
espírito.

Segundo(coletivo De Autores, 1992, p.82 Considera-se dança uma expressão


representativa de diversos aspectos na
vida do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite atransmissão de
sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da
religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc.

Segundo Bagong Sudito dança é uma arte na forma de movimentos rítmicos e pode ser
um meio de expressão humana

Segundo OssonA (1988),dança é uma forma de manifestação, uma “expressão corporal”,


que com o passar do tempo, sofreu diversa influências e foi ganhando espaço na educação.
SEGUNDO M. JAZULI dança são os mesmos movimentos corporais e também em ritmo
com o som da música que pode ser usado como expressão de metas e objetivos
específicos.

Segundo Hass e Garcia (2006, p.139)


“Entende-se a dança como uma arte que significa
expressões gestuais e faciais através de
movimentos corporais, emoções sentidas a partir
de determinado estado de espírito”. Desse modo o
autor permite entender que a dança é uma forma
de comunicar e expressar nossas emoções.

Segundo Rodrigues e Correia (2013, p.02)“dança é uma manifestação


construída histórica, social e culturalmente e
caracterizá-la como um fenômeno de linguagem
corporal artística”.

Segundo Guimarães (2003 apud, GARCIA e


GLITZ, 2009, p.4), dança é a arte do movimento
humano, ela é plástico-rítmica, abstrata e
expressiva, uma das artes mais antigas
conhecidas, aparecendo desde os primórdios das
civilizações como uma manifestação natural,
muitas vezes como forma de ritual

CARACTERÍSTICAS DA DANÇA TRADICIONAL

A dança tradicional tem características nela. Essas características são o que diferencia as
danças tradicionais das outras danças. A seguir estão as características da dança
tradicional:

● A dança tradicional é geralmente acompanhada pelo som da música tradicional, por


exemplo, música produzida por gamelan, harpa, kendang e assim por diante.
● As danças tradicionais geralmente contêm certos significados e significados.
● As danças tradicionais são desenvolvidas e depois transmitidas por um grupo
hereditário de pessoas em seu lugar original.
● A dança tradicional geralmente cresce e depois se desenvolve entre pessoas
comuns e aldeias.
● As danças tradicionais também usam roupas simples e distintas da área de origem.
TIPOS DE DANÇA TRADICIONAL:

1. DANÇA TRADICIONAL CLÁSSICA

A dança clássica clássica é um tipoda dança tradicional que nasceu na comunidade


Keraton. A dança também está viva e se desenvolvendo desde a Era Feudal; depois, a
dança é passada de geração em geração entre a comunidade aristocrática e o ambiente de
sangue azul.
As características desta dança clássica são:

● A dança tem um valor artístico muito alto.


● Cada forma de movimento da dança clássica tem um certo significado.
● Este movimento de dança clássica foi determinado pela comunidade de onde veio.
● Esta dança clássica ocorre apenas em um círculo de nobres.

2. NOVAS CRIAÇÕES DE DANÇA TRADICIONAL

Novas criações da dança tradicional são danças clássicasque experimentaram algumas


mudanças no arranjo. Essa dança também se desenvolveu de acordo com o tempo de
execução, mas ainda pode manter os valores da arte que está nela. Esta nova criação de
dança é também uma das danças criadas por especialistas em dança.

Quanto às características da nova criação da dança tradicional, as seguintes


características:

● Na nova criação da dança, há uma mudança na cosmetologia, movimento, música


que acompanha a dança e seu acompanhamento.
● Nesta nova dança, a criação também utiliza propriedades que sofreram várias
mudanças e são muito mais modernas.
● Esta nova criação de dança é um tipo de dança tradicional que sofreu muitas
inovações.

OBJETIVOS DAS DANÇAS TRADICIONAIS

Dança Tradicionais tem o objetivo de favorecer a assimilação do conhecimento


histórico-cultural, pois ela serve como meio de ligação entre o passado e o presente,
fazendo com que as crianças desejem cada vez mais aprender sobre novos assuntos e
também, sobre aqueles que elas não possuem muito conhecimento.

DANÇAS TRADICIONAIS DE MOÇAMBIQUE

Em Moçambique, as danças tradicionais são geralmente complexas e altamente


desenvolvidas em todo o país. Tal como a sua diversidade cultural, há muitas e
diversificadas danças tribais, que geralmente são ritualísticas por natureza. Abaixo
apontamos algumas das danças tradicionais do nosso maravilhoso Moçambique.

Conteúdos [Esconder]

1 Mapico (Zona Norte “Cabo Delgado”)


2 Nhau (Zona Centro “Tete”)
3 Tufo (Zona Norte “Nampula”)
4 Maulide (Zoona Norte “Nampula”)
5 Nhambaro (Zona Centro “(Zambézia”)
6 Niketxe (Zambézia, Nampula e Niassa)
7 Xingombela (Zona Sul “Gaza”)
8 O Xigubo (Zona Sul “Maputo e Gaza”)
9 Zoré (Zona Sul “Inhambane”)
10 Ngalanga (Zona Sul “Maputo”)
11 Xingomana (Zona Sul “Gaza

MAPICO (ZONA NORTE “CABO DELGADO”)

mapiko é uma manifestação moçambicana que cultiva a história e signos do povo Maconde
ao mesmo tempo em que traz a possibilidade de diálogo com o momento actual, podendo
nele ser representado e simbolizado algo presente que mantém viva a história desse povo,
transmitindo valores, memórias e ensinamentos. O Mapiko consiste em mistura de dança,
teatro e música. Revela relações sociais com a dramaticidade que o mascarado expõe suas
coreografias e máscaras, e traz à tona o sagrado com a sua ligação ao mundo espiritual.
O Mapiko é elemento da identidade cultural do povo Maconde, e veículo da cultura onde
se perpetuam experiências passadas e situações quotidianas. Os artistas Macondes que
fazem parte do Mapiko (escultores, cantores, músicos, dançarinos) são responsáveis pela
preservação e transmissão da tradição.

Segundo Amadou Hampâté, a tradição africana “é ao mesmo tempo religião, conhecimento,


ciência natural, iniciação à arte, histórias, divertimento e recreação.

NHAU (ZONA CENTRO “TETE”)

O Nyau (Gule Wankulo) é uma dança praticada por vários grupos étnicos espalhados pelas
regiões transfronteiriças de Moçambique, Malawi e Zâmbia. De entre eles figuram os
Chewa, Achipetas e Azimbas.

A sua origem é associada à formação do Estado Undi, por volta do século XVII, (Gabinete
de Organização do 1º Festival de Dança Popular, 1978), altura em que se supõe ter sido
adoptado como uma forma de manifestação do seu poderio perante os povos conquistados.

Exige bastante agilidade do seu dançarino, duma máscara de madeira e a dança tabu de
ritos de iniciação. A Dança Nhau foi certificada pela Organização das Nações Unida para
Educação Ciência e Cultura (UNESCO) em Novembro de 2005, como uma obra-prima do
património oral e intangível da humanidade.
Suas origens estão relacionadas aos Undi, que supostamente, “do Malawi” teriam vindo
ensinar esta dança aos moçambicanos

O termo Nyau designa igualmente o dançarino, quando já equipado com os vestes,


nomeadamente as máscaras e o restante fardamento. Por sua vez, “Gule Wankulo” significa
grande dança.

Uma das características do Nyau (Gule Wankulu) é de ser uma dança essencialmente
masculina.

Essencialmente, em território moçambicano, o Nyau é praticado em oito distritos da


província de Tete, nomeadamente Angónia, Furancungo, Macanga, Zumbo, Tsangano,
Chiúta, Zóbwe e Moatize. É também praticado na província de Maputo, distrito de Boane,
trazido para esta região cidadãos oriundos sobretudo da província de Tete.

TUFO (ZONA NORTE “NAMPULA”)


Introduzido pelos árabes dizem que esta dança é religiosa e foi criada por Aicha, esposa
do Profeta para apaziguar o mau humor de Mohammad. Apenas as mulheres dançam tufo,
regra geral pintam a cara com musiro e usam capulanas muito coloridas. O nome vem de
ad-duff, ou seja tambor em árabe.

MAULIDE (ZOONA NORTE “NAMPULA”)

Trata-se de uma demonstração de fé. Os homens dançam com uma espécie de alfinete
ou instrumentos afiados que se chamam tupachi, que aparentemente penetram na carne
mas não deitam sangue nem deixam marcas. Para preparar o corpo para este ritual alguns
praticantes ficam 15 dias sem actividade sexual e sem comer peixe. É praticado nos
casamentos islâmicos. É muito comum na Ilha de Moçambique.

NHAMBARO (ZONA CENTRO “(ZAMBÉZIA”)

A dança Nhambaro é executada, pricinpalmente por mulheres que ao ritmo que ecoa dos
batuques vão mexendo os seus corpos compassando com o som. Praticada na baixa
Zambézia, que compreende a cidade de Quelimane, Nicoadala, Namacurra e Inhassunge.

NIKETXE (ZAMBÉZIA, NAMPULA E NIASSA)

Enquanto isto, o Niketxe é uma dança tradicional originaria das etnias lomué e macua, mais
precisamente, norte da Zambézia e nas províncias de Nampula e Niassa. No distrito de
Namarrói, no extremo norte da Zambézia, o Niketxe tem a componente de cobras vivas e
naturais que os executantes transportam durante a exibição.

XINGOMBELA (ZONA SUL “GAZA”)

É uma dança tradicional originária de Moçambique na província de Gaza e arrastada até a


província de Maputo.

Essa dança era praticada de noite, por jovens entre rapazes e meninas da mesma idade ou
aproximadas. Entre eles, tocavam batuques, apitos, xipalapala (chifres de gazela) e
vestiam-se de peles de animai, saias de palha, pulseiras de linhas de saco, atravessavam
entre as costas e a cintura um pedaço de pele.

O XIGUBO (ZONA SUL “MAPUTO E GAZA”)


Xigubo é uma dança tradicional moçambicana sobretudo da região sul, especialmente nas
regiões interiores de Gaza e Maputo, a dança tem poucos praticantes ao nível das cidades.
Representa a resistência colonial

Esta dança, consiste no alinhamento de um determinado número de homens (dançarinos)


em uma ou duas filas, devidamente adornados com objectos de fibras e peles nos braços e
nas pernas, colares de sementes, entre outros signos, vestindo saiotes confeccionados com
peles de animais, as quais se fazem acompanhar de um instrumento de defesa denominada
xitlhango ou azagaia. Nas extremidades da fila feita pelos dançarinos, geralmente,
encontram-se duas bailarinas que se “confrontam”.

ZORÉ (ZONA SUL “INHAMBANE”)

A dança Zoré é originária da região de Zavala, em Inhambane esta dança era feita devido
as guerras constantes que os chopes (tribo do sul de Moçambique) travavam contra os
Ngunis (tribo sul Africana). Esta dança era praticada para celebrar a Victoria dos guerreiros
nas batalhas que estes travavam. Hoje ela é praticada geralmente pelas mulheres, os
homens tocam instrumentos (Batuques, Timbila, latas, etc.). Para além da Zoré, nesta
província podemos encontrar o Timbila que já faz parte o património da UNESCO.

A dança é caracterizada pela presença de tambores ou batuques feitos de madeira oca


revestido com pele de animal, por utilizar as mãos e dois chocalhos para tocar batuques,
utilizar apito para dar uma determinada atenção, por combinar sons de batuques com as
canções sintetizando a formação histórica, identidade social e cultural do povo da localidade
de Golo e por ser executada em pares ou individual ou mesmo mais de dois: homens e
mulheres, com alguns movimentos com o corpo recto mantendo um ritmo vibrante com mais
incidência para a cintura

NGALANGA (ZONA SUL “MAPUTO”)


É uma dança típica da província de Maputo, é mais frequente nos Distritos de Magude e
Marracuene. É uma dança que data da época das guerras constantes que os chopes
travaram contra os Ngunis. Esta dança celebrava o regresso dos guerreiros, após uma
batalha, da qual tenham saído vitoriosos. A medida que estes se aproximavam da aldeia,
iam tocando (grande chifre de impala), para anunciar o seu regresso e a sua vitória.

Tradicionalmente esta dança revelava um carácter acentuadamente social, constituindo um


factor de relevo, para a manutenção da unidade tribal e para afirmação da lealdade comum
dos seus membros ao respectivo chefe. Com a colonização portuguesa em Moçambique e
a consequente modificação da sociedade, a dança de Ngalanga passou a ter uma função
diferente, continuando porém, a ter um significado de guerra e combate. Nesta dança só
participam homens.

XINGOMANA (ZONA SUL “GAZA”)

O Xingomana é uma dança originária da província de Gaza. Ela é o desenvolvimento da


dança Massessa, também das regiões de Gaza. Xingomana é conhecida como a dança da
juventude feminina, pois foi concebido tradicionalmente. É o divertimento para as raparigas.
Era exibido no Inverno, altura fresca e de grande abundância alimentar. Não era integrada
em nenhuma cerimónia e as regulares exibições que se faziam tinham como finalidades a
alegria das jovens que nas suas canções falavam da vida dos jovens, criticando certos erros
por estes cometidos.

Nesta dança a indumentária é geralmente constituída por um: «Chiquitau», blusa com uma
cor adoptada pelo grupo, e o «sundo», espécie de uma saia feita por minalas. O nome
Xingomana foi dado a esta dança após a introdução de um instrumento de percussão
chamado «ngoma», muito pequeno. Massessa, é dança mãe do Xingomana.

IMPORTÂNCIA DA DANÇA TRADICIONAL NA SOCIEDADE.

A dança é utilizada como ferramenta cultural na transformação de uma sociedade. Ela


proporciona um crescimento de caráter ao ser humano, somando características que levam
o indivíduo a ser mais tolerante, sensível, criativo e sem preconceitos.
A dança certamente contribuiu para a constituição, perpetuação e disseminação da cultura
de todos os povos que dançaram e que ainda dançam permitindo conhecermos a
diversidade cultural que se espalha pelo mundo em todas as épocas e contextos históricos
acompanhando a evolução da humanidade
A dança teve forte influência nas sociedades ao longo dos tempos. Como via de
socialização e
disseminação de cultura, proporcionou ao mundo o conhecimento sobre a diversidade
cultural dos
diferentes povos em todo o mundo, especialmente através das danças folclóricas. Também
praticada em
academias e clubes para a manutenção da saúde física e mental.A dança tem suma
importância para alcançar os objetivos na sociedade, um deles sendo o desenvolvimento
dos aspectos culturais e social, portanto esta prática propicia ao homem grandes mudanças
internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de se expressar e
pensar.

CONCEITO DA CULTURA SEGUNDO AUTORES.

CULTURA é um conjunto de particularidades que caracterizam um grupo de pessoas, uma


família ou uma sociedade. É formada por princípios morais, hábitos, costumes, histórias,
manifestações religiosas, entre outros.

Segundo Santos (1996) cultura é umadimensão do processo social da vida


de uma sociedade, é um produto coletivo da vida humana. A cultura refere-se a
costumes e realidades sociais distintas. Ela se preocupa com o respeito às maneiras
de conceber e organizar a vida social e a seus aspectos materiais.

Segundo Geertz, a cultura é a própria condição de existência dos seres humanos, produto
das ações por um processo contínuo, através do qual, os indivíduos dão sentido à suas
ações. Ela ocorre na mediação das relações dos indivíduos entre si, na produção de
sentidos e significados.

Segundo Kroeber afirma que cultura e mais do que herança genética, que o homem age
de acordo com seus laços culturais, a cultura é o meio de adaptação aos diferentes meios
ecológicos (extremo frio ou calor, matas fechadas, litorais, etc.), e como o homem consegue
se adaptar a esses meios fez de toda a terra seu ..

Segundoedward Tylor (1832-1917).


A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a
lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como
membro da sociedade.

Segundolaraia (2003 : 68) define cultura como: O modo de ver o mundo, as apreciações
de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas
corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, resultado da operação de
uma determinada cultura
Segundo Franz Boas cultura e conceituada como resultado do pensamento racional do
homem, manifesto em diferentes graus, dentro de uma escala evolucionista. Encarava-se a
história cultural como processo unilinear e universal, cujas expressões peculiares a cada
sociedade, em dado momento, refletiam o seu estado de desenvolvimento

CARACTERÍSTICAS DA CULTURA

Determinada pelo conjunto de saberes, comportamentos e modos de fazer;

Possui um caráter simbólico;

É adquirida por meio das relações sociais de um grupo;

É transmitida para gerações posteriores;


não é estática, sendo influenciada por novos hábitos.

TIPOS DE CULTURA

CULTURA DE MASSA
A cultura de massa é o conjunto de ideias e de valores que se desenvolve tendo como
ponto de partida a mesma mídia, notícia, música ou arte. Ela é transmitida sem considerar
as especificidades locais ou regionais.A cultura de massa é usada para promover o
consumismo entre os indivíduos, sendo um comportamento típico do capitalismo, que foi
expandido de maneira drástica a partir dos séculos XIX e XX.

CULTURA ERUDITA

Diferente da cultura de massa, a cultura erudita é resultado do conhecimento adquirido por


meio da pesquisa e do estudo nos mais diferentes campos.

Não é ofertado massivamente, está disponível a poucos e representa uma forma de


diferenciação social permitida pelo acesso ao conhecimento. Como exemplos, temos:
exposições artísticas, apresentações teatrais e concertos

CULTURA POPULAR

A cultura popular está intimamente relacionada com as tradições e os saberes, os quais são
determinados pelo povo, por exemplo: as festas, o folclore, o artesanato, as músicas e a
dança.
Em oposição à cultura erudita, ela ocorre de forma espontânea e orgânica. Portanto, não
está associada aos equipamentos culturais, como os museus, cinemas, bibliotecas, etc.

CULTURA MATERIAl

A cultura material representa o conjunto de patrimônio cultural e histórico formado por


elementos concretos que ao longo de tempo foram construídos pelo ser- humano.

Como exemplos de cultura material temos os elementos arquitetônicos (igrejas, museus,


bibliotecas) e os objetos de uso pessoal e coletivo (obras de arte, utensílios, vestimenta).

CULTURA IMATERIAL

Diferente da cultura material, a cultura imaterial é formada pelos elementos intangíveis. Ela
representa o conjunto de saberes, tradições, técnicas, hábitos, comportamentos, costumes
e modos de fazer de um determinado grupo.

Considerada um patrimônio cultural transmitido entre gerações, temos como exemplos as


lendas folclóricas, as feiras populares, os rituais, as danças, a culinária, etc.

CULTURA ORGANIZACIONAl

A cultura organizacional, também chamada de "cultura corporativa", reúne um conjunto de


elementos associados aos valores, missões e comportamentos de determinada
organização.

Dentro do contexto da globalização e dos estudos mercadológicos, esse tipo de cultura foi
criando padrões de funcionamento e operações, por exemplo, dentro de uma empresa

CULTURA CORPORAL

A cultura corporal analisa o comportamento dos seres humanos em seus mais diferentes
grupos. Ela reúne as práticas relacionadas ao movimento, como danças, jogos, atividades,
comportamento sexual e festividades

CONCEITO DA ACULTURAÇÃO

A aculturação é o nome dado ao processo de troca entre culturas diferentes a partir de sua
convivência, de forma que a cultura de um sofre ou exerce influência sobre a construção
cultural do outro.

Quando ocorre uma aculturação, uma cultura absorve externamente os elementos culturais
de um outro grupo, encaixando-os e acomodando-os em seus próprios padrões

Segundo Autores:
segundo.(LARAIA, 2008, p. 96) É possível afirmar que a aculturação seria uma forma de
transformação cultural promovida por fatores externos (contato entre padrões culturais
diversos).
Segundo Schumann (1978)o termo aculturação pode ser definido como “o processo de se
adaptar a uma nova cultura”.

Segundo(redfield, Linton & Herkovits apud


BASTIDE, 1971:36).A aculturação é o conjunto de fenômenos que resultam do fato de que
grupos
de indivíduos de culturas diferentes entram em contato contínuo e direto e
das mudanças que se produzem dentro dos padrões culturais originais de um
ou dos dois grupos.

Redfield & Herskovits (1938) formulam a que aculturacao é considerada como sendo a
primeira e das
mais importantes conceptualizações do termo teorizando-o como o fenómeno que resulta
quando grupos de indivíduos detentores de diferentes culturas, atravessam períodos de
contacto directo, com consequências nos padrões da cultura de um ou ambos os grupos.

Segundo Moore (1987) refere-se a aculturação como referente à transferência dos


elementos culturais de uma sociedade a outra. Segundo o autor estes podem-se se dar
desde a
adopção de um vocábulo estrangeiro, à transformação total ou parcial de sistemas sociais.
Hoje
em dia, a forma principal de aculturação deve-se à modernização e ao desenvolvimento,
que nos
leva a praticar mudanças nas nossas sociedades motivadas por influências externas.”

Segundo Herkovikts (1973), refere-se ao processo como sendo um “fenómeno de


encontro onde se
produzem mudanças dramáticas quando dois grupos que pertencem a culturas distintas se
relacionam entre sí dando inicio á assimilação de uma cultura dominante frente a uma
cultura
receptora.

Segundo Dana (1993) teoriza que “a aculturação se define


como um fenómeno psicossocial multidimensional que se reflecte nas mudanças
psicológicas que
ocorrem nos indivíduos como resultado do seu encontro com uma nova cultura.

Segundo Bartolomé (2000), a aculturação “apresenta-se como um processo de mudança


de
atitudes e comportamentos que ocorrem, consciente ou inconscientemente em pessoas
residentes
em sociedades multiculturais ou que entram em contacto com uma nova cultura devido a
Segundo Nathan Watchel, aculturação é todo fenômeno de interação social que resulta do
contato entre duas culturas, e não somente da sobreposição de uma cultura a outra.

TIPOS DE ACULTURAÇÃO
Já que as culturas são diversas, os processos pelos quais ocorre uma aculturação podem
também se dar de formas diferentes. É possível elencar pelo menos duas formas de
aculturação em relação ao aspecto mais explícito de uma colonização ou de violência.

DIRETA: na aculturação direta, existe a presença justamente de um agente de colonização


que, violentamente, impõe sua cultura a uma outra. Nessa classificação, entra o critério de
uma coerção explícita.

INDIRETA: nesse tipo de aculturação, não há explicitamente uma imposição cultural


violenta. Ela se daria de uma maneira mais sutil, como em propagandas na mídia, afetando
os modos de viver das pessoas. Isso não elimina, de fato, o caráter de violência, se
considerarmos conceitos mais contemporâneos como de violência simbólica

ORIGEM DOS JOGOS TRADICIONAIS


Este tipo de jogo varia de região para região e possui um significado de natureza
mágico-religiosa. É normalmente praticado em épocas bem determinadas do ano ou em
intervalos do trabalho agrícola, contribuindo de modo saudável para a ocupação das horas
livres. Os jogos tradicionais são muitos antigos, praticados desde há séculos e são
transmitidos oralmente de geração para geração. No entanto, conforme os condicionalismos
de cada região, as diferentes gerações adaptam-nos à sua maneira de ser e de viver.

DEFINIÇÃO DE JOGOS TRADICIONAIS


Os jogos tradicionais são uma peça fundamental da nossa identidade porque relatam a
história e cultura do nosso país. Existem vários tipos de jogos tradicionais, jogos tradicionais
infantis, jogos tradicionais para idosos e jogos tradicionais regionais.

Os jogos tradicionais são aqueles típicos jogos de uma região ou país , que são feitos sem
a ajuda ou intervenção de brinquedos tecnológicos, só é necessário o uso de seu próprio
corpo ou recursos que podem ser facilmente obtidos a partir dele natureza (pedras, ramos,
terra e flores)
Segundo autores

TIPOS DE JOGOS TRADICIONAIS


NECA
Neca é um jogo individual ou de pares, para raparigas entre os 8 e 12 anos. Não há número
limitado de participantes.

Material
Uma pedra pequena (lisa de preferência) e um desenho de 8 quadrados no chão. O jogo
realiza-se ao ar livre e tanto pode ser jogado na terra como num recinto de cimento.

NTCHUVA
O Ntchuva é um jogo de equipa, para adultos do sexo masculino. Formam-se 2 equipas
com um ou mais jogadores.

Material
Pedrinhas
O jogo pode ser realizado no chão, cavando-se 4 filas de pequenas covas. Cada fila pode
ter 4, 8, 16 ou 32 covas. Também se pode jogar num tabuleiro construído em madeira ou
cimento. As equipas dispõem-se frente a frente, de cócoras. Em cada cova são colocadas

MATACUZANA
Matacuzana é um jogo individual, para crianças do sexo feminino, entre os 9 e os 13 anos.
Podem participar entre 2 a 4 jogadoras.

Material
Pedrinhas ou castanhas de caju.

O jogo realiza-se ao ar livre, fazendo uma pequena cova no chão, ou desenhando um


círculo. As jogadoras sentam-se à volta da cova ou do círculo, cada uma com uma pedra na
mão, Mugungo ou Xicungo (Maputo). Na cova colocam-se várias pedrinhas

TERRA-MAR
Terra-Mar é um jogo para crianças de ambos os sexos, entre os 6 e os 12 anos. Não há
número limitado de participantes.

Para este jogo não é necessário nenhum material, realiza-se ao ar livre e basta um traço
desenhado no chão. Os jogadores dispõem-se em fila ao longo deste traço, sem o pisar.

CHEIA
Cheia é um jogo de equipa, para crianças de ambos os sexos, entre os 9 e os 13 anos.
Formam-se 2 equipas de 6 jogadores.

Material
Uma bola pequena e uma garrafa.

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