Você está na página 1de 13

LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

COMPONENTE CURRICULAR Assim a dança está presente em todo processo de


EDUCAÇÃO FÍSICA civilização e acompanha a evolução social, percebe-
-se com os professores de Educação Física que a tem
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e como conteúdo escolar, com as academias de alto
utilizar movimentos corporais de forma consciente rendimento, com a mídia extremamente acessível. En-
e intencional para interagir socialmente em práticas fim, continuará existindo expressão de movimentos e
corporais, de modo a estabelecer relações constru- sentimentos se houver compreensão histórica da arte
tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças. mais completa e antiga do mundo. (SANTOS, 2016)

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM


• (GO-EMLGG501C) Reconhecer etapas de desen-
volvimento da dança, compreendendo o processo
histórico para estabelecer relações das diferenças
existentes entre as regiões brasileiras e das relações
construtivas, empáticas, éticas e de respeito.
• (GO-EMLGG501D) Analisar as características das
danças compreendendo os elementos (ritmos, es-
paço, gestos) para recriar coletivamente os movi-
mentos vinculados à sua prática.

OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM


• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e
africana, danças do contexto comunitário e regional
e/ou danças do Brasil e do mundo) Ao longo da história da dança variados modos
foram propostos acerca do uso da música, do uso
do espaço, de temáticas místicas, etéreas ou étnicas.
Cada criador(a) ou professor(a) tem seu próprio modo
de criar ou dar aulas, entretanto, de modo geral, há
características de uma época. Houve períodos em que
a dança era concebida como combinação de passos
já existentes, sendo buscada a repetição, a mais fiel
possível, deles. O público era entendido como um
receptor passivo de uma dança que era para entre-
tenimento, para distrair, ou seja, uma dança para não
se refletir ou pensar... como se possível não pensar.
Houve também momentos na história em que se bus-
Aula 01 - Contexto histórico da dança cou o não formalismo, o não entretenimento e a não
padronização de um modelo ideal de corpo que dança.
O movimento e o gesto são as formas elementares Houve ainda a adoção da improvisação, fosse na sala
e primitivas da dança e constituem assim a primeira de ensaio e/ou aula para se criar coreografia ou na
forma de manifestação de emoções do homem e, própria cena do palco e o público chamado a ser mais
consequentemente, de sua exteriorização. participativo. (RENGEL; SHAFFNER; OLIVEIRA, 2016)
A dança é fruto da necessidade de expressão do A dança tem história e essa história acompanha
homem, representando, naquele período, todas as a evolução das artes visuais, da música e do teatro.
formas de acontecimentos sociais: o nascimento, o
casamento, a colheita, a caça, festa do sol, da lua.
Dessa forma, a dança, para o homem primitivo, estaria
totalmente ligada à magia.(FRANCO, NEIL; FERREIRA,
2016)
Quando o homem sai do seu estado primitivo,
estado selvagem, e passa a outro padrão de vida que
é o de viver em sociedade, surge à organização do
trabalho para a sobrevivência comum, e esse trabalho
é a caça, a trituração de raízes, sementes, folhas etc.
Muitos desses trabalhos eram efetuados e regulados
por marcações rítmicas, como pancadas e gritos.

24
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Dança Primitiva OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e
A dança nasceu associada às práticas mágicas do africana, danças do contexto comunitário e regional
homem, com o desenvolvimento da civilização, o rito e/ou danças do Brasil e do mundo)
separou-se da dança.
O homem dançava pela sobrevivência, dançava
para a natureza em busca de mais alimentos, água Aula 02 - Contexto histórico da dança II
e em forma de agradecimento. A dança era quase
um instinto e esses acontecimentos registrados nas Dança no Brasil
paredes de cavernas em forma de desenhos, ficaram
conhecidos como arte rupestre.
O homem primitivo pintava nas paredes das gru-
tas, cavernas e galerias subterrâneas cenas de caça e
rituais que representavam a caçada. Pareciam acredi-
tar ser possíveis, pela representação pictórica, alcan-
çar determinados objetivos, como abater um animal,
por exemplo.
Extraído de: h�p://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/
conteudo/conteudo.php?conteudo=102 dia 31/05/2021

Danças Milenares

Egito: a dança no antigo Egito era ritualística e


tinha características sagradas. Dançava-se para os
As histórias da dança no Brasil e do Brasil são dois
Deuses, em casamentos e funerais.
universos que começam, aos poucos, a se tocar. Se a
Grécia: a dança originou-se de rituais religiosos, dança cênica neste País já se desenvolve há muito, a
os gregos acreditavam no seu poder mágico, assim pesquisa sobre sua história e a iniciativa de preservar
os vários deuses gregos eram cultuados de diferen- seus registros ainda são bastante jovens.
tes maneiras. As danças preparavam fisicamente os Um dos pioneiros, nesse sentido, é o bailarino e
guerreiros e sempre eram feitas em grupos. A dança pesquisador Eduardo Sucena, que lançou, ainda em
era muito difundida na Grécia Antiga, importante no 1988, o seu livro A dança teatral no Brasil, ainda hoje
teatro, a dança se manifestava por meio do coro. um marco em nossa historiografia de dança. Outros
Roma: a dança entra em decadência, pois nunca tantos, como Antônio José Faro, seguiram sua trilha.
foi privilegiada e só vai recuperar sua importância no E timidamente a história da dança brasileira começou
Renascimento. a ser contada.
Idade Média: nesse período, a dança, como todos De lá para cá, muita coisa vem mudando. Novas
os outros movimentos ar�sticos, sofreu um retroces- pesquisas, sobretudo no âmbito acadêmico, vêm sen-
so. A dança, pelo fato de se utilizar do corpo como do desenvolvidas, e essa história encontrou em dis-
expressão, foi considerada profana, porém, continuou sertações e teses nova e pro�cua possibilidade de ser
sendo praticada pelos camponeses. abordada. Nesse percurso, o que se pode comemorar
é que tais pesquisadores desenvolvem suas pesqui-
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e sas sobre a dança em seu ambiente, compondo um
utilizar movimentos corporais de forma consciente grande mapa histórico da dança neste País. (PEREIRA;
e intencional para interagir socialmente em práticas MEYER; NORA, 2008)
corporais, de modo a estabelecer relações constru- A história da dança no Brasil remonta as primeiras
tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças. expressões ar�sticas presenciadas. Alguns relatos pro-
duzidos pela Companhia de Jesus (Jesuítas) que veio
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM ao país no século XVI, que indicavam que os povos
• (GO-EMLGG501C) Reconhecer etapas de desen- indígenas já faziam apresentações de dança. Nesse
volvimento da dança, compreendendo o processo sentido, pode-se dizer que a dança indígena foi a pio-
histórico para estabelecer relações das diferenças neira no Brasil.
existentes entre as regiões brasileiras e das relações A manifestação era carregada de aspectos religio-
construtivas, empáticas, éticas e de respeito. sos, fazendo parte dos rituais em diversas ocasiões
• (GO-EMLGG501D) Analisar as características das como, por exemplo, para celebrar acontecimentos
danças compreendendo os elementos (ritmos, es- como forma de agradecimento, marcar etapas da
paço, gestos) para recriar coletivamente os movi- puberdade, espantar doenças, festejos fúnebres, ri-
mentos vinculados à sua prática. tos de passagem.

25
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Questão 02 – Podemos afirmar que a história da dança
no Brasil contempla as seguintes características EX-
CETO:

a) A manifestação era carregada de aspectos religiosos


Imagem extraída de: h�ps://cimi.org.br/2020/01/raoni-e-45- b) Momentos sempre foram acompanhados de ins-
povos-indigenas-lancam-manifesto-pela-vida-2/ dia 31/05/2021
trumentos musicais, marcações rítmicas, máscaras,
imagens, elementos muito importantes
Esses momentos sempre foram acompanhados de c) A dança tem muitas expressões. Na cultura popular,
instrumentos musicais, marcações rítmicas, máscaras, temos as danças indígenas e folclóricas.
imagens, elementos muito importantes durante os ri- d) Alguns relatos produzidos pela Companhia de Jesus
tuais. Atualmente, a toré e o kuarup ainda são pratica- (Jesuítas) que veio ao país no século XVI.
das durante os encontros dos povos indígenas. Extra- e) A dança originou-se de rituais religiosos, os brasi-
ído de: h�ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/ leiros acreditavam no seu poder mágico, assim os
artes/historia-da-danca-no-brasil dia 31/05/2021 vários deuses eram cultuados de diferentes ma-
No Brasil a dança tem muitas expressões. Na cul- neiras.
tura popular, temos as danças indígenas e folclóricas.
Já as formas mais eruditas, foram introduzidas por
renomados bailarinos europeus por volta dos anos HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e
1930 com as primeiras escolas de balé. utilizar movimentos corporais de forma consciente
A dança é uma linguagem universal, um meio de e intencional para interagir socialmente em práticas
expressão importante desde épocas remotas, assim corporais, de modo a estabelecer relações constru-
como a música. tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
Essa manifestação ar�stica consiste em uma co-
ordenação estética de movimentos corporais, com- OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
binando os elementos plásticos, os grandes gestos • (GO-EMLGG501G) Utilizar a experiência de dan-
ou posturas corporais em composição coerente e çar, de forma proficiente e autônoma, apreciando
dinâmica. as formas singulares de realização para recriar a
Extraído de: h�ps://www.todamateria.com.br/historia-da-
danca-no-brasil/ dia 31/05/2021. concepção de dança como forma de lazer.
Atividades Complementares
Questão 01 – Prefeitura de Manaus 2018 - Dançar OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
ultrapassa o limite de executar movimentos, é tam- • Danças (danças de matrizes indígena, europeia e
bém viver, expressar, refletir e produzir simbologias. africana, danças do contexto comunitário e regional
Por isso, um ensino da dança, essencialmente numa e/ou danças do Brasil e do mundo)
proposta curricular escolar, que englobe uma visão de
totalidade passa necessariamente por suas:
a) Possibilidades expressivas e de linguagem não verbal Aula 03 - Dança e suas relações com a di-
b) Considerações amplas e vagas versidade
c) Funções utilitárias e formação profissional
d) Categorias hegemônicas e exclusivas. Eu, você, vivemos numa sociedade plural, a qual
abarca, por exemplo, diferentes relações socioeco-
nômicas, culturais, políticas, ambientais, comunica-
Imagem: Surgimento
na Pré-História aon-
cionais, corporais, étnicas, religiosas e de gênero. A
de sua utilização era escola é um dos ambientes que é atravessado pela di-
voltada para rituais versidade cultural, por distintas identidades, culturas
realizados pelo ho- (social, cien�fica, ar�stica, filosófica) e experiências.
mem. h�ps://br.pin-
Entretanto, geralmente, a escola, em seus currículos,
terest.com/
traz uma perspectiva monocultural (conhecimentos

26
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
hegemônicos, metodologias tradicionais, professor cupação de pesquisa assentam-se no desafio de
como transmissor do conhecimento, permanência colocar em cena essas expressões “quase silen-
das desigualdades sociais etc.), o que torna mais ciadas” (BRASILEIRO, 2010)
complexa a tarefa de mediar as relações presentes
nesse contexto social.
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e
A escola é um espaço de produção cultural, que utilizar movimentos corporais de forma consciente
apresenta consensos e dissensos, a partir dos e intencional para interagir socialmente em práticas
encontros e confrontos entre distintas singulari- corporais, de modo a estabelecer relações constru-
dades e modos de subjetivação dos sujeitos que tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
a compõem (professores, estagiários, alunos,
gestores, merendeira, seguranças, pais etc.). OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
Assim, modos de subjetivação, aponta a ne- • (GO-EMLGG501F) Relacionar os aspectos das dan-
cessidade de compreendermos os distintos pro- ças com saúde, lazer e trabalho, desenvolvendo va-
cessos de constituição dos sujeitos, com suas lores, atitudes, afetividade, confiança, criatividade,
individualidades e modos de estar no mundo. sensibilidade para promover atitudes colaborativas
(EDUARDO OLIVEIRA et al., 2018). e de inclusão.

OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM


• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e
africana, danças do contexto comunitário e regional
e/ou danças do Brasil e do mundo)

Aula 04 - Dança e suas relações com a di-


versidade II

As festas da cultura popular brasileira são reco-


nhecidas por terem um papel importante na conso-
Organização das Nações Unidas para Educação,
lidação das identidades sociais. Além das festas car-
a Ciência e a Cultura (UNESCO), estabelece a
navalescas, a festa junina, a natalina, a da produção
“Convenção Sobre a Proteção e Promoção da
agrícola de regiões, as de ordem religiosa (com santos
Diversidade das Expressões Culturais”, a qual
e orixás), as de homenagens cívicas, entre outras, ga-
é assinada por mais de 100 países, incluindo o
nham visibilidade ao longo dos anos e incorporam-se
Brasil. Esse documento reconhece a diversida-
aos modos de ser dessa população. Isso que parece
de cultural como uma característica essencial
parte fundamental da formação humana, suas festas e
da humanidade e aponta que a diversidade
as variadas manifestações nelas inseridas, está quase
deve “florescer em um ambiente de democra-
totalmente ausente da literatura acadêmica dos cur-
cia, tolerância, justiça social e mútuo respeito
sos de formação. (BRASILEIRO, 2010)
entre povos e culturas” (UNESCO, 2005).
As danças brasileiras surgiram da fusão da cultura
europeia, africana e árabe aliada às manifestações
Os Parâmetros Curriculares Nacionais abordam o
oriundas do próprio país. A dança é uma expressão
tema ressaltando a importância da heterogenei-
ar�stica considerada um elemento fundamental para
dade notável em sua composição populacional, o
a cultura local e, sobretudo, mundial. No Brasil, mui-
Brasil desconhece a si mesmo. Na relação do País
tas tiveram grande destaque e se tornaram atrações
consigo mesmo, é comum prevalecerem vários
populares, como as danças folclóricas, por exemplo.
estereótipos, tanto regionais quanto em relação
As danças brasileiras são datadas em diferentes
a grupos étnicos, sociais e culturais. (PCNs, BRA-
períodos e estão difundidas em cada região do país.
SIL, 1997, pág. 20)
As mais conhecidas nacional e internacionalmente são
o Samba e o Frevo. Por conta dessa grande gama de
Refletir sobre a dança como “uma manifestação
movimentos ar�sticos o Guia Enem reuniu as prin-
ar�stica que tem presença marcante na cultura
cipais danças brasileiras. Extraído de: h�ps://www.
popular brasileira” implica colocá-la nesse cam-
educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/dan-
po de discussão no qual a cultura popular se faz e
cas-brasileiras dia 31/06/2021
refaz. No caso da dança, os estudos que buscam
tratar de temáticas populares com efetiva preo-

27
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS

Questão 04 – A Organização das Nações Unidas para


Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em rela-
ção à diversidade reconhecem: (Marque a alternativa
Danças Folclóricas correta)
a) a modos de subjetivação e aponta a necessidade
As danças folclóricas são fortes elementos ar�s- de compreendermos os distintos processos de
ticos que contribuem para o acervo cultural do país. constituição dos sujeitos, com suas individualida-
Elas são baseadas, principalmente, em tradições e cos- des e modos de estar no mundo.
tumes próprias das regiões. Realizada de diferentes b) a diversidade cultural como uma característica es-
maneiras de acordo com o estado, ela pode ser feita sencial da humanidade e aponta que a diversidade
em pares ou em grupos e a forma original de dançar deve “florescer em um ambiente de democracia,
e cantar permanece praticamente a mesma. tolerância, justiça social e mútuo respeito entre
No país, as danças brasileiras de caráter folclórico povos e culturas”.
receberam influências dos povos africanos, árabes, c) refletir sobre a dança como “uma manifestação
indígenas e europeus. As religiões, sobretudo a Igreja ar�stica que tem presença marcante na cultura
Católica, teve forte influência no surgimento de perso- popular brasileira”.
nagens e contos da história brasileira. Uma das carac- d) a dança como uma expressão ar�stica considerada
terísticas marcantes das danças brasileiras folclóricas um elemento fundamental para a cultura local e,
são as músicas simples e os personagens chamativos. sobretudo, mundial.
Atividades Complementares
Questão 03 – Prefeitura de Massaranduba - SC 2020
- “O movimento é a base da dança, assim, o fenôme- HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e
no corporal que a música traz, por meio do ritmo, utilizar movimentos corporais de forma consciente
poderá se traduzir na __________________ de cada e intencional para interagir socialmente em práticas
aluno, para que seja atingido o objetivo principal que corporais, de modo a estabelecer relações constru-
é mover o aluno durante as aulas de maneira mais tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
coordenada” (VERDERI, 2009).
Assinale a alternativa que completa corretamente a OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
lacuna dessa citação: • (GO-EMLGG502C) Examinar características estéti-
a) expressão corporal cas, histórico-culturais, valores, objetivos e técnicas
b) liberdade de movimento presentes nas danças urbanas, compreendendo sua
c) experiência transcendente evolução para valorizar a diversidade cultural.
d) percepção do corpo
e) experiências de recriação OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e
africana, danças do contexto comunitário e regional
e/ou danças do Brasil e do mundo)

Aula 05 - Danças Folclóricas e regionais

As danças folclóricas representam um conjunto de


danças sociais, peculiares de cada estado brasileiro,
oriundas de antigos rituais mágicos e religiosos. As
danças folclóricas possuem diversas funções como
a comemoração de datas religiosas, homenagens,
agradecimentos, saudações às forças espirituais etc.

28
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
PRINCIPAIS DANÇAS FOLCLÓRICAS FREVO

No Brasil, o folclore brasileiro possui muitas dan-


ças que representam as tradições e as culturas de
determinada região. No país, as danças folclóricas
surgiram da fusão das culturas europeia, indígena
e africana. Elas são celebradas em festas populares
caracterizadas por músicas, figurinos e cenários re-
presentativos. Confira abaixo as principais danças
folclóricas brasileiras:

SAMBA DE RODA

Este estilo pernambucano de carnaval é uma es-


pécie de marchinha muito acelerada que, ao contrário
de outras músicas de carnaval, não possui letra, sen-
do simplesmente tocada por uma banda que segue
os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se
divertem dançando. Os dançarinos de frevo são, ge-
ralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como
elemento coreográfico.

BUMBA MEU BOI

Estilo musical caracterizado por elementos da


cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no
século XIX. É uma variante mais tradicional do samba.
Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas
acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pan-
deiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos
musicais mais utilizados.

MARACATU

Esta dança folclórica, conhecida em outras regi-


ões brasileiras como boi-bumbá, é �pica do norte e
do nordeste. O bumba meu boi possui uma origem
diversificada, pois apresenta traços das culturas: es-
panhola, portuguesa, africana e indígena. Além disso,
o bumba meu boi é uma dança na qual a representa-
ção teatral é um fator marcante, posto que a história
da vida e da morte do boi é declamada enquanto os
personagens realizam suas danças.

JONGO

O maracatu é um ritmo musical com dança �pico


da região pernambucana. Reúne uma interessante
mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indí-
genas e europeus. Possui uma forte característica re-
ligiosa. Os dançarinos representam personagens (du-
ques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo
é acompanhado por uma banda com instrumentos de
percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).

29
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Dança folclórica de origem africana, em alguns os momentos da dança. Os dançarinos (casais) usam
lugares conhecida pelo nome “caxambu”. O jongo é vestidos com roupas �picas da cultura caipira (cami-
uma dança da zona rural, acompanhada de instrumen- sas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) e fazem
tos de percussão, e muitas vezes considerada uma uma coreografia especial. A dança é bem animada,
variante do samba. com muitos movimentos e coreografias. As músicas
de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de
BAIÃO Melão, Pula Fogueira e Cai, Cai balão.
(MANGARATIBA; LAZER, [s.d.])

Construção do por�olio

Sugestão 1 – O estudante
pode fazer um resumo das
aulas assistidas em seu ca-
derno e apresentar para seu
mediador(a) como forma de
avaliação
Ritmo musical, com dança, �pico da região nor- Sugestão 2 – O estudante
deste do Brasil. Os instrumentos usados nas músicas poderá escolher uma dança �pica da sua região, e a
de baião são: triângulo, viola, acordeom e flauta doce. partir de um vídeo gravado e enviado ao mediador(a)
A dança ocorre em pares (homem e mulher) com mo- reproduzir esta dança, com música e roupas �picas.
vimentos parecidos com o do forró (dança com corpos Dica 1 minuto de vídeo.
colados). O grande representante do baião foi Luiz Sugestão 03 – A partir de mapas mentais o estudante
Gonzaga. pode levantar os principais tópicos estudados e en-
tregar para seu mediador(a).
CATIRA O mediador e mediadora deverá levar em conside-
ração
1. Criatividade
2. Organização
3. Conteúdo apresentado
4. Participação do estudante
5. Prazo de entrega

HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e


utilizar movimentos corporais de forma consciente
e intencional para interagir socialmente em práticas
corporais, de modo a estabelecer relações constru-
Também conhecida como cateretê, é uma dança tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas
dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é �pica da re- OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
gião interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas • (GO-EMLGG501A) Identificar os princípios téc-
Gerais, Goiás e Mato Grosso. O instrumento utilizado nicos e táticos dos esportes de marca, de campo,
é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos. de arremesso e taco, sintetizando essas semelhan-
A catira ou cateretê é uma dança folclórica, presente ças em uma nova prática, aplicando em diferentes
em vários estados brasileiros. Há controvérsias em contextos para estabelecer relações construtivas,
relação à sua origem, entretanto, acredita-se que a empáticas, éticas e de respeito às diferenças, além
catira contém influência indígena, africana, espanhola de apreciar a prática como entretenimento.
e portuguesa. Ela apresenta muitos elementos ligados
à cultura caipira, sendo caracterizada pelo figurino OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
dos dançarinos que acompanham o som das violas. • Esportes (esportes de marca, esportes de preci-
são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-
QUADRILHA natórios, esportes de campo e taco, esportes de
rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes
É uma dança �pica da época de festa junina. Há de combate).
um animador que vai anunciando frases e marcando

30
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Aula 06 – Jogos Olímpicos

A arqueologia registra a presença de competições


e jogos desde 2600 a.C.. Os jogos são elementos uni-
versais em todas as culturas humanas. O jogo Real
de Ur, Senet, e Mancala são alguns dos mais antigos
exemplares. O jogo do tavolado é o mais antigo jogo
ao qual há referência, em Portugal.
Os jogos de tabuleiro, especificamente, foram
inventados e jogados em quase todas as partes do Fonte: h�ps://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo
mundo. Somente entre os aborígenes australianos e
os esquimós não se encontraram jogos de tabuleiro. Um pouco de história
Desde o século X aC. os jogos de cartas têm fasci-
nado a humanidade. Desde as simples tiras de papel Era Moderna
nascidas no oriente às cartas que se tornaram conhe- Atenas foi a cidade que sediou a primeira olimpía-
cidas na Europa a partir do século XVI, as cartas se da da Era Moderna, em abril de 1896, com delegações
tornaram um fenômeno universal. de 14 países. Ao todo, 241 atletas competiram em
nove modalidades.
OS JOGOS OLÍMPICOS Desde essa época, os Jogos Olímpicos passaram
a ser realizados de quatro em quatro anos, à exceção
de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a
Os Jogos Olímpicos, no formato que conhece-
Primeira e Segunda Guerra Mundial, respectivamente.
mos, foram disputados pela primeira vez em 1896
na cidade de Atenas, na Grécia. Mas a origem da
Jogos Olímpicos de Inverno
Olimpíada vem da Antiguidade, época em que a
O evento esportivo começou a ser realizado em
competição significava um período de trégua num
1924 como “Semana Internacional dos Desportos de
mundo recheado de guerras e conflitos.
Inverno”. Dois anos depois, ganhou o status de Jogos
Só podiam participar dos Jogos Olímpicos ci-
Olímpicos. Eles também ocorrem a cada quatro anos,
dadãos nascidos em alguma das cidades-estados
mas são contemplados apenas esportes que envolvem
que formavam a Grécia Antiga. Eram proibidos de
gelo ou neve, tais como Biathlon, Curling, Hóquei no
competir os estrangeiros, chamados de bárbaros,
gelo, Esqui e Patinação.
os escravos e as mulheres.
Assim como acontece nos dias de hoje, os Jogos
eram disputados de quatro em quatro anos, perío-
do a que se dá o nome de Olimpíada. A competição
sempre foi marcada pela celebração de uma tré-
gua entre as cidades-estados gregas, que viviam em
conflito. Mas diferente dos tempos atuais, apenas
o campeão era premiado.

PAZ ENTRE AS CIDADES-ESTADO


Fonte: h�ps://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fisica/os-
Dois meses antes de cada edição, uma espécie
jogos-olimpicos.htm dia 12/02/2021
de Senado Olímpico decretava a trégua, que era
comunicada por mensageiros escolhidos entre os
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e
cidadãos de Élis, reino responsável pela organização
utilizar movimentos corporais de forma consciente
dos Jogos. A partir deste momento, atletas, juízes,
e intencional para interagir socialmente em práticas
artistas e familiares podiam viajar em segurança
corporais, de modo a estabelecer relações constru-
e tinha direito a um mês de preparação para as tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
competições.
Fonte: olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/
237903-jogos-olimpicos-da-grecia-antiga OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
• (GO-EMLGG501A) Identificar os princípios téc-
nicos e táticos dos esportes de marca, de campo,
de arremesso e taco, sintetizando essas semelhan-
ças em uma nova prática, aplicando em diferentes
contextos para estabelecer relações construtivas,
empáticas, éticas e de respeito às diferenças, além
de apreciar a prática como entretenimento.

31
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
• (GO-EMLGG501B) Enumerar os espaços de in- Nos anos seguintes, os professores perceberam a
fraestrutura (quadras, praças, galpões, pátios), necessidade de modificar algumas regras no esporte
discriminando os que possuem condições dentro no Brasil. E em 1950, chegaram ao modelo atual, com
e fora da escola para organizar práticas corporais limite de cinco jogadores e as marcações na quadra.
em condições seguras para a comunidade. Com objetivo de uniformizar as regras do futsal,
em 1957 foi criado por Sylvio Pacheco o Conselho
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM Técnico de Assessores de Futebol de Salão. A entidade
• Esportes (esportes de marca, esportes de preci- também foi responsável por conciliar divergências e
são, esportes de invasão, esportes técnico-combi- dirigir os destinos do futsal no Brasil.
natórios, esportes de campo e taco, esportes de Consequentemente, surgiram no país outras enti-
rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes dades. Em 1954 foram criadas a Federações Metropo-
de combate). litana e Mineira de Futebol; em 1955, as Federações
Paulista, Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana de
Futebol de Salão.
Aula 07 – Futsal No ano posterior, em 1956 foi fundada a Federação
Catarinense, 1957 a Norte Rio Grandense e 1959 a Ser-
O futsal, também conhecido como futebol de gipana. Nas décadas seguintes todos estados possuíam
salão, teve origem em Montevidéu, no Uruguai, em entidades próprias, tal ponto fortaleceu o futsal no país.
Fonte: h�ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/
1934. O esporte surgiu a partir da tentativa do seu educacao-fisica/futsal
idealizador, Juan Carlos Ceriani Gravier, em criar uma
modalidade que misturasse futebol, handebol, bas-
quete e polo aquático.

A instituição responsável pelo futsal no brasil é


Confederação Brasileira de Futebol de Salão.

HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e


utilizar movimentos corporais de forma consciente
e intencional para interagir socialmente em práticas
Na década de 30, o Uruguai era considerado uma corporais, de modo a estabelecer relações constru-
grande potência do futebol. Em 1930, o país foi a pri- tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.
meira sede da Copa do Mundo de Futebol, quando se
consagrou campeão. Dentro desse contexto, surgem OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM
vários nomes do esporte como o argentino Juan Carlos • (GO-EMLGG501A) Identificar os princípios téc-
Ceriani Gravier. nicos e táticos dos esportes de marca, de campo,
Gravier formou-se como Secretário Geral da YMCA de arremesso e taco, sintetizando essas semelhan-
e Professor de Educação Física e Esporte em Buenos ças em uma nova prática, aplicando em diferentes
Aires, na Argentina. Por volta de 1930, como membro contextos para estabelecer relações construtivas,
da Associação Cristã de Moços (ACM), criou futsal, empáticas, éticas e de respeito às diferenças, além
mas como o nome “Indoor Football”, cuja tradução de apreciar a prática como entretenimento.
literal é “futebol no interior”. • (GO-EMLGG502B) Compreender o desempenho
relacionado ao gênero no esporte, identificando as
História do futsal no Brasil diferenças biológicas existentes que determinam
esses aspectos, para estabelecer relações constru-
O futsal de Gravier chegou ao Brasil em 1935 atra- tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças
vés dos professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, em diversos contextos.
que se graduaram no Instituto Técnico da Federação
Sulamericana das ACM. No país, o esporte ficou mais OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM
conhecido como futebol de salão. • Esportes (esportes de marca, esportes de preci-
são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-

32
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
natórios, esportes de campo e taco, esportes de O Basquete no Brasil
rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes
de combate). O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a
conhecer o esporte. Em 1896, um professor america-
no chamado Augusto Shaw foi convidado para lecio-
Aula 08 – Basquetebol nar no Colégio Mackenzie em São Paulo e introduziu
o jogo no país.
O basquetebol é um esporte coletivo criado nos Os primeiros torneios de basquete aconteceram
Estados Unidos e praticado em todo o mundo. Seu em 1912 e o primeiro clube a adotar a modalidade foi
nome (basketball) está relacionado com dois de seus o América do Rio de Janeiro, no ano seguinte.
elementos principais: a cesta (em inglês, basket) e a A primeira liga de basquete aconteceu em 1919,
bola (ball). também no Rio de Janeiro, e foi vencida pelo Flamen-
Desde sua criação até os dias de hoje, o basquete go. Já a primeira seleção brasileira convocada para
se desenvolveu muito. Algumas regras mudaram e o um torneio ocorreu em 1922. O Brasil disputou jogos
basquete é hoje, segundo o site especializado Total contra a Argentina e o Uruguai e sagrou-se campeão.
Sportek, o segundo esporte mais popular do mundo
(atrás apenas do futebol).

Origem do Basquete
O basquete foi inventado nos Estados Unidos da
América no início de dezembro de 1891 na Associação
Cristã de Moços (YMCA) de Springfield, Massachuse�s,
pelo professor canadense James Naismith (1861-1940).
O professor buscava um esporte intenso que pu-
desse ser praticado pelos alunos dentro do ginásio
por conta do inverno rigoroso e da chuva no norte
dos Estados Unidos.
O Brasil foi campeão mundial por três vezes: em
1959 e 1963, com a equipe masculina, e em 1994
com a equipe feminina comandada por Magic Paula,
Hortência e Janeth.
Oscar Schmidt, o maior jogador brasileiro de todos
os tempos, é o detentor da marca de maior pontuador
da história do esporte com incríveis 49.737 pontos.
Foi campeão do Pan-americano de Indianápolis,
em 1987. Essa foi a primeira derrota do time ameri-
cano em casa.
O professor prendeu então dois cestos de pêsse-
go no alto de uma parede e as equipes tinham que
encestar a bola. O professor Naismith mediu a altura
das cestas e registrou 3,05 metros, essa altura é a
mesma até hoje.

Fonte: todamateria.com.br/historia-do-basquete/

O professor Naismith e seu jogadores da Universidade do Kansas


(1899)

33
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e de 1,98 metros, sobre a qual uma câmara de bola de
utilizar movimentos corporais de forma consciente basquete era batida, surgindo assim o jogo de vôlei.
e intencional para interagir socialmente em práticas
corporais, de modo a estabelecer relações constru-
tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM


• (GO-EMLGG501A) Identificar os princípios téc-
nicos e táticos dos esportes de marca, de campo,
de arremesso e taco, sintetizando essas semelhan-
ças em uma nova prática, aplicando em diferentes
contextos para estabelecer relações construtivas,
empáticas, éticas e de respeito às diferenças, além
de apreciar a prática como entretenimento.
• (GO-EMLGG503G) Selecionar informações sobre
os bene�cios referentes a prática de atividades e
exercícios �sicos, organizando momentos de divul- A primeira bola usada era muito pesada e, por
gação através de diversas mídias (folhetos, redes isso, Morgan solicitou à firma A.G. Spalding & Brothers
sociais, rádio escola etc.) para promover saúde, a fabricação de uma bola para o referido esporte. No
bem-estar e integração da comunidade na escolar. início, o mintone�e ficou restrito à cidade de Holyoke
e ao ginásio onde Morgan era diretor. Um ano mais
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM tarde, numa conferência no Springfield’s College, en-
• Esportes (esportes de marca, esportes de preci- tre diretores de educação �sica dos EUA, duas equipes
são, esportes de invasão, esportes técnico-combi- de Holyoke fizeram uma demonstração e assim o jogo
natórios, esportes de campo e taco, esportes de começou a se difundir por Springfield e outras cidades
rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes de Massachusse�s e Nova Inglaterra.
de combate). Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o
seu nome fosse trocado para volley ball, tendo em
vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de
Aula 08 – Voleibol um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.
Em 1896, foi publicado o primeiro artigo sobre
o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do
“Physical Education” na cidade de Búfalo, Nova Iorque.
Este artigo trazia um pequeno resumo sobre o jogo
e de suas regras de maneira geral. No ano seguinte,
estas regras foram incluídas oficialmente no primeiro
handbook oficial da Liga Atlética da Associação Cristã
de Moços da América do Norte.
O volley ball foi rapidamente ganhando novos
adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário
mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte
chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Uni-
dos), sendo posteriormente desenvolvido em outros
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano países, como na China, Japão (1908), Filipinas (1910),
William G. Morgan, então diretor de educação �sica México entre outros países europeus, asiáticos, afri-
da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de canos e sul-americanos.
Holyoke, em Massachuse�s, nos Estados Unidos. O Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o
primeiro nome deste esporte que viria se tornar um volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma missão
dos maiores do mundo foi mintone�e. governamental que tinha a finalidade de organizar a
Naquela época, o esporte da moda era o basque- educação primária do país.
tebol, criado apenas quatro anos antes, mas que tivera O primeiro campeonato sul-americano foi patro-
uma rápida difusão. Era, no entanto, um jogo muito cinado pela Confederação Brasileira de Desportos
cansativo para pessoas de idade. Por sugestão do pas- (CBD), com o apoio da Federação Carioca de Volley
tor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um jogo menos Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense, no Rio,
fatigante para os associados mais velhos da ACM e entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo campeão
colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura o Brasil, no masculino e no feminino.
Fonte: fpv.com.br/historia_volleyball.asp

34
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e
utilizar movimentos corporais de forma consciente
e intencional para interagir socialmente em práticas
corporais, de modo a estabelecer relações constru-
tivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM


12. (GO-EMLGG501A) Identificar os princípios téc-
nicos e táticos dos esportes de marca, de campo,
de arremesso e taco, sintetizando essas semelhan-
ças em uma nova prática, aplicando em diferentes
contextos para estabelecer relações construtivas,
empáticas, éticas e de respeito às diferenças, além
de apreciar a prática como entretenimento.
13. (GO-EMLGG503G) Selecionar informações so-
bre os bene�cios referentes a prática de atividades
Karl Schelenz, criador do handebol
e exercícios �sicos, organizando momentos de di-
vulgação através de diversas mídias (folhetos, re-
des sociais, rádio escola etc.) para promover saúde, História
bem-estar e integração da comunidade na escolar.
14. (GO-EMLGG503J) Compreender os tipos de Desde sua criação, o handebol tal qual o conhe-
lesões, analisando nas práticas esportivas aquelas cemos hoje sofreu algumas modificações. O local de
mais comuns para empregar medidas de prevenção jogo, por exemplo, era ao ar livre (em gramados) e os
antes e durante as atividades �sicas e esportivas. espaços eram menores.
Agora, o esporte é executado em quadras fecha-
OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM das de 40 por 20 metros. Além disso, no início o han-
15. Esportes (esportes de marca, esportes de pre- debol era um jogo exclusivo para mulheres.
cisão, esportes de invasão, esportes técnico-com- Mais tarde e com sua inclusão nos esportes olím-
binatórios, esportes de campo e taco, esportes de picos, ele passou a ser jogado por ambos os sexos.
rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes Como foi criado por um alemão, ele começou a ser
de combate). jogado em Berlim, na Alemanha durante a primeira
guerra mundial.
No entanto, não demorou muito para que ele se
Aula 10 – Handebol difundisse pela Europa e ainda, para outras partes
do mundo.
O handebol foi criado pelo em 1919 pelo atleta Outro fator que o diferencia de sua origem é pelo
e professor de educação �sica alemão Karl Schelenz número de jogadores. Quando foi criado, ele conti-
(1890-1956). nha um total de 22 jogadores, ou seja, 11 em cada
equipe. Hoje o número foi reduzido para 14 no total
(7 jogadores em cada equipe).
No final dos anos 30 o handebol passou a ser um
esporte oficial Jogos Olímpicos de Berlim. Nesse mo-
mento, o jogo ainda era disputado por duas equipes
de 11 jogadores cada.
Com as novas mudanças (jogadores e espaço),
ele passou a fazer parte dos jogos olímpicos a partir
de 1972.
Além disso, o esporte se espalhou pelo mundo e
atualmente encontramos diversas competições que
ocorrem a nível nacional e internacional. Merece
destaque o Campeonato Mundial de Handebol nas
categorias feminina e masculina.
Em 1999 foi fundada a Federação Internacional
de Handebol com sede na Basileia, Suíça. Esse órgão
Nesse ano, ele e outros parceiros de trabalho é responsável pelo esporte a nível mundial.
reformularam um esporte para deficientes visuais Nos dias de hoje, o handebol é praticado em mais
chamado de torball. de 180 países do mundo.

35
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
Handebol no Brasil PEREIRA, R.; MEYER, S.; NORA, S. Histórias em Mo-
vimentos: biografias e registros em dança. [s.l: s.n.].
No Brasil, o handebol pas-
RENGEL, L. P.; SHAFFNER, C. P.; OLIVEIRA, E. Dança ,
sou a ser reconhecido a partir
Corpo E Contemporaneidade. p. 42, 2016.
dos anos 30. Em 1940 foi fun-
dada em São Paulo a Federa- SANTOS, T. N. D. G. F. DE L. a Historia Da Dança. GEPEF/
ção Paulista de Handebol. Esse LAPEF - UEL, v. 4, n. 3, p. 57–71, 2016.
momento foi um importante UNESCO. Convenção Sobre a Proteção e Promoção da
passo para a consolidação do Diversidade das Expressões Culturais. Paris: UNESCO,
esporte no país. 2005.
BRASIL. PCN, pluralidade cultural. 1997.

Sites
h�ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/
historia-da-danca-no-brasil
h�ps://www.todamateria.com.br/historia-da-danca-
-no-brasil/
h�p://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/
conteudo.php?conteudo=102
h�p://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/pa-
Imagem fonte: h�ps://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/
noticia/2022-01/handebol-brasileiro-estreia-no-sul-centro- ginas/dia-mundial-da-diversidade-cultural-conheca-
americano-contra-o-paraguai -resultados-de-acoes-da-fundacao-vale.aspx
h�ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educa-
Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira cao-fisica/dancas-brasileiras
de Handebol (CBHb) com sede na cidade de Aracaju h�ps://olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olim-
(Sergipe). Esse órgão é responsável pelos eventos de picas/237903-jogos-olimpicos-da-grecia-antiga
handebol que ocorrem no país.
Fonte: todamateria.com.br/handebol/ h�ps://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fisica/
os-jogos-olimpicos.htm
Referências Bibliográficas h�ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educa-
cao-fisica/futsal
h�ps://www.todamateria.com.br/historia-do-bas-
quete/
h�ps://www.fpv.com.br/historia_volleyball.asp
h�ps://www.todamateria.com.br/handebol/
Imagens
h�ps://www.clipartkey.com/
h�ps://pt.vecteezy.com/
BRASILEIRO, L. T. A dança é uma manifestação ar�s- h�ps://cimi.org.br/2020/01/raoni-e-45-povos-indige-
tica que tem presença marcante na cultura popular nas-lancam-manifesto-pela-vida-2/
brasileira. Pro-Posições, v. 21, n. 3, p. 135–153, 2010. h�ps://br.pinterest.com/
EDUARDO OLIVEIRA, C. et al. Dança como Mediação h�ps://prezi.com/p/o�syurhlkkz/diversidade-cultu-
Educacional para Diversidade e Ações AArmativas I ral/
Licenciatura em Dança Dança como Mediação Edu- h�ps://stock.adobe.com/br/search?k=frevo
cacional para Diversidade e Ações AArmativas I. 2018. h�ps://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/515094-bum-
FRANCO, NEIL; FERREIRA, N. V. C. Evolução da dança ba-meu-boi-bulls-vector
no contexto histórico: aproximações iniciais com o h�ps://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensi-
tema. Repertório, v. 26, n. 1, p. 266–272, 2016. no_fundamental/arte-catira-uma-danca-tradicional/
MANGARATIBA, P. M. D. E.; LAZER, E. E. Prefeitura h�ps://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo
municipal de mangaratiba secretaria municipal de
educação, esporte e lazer superintendência de en-
sino. [s.d.].

36

Você também pode gostar