Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 ANO
2 ANO
DOCENTE
REGAI BACALHANE
NOME DO ESTUDANTE
RITOS DE INICIAÇÃO.................................................................................................8
FASE DE MENSTRUAÇÃO......................................................................................8
SERES ESPIRITUAIS..............................................................................................10
CONCLUSÃO:..............................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................13
INTRODUÇÃO:
No presente trabalho iremos explorar a manifestação do povo Ndau, uma comunidade
étnica com uma rica história e tradições culturais, especialmente concentrada nas
regiões centrais de Moçambique e no leste do Zimbabwe. A origem do povo Ndau
remonta à fragmentação dos reinos do Muenemutapa e Dom Pire, bem como aos
movimentos de expansão dos grupos linhageiros Shonas-Caraga, os Rozvi, dos
planaltos centrais do Zimbabwe em direção à costa do Oceano Índico.
Por fim, o trabalho explora a importância dos seres espirituais na cosmologia Ndau,
incluindo a crença nos Vadzimu, espíritos ancestrais que protegem e orientam a
comunidade, e a ausência da crença no espírito Nhandhoro, comum entre outros povos
Shona do Zimbabwe.
História do povo Sena
Dois terço da população da companhia de Moçambique adoptou o chisena.. A palavra
`Sena parece ser uma corrupção das palavras «Siona» ou «Chona».(MEQUES, J.
Domingos:199 pag. 2. O chisena é uma língua banta, falada nas margens do Zambeze,
desde o Chinde ate Tambara. O número total dos falantes é relativamente elevado,
cerca de 30.000…. O futuro do chiSena esta em ser a língua franca do rio Zambeze.
.Cultura material
Roupa tradicional
A roupa tradicional do povo Sena foi muito influenciada pelos árabes que fizeram o
primeiro negócio no rio Zambeze. Os utilizavam kaphndu, um lençol que passava
entre os pernas e foi amarado, junto com uma camisa comprida. As mulheres ricas
utilizam roupa comprida com mangas compridas. (ibidem, p.40) Quando uma mulher
veste-se desta maneira ninguém critica. É bem vestida. As meninas são obrigadas de
manter os seios cobertos. Depois das cerimónias de gravidez (makhurudzu) a senhora
já não tem esta obrigação.
Construção de casa
O povo sena tem dois tipos de casas tradicionais: nyumba ya ndzulu (tipo primeiro
andar) e nyumba ya pantsi (construída no chão). (ibidem, p.42)
O primeiro tipo constrói-se da seguinte maneira:
Mante-se mphanda na terra. São as colunas que levantam a casa para cima.
Depois metem-se vigas transversais chamadas miamba. As tábuas do chão
chamam-se waliso ou waliro. Deixam-se as tábuas estender-se para fazer um
tipo de varada mbidza.(idem)
Depois de erguer - se outra coluna, chamadas manjingo. A coluna principal no
meio do chão que vai para o tecto chama-se mitanda a machiru, que significa “
onde ocorre o rato” Para fazer o tecto, estendem-se estacas principais chaadas
miyendo e outras estacas chamada m`palopalo,.
Se todas estacas vão para o centro (o tecto é quadrado). Se o tecto
é rectângulo, a viga principal em cima do tecto chama-se khasa. O tecto faz de capim
amarrado em molho, chamado phembo. Cobre-se a casa com o capim chamado nsanzi.
As vezes fazem uma porta feita de caniço (mitete) chamada liseko.
No segundo tipo de casa, nyumba ya pantsi, utilizam colunas macikua. As paredes são
feitas de capim, chamado nfufu . As vezes fazem pequenos buracos (janelas) para
espreitar fora chamado mampego. (idem) São sempre os homens que fazem a
construção, mas as mulheres podem limpar o sítio antes de construir. Na construção de
outras casas, os vizinhos ajudam a família construir, e a família prepara comida para o
evento.
Danças culturais
As danças tradicionais que não tem nada a ver com os demónios, mas simplesmente
fazem parte do património cultural do povo Sena. As danças do povo Sena distintivas
e facilmente reconhecidas. Todos sabem que aquele estilo é Sena. (ibidem, p. 43)
Também comemora-se nos eventos e datas na história. Fazem lembrar o que passou.
a) Sedo: uma dança que usa 9 batuques de várias alturas, dançando quando alguém
morrer., depôs do enterro. Os participantes põe mascaras, como fosse carnaval e para
animar e aliviaras pessoas.
b) Use: uma dança de tristeza, com um só batuque. Dança-se durante funerais, antes
do enterro.
c) Djagadja: dança-se com máscaras (mas não com tantas máscaras) para alegrar
pessoa depois de morrer. Usam três (3) batuques, e todos os homens e mulheres que
sabem dançar podem participar.
d) Manyalala: uma dança das mulheres dançada quando uma noiva casa-se. É
educativo; as mulheres cantam para ensinar o casal que tem que ter respeito.
e) Ngundula: uma Dança para todos, com três (3) batuques, para jovens em festas
quaisquer.
As danças podem ser substituídas nas igrejas com coros ou conjuntos de musicais
param Jovens. Os jovens não praticam estas danças, mas podem utilizar os
instrumentos musicais (como o mbango para cantar o senhor).
Conclusão:
Terminado o trabalho descobrimos que manifestação do povo Ndau revela uma riqueza
cultural profunda, enraizada em tradições ancestrais que moldaram sua identidade ao
longo dos séculos. Apesar das lacunas nas fontes históricas, é possível vislumbrar uma
trajectória de origem ligada à fragmentação dos reinos do Muenemutapa e Dom Pire,
impulsionada pelos ciclos expansionistas dos grupos linhageiros Shonas-Caraga, os
Rozvi, em direção à costa litoral do Índico.
A organização social tradicional dos Ndau é marcada pela sua presença no vale do
Zambeze, abrangendo o centro de Moçambique até o litoral, e leste do Zimbabwe ao sul
do Mutare. Sua língua, pertencente à família linguística xona, o ndau, é um elemento
unificador dentro da diversidade de variantes regionais.
Os Ndau também mantêm uma relação profunda com o mundo espiritual, expressa por
meio de rituais e crenças que transcendem gerações. Os espíritos dos antepassados,
vadzimu, desempenham um papel vital na proteção e orientação da comunidade Ndau,
refletindo sua visão de mundo e sua cosmovisão única.
Referências Bibliográficas:
ADAS, Melhem, Geografia Geral: Quadro político e Económico do Mundo Actual, 8ᵃ
série 1º grau são Paulo ed. Moderna, 1979
BICA, Ismael A. Ismael Firoza, Tempos e espaços, Porto editora, 6ᵃ classe, porto
editora. Portugal