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Licenciatura : em Antropologia
Introdução
Antropologia do nativo de Moçambique, pretende-se definir raças e tribos, suas posições, seus
carácteres somáticos, origem,uso e costumes.
Baseado em que:
1- tantas tem sido as migrações nos oriundos da provinçia que delas resultou uma mestiçagem
que torna hoje, senão impossível pelo menos difícil a sua classificação por raças e até por tribos,
a não ser em relação ao local de habitação.
2- as deslocações por motivo de prestamento de serviço por longos períodos de tempo tem
igualmente, Como consequência, os resultados apontados no mundo anterior.
3- as consequências já apontadas e outras semelhantes não podem deixar de trazer alterações aos
carácteres somáticos, aos usos, costumes e, o que é mais até áprópria linguagem. Que quase
impressetivelmente vai sofrendo alterações, resultado daí haver hoje pouquissímas línguas
indígenas verdadeiramente puras, se éque alguma há.
Encontrou dois grupos àcerca dos quais quase se pode afirmar não ter havido até agora,
influência de corrupção, são eles: Macondes, abitando a região do mesmo nome; e aglumerado
de Machanganes. Que por uma questão de desentendimento e descordância com tanta atrocidade
cometida pelo celebre Gungunhani.
Enquanto que seus contendores, separando-se de vez, caminharam cerca de cem quilometros
para oeste; onde se estabeleceram até hoje.
Tanto Machanganes como Macondes não temem o serviço e se bem que nem sempre o procurem
voluntariamente raros são os que fogem depois de o iniciarem, sendo os primeiros muito mais
activos e enèrgeticos.
Ambos os grupos de que venho tratando são bons e valentes caçadores e possuem energia e bom
físico para a prática de desportos, de que gastam mais ainda não praticam em grande escala pela
falta de contacto, de meio ambiente e de quem os impulsione.
As populações africanas são poligâmas, na generalidade, sendo a média mulheres por indivíduo
de 2. Só os cristianizados éque são monógamos e muitos nativos são monógamos não que
desejam mas por força das circustâncias.
Durante a pacificação tornou-se esta região de xinavane muito conhecida e viu o seu nome
gravado na história após as campanhas de Mouzinho de Albuquerque.
Tem rios de curso permanente sendo os principais e rio incomati e matxecula, não há lagos
C)as culturas principais que os nativos fazem nesta área administrativa são as de milho, feijão e
trigo. Algumas fazem também um pouco de amendóim, meixoeira e mandioca.
d) os homens fazem os derrubes e tratam de gado e habitações, a caça e a pesca e depois disto o
seu passa tempo, no entanto ajudam a mulher no enceleiramento das provisões faz a construção
de pequenas palhotas que ser em de celeiro e prepara a esteira estendida sobre quatro estados na
qual se põe o amendóim a secar.
As mulheres fazem a machamba, preparar a comida e tem muito mais que fazer.
Pela hora de calor deixam a machamba e vão para casa para fazer a refeição da tarde mas precisa
de lenha, vai arranjar levando o seu primitivo machado, fazem um molho e transportam-no à
cabeça para casa e ainda o filho nas costas.
e) empresas
Agrícola- a actividade agrícola na região está confiada à sociedade agrícola do incomati que as
dedica ácultura da cena sacarina afirma Alfredo Luiz (herdeiros) lda.
Agro-indústrias: a sociedade agrícola do incomati faz a criação de gado e afirma Alfredo Luiz
tem a criação de gado e indústrias de lacticinios com grande desenvolvimento.
Pecuárias: as duas empresas S.A.I. e Alfredo Luiz tem cerca de 10.000 cabeças de gado bovino e
cerca de 30.500 hectares de terreno sendo para pastagem 21.200 hectares conforme se indica a
folhas 11 e 12.
Indústrias: a indústria açucarreira ésem dúvida a mais importante e éexplorada pela sociedade
agrícola do incomati.
Além da religião tradicional do culto dos antepassados existem nesta áreaas seguintes religiões:
católica, protestante e mahomentana.
Suazi éa palavra zuluizada de suati nome do régulo que chefiava esta tribo quando os europeus
tiveram com ela o primeiro contacto.
Como dissemos já o seu número deve andar próximo de 10.000, na nossa província, a proporção
entre homens e mulheres varia conforme as idades.
O suazi, ou como alguns pretendem o chi-suazi éa língua que falam. Pertence ao grupo das
línguas tipo banto, émuito próximo do zulo.
a) uma divindade
A organização da familia ébaseada no clã patriarcal, o Pai governa na povoação que funciona
como uma unidade social, a relação entre vizinhança coopera em trabalhos mediante o
pagamento por meio de bebida, ajudam-se nas cerimónias, criando assim uma unidade mais
extensa de vizinhança.
O suazi cultiva, em especial, o milho a mapira, a batata doce e algum tabaco, mas énecessário e
essencialmente criador de gado.
A base da alimentação éo milho, no inverno émais abundante que no começo do verão, o leite
azedo écoalhado écomido pelos velhos e crianças.
O trabalho que cada um cabe éfunção do sexo, assim o trabalho mais complicado, que exija mais
conhecimento e perícia, éfeito pelo homem, este caça e tem a seu cuidado a manada do gado. E
como regra aquele que exige maior energia e também atribuido ao homem.
A.H.M. monografia e etnografia. cota: S.E.a.III.P.6 n°52, Grupo "tchuabo". Abílio, Mário
Marçal 1948 Fevereiro 25.
Tchuabo éum ramo do grande grupo nianja, distribuida em grande parte pela província de
Niassa.
Os tchuabos são polígamos, sempre que os seus recursos económicos lhes permitam as despesas
com o pagamento do pête preço a pagar pelo noivo ao Pai da noiva, a maioria émonógama, e que
este facto se deve principalmente a dois factores: áinfluência do cristianismo e ao facto da
população feminina, apesar-se superior a masculina.
As suas culturas principais são: nas partes baixas a que chamam "murretes", arroz, milho, batata
doce e feijão cafreal (nhemba).
Como atrás dissemos, o cristianismo está muito generalizado entre os tchuabos, mercê do
convívio europeu, sobre tudo das missões católicas existentes na cidade de Quelimane e seus
subúrbios. Mas a religião predominante éainda o culto dos antepassados que segue um ritualismo
algo semelhante aos dos povos do sul.
A palavra "ronga" por sí, nada significa só pela aglutinação do morfena "shi" ela corresponde a
um conceito.
a)morfologias
2- classes de substantivos;
b) fonéticos
1- acento tónico na penúltima sílaba;
O fonema
Segundo a classificação geral, podemos estabelecer o seguinte quadro dos fonemas correntes do
shi-ronga:
1) em relação à glote:
b) aspirados- de abrimento; 2
2) em relação à boca:
a) consoantes oclusivas;
b) consoantes explosivas;
e) vogais.
O Shi-ronga encontra-se em plena evolução sendo essa evolução essencialmente motivada por
causas externas.
O dote conhecido por "shumé", varia entre seiscentos a mil duzentos escudos, nada tendo que ver
com a virgindade da mulher, pois que se esta a tiver o noivo terá que pagar a mais duzentos
escudos, e se já tiver perdido a únicadiferença existente éque deixará de pagar está
últimaimportância.
O hábito adquirido pelos gorongosas, em dezenas de anos se refugiaram na serra, afim de se
defenderem dos seus inimigos, a base da sua alimentação éa papa constituida em partes iguais de
farinha de milho e de Mapira.
A.H.M. monografia e etnografia. Cota: S.E. 2.III.p.6 n°40, monografia sobre os indígenas
da circunscrição de morrumbene, distrito de inhambane. Cardoso, Ernesto Conde Marque.
A presente monografia refere-se aos povos que habitam a circunscrição de morrumbene: rongas,
bitongas e bachopes.
O rongas habitam no interior da circunscrição e ocupam mais da metade da sua área que abrange
nove regulados, sendo o mais importante o régulo iguana. Além destes núcleos há entre os
bitongas bastantes bachopes e tongas misturados, os bachopes encontram-se espalhados, os
bachopes dentro da sua colectividade actualmente sujeitam-se e seguem os usos e costumes dos
dominadores.
Os nascimentos estão ligados a ritos e práticas superstiçiosas, até aos noves ou dez anos os filhos
andam sempre com as mães, casamento também precedido de cerimónias particulares de pedidos
e combinações entre os noivos e entre estes e os pais nas mais diferentes modalidades, o
vestuário e adornos também, em determinadas ocasiões, se relacionam com as práticas religiosas.
AHM. Barros, de Teixeira Augusto. Cota S.E. a IIIP6. n 66. Monografia Gungulule,
ginjinga Inharrime 1957 Janeiro 10.
Gungulule e uma cerimonia feita em incharrime, ou antes uma serie de cerimonias, que em
tempos recuados se praticavam entre os tongas, cerimonias estas atualmente quase inexistentes,
no tratamento de um doente e através das quais se recordava a alma dos chefes. Quando uma
pessoa se encontrava doente, o doutor ( Nhanga) a povoação do padecente, o doutor
acompanhado dos seus ajudantes e seus medicamentos e de vários tambores, coloca tudo dentro
da palhota do emfermo. Ao anoitecer do dia, o doutor tocava os tambores para convidar o
chicuenbo (a alma do próprio nhanga) o poder sobrenatural que ele diz possuir, o doutor vai a
floresta onde recolhe raízes e folhas de árvores só dele conhecidas, as quais depois coze com
água e depois a água serve para banhar o padecente este banho tem o fim de afugentar os
espíritos maus do corpo do doente espíritos esses que provocam a doença.
Em seguida o doutor com uma lâmina da vários golpes no corpo do doente em especial nos
dedos das mãos e dos pés nas costas e no peito. Para terminar o doutor colocava ao pescoço do
doente uma pequena bolsa contendo raízes que so ele conhece, retirando-se depois de ter
recebido em dinheiro a paga do seu trabalho nunca inferior ou equivalente a 100 desses tempos.
AHM. Vila Luísa. Cota S.E. a III P.6, n24. Monografia, população indígena de
Marracuene, sua evolução no aspeto social,1956.
AHM. Lucas, José Armando. Cota S.E. III. P.6. n38. Monografia elaborada para fins de
concurso. Para administradores de 3 classe.
Agónis, Vangonis, Vangunis ou ainda Mangonis, são designações para um mesmo povo,
encontram-se estas designações empregadas indistintamente pelos historiadores, encontra-se uma
diferença entre Vangonis e Vangunis no censo da população indigina de 1945. Estes indígenas,
como todo o descendente de raga sulo, alto bem musculoso, de cor acobreada apresentando
perturberancia facilabial, o cabelo lanuginoso, fronte media, nariz curto achatado e rosto redondo
na sua grande maioria.
Os indígenas nesta região Utilizam utensílios domésticos como panela de barro, as mulheres se
adornam com esmaltes. São os próprios pais que dão conselhos aos filhos, mais não abordando
profundamente a questão sexual, limitam-se sobre algumas referências sobre a escolha do noivo,
são as tias que falam acerca dos problemas sexuais. Pratica-se dois tipos de casamentos, o
casamento civil e o religioso, no casamento civil poucas diferenças se notam entre os
procedimentos atual, no casamento religioso faz-se na igreja e pratica-se o lobolo. Os usos e
costumes desaparecidos são a tatuagem, a circuncisão, o furar das orelhas, a linhagem dos
dentes, em pontas, o costume do milebe, a oposição da corva de cera.