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TRABALHO

DE
HISTÓRIA

FONTES HISTÓRICAS
1-O que são fontes históricas?
Documentos que,através de seus sinais e interpretação, permitem que o
historiador possa reconstituir e recontar a história.

2-Quais os tipos de fontes históricas?


Fontes materiais: objetos, peças e sítios históricos, documentos, fotos, pinturas.
Fontes imateriais: a história oral, as lendas, as tradições, os costumes, usos.
Fontes primárias: são as fontes diretas exemplo: uma entrevista, uma pesquisa
em documentos, etc.

OS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL


E O LEGADO CULTURAL.

1-Quais são as fontes históricas para se conhecer a


história dos povos indígenas do Brasil.
As pinturas rupestres,documentos e os vestígios. Ao
contrário do que possa parecer, o reconhecimento e uso de uma determinada
fonte histórica não é naturalmente realizado por aqueles que se colocam em
busca do passado dependendo dos interesses e influências que marcam a
trajetória do historiador, notamos que as fontes históricas podem ser
empregadas ou não em seu trabalho. Desse modo, entendemos que nenhum
historiador terá a capacidade ou disposição de esgotar o uso de todas as
possíveis fontes relacionadas a um determinado evento ou tema.

No século passado, a ação de outros historiadores e o desenvolvimento de


novas formas de estudo foi gradativamente revelando que o conjunto de fontes a
serem trabalhadas pelo historiador pode muito bem extrapolar o mundo letrado.
A partir de então, fontes de natureza, visual, oral e sonora foram incorporadas ao
conjunto de compreensão do passado. Com isso, observamos que
determinados temas históricos tiveram a sua discussão renovada e ampliada
para outros patamares.

2-Diversidade cultural indígena (línguas, etnias,


costumes).

Os índios foram os primeiros habitantes do território brasileiro. São


formados por povos diferentes com hábitos, costumes e línguas diferentes.

Os Ianomâmis falam quatro línguas: a Yanomam, Sanumá, Yanomame e Yanam.


Suas habitações são construídas de caibros encaixados, amarrados com cipó e
revestidas de palha. Possuem características
seminômades, já que mudam de habitat quando acreditam ter explorado uma
região ao máximo. São caçadores e acreditam em rixis: espíritos de
animais que ao serem mortos tornam-se em protetores e amigos.

Os Carajás falam apenas uma língua: a Macro-Jê. São


divididos em Karajás, Javaés e Xambioás. Acreditam na
transformação do homem em animais e vice-versa. Residem nas proximidades
do rio Araguaia, pois acreditam que sua criação, rituais de passagem, alimento e
alegria são dados por ele. Vivem do cultivo do milho, mandioca, batata, banana,
cará, melancia, feijão e amendoim, e prezam pela pintura corporal.
Dividem o trabalho, fica para os homens a defesa do território, abertura de roças,
construção das casas, pesca e outros. Para as mulheres
o trabalho de educar os filhos, cuidar dos afazeres domésticos, do casamento
dos filhos, da pintura e ornamentação das crianças e outros.

Os Guaranis manifestam sua cultura em trabalhos em cerâmica e em rituais


religiosos. Possuem sua
própria língua, somente ensinam o português às crianças maiores de seis anos.
São migrantes e agricultores. Acreditam que a morte é somente
uma passagem para a “terra sem males”, onde os que se foram partem para este
local para proteger os que na Terra ficaram.

Os Tupis são dominados por um ser supremo designado Monan. A


autoridade religiosa dentro das aldeias é o Pajé, que é um sábio que atua como
adivinho, curandeiro e sacerdote. Utilizam a música e seus
instrumentos musicais para a preservação de suas tradições, para produzir
efeitos hipnóticos e para momentos de procriação, casamento, puberdade,
nascimento, morte, para afastar flagelos, doenças e epidemias e para festejar
boas caçadas, vitórias em guerras e outros.

Existem cerca de 225 sociedades indígenas distribuídas em todo o território


brasileiro, corresponde a 0,25% da população do país. Diante das culturas
específicas de cada sociedade, somente algumas delas foram anteriormente
destacadas.

3-Relação dos povos indígenas com a terra.

A terra para indígena é uma parte de um complexo e completo mundo, hekoapi


em Baniwa. A terra é a parte
central, metade, do meio do mundo. Para cima da terra tem muitas
outras camadas (céus), apakomanai em Baniwa, iarodattinai, lugares de outras
vidas, lugares de almas e espíritos de animais, animais como pássaros, macacos,
eenonai e outros.
A última, acima do sol é do criador do mundo e da terra, ninguém pode vê-lo,
somente escuta-lo. Para baixo da terra
existe outra camada, Wapinakoa em Baniwa, lugar de ossos dos mortos
humanos, talvez inferno.

A terra é de onde os indígenas têm conhecimentos e se relaciona com outras


camadas ou céus do mundo tanto para cima e para baixo há milênios.
Da terra os povos nascem, por exemplo, o povo Baniwa, nasce da terra, até hoje
existe um lugar chamado de “Hiipana”, eeno hiepolekoa, umbigo do mundo, lá
tem uma vagina na cachoeira, de pedra, de onde surgiu, ou nasceu, a
humanidade e especificamente o povo Baniwa, seus clãs, distribuição de seus
territórios naquela região. Foi daqui que se espalhou a humanidade
para lugares distantes, diferentes e diversas partes do mundo.

Por ser assim, nascer da terra, os povos indígenas se relaciona com a terra como
“mãe”. E a mãe cuida dos
filhos desde concepção, desde nascimento, cuida do crescimento, cuida na vida
adulta, cuida durante a velhice quando isso acontece e cuida novamente quando
se chega ao final da vida, ao voltar novamente para dentro da terra.

Os povos indígenas tem uma relação de muito respeito com a terra por causa
disso. Os que não têm
mais esse respeito com a terra por que aprendeu de pessoas estranhas que
chegaram aqui no Brasil, pois isto não é da sua cultura e nem da sua tradição
milenar.

Existe na cultura Baniwa que explica isso, por exemplo, na criação do mundo
havia disputa entre seres vivos em relação ao quem seriam humanos e animais.
E o nosso herói Ñapirikoli conquistou o nosso direito de sermos “humanos”,
newikinai em Baniwa, outros como “iitsirinai”, animais. Mas eles, animais, são
como nós, pessoas em espíritos, ambos não podem se enxergar entre si como
humanos, quando isso acontece, provoca doenças, conflitos.

Na terra dos povos indígenas existem muitos viventes diversos com diferentes
funções que equilibra e maneja um sistema de vida incluindo humanos e animais.
Muitos subsistemas macros e micros ajudam exemplificar claramente isso, por
exemplo, uma serra, uma montanha, pedra, cachoeira, morro, lago e etc são
lugares de viventes responsáveis pela reprodução segundo as espécies de
animais, peixes e outros seres fundamentais.

Estes lugares têm conexões entre si, tem caminhos entre si, são mapeados e
reconhecidos pelos povos indígenas, fazendo parte do seu sistema de manejo
tradicional para sua segurança alimentar, mas que a religião, capitalismo e
Estado Nacional irresponsavelmente detonaram como os Americanos detonaram
o Japão em Hiroshima e Nagasaki em 1945 na Segunda Guerra Mundial, só que
aqui no Brasil através de crenças impostas sobre os povos indígenas e agora em
muitos lugares tornaram-se escassos, consequências de contato, prejuízo aos
povos indígenas em suas terras.

As terras indígenas não são aquelas que foram conquistadas através de guerras
de dominação sobre os outros. As terras
indígenas são aquelas que foram herdadas pelo ser criador do mundo e da terra.

4-Maiores problemas enfrentados pelos povos indígenas


atualmente.
Discriminação, violência, pobreza e pouco acesso a serviços básicos continuam
sendo problemas comuns para as comunidades indígenas na América Latina e
no mundo.

5-Resistência e lutas indígenas.


Conforme o Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (ONU,
2017), o Brasil é o 10° país mais desigual do mundo. Por outro
lado, é a 7ª maior economia do planeta. Tal cenário tem
imposto a todos um ambiente opressor, poluído e de morte.
“A violência vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na
água, no ar e nos seres vivos. Por isso,
entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra
oprimida e devastada.

6-Legado cultural indígena (as heranças indígenas,


alimentos que os povos indígenas nos ensinaram a usar,
palavras de origem indígena etc).
Quando pensamos nos primeiros povoadores do Brasil, a chegada dos
portugueses nos vem à cabeça. Mas
isso está mudando, pois em alguns livros didáticos já temos presente a história
dos povoadores indígenas como as primeiras populações que habitaram o
território brasileiro.

Do ano de 1500, momento da chegada dos europeus, até os dias atuais, a


população indígena diminuiu drasticamente, de três a cinco milhões de índios
para, atualmente, segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), 358 mil índios.

Mesmo depois de os povos indígenas terem passado pelo processo de conquista


e extermínio, eles nos deixaram diversas práticas culturais.

Segundo o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das


florestas brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas.
Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para
frente para confundir os caçadores.
Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o curupira não existiu, mas
os indígenas tinham o hábito de andar para trás, para confundir os europeus e
bandeirantes.

A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas.
Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou
estudo, a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo
descalços. Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando
estão em suas casas.

O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas.


Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de
suas ocas (suas habitações nas aldeias).

A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como


a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho),
o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira
(conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré
e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu,
bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).

Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença


nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso
sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à
semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade.

A influência cultural indígena na sociedade brasileira não para por aí: a língua
portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas.
Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário
cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca,
tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do
Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira”
quer dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi.
O rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que significa “rio
verdadeiro”).

Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade


cultural que foi importante para a formação da população brasileira.
BIBLIOGRAFIA
SITES CONSUTADOS:
alunosonline.uol.com.br

www.editoramundoemissao.com.br

www.terra.com.br

www.walimanai.wordpress.com

www.brainly.com.br

brasilescola.uol.com.br

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