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As Culturas

Indígenas.
Componente curricular: Arte
Educação

P R O F E S S O R :
TA C I A N O S I LVA D A
R O C H A .
Agenda
Tópico Um – População Indígena.
Tópico Dois – Arte e Artefatos.
Tópico Três – Pintura e Adorno Corporal.
Tópico quatro – Xamã.
Tópico cinco – Objetos, Artefatos e Rituais.
Tópico seis – Música e Rito/ Canto e Instrumentos.
Tópico sete – Culturas Indígenas no Tempo – Movimento Indígena.
População Indígena.
A população indígena brasileira, segundo resultados do último Censo
Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) no país, em 2010, era de 896.917 indígenas, dos quais
572.083 viviam na zona rural e 324.834 habitavam as zonas urbanas
brasileiras. Os dados estatísticos revelaram que em todos os Estados da
Federação, inclusive no Distrito Federal, há populações indígenas.

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Arte e Artefatos.
O conceito de arte, como entendemos hoje, não existe para os povos indígenas que
vivem no Brasil. As ideias de inovação e contemplação, por exemplo, não estão
presentes na produção e fruição das formas estéticas dos diferentes povos, que se
expressam por meio da fabricação de artefatos, das narrativas, da produção de
grafismos, da dança e da música.
Para os indígenas não existe a figura do artista como
indivíduo criador, que procura expressar sua
subjetividade por meio de formas originais. A arte
nas sociedades indígenas é fruto de práticas coletivas
que visam à continuidade de uma tradição ancestral.
Pintura e Adorno Corporal.
• A pintura corporal é uma manifestação cultural
presente em várias sociedades.
• Os índios utilizam a pintura corporal como meio de
expressão ligado aos diversos manifestos culturais de
sua sociedade. Para cada evento há uma pintura
específica: luta, caça, casamento, morte. Todo ritual
indígena é retratado nos corpos dos mesmos na forma
de pintura, é a expressão artística mais intensa dos
índios. A tinta é feito de urucum, jenipapo ou babaçu
na maioria das vezes.
Xamã.
• Xamã (shaman em inglês) é um sacerdote tradicional do xamanismo que possui contato com o
mundo dos espíritos, demonstrando particular capacidade de profecia ou cura. Mago,
feiticeiro, curandeiro, bruxo, pajé e médico são outros nomes correspondentes.
• Segundo a crença, o xamã é o líder inspirado pelos espíritos para conduzir as cerimônias do
xamanismo. É o sacerdote que, durante os rituais xamânicos, entra em estado de transe,
conseguindo penetrar em reinos sobrenaturais e encontrar soluções para os problemas de uma
pessoa ou grupo. Normalmente há cânticos, danças e a utilização de instrumentos musicais
durante os rituais xamânicos.
• Tradicionalmente, a pessoa que demonstra profundo conhecimento da natureza humana, que
age com sabedoria, que vive em harmonia e transmite bons ensinamentos, pode ser escolhido
pelo seu povo para os representar como xamã. Cada cultura tem uma forma diferente de
reconhecer um xamã, podendo ser alguém do sexo masculino ou feminino.
• Antigamente, quando se reconhecia em uma criança (geralmente menino) capacidades para
ser um futuro xamã, havia uma consagração e dava-se início a um treino que durava muitos
anos. Nesse processo a criança recebia objetos simbólicos como tambor, ossos, dentes e outros
artigos de metal para lhe acrescentar poderes especiais.
• Nas tribos indígenas brasileiras o pajé é o xamã da sua tribo.
Objetos, Artefatos e Rituais.
Os rituais contam ou recriam o mito, promovendo a interação de
divindades, homens, animais e plantas. As populações indígenas acreditam
que essa interação é indispensável.
Por isso, a maioria dos rituais indígenas são uma celebração das
diferenças. Tanto as diferenças entre todos os seres do universo
(divindades, homens, animais e plantas) como as específicas entre nós,
seres humanos.
Elas são celebradas por meio do oferecimento de comida e bebida, e, às
vezes, de cantos e objetos.
As máscaras indígenas são comumente usadas em rituais e festividades.
Elas podem significar proteção e conexão com espíritos protetores, seres
sobrenaturais e antepassados. Algumas tribos acreditam que as máscaras
levam alegria e bons sentimentos às entidades que viveram conflitos no
passado.
O cocar, por exemplo, é utilizado em rituais de luta e festividades.
Música e Rito/ Canto e Instrumentos.
A música para o indígena é algo muito importante, devido a todo o
seu peso social e ritual. Ela está presente nas diversas manifestações
culturais e sociais de cada etnia, fazendo parte dos rituais de magia,
socialização, contato direto com os ancestrais e cura; bem como,
presente em festas comemorativas, podendo ser vista como uma
linguagem diferenciada, pois a partir da música podemos saber se
uma tribo está em guerra, em um ritual para os deuses ou em
alguma outra manifestação cultural distinta.

• A produção musical indígena é utilitária, apresentando


composições com funções específicas, que passam de geração
em geração, e é baseada no canto e em instrumentos
construídos com aquilo que é encontrado na natureza.
Música e Rito/ Canto e Instrumentos.
Os índios brasileiros utilizam predominantemente instrumentos
de sopro ou percussão. Cada tribo possui seus instrumentos
específicos, no entanto, aqueles que são compartilhados de
alguma maneira sofrem diversificações, como é o caso, por
exemplo, do material utilizado para a fabricação.
Os instrumentos musicais mais comuns são o chocalho (ou
maracá), a flauta, o reco-reco (feito com casca de tartaruga), as
trombetas de cuia, percussão, sopro e os bastões de ritmo. O
maracá é usado para acompanhar o canto. Para fazer esse
instrumento, os indígenas pegam uma cabaça e colocam dentro
dela pequenas pedras e sementes. Depois, fecham o buraco,
colocam no chocalho um cabo de madeira e o enfeitam com
penas.
Outro instrumento utilizado é o pau-de-chuva, que é um
instrumento de percussão feito com um longo canudo de bambu
ou madeira, onde se colocam várias sementes. Quando o índio
mexe o instrumento, o canudo faz um som que é exatamente
igual ao das chuvas das florestas da Amazônia, por isso o nome
“pau de chuva”.
Culturas Indígenas no Tempo.
• Movimento Indígena.
• Os povos indígenas sofrem há séculos opressão, perseguição e massacres.
Muitos povos e culturas foram dizimados. Despreparados para interagir com
a civilização dominante em posição vantajosa, na década de 1970 começou
um processo de mobilização e conscientização política com o auxílio de
antropólogos, intelectuais, universidades, organizações não-governamentais
e a Igreja Católica. Este processo desde então vem sendo construído com
um crescente protagonismo, autonomia e empoderamento dos indígenas na
definição de prioridades, na articulação do discurso e nas formas de ação a
partir de suas próprias experiências, necessidades e visões de mundo, em
meio a uma luta constante contra poderosas forças contrárias,
experimentando fases de avanço e outras de retrocesso.
• As principais reivindicações são relativas à posse da terra, uma vez que já
foi reconhecido legalmente o seu direito a elas a partir de sua condição de
primeiros ocupantes, e porque a terra para eles é sagrada e elemento
essencial para a preservação de seu modo de vida, sua cultura e suas
tradições.

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