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GOIÂNIA-GO
- 2007 -
JURAMENTO DE HIPÓCRATES
PARTE II
FEBRE................................................................................................................... 62
ADENOMEGALIAS............................................................................................... 62
EDEMA.................................................................................................................. 62
DOR....................................................................................................................... 62
ANEMIA E CIANOSE.............................................................................................62
DOR TORÁCICA................................................................................................... 62
TOSSE E HEMOPTISE..........................................................................................62
DISPNÉIA E INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA....................................................62
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.................................................................................62
HEMATÊMESE E MELENA...................................................................................62
CONSTIPAÇÃO E DIARRÉIA...............................................................................62
ASCITE E INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA................................................................62
O DIAGNÓSTICO EM
NEUROLOGIA...........................................................................59
DISTÚRBIOS DOS MOVIMENTOS.......................................................................62
DISTÚRBIOS SENSITIVOS E SENSORIAIS........................................................62
ALTERAÇÕES MENTAIS E DA CONSCIÊNCIA..................................................63
SÍNDROME MENÍNGEA E DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA.....................63
PARTE III
SÍNDROMES PLEURO-PULMONARES...............................................................64
1. Síndromes Brônquicas........................................................................................64
2. Síndromes Pulmonares.......................................................................................65
3. Síndromes Pleurais.............................................................................................66
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE CERTOS TIPOS DE EDEMAS................67
1. Edema Alérgico...................................................................................................67
2. Linfedema............................................................................................................67
3. Edema na Trombose Venosa (Tromboflebite)....................................................69
4. Edema Varicoso..................................................................................................69
5. Mixedema............................................................................................................70
6. Edema na Cirrose Hepática................................................................................70
7. Edema na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)..........................................70
8. Edema Renal.......................................................................................................71
ALTERAÇÕES NAS BULHAS CARDÍACAS........................................................72
1. Alterações de B1..................................................................................................72
2. Alterações de B2..................................................................................................73
3. Alterações de B3 e B4...........................................................................................75
SOPROS CARDÍACOS MAIS CARACTERÍSTICOS............................................76
1. Sopro da Insuficiência Mitral...............................................................................76
2. Sopro da Estenose Mitral....................................................................................76
3. Sopro da Insuficiência Aórtica.............................................................................76
4. Sopro da Estenose Aórtica..................................................................................77
5. Quadro de manobras à beira do leito visando identificação de sopros.............77
LESÕES DERMATOLÓGICAS ELEMENTARES.................................................77
1. Introdução............................................................................................................78
2. Lesões Dermatológicas Elementares - Conceito................................................78
3. Semiotécnica e Classificação..............................................................................78
4. Tipos de Lesões..................................................................................................79
APÊNDICE
TERMOS TÉCNICOS EM MEDICINA...................................................................81
EXAME PROCTOLÓGICO....................................................................................86
EXAME DO CANAL INGUINAL - PESQUISA DE HÉRNIAS INGUINAIS............87
ANAMNESE ESPECIALIZADA.............................................................................88
NOÇÕES DE ANAMNESE EM PEDIATRIA............................................................88
NOÇÕES DE ANAMNESE EM GINECOLOGIA-OBSTETRÍCIA............................89
MODELO DE HISTÓRIA CLÍNICA........................................................................92
ANAMNESE
1. Identificação do paciente
- Nome
- Idade
- Sexo
- Cor
- Estado Civil
- Nacionalidade
- Naturalidade
- Residência
-Profissão
-Procedência
2. Queixa Principal
- sempre entre aspas e com as palavras usadas pelo paciente
- se possível colocar a sua duração
3. História da Doença Atual (HDA)
-Descrever os sintomas em ordem cronológica e de importância
-Fazer a semiologia do(s) sintoma(s)
-Inquirir sobre os sintomas associados e correlatos
-Não induzir respostas
-Apurar evolução, exames e tratamentos feitos
-Não se esqueça: a história deve ter início, meio e fim
-Assinalar a fonte e sua fidedignidade
IMPORTANTE
Faça um breve histórico sobre cada doença que o paciente referir e que
possa estar correlacionada com a doença atual
5. História Fisiológica
- Condições na gestação: dieta, doenças, hemorragia, infecções, acidentes,
drogas, tabagismo, etilismo, etc...
- Nascimento: tipo de parto, complicações, local que se realizou, idade
gestacional.- Doenças neonatais.- Desenvolvimento Psicomotor e
Crescimento.- Alimentação: leite materno; se artificial, avaliar quantitativa e
qualitativamente- Puberdade: menarca, telarca e pubarca; catamênios
posteriores
-História Sexual: ciclo menstrual, libido, gestações, abortamentos ,
promiscuidade sexual, homossexualidade
-Climatério: sintomas do climatério (fogachos, secura vaginal, menopausa,
labilidade emocional...)
6. História Social- Nível educacional
-Riscos de Trabalho, nível de satisfação no trabalho, relacionamentos, história
de acidentes de trabalho, atividades insalubres e uso de equipamentos de
proteção individual.
- Relacionamento familiar e social; - Alimentação Atual - qualitativa e
quantitativamente; alterações impostas pela patologia de base
- Hábitos: sono, álcool, fumo, drogas ilícitas, medicamentos, prática
desportiva- Habitação: tipo de casa, saneamento (fossas: séptica, negra ou
seca), instalações sanitárias, água potável ...- Cohabita com animais ? Quais ?
Inquirir sobre o status vacinal dos mesmos- Banhos de rio.- Viagens para áreas
endêmicas7. História Familiar e Familial- Ancestrais: estado de saúde,
“causa mortis”, idade.- Genitores: idem.- Doenças Familiares em outros
membros da família: câncer, hipertensão arterial, cardiopatias, AVCs,
nefropatias, ortopatias, psicopatias, hemopatias, tireoideopatias, diabetes,
epilepsia, doenças alérgicas. - Inquirir sobre doenças infecto-contagiosas nos
contatos não familiares.
CabeçaCefaléias freqüentesTonteiraTraumas
Olhos e OuvidosPertubações visuaisModificação na coloração da
escleraDisplasiasDorInflamaçõesZumbidoSurdezNariz e Seios
ParanasaisRinorréiaEpistaxeObstruçãoResfriados
freqüentesEspirrosPruridoDor na face (na região dos seios)
Cavidade BucalEstado de conservação dos dentesSangramentosUso de
prótesesAftasHalitoseAlterações na voz
Pescoço
Dor
Limitação de movimentos
Aumento da tireóide
Tumorações
Gânglios Linfáticos
Dor
Aumento de tamanho (cervicais, axilares, inguinais, epitrocleanos)
Mamas
Desenvolvimento
Dor
Aparecimento de nódulos
Secreção
Cirurgia
Aparelho Respiratório
Dor torácica e sua caracterização.
Tosse
Escarro
Hemoptise ou hemoptoicos
Chiados
Estridor
Data do último Rx e resultados
Aparelho Cardiovascular
Desconforto precordial
Palpitações
Dispnéia
Ortopnéia
Dispnéia paroxística noturna
Edema
Cianose
Hipertensão Arterial
ECG
Claudicação intermitente
Aparelho Digestório
Apetite
Intolerância alimentar
Anorexia
Disfagia
Pirose
Plenitude pós-prandial
Eructações
Naúseas
Emese
Hematêmese
Meteorismo
Ritmo intestinal
Diarréia
Constipação
Tenesmo
Acolia
Melena
Enterorragia
Esteatorréia
Icterícia
Prurido anal
Fissuras anais
Aparelho Urinário
Cólica nefrética
Polaciúria
Nictúria
Poliúria
Oligúria
Urgências urinárias
Disúria
Jato urinário
Gotejamento
Incontinência
Hematúria
Piúria
Edema facial e sua periodicidade preferencial
Instrumentação urológica prévia
Aparelho Genital
Data da última menstruação (DUM)
Menarca
Duração irregular do ciclo
Fluxo alterado
Dismenorréia
Sangramento intermenstrual e pós coito ( sinusiorragia)
Leucorréias
Tratamentos realizados
Cirurgias
Gestações
Tipos de partos
Abortamentos
Infecções
Uso de métodos contraceptivos
Menopausa
Membros
Marcha
Nódulos
Varizes
Flebite
Claudicação
Dor (óssea, muscular, radicular ...)
Tremor
Cor
Parestesia
Micoses
Dor articular (artralgia)
Edema
Flogose
Pé plano
Fraturas
Cãibras
Atrofia muscular
Dorso
Dor
Rigidez
Limitação de movimentos
Dor ciática
Sistema Hematopoiético
Sangramentos (questionar sobre a origem e localização)
Anemia
Tipo sangüíneo
Transfusões
Discrasias sangüíneas
Exposição a substâncias tóxicas e/ou radiação
Sistema Endócrino
Nutrição e Crescimento
Tolerância ao calor e ao frio
Alterações de pele e fâneros
Relação apetite/peso
Nervosismo
Tremores
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Hirsutismo
Caracteres sexuais secundários
Pigmentação
Sistema Nervoso
Síncope
Perda de consciência
Convulsões
Crises de ausência
Alterações da fala
Estado emocional
Distúrbios de orientação
Distúrbios de memória
Alteração no sono
Tremores
Incoordenação de movimento
Paralisias
Parestesias
Dor radicular
Psique
Atos Conscientes
Atenção
Ideação
Intelecto
Humor
Emotividade
Vontade
Realidade
Delírio
Depressão
Agitação
Sono
Vigília
Esgotamento nervoso
Neuroses
Tratamentos psiquiátricos já realizados e medicamentos em uso
EXAME FÍSICO
1. Sinais Vitais
· Temperatura (03’ na fossa axilar. Normal = 35,5 a 37,0 ºC)
· Pulso (aferir bilateralmente). Normal = 60 a 100 BPM)
· Freqüência respiratória (Normal = 14 a 20 RPM)
· P.A. (atentar para o hiato auscultatório !!!)
2. Ectoscopia
· Estado Geral (BEG, REG, MEG)
· Coloração e Hidratação da pele e mucosas (Coloração, Cianose, Icterícia,
Desidratação)
· Níveis de Consciência e Orientação (Vigil, Confusão Mental, Torpor,
Coma)
· Estado Nutricional (Normal, Obeso, Desnutrido)
· Fácies
· Fala e Linguagem (Disfonia, Dislalia, Disartria, Afasia)
· Postura e Posição no Leito
· Lesões Dermatológicas Elementares (incluindo o Edema -
localizado/anasarca, intensidade, consistência, elasticidade, sensibilidade,
temperatura, alterações na cor e consistência da pele sobrejacente)
3. Exame da Cabeça
3.1 Crânio
· Tipos: dolicocéfalo, mesocéfalo, braquicéfalo
· Forma: normocéfalo, macrocéfalo, microcéfalo
· Superfície: depressões, abaulamentos, deformações, soluções de
continuidade
· Couro cabeludo / Cabelo: implantação, alopécias, parasitismo, alteração da
cor e textura e lesões.
· Artéria temporal: sensibilidade, espessamento, amplitude e simetria.
3.2 Face
· Pálpebras:
· edema palpebral
· sinal de Romaña
· quemose: infiltração edematosa da conjuntiva que forma uma saliência
circular em torno da córnea. Pode atingir conjuntiva palpebral.
· enfisema subcutâneo (aparece crepitação)
· fenda palpebral
- simetria (alterações significativas são indícios de paralisia facial)
- lagoftalmo: (pode aparecer em lesões do nervo facial) brevidade
anormal da pálpebra impedindo de recobrir por completo o globo ocular
- blefaroespasmo: tique convulsivo das pálpebras
- ptose: queda da pálpebra superior por lesão nervosa do III Par
· processos inflamatórios
- hordéolo: formação de um abcesso na região palpebral
- calázio: pequeno tumor palpebral de origem inflamatória
- blefarite
· blefarocalase: formação de uma larga prega cutânea que cai até a reborda
ciliar dificultando a visão
· epicanto
· xantelasma: coleção lipídica plana a nível de pálpebras
· Cílios:
· ectrópio (evertidos) / entrópio (invertidos) / Triquíase- São condições
anormais
· Aparelho lacrimal:
· dacrioadenites: inflamação da glândula lacrimal
· dacriocistite: inflamação do saco lacrimal
· síndrome de Mikulicz: hipertrofia bilateral das glândulas lacrimais
salivares com queda ou supressão de sua secreção
· xeroftalmia: Perda da secreção lacrimal, que ocorre na Síndrome de
Sjögren - secura com atrofia da conjuntiva bulbar
· epífora: escoamento anormal das lágrimas pelas bochechas quando estas
não podem passar pelos pontos lacrimais
· Escleróticas:
· manchas pigmentares e vasculares
· estafilomas: formação de uma saliência devido a um enfraquecimento local
da esclera
· síndrome das escleróticas azuis (congênita e hereditária): forma de
fragilidade óssea.
· Córneas:
· transparência
- leucomas: córnea toma coloração esbranquiçada
- halo senil: halo espessado em torno da córnea de coloração azul-
acinzentada
· úlcera de córnea
· ceratites: nome genérico para inflamações da córnea
· reflexo córneo palpebral (V e VII par )
· anel de Kayser-Fleischer: anel cor de bronze localizado no limbo esclero-
córneo (depósito de cobre); encontrado na Doença de Wilson ou
Degeneração hepato-lenticular
· Pupilas / Íris:
· coloboma: fissura congênita da íris.
· tamanho da pupila (midríase, miose, discoria, anisocoria)
· hippus fisiológico
· sinal de Landolfi (Insuficiência Aórtica): pulso pupilar em sincronia com o
batimento cardíaco
· sinal de Argyl-Robertson (sífilis nervosa): abolição do reflexo fotomotor
com miose permanente e persistência do reflexo de acomodação e
convergência
· reflexos
- fotomotor
- consensual: resposta contralateral ao estímulo luminoso
- acomodação e convergência
· Cristalino:
· coloração: deve ser transparente; está opaco em condições patológicas
(catarata)
· posição (luxação e subluxação)
· Campo visual:
· campimetria comparativa
· escotomas: aparecimento de figuras em forma de manchas piscantes no
campo visual
· hemianopsias / quadranopsias: enfraquecimento ou perda da visão em uma
metade ou quadrante do campo visual. Uma análise adequada permite a
detecção da altura da lesão nas vias ópticas.
· Acuidade visual
· Fundo de olho
3.2.3. Nariz
3.2.5. Ouvidos
· Externo:
· pavilhão auditivo - coloração, tamanho e forma, implantação, presença de
tofos gotosos, hipertricose, compressão do tragus, sinal do lobo da orelha
· conduto auditivo - cerume, corpo estranho, otorréia, otorragia
· membrana timpânica - opacidade, abaulamento, nível hidroaéreo,
perfurações e visualização do trígono luminoso. Importante descrever o odor
e outras características da secreção que sai no espéculo do otoscópio.
· Médio:
· compressão de região mastóidea e sinais flogísticos locais
· Interno:
· acuidade auditiva
3.2.6. Boca
· Lábios:
· coloração: atentar para doença de Osler-Rendu-Weber que leva a uma
telangectasia labial e síndrome de Peutz-Jeghers em que aparecem
manchas hipocrômicas nos lábios. Ambas são pouco freqüentes.
· simetria
· lesões
- queilite: angular , herpética, carencial (carência de vitamina B12)
- ulcerações
- vesículas
- lábio leporino
· Gengivas:
· coloração: linhas de Burton-Pb (intoxicação por chumbo levando à
impregnação deste metal formando uma linha azulada próxima ao ponto
de implantação da arcada dentária superior)
· sangramentos:denominadas gengivorragias
· ulcerações
· hiperplasias
· Dentes:
· estado de conservação
· uso de prótese
· dentes de Hutchinson (Sífilis Congênita): em forma de bandeirolas de festa
junina
· Língua:
· tamanho
- macroglossia: acromegalia, hipotiroidismo
- microglossia: paralisia do XII par
· aspecto
- saburrosa:dorso da língua esbranquiçado, é indício de desidratação
- geográfica
- lisa: carência de vitamina B12, aspecto liso, avermelhado e um pouco
edemaciada
- em framboesa: escarlatina
- negra: infecção por aspergilos
- escrotal: congênita
- cerebriforme: congênita
- de papagaio: piora da língua saburrosa
· lesões
· mobilidade (XII Par)
· Palato Duro
· ulcerações
· perfurações
· fenda palatina
· Articulação Temporo-Mandibular:
· mobilidade
· sensibilidade
· crepitações
· estalos
IMPORTANTE
Fazer a palpação da ATM pelos condutos auditivos externos
avaliando-a !!!
4. Exame do Pescoço
A. Inspeção
· Mobilidade:
· rigidez de nuca
· opistótono: contratura generalizada com predominância da
musculatura extensora
· torcicolo
· Forma e Volume
· TU congênitos
- cisto do canal tireoglosso
- cisto branquial
- cisto dermóide
· TU inflamatórios
· TU neoplásicos
· higroma: inflamação de bolsa serosa
· Sinais Arteriais
· sinal de Musset (insuficiência aórtica, aneurisma da crossa da
aorta) : balanço da cabeça em sincronia com o batimento
cardíaco
· dança das artérias
· Sinais Venosos
· pulso venoso
· turgência jugular
B. Palpação
· Pesquisa de Linfonodos (cadeias ganglionares)
· tamanho
· consistência
· confluência
· aderência a planos profundos e superficiais
· sensibilidade
· sinais flogísticos
· Fistulização
C. Ausculta
· Sopros em Tireóide: Auscultar a tireóide, caso seja palpável,
mesmo sem frêmito!
· Sopros em Carótida
5. Exame do Sistema Respiratório
A. Inspeção
Inspeção Estática
· Presença de depressões, abaulamentos ou nodulações ou lesões à nível
de tórax
· Mamilos:
· número
· implantação
· simetria
· Tipos torácicos:
· Enfisematoso: em tonel
· Chato: parte anterior perde sua concavidade (portanto há diminuição do
diâmetro AP). Ângulo de Louis torna-se mais visível. Típico dos
longilíneos e portadores de doença pulmonar crônica.
· Quilha ou Pectus carinatum: Tórax de pombo. É congênito ou devido ao
raquitismo na infância.
· Sapateiro ou Pectus Escavatum: depressão da parte inferior do esterno na
região epigástrica. Natureza congênita
Inspeção Dinâmica
· Tipos respiratórios e Uso da Musculatura Acessória:
· abdominal Importante ser
observada na paralisia
· torácico ou fadiga do diafragma
· tóraco-abdominal
· Ritmos respiratórios :
· Normal: inspiração com duração e intensidade semelhante a expiração
· Suspiroso (ansiedade, tensão emocional): movimentos inspiratórios de
amplitude crescente seguidos de expirações breves e rápidas
· Cheyne-Stokes (TCE, AVC, Insuficiência Cardíaca, Hipertensão
intracraniana): fase de apnéia seguida de inspiração e expiração cada vez
mais intensas
· Biot (mesma causas acima): apnéia seguida de inspirações e expirações
anárquicas
· Kussmaul (Acidose Diabética): desencadeada via acidose. Possui 04 fases.
· Agônico (Insuficiência Respiratória Aguda): semelhante a um peixe fora
d’água.
· Freqüência respiratória :
· normal
· bradipnéia
· taquipnéia
· Amplitude respiratória :
· normal
· hipopnéia
· hiperpnéia
B. Palpação
· Temperatura e Sensibilidade Torácica
· Gânglios, Lesões de Pele, Tumorações e Abaulamentos
· Expansibilidade (usar a manobra de Rualt )
· Elasticidade
· Frêmitos
· FRÊMITO TORACO VOCAL (FTV) - é mais intenso na base direita
· frêmito brônquico e frêmito pleural
C. Percussão
· Ruídos e sons a serem pesquisados:
· som claro pulmonar ou atimpânico (NORMAL)
· som submaciço ( pode estar presente no precórdio)
· maciço (exemplo é o fígado)
· timpânico (espaço de Traube)
· hipersonoridade (condições patológicas; lembra um tambor)
D. Ausculta
· Ruídos normais :
· Respiração traqueal ou brônquica - auscultada abaixo da cartilagem
tireóide
· Respiração bronco-vesicular - região supra/infra-clavicular e supra-
escapular
· Respiração vesicular ou murmúrio vesicular (MV) - (demais regiões)
auscultar a parede posterior do tórax (método de barras gregas), bases,
região axilar e parede anterior.
· Variações patológicas :
· aumento, diminuição ou abolição do MV
· Estertores secos :
- Roncos: traduzem a estenose de grandes brônquios, são intensos,
audíveis à distância, dão frêmitos e são contínuos;
- Sibilos: traduzem a estenose de pequenos brônquios, são intensos,
agudos e contínuos.
· Estertores úmidos :
- Crepitantes: são alveolares, inspiratórios, e lembram o “roçar de
cabelos”
- Subcrepitantes: têm o ruído de bolhas e são produzidos pelo conflito ar-
líquido na luz dos médios e pequenos brônquios. Ocorrem na
ins/expiração e se modificam com a tosse.
· Atrito pleural : traduz inflamação aguda e fibrinosa das pleuras ou neoplasia
pleural. É um ruído irregular, grosseiro, não muda com a tosse e lembra o
“ranger de couro cru”; é ventilatório-dependente.
· Sopros : Quando, em zonas de auscultação do MV normal for encontrado
um ruído intenso, ins/expiratório, mas com a exp > inspiração e também
com a expiração mais aguda, denomina-se este ruído de sopro. É a
respiração tráqueo-brônquica auscultada em áreas de MV, o que ocorre
devido a meios de propagação mais adequados, que são a condensação e a
cavidade. Tipos de sopros - Brônquico, Tubário, Pleurítico ,Cavernoso e
Anfórico.
· Ausculta da voz :
· Ressonância Vocal Normal: ausculta-se um rumor indistinto na maioria das
vezes. Ela pode estar aumentada ou diminuída.
· Brocofonia: ausculta distinta da voz, pode ser:
- Pectorilóquia fônica - é a ausculta da voz falada.
- Pectorilóquia áfona - é a ausculta da voz sussurrada.
A. Inspeção
· Geral: atentar para sinais gerais associados a doença cardiovascular, dentre
estes podemos encontrar:
· sudorese fria
· edemas
· petéquias
· xantelasmas
· lesões orovalvares (embolia)
· baqueteamento digital
· unhas em vidro de relógio
A C
V
B. Palpação
· Palpação do Ictus Cordis
Þ alterações incluem:
- duplo impulso apical
Þ onda pré-sistólica e onda de enchimento rápido (aspecto palpável de B3 e B4)
Þ Frêmito Pericárdico
Þ sistólico
Þ protosistólico
Þ pré-sistólico
C. Ausculta
AUCULTAR FOCOS DE PONTA (F.M / F.T); FOCOS DE BASE (F.P / F.Aa /
F.Ao) e DEMAIS REGIÕES DO TÓRAX COMO UM TODO
· Freqüência:
· normal
· taquiesfigmia
· bradiesfigmia
· Amplitude:
· pulso cheio (normal)
· pulso hipocinético: choque, ICC, IVE, desidratação
· pulso hipercinético: hipertensão arterial sistêmica, IVD
· Pulsos Típicos:
· Pulso Paradoxal de Kussmaul: desaparece na inspiração
· Pulso Bigeminado
· Pulso Trigeminado
· Pulso em Martelo D’água ou Pulso de Corrigan ou Célere (Insuficiência
Aórtica): amplitude e ¯ período
· Pulso Tardus (estenose aórtica) e Pulso Parvus
· Pulso Magnus (estenose aórtica)
· Pulso Alternans (fase final de ICC)
· Pulso Bisferiens
· Pulso Dicrótico (parece haverem duas sístoles em uma)
A. Inspeção
· Lesões de pele à nível de abdome
· sinal de Cullen (pancreatite): mancha hemorrágica periumbilical
· sinal de Turner (pancreatite): mancha hemorrágica em flancos
· Tipo Abdominal
· ventre em batráquio
· distendido/globoso
· em avental
· escavado
· gravídico
· em tábua
· atípico
· Cicatriz Umbilical
· protusão
· hérnia
· eritema
· nódulo da irmã Maria José: linfonodo metastático periumbilical
· Fístulas enterocutâneas (colite ulcerativa e doença de Crohn)
B. Palpação
· Palpação Superficial
· sensibilidade: normal, hipoestesia, hiperestesia
· tensão: normal, flacidez, hipertonia (ou defesa)
· Palpação Profunda
· Procura de Massas Anormais
- localização
- tamanho e forma
- superfície
- sensibilidade
- consistência
- observar se é pulsátil (aneurisma de aorta abdominal)
- mobilidade (com movimentos respiratórios)
· Palpação de Vísceras
- fígado: pode ser palpável em condições normais (na ascite pode ser
dificultada, usar então a manobra do Rechaço); descrever localização,
volume, sensibilidade, superfície, consistência e bordas.
- baço (se dificultada usar a manobra de Shuster): normalmente
impalpável. Avaliar o grau de esplenomegalia !
· rins: normalmente impalpável; quando palpável fazê-lo no direito (tumor,
hidronefrose, nefroesclerose diabética); normalmente é imóvel (como o
pâncreas)
· ceco e cólon sigmóide
· Hepatimetria: normal tem até 12cm na LHC direita. Fazer hepatimetria nas
linhas axilar anterior D, hemiclavicular D e paraesternal D.
D. Ausculta
· Ruídos Hidroaéreos (RHA)
· peristalse normal
· peristalse de luta (obstrução): ruído de alta intensidade e freqüência,
podendo chegar ao timbre metálico.
· silêncio abdominal
IMPORTANTE
A ausculta abdominal deve anteceder a palpação e a percussão,
pois estas podem estimular o peristaltismo e prejudicar a avaliação
dos ruídos hidroaéreos quanto à freqüência e intensidade.
· Palpação
· movimentos articulares (procura de crepitaçãoes ...)
· mobilidade do processo estilóide da ulna (é móvel em comprometimento do
ligamento triangular do carpo)
· palpar tendões (tendinites)
· Manobras Especiais
· manobra de Finkelstein (positiva na tendinite de De Quervain)
· manobra de Phallen e Manobra de Tinnel (positivas na síndrome do túnel do
carpo)
Exame do Cotovelo
· Inspeção Comparativa
· sinais flogísticos
· Palpação
· nódulos da bursite olecraniana (sulco olecraniano lateral)
· nódulos na parte posterior do antebraço (AR e Gota)
· palpar o nervo ulnar
· Manobras Especiais
· teste para epicondilite (cotovelo de tenista): teste contra-resistência da
musculatura da porção acometida (medial ou lateral); observar dor ao
movimento
Exame do Ombro
· Inspeção Comparativa
· tendinites
· bursites
· lesões
· artrite de ombro
· Palpação
· movimentos articulares (procura de crepitações e redução de força muscular)
· bursite do músculo supra-espinhal (palpação mais abdução - aparece dor em
um ângulo de abdução de aproximadamente 160º)
· tendinite do bíceps (palpar o tendão)
Exame do Joelho
· Inspeção
· deformidades:
- varismo
- valgismo
- genu recurvatum
- subluxações
- deformação fixa
· sinais flogísticos (artrite)
· tumefações (relevos):
- bursite anseriana (tipo mais comum de bursite; acompanha dor à compressão
na região da “pata de ganso”)
-0 bursite pré-patelar (comum na gota)
-1 Palpação
-2 crepitações (movimentos ativos e passivos de flexão)
-3 palpação de pontos dolorosos
- tuberosidade da tíbia (local comum de ósteo necrose em adolescentes)
- região da “pata de ganso” (bursite)
- compartimento tíbiofemoral interno
Þ sinal da tecla (positivo nos derrames articulares)
Þ palpação bimanual (positivo nos derrames articulares)
Exame do Tornozelo e Pé
· Inspeção Comparativa
· pé cavo - muitas vezes está associado à metatarsalgia
· pé plano - muitas vezes está associado a dores constantes na perna
· edemaciação com apagamento dos sulcos maleolares - artrite
tumorações localizadas - bursites e tendinites (muitas vezes verifica-se o
tendão de Aquiles edemaciado e sensível à palpação)
Þ Deformidades
- tornozelo valgo
Þ tornozelo varum
Þ Palpação
Þ palpar tumorações localizadas
Þ palpar o tendão de Aquiles (tendinite do tendão de Aquiles)
Þ mobilidade e integridade dos ligamentos do tornozelo
Þ mobilidade do tarso (inversão e eversão com tornozelo fixo)
Þ mobilidade dos metatarsos
- sinal de Poulouson: sempre positivo na artrite reumatóide (dor à
compressão bilateral simultânea dos metatarsos)
· Testes de Mobilidade
· flexão - tocar a ponta dos pés
· extensão
· inclinação lateral
· rotação toraco-lombar - de preferência sentado e com as mãos nos ombros
· flexão / extensão / inclinação lateral / rotação do pescoço - idem
· Palpação
· músculos paravertebrais (tônus e sensibilidade)
· ligamentos interespinhosos (dor)
· região das articulações interapofisárias (dor)
· apófises espinhosas (espinha bífida)
Inspeção
· Observar movimentação cervical
· rigidez (opistótono)
· subluxação (posição de torcicolo)
· Observar presença de cicatrizes no trígono anterior
Avaliação Neurológica
Testes Especiais
· Compressão da cabeça (aumenta dor em compressão de raízes nervosas) -
Manobra de Spurling
· Extensão da cabeça (diminui dor em compressão de raízes nervosas)
· Manobra de Valsava (aumenta dor em compressão de raízes nervosas -
aumento da PI)
· Deglutição (dolorida em artrose da coluna cervical)
· Teste de Addison: buscar o pulso radial e ir elevando o membro, notar se há
diminuição (compressão da artéria braquial ao nível do peitoral maior ou
ao nível do escaleno)
Inspeção
· Presença de Manchas :
· “café com leite” - sugestivo de neurofibromatose (doença congênita)
· negras - sugestivo de linfomas, espinha bífida, malformações musculares,
alterações neurológicas
· Nodulações
· Lordose (ângulo sacral menor que 45º)
· Outras deformidades (gibosidades; escoliose ...)
Palpação
· Palpação de estruturas ósseas
· processos espinhosos
· cóccix (área muito suscetível a lesões ao cair sentado ou em pessoas magras)
· EIPS e Trocanter
· EIAS
· asa do osso ilíaco (Na maioria dos indivíduos corresponde à L3/L4)
· palpação de espinha bífida
· palpação de espondilolistese (mais freqüente entre L5/S1): deslocamento
para diante de um segmento da coluna vertebral
· Palpação de tecidos moles
· rafe mediana
- hipertonia uni ou bilateral
· nódulos fibulo-adiposos (origem desconhecida; provavelmente por tensão
muscular excessiva)
· neuromas (à nível da asa do osso ilíaco)
· região ciática (entre o trocanter maior e a espinha isquiática)
· musculatura abdominal (flacidez pode gerar dores na coluna)
Avaliação Neurológica
· Plexo Sacral (raízes T12 / L1 / L2 / L3 / L4 / L5/S1)
· T12/L1: - Testes motores do músculo íleopsoas (flexão da coxa sentado)
- Sensibilidade no terço proximal da coxa
- Não há reflexo
· L2/L3: - Testes motores do quadríceps
- Sensibilidade no terço médio e distal da coxa
- Reflexo patelar
· L4: - Inversão do Pé
- Sensibilidade na borda medial da perna
- Reflexo patelar
· L5: - Testes motores do extensor longo do hálux
- Sensibilidade na face lateral da perna e dorso do pé
- Não há reflexo
· S1: - Testes motores do tríceps sural (andar em eqüino)
- Sensibilidade na face posterior da perna e lateral do pé
- Reflexo aquileu
· Reflexos Superficiais
· cutâneo abdominal ( movimentos rápidos: superior, médio e inferior)
· cremastérico
· anal
· cutâneo plantar (borda lateral da planta e base dos dedos, movimento lento)
A. Inspeção Geral
· Postura e Posição Típicas no Leito
· opistótono
· parkinson (observar também fácies)
· Plegias e Paresias
· Lesões cutâneas
· manchas hipercrômicas ou hipocrômicas
· angiomas
· neurofibromas
· Distonia muscular
· Hipercinesias
· balismo
· coréia
· atetose
· mioclonia (lesão do núcleo denteado do cerebelo): contração brusca e
involuntária de um ou mais músculos, sem deslocamento do segmento,
dependendo do músculo e segmento envolvidos. São movimentos clônicos,
arrítmicos e paroxísticos.
B. Estática
· Pesquisa do Sinal de Romberg
· sinal de Romberg cordonal (clássico): desequilíbrio logo após fechar os
olhos
· sinal de Romberg vestibular: desequilíbrio após fechar os olhos por certo
tempo
Na lesão cerebelar: ocorre desequilíbrio constante (é característico o
aumento da base de sustentação)
Þ outras respostas:
- histerias (atitudes bizarras)
- queda para trás (pacientes idosos com lesão vertebrobasilar)
Þ Manobras de sensibilização
Þ um pé na frente do outro
Þ ficar em um pé só
Þ sentado, braços estendidos (desvios dos MMSS paralelos e para o mesmo
lado indica lesão vestibular; desvio de um só braço cerebelar)
C. Marcha
Modo de pesquisar: marcha comum. Observar os desvios ou quedas,
amplitude de cada passo, se o paciente toca o solo primeiramente com
o calcanhar e os movimentos associados de balanço dos braços.
· Principais disbasias:
· marcha hemiparética, helicópede ou ceifante (AVC envolvendo cápsula
interna): um ou ambos os MMII durante a marcha faz movimento
semicircular, a ponta do pé se arrasta no chão.
· marcha vestibular ou em estrela (lesões vestibulares): caracteristicamente
lateralizada, o corpo pende para o lado da lesão.
· marcha cerebelar ou ebriosa: alargamento da base de sustentação, abertura
dos braços para procura de apoio.
· marcha parkinsoniana (“petit-pas”): pequenos passos, MMSS fletidos
(cotovelo e punho) e com tremor; tronco um pouco inclinado para frente.
· marcha tabética (síndromes do cordão posterior): apoio do corpo sobre o
tálus (o bate fortemente contra o chão); olhar atento para os pés; os
membros são movidos grosseiramente desgovernados
· marcha parética uni ou bilateral (neuropatia periférica): ponta do pé parece
estar presa ao solo, o joelho é elevado mais que o normal afim de se
realizar o movimento. Pode aparecer na Hansen (relativo a afecção do
nervo fibular)
· marcha anserina ou miopática: lembra os movimentos de um ganso
· marcha paraparética: se espástica, em tesoura (doença de Little - rigidez
espasmódica congênita dos membros por lesões cerebrais em prematuros ou
crianças nascidas de parto complicado - estado de asfixia): andar curto com
MI(s) enrijecidos.
· Manobras de sensibilização:
· pé ante pé
· na ponta dos pés
· nos calcanhares
· andar rapidamente
· voltar rapidamente
· ir para frente e para trás (formação da “estrela de Babinski”- lesão
vestibular)
D. Força Muscular
E. Tônus Muscular
Achados clínicos incluem:
- Hipotonia
- Hipertonia Elástica (Sinal do Canivete)
- Hipertonia Plástica (Sinal da Roda Denteada)
· Movimentação Passiva
· MMSS - flexão e extensão do antebraço
· MMII - flexão e extensão da perna
F. Coordenação Motora
O distúrbio na coordenação do movimento é chamado ATAXIA.
Esta pode ser de origem cerebelar (predomínio da dismetria,
decomposição do movimento e tremor de intenção) ou cordonal
posterior (por perda da sensibilidade profunda - acentua-se
significantemente ao fechar os olhos). Há ainda casos de ataxia
com origem frontal.
· Prova do Dedo/Nariz e Dedo/Dedo - fazer de ambos os lados inicialmente
com olhos abertos e depois fechados
G. Reflexos Nervosos
· Exame dos Reflexos Superficiais
· reflexo cutâneo abdominal (entra em fadiga rapidamente; em parte da
população é ausente) - componente superior (T6 - T9) - componente
médio (T9 - T11) - componente inferior (T11 - T12)
· reflexo cutâneo plantar (centro em L5 - S2)
- sinal de Babinski: resposta anômala do reflexo cutâneo plantar em
indivíduos acometidos de lesão piramidal, comas, intoxicação aguda e
durante crises convulsivas (é considerado não patológico em crianças com
até 12 meses). Deve ser feita a pesquisa de seus sucedâneos abaixo
relacionados:
> Sinal de Chaddock: atrito na região inframaleolar lateral
> Sinal de Schaefer: compressão do tendão de Aquiles
> Sinal de Gordon: compressão da panturrilha
> Sinal de Austregésilo-Esposel: compressão do quadríceps
> Sinal de Oppnheim: atrito sobre a crista da tíbia (tuberosidade)
· reflexo córneo palpebral
· reflexo cremastérico (usado ocasionalmente)
· Exame dos Reflexos Profundos
· reflexo biciptal (nervo musculocutâneo - C5/C6)
· reflexo triciptal (nervo radial - C6/C8)
· reflexo estilorradial ou braquiorradial (nervo radial - C5/C6)
· reflexor flexor comum (nervo mediano - C7/C8/T1)
· reflexo patelar (nervo femoral - L2/L4)
· reflexo aquileu (nervo tibial - L5/S2)
H. Sensibilidade
· Sensibilidade Superficial (FAZER COMPARATIVAMENTE), perguntar ao
paciente qual a sensação obtida e se há diferença de sensação de um lado
para outro. O PACIENTE DEVE ESTAR COM OS OLHOS
VENDADOS. Comparar também trechos distais com trechos proximais.
· térmica
· tátil
· dolorosa
· Sensibilidade Profunda
· vibratória (palestesia): uso do diapasão (256 ciclos) sobre eminências ósseas
· cinética postural: movimentar uma parte do corpo do paciente, que deve
estar com os olhos fechados e pedir para que ele explicite sua posição
(testa portanto a propriocepção). O hálux é muito usado para este teste
· compressão muscular (barestesia): observar a sensibilidade à compressão de
massas musculares profundas (está abolida ou diminuída em processos
radiculares e tabes)
· Sensibilidade Especial
· localização do estímulo (tato epicrítico): pedir para o paciente explicitar com
o máximo de precisão um ponto de onde vem um determinado estímulo;
pode ser feito juntamente com a avaliação da sensibilidade superficial
· discriminação de dois pontos: determinar a menor distância onde o paciente
pode sentir dois estímulos feitos simultaneamente. Tal distância varia com
a parte do corpo
· grafoestesia: reconhecimento de símbolos supostamente escritos sobre a pele
· estereognosia: reconhecimento de objetos colocados na mão sem o auxílio
da visão
Þ Oculomotricidade extrínseca:
- reflexo fotomotor (resposta direta e consensual)
- reflexo de acomodação e convergência
Compreedem:
· síndromes brônquicas
· síndromes pulmonares
· síndromes pleuríticas
1. Síndromes Brônquicas
1. Edema Alérgico.
2. Linfedema.
4. Edema Varicoso.
1. Alterações de B1
b) Desdobramentos:
Pode aparecer em crianças e jovens uma B1 desdobrada no foco
mitral e/ou tricúspide, devido ao assincronismo discreto na contração dos
ventrículos.
Se o desdobramento for amplo, pode-se levar em consideração o
bloqueio de ramo direito, que atrasando a contração ventricular direita, atrasa o
fechamento da tricúspide (no foco pulmonar também será observado o
desdobramento de B2).
c) Mascaramento de B1:
2. Alterações de B2
Dentre estas estão:
· alterações na intensidade
· alterações no timbre
· desdobramentos de B2
Devemos lembrar que na criança B2 é mais intensa no foco pulmonar, na
adolescência e no jovem os componentes aórtico e pulmonar costumam ter a
mesma intensidade, em adultos e idosos torna-se mais intensa na área aórtica.
a) Intensidade:
c) Desdobramentos de B2
Desdobramento constante e variável: ocorre no bloqueio do ramo direito do
feixe de His (o estimulo chega atrasado do lado direito causando assincronismo
no batimento dos ventrículos), é geralmente acentuado na inspiração profunda.
Desdobramento fixo: quando existe aumento de fluxo de sangue para o
ventrículo direito, como ocorre na comunicação interatrial, esta câmara vai
desprender mais tempo para se esvaziar o que faz a valva pulmonar se fechar
após a aórtica. Ocorre independentemente da fase da respiração. Outra causa é
a estenose da pulmonar onde a sístole ventricular direita se prolonga em
decorrência de dificuldades do esvaziamento desta câmara, acarretando retardo
no componente pulmonar.
Desdobramento invertido: observado no bloqueio do ramo esquerdo do feixe
de His. Em condições normais , o componente aórtico precede o pulmonar
porquê o estimulo despolariza o ventrículo esquerdo alguns centésimos de
segundo antes de despolarizar o direito. Neste tipo de bloqueio ocorre o
inverso, a contração do ventrículo direito se faz antes que a do esquerdo, logo o
componente aórtico passa a situar-se após o pulmonar, como visto, o inverso
da situação normal. Esta alteração é atenuada ou mesmo desaparece na
inspiração profunda e fica mais explicitado na expiração. Tal desdobramento
pode ocorrer na estenose aórtica acentuada, neste caso pelo atraso mecânico no
fechamento da valva aórtica.
3. Alterações de B3 e B4
Em crianças e jovens pode aparecer B3 sem que isto tenha qualquer
significado patológico. Algumas miocardiopatias como insuficiência mitral,
miocardite, miocardiopatia e cardiopatias congênitas que apresentam shunt da
esquerda para a direita provocam alterações da hemodinâmica ou da própria
estrutura da parede ventricular que acabam por originar uma terceira bulha
patológica. Não há diferenciação estetacústicas em relação à B3 fisiológica,
isto deve ser feito tomando-se em consideração a presença de outras alterações
indicativas de lesão cardíaca.
A quarta bulha pode ser encontrada em crianças normais, sua presença no
entanto obriga cuidado maior a fim de se afastar causas patológicas. As
condições anormais que podem lhe dar origem são as lesões estenóticas das
valvas semilunares, hipertensão arterial, doença coronariana agudas ou
crônicas, as miocardiopatias hipertróficas, ou seja, todas as situações em que
há diminuição da complacência ventricular.
SOPROS CARDÍACOS MAIS
CARACTERÍSTICOS
1. Sopro da Insuficiência Mitral
· sopro sistólico de regurgitação
· irradiação para região axilar (sopro circular de Miguel Couto)
· mais audível em foco mitral
· holosistólico
· intensidade variável
· em platô (constante); pode abafar o som de B1
· habitualmente vem acompanhado de B3
A pele é um dos maiores órgãos de nosso corpo, perfazendo 16% do seu peso
total. Está em perfeita sintonia com todo o organismo e reflete o estado de
saúde do indivíduo. Pele “normal” seria aquela livre de qualquer alteração em
termos funcionais e estruturais.
Obs.: Hipoderme não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e união
com os órgãos subjacentes. Nela encontraremos o chamado “panículo
adiposo” (isolante térmico).
3. Semiotécnica e Classificação
Tabela: LDE primárias, todas as demais (não presentes no quadro) são secundárias.
4. Tipos de Lesões
· Solução de continuidade:
Erosão ou Escoriação
Ulceração ou Úlcera
Fissura ou Rágade
Fístula
· Seqüelas:
Atrofia
Cicatriz
Termos Técnicos em Medicina
Estado Geral
Pele
Mamas
Aparelho Cardiovascular
Aparelho Digestório
pirose: sensação de queimação que parte do epigástrio, sobe pelo esôfago até
a garganta, e se acompanha de eructação e regurgitação de um líquido ácido
queimante; é um sintoma de dispepsia.
Aparelho Urinário
Aparelho Genital
flogose: inflamação
Dorso
Sistema Hematopoiético
Sistema Endócrino
Psique
EXAME PROCTOLÓGICO
Þ posição lateral de Sims: decúbito lateral direito ou esquerdo, com as pernas
fletidas sobre o abdome
Þ posição genupeitoral: postura de “prece maometana”
Inspeção
· Tumorações (trombose hemorroidária externa é a mais comum)
· Abcessos da região perianal
· Lesões tumorais que prolabam para fora do ânus (pólipo e neoplasias do
canal anal)
· Fissura anal
· Plicomas
· Condilomas
· Orifício externo de fístulas
· Prolapso do reto
· Teste do Reflexo Anal
Toque Retal
TÉCNICA: usar o dedo indicador que deve estar protegido com luva ou
dedeira. Lubrificar com vaselina ou xilocaína (gel). Introduzir o dedo
com delicadeza colocando-o na posição lateral (o maior diâmetro do
canal anal é no sentido ântero-posterior). Após vencer a barreira do
esfíncter faz-se, com manobras de rotação do dedo, o exame de todo o
canal anal.
· na face anterior tocar a loja prostática (no homem) ou o relevo vaginal (na
mulher)
· detectar aumento de tamanho, alterações na superfície (deve ser lisa),
presença do sulco mediano, e a consistência (deve ser fibroelástica) da
próstata
· observar se há tumorações e/ou rugosidades no canal anal (normalmente este
deve ser liso e sem qualquer rugosidade)
· ao retirar o dedo observar se há presença de fezes, muco ou sangue na luva
ANAMNESE ESPECIALIZADA
No Trabalho de Parto:
Abdome: Pesquisar a dinâmica uterina em dez minutos, avaliando o número de
contrações uterinas eficazes e sua duração e auscultando os bcf’s antes e depois
das mesmas.
H.P.P: Paciente relata algumas doenças típicas da infância, as quais não sabe
informar; desconhece seu status vacinal na mesma época. Nega outras
patologias prévias, referindo um parto normal, hospitalar, com episiotomia,
sem complicações, com neomorto sem causa aparente (sic).
H.F.: Paciente nascida de parto normal hospitalar, sem complicações,
desconhece suas condições de nascimento. Refere menarca aos 13 anos, com
catamênios posteriores de 4 dias, fluxo normal, intervalos regulares de
aproximadamente 28 dias; vida sexual ativa com parceiro fixo desde os 17
anos; refere uso de anticoncepcional hormonal oral há 4 anos. Aparecimento
dos caracteres sexuais secundários aos 14 anos.
H. Falar: Paciente nega patologias familiares ou contato com doenças infecto-
contagiosas.
H.S.: Paciente reside em casa de alvenaria, com condições padrões de higiene e
saneamento (luz elétrica, água encanada, fossa séptica). Nega contato com
animais; refere etilismo social esporádico, negando tabagismo, uso de
medicamentos controlados ou drogas ilícitas.
Ao exame físico: