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Universidade Estadual de Londrina

Curso: Administração
Disciplina: 7ECO004 – Economia de empresas II
Prof. Dra. Sandra Lima
Alunos: Maria Julia da Silva

Real - O Plano Por Trás da História


➢ Faça uma breve resenha sobre o filme, destacando as dificuldades
narradas e os fatores que levaram ao sucesso do plano.

O filme começa refletindo o cenário do Brasil em 1993, antes da implantação do


Plano Real. Época em que a inflação batia quase 40% mensal, a confiança do
povo no governo estava abalada, os bancos estavam quebrados e tão atual
quanto na época haviam os “ante esquerdistas” que acreditavam que se o
governo fosse assumido por um partido de esquerda (Ex.: PT) iria de vez para
o buraco e que o pensamento deveria estar focado em números e não em
políticas públicas.

A princípio a ideia do plano era inserir uma nova moeda no mercado por etapas,
deixar de inicio duas moedas em circulação, uma já contaminada pela inflação e
outra ainda não indexada que seria virtual. Com o tempo o povo iria fazer a troca
da moeda e optar pela nova, assim gradativamente iriam se fazendo os ajustes
fiscais que eram necessários para a economia.

O plano seria implantado em três etapas, primeiro o ajuste fiscal, sem o


congelamento ou confiscos, o povo estaria a par de cada etapa do plano;
segundo o congresso deveria aprovar o plano, seria necessário mudar a
constituição e assim entraria a URV (Unidade Real de Valor) que transferiria o
salário na moeda antiga para a nova de forma virtual sem a inflação; por ultimo
quando toda a economia estivesse atrelada ao novo índice seria introduzido a
nova moeda.

O governo aproveitou o momento da copa mundial em JUL/94 que a população


estava crente que o Brasil iria ganhar e animada com o troféu quando de fato
ganhou a copa, para implementar o Plano Real. No primeiro mês do plano a
inflação que batia no ano já 815% caiu para 6%, após o rigoroso ajuste fiscal e
o sucesso da URV, o Real se mostrou o plano de estabilização econômica mais
eficaz da história. Assim reduzindo a inflação e ampliando o poder de compra da
população. No mesmo ano, FHC ganhou as eleições para presidência da
República.

O Plano Real havia sido um sucesso, porém veio a crise do México e com isso
o presidente do Branco Central (Pérsio Arida) na época decidiu flutuar o câmbio
e desvalorizar o real, mas um dos idealizadores do plano que atuava como
diretor de assuntos internacionais do banco (Gustavo Franco) não aceitou essa
proposta e manteve o câmbio, fazendo com que Pérsio fosse demitido. Com isso,
Gustavo Loiola assumiu a presidência do Banco Central, mas Gustavo Franco
junto a equipe do banco passou a investigar tudo que prejudicasse o Real,
travando investimentos em países que tinham moratórias, transações
questionáveis eram levadas ao ministério público e com isso criando inimizades
com senadores, deputados e com a população.

Em 1998 com a crise da Ásia, Gustavo Franco foi contratado como presidente
do Banco Central com a sua política monetária e o câmbio, o Brasil atingiu 9,6%
de desemprego, na época o maior índice que já haviam visto, fazendo dele o
inimigo principal da indústria nacional. Após a crise asiática veio a crise da
Rússia, Gustavo Franco se manteve irredutível quanto a desvalorização do real
e a flutuação do câmbio o que levou a quebra do Brasil 1999.

Apesar do Brasil ter passado por 3 crises, o Real continua sendo o melhor plano
econômico já realizado.

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