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Filtro Prensa
Filtro Prensa
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 5
3. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 6
4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL ........................................................................................... 6
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................................. 7
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 10
7. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Dados obtidos no experimento. ............................................................................................ 7
Tabela 2 – Dados da torta e da fração de sólidos. .................................................................................. 7
Tabela 3 - Dados específicados do sistema............................................................................................ 8
Tabela 4 – Dados para linearização da equação. ................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Ilustração do processo de filtração. ....................................................................................... 3
Figura 2 – Inverso da vazão versus volume de filtrado. ........................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO
câmara esteja completamente ocupado com sólidos. Após isso, as estruturas são separadas e a torta é
retirada, sendo o filtro remontado posteriormente e reiniciado o ciclo [1].
O filtro prensa possui diversas vantagens como baixo custo em relação a conservação e
despejo dos sólidos, baixo consumo de energia, reuso da água, além da possibilidade de originar uma
torta seca, acarretando fácil manuseio e transporte, maior durabilidade e menor quantidade de
resíduos [4]. Além disso, pode ser classificado como filtro prensa de câmaras e filtro-prensa de placas
e quadros. O filtro prensa de câmaras é formado pela sobreposição de placas com depressão que
possuem uma abertura no centro de cada placa. Após a prensa preparada, os orifícios originam um
canal por onde a suspensão é distribuída na câmara até o filtrado atingir as aberturas que estão
interligadas com as torneiras de saída. Esse tipo de filtro-prensa apresenta o baixo custo como a sua
principal vantagem, entretanto possui diversas desvantagens como a demora na etapa de montagem,
a deterioração exagerada das lonas e impossibilidade de lavagem da torta, sendo esses os fatores que
provocaram a substituição da maioria dos filtros de câmaras pelos filtros placas e quadros [2].
Já o filtro prensa de placas e quadros é constituído por placas planas com lonas em ambos os
lados com a existência de quadro entre duas placas consecutivas [2]. A lona limita a formação da torta
que será formada à medida que a alimentação escoa contra as placas filtrantes separando o sólido do
[4]
líquido. A retirada do filtrado ocorre através das torneiras presentes do lado de cada placa . Esse
tipo de filtro-prensa apresenta diversas vantagens como construção fácil e econômica; elevada área
filtrante por unidade de área implantada; sistema flexível podendo variar o úmero de elementos para
alterar a capacidade; sem partes móveis; simplicidade em percepção de vazamentos; além da
conservação simples e barata do equipamento sendo apenas a troca periódica das lonas. Contudo,
apresenta algumas desvantagens como funcionamento descontínuo, já que a filtração deve cessar
quando os quadros estiverem completos de torta; alto custo de mão-de-obra na operação, montagem
e desmontagem; além da limpeza da torta imperfeita podendo demorar várias horas dependendo a
espessura da mesma [2].
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A operação de filtração pode se dar de duas formas: à pressão constante ou à vazão constante.
Para o caso da filtração à pressão constante, como fora realizado experimentalmente, algumas
hipóteses são assumidas, objetivando simplificação do problema [5]:
Em Solid-Liquid Filtration and Separation Technology (1996), Rushton et. al, através de
balanços de massa e movimento em um volume diferencial, chegou à equação (1) após um processo
de integração à pressão constante [5].
𝑡 𝑘𝑝
= .𝑉 + 𝐵 (1)
𝑉 2
em que t é o tempo de filtragem (s) e V o volume do filtrado (m³).
𝜇. 𝑅𝑚
𝐵= (3)
𝐴. ∆𝑃
em que Rm é a resistência do meio filtrante (m-1).
3. OBJETIVO
A prática em questão tem por objetivo observar o comportamento de um fluido com sólidos
em suspensão em um filtro prensa e avaliar a capacidade de filtração deste equipamento.
4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
de argila seca foi pesada. Tomou-se o cuidado de sextuplicar a massa recolhida, pois o sistema era
composto, ao todo, de três unidades filtradoras e cada unidade produzira duas tortas.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o cálculo da área da torta foi feita a multiplicação do comprimento pela largura, uma vez
que a mesma se apresentou na forma retangular, e para obtenção da área total, esse valor foi
multiplicado por 6 como já forma mencionado.
Área da torta (m²)
0,01438
Área total (m²)
0,08625
Com as informações contidas na tabela 2, foi possível a obtenção da massa da amostra úmida
e seca.
Massa da amostra úmida (g)
46,54
Massa da amostra seca (g)
20,6
Massa total (g)
123,6
Um ponto importante a ser considerado é a porosidade da torta. Para tal, utilizou-se a equação
que segue.
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎
𝜀𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎 = 1 − (5)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎
Assim, a linearização para os seguintes dados foi plotada obtendo o gráfico que segue.
Tabela 4 – Dados para linearização da equação.
234200,00 4,2699E-06
286675,00 3,4883E-06
324066,67 3,0858E-06
371112,50 2,6946E-06
428420,00 2,3342E-06
480175,00 2,0826E-06
530007,14 1,8868E-06
572506,25 1,7467E-06
623861,11 1,6029E-06
667670,00 1,4977E-06
t/V versus V
7,0E+05
6,5E+05 y = 2E+08x + 184130
6,0E+05 R² = 0,9991
5,5E+05
t/V (s/mᵌ)
5,0E+05
4,5E+05
4,0E+05
3,5E+05
3,0E+05
2,5E+05
2,0E+05
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025
Volume de filtrado (mᵌ)
Analisando a equação da reta de ajuste obtida, pôde-se obter os seguintes valores para os
parâmetros:
A resistência teórica da torta é calculada em função da queda de pressão e pode ser obtida
com a equação abaixo, que relaciona as constantes de um modelo.
Para os dados de argila coloidal tem-se que αo é 1,44.1011 e n 0,61. De posse desses valores,
obteve-se uma resistência teórica de 8,2941.1013.
6. CONCLUSÃO
Com o término dos experimentos e avaliação dos resultados obtidos, foi possível inferir sobre
os objetivos e metas propostas acerca do experimento em questão. Tratando-se de um processo de
filtração à pressão constante, foi possível observar, de acordo com a figura 2, que, com o aumento do
volume filtrado, menor é a vazão do mesmo, visto que, com o passar do tempo de filtração, a torta
formada exerce uma resistência à passagem do fluido, explicando a redução da vazão. Cabe ressaltar
que a referida figura 2 correlaciona o inverso da vazão com o volume, justificando a análise feita.
Em relação ao parâmetro referente à resistência da torna já mencionada, tem-se que, segundo
os cálculos apresentados, a torta apresentou uma resistência correspondente à 90,91% da esperada
teoricamente. De forma geral, tal resultado se mostrou satisfatório, tendo a totalidade não atingida
por possíveis erros cometidos durante o procedimento experimental, como erros de paralaxe na
aferição do volume coletado; cronometragem imprecisa do tempo; perdas ao transferir a torta para o
bécher e entre outras.
7. BIBLIOGRAFIA
[1]
Material de aula do professor da UNICAMP. Operações Unitárias I - Aula 12 Filtração.
UNICAMP, 2012. Disponível em <http://www.unicamp.br/fea/ortega/aulas/aula19_Filtracao.ppt>.
Acesso em 30/11/2018.
[2]
Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos. FILTRAÇÃO. UFSC.
Disponível em
<https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1556540/mod_resource/content/1/FILTRACAO.pdf>. Acesso
em 01/12/2018.
[3]
BITENCOURT, S. E. Desenvolvimento de uma máquina filtro prensa de placas e marcos
para realizar o processo de filtração sólido-sólido em uma indústria química. UCS, 2013.
Disponível em
<https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/1808/TCC%20Elias%20Bitencourt%20da
%20Silva%202013.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 01/12/2018.
[4]
SILVA, M. B.; SOVRANI, A.; PEROSA, F.; PERETI, G.; FRIEBEL, S. Projeto de filtro prensa
industrial por meio da filtração de óxido de cálcio em escala piloto. UNOESC. Disponível em
<https://editora.unoesc.edu.br/index.php/apeuv/article/download/12200/6429>. Acesso em
02/12/2018.
[5]
FOUST, A. S. Princípios das Operações Unitárias. Ed LTC, Rio de Janeiro – RJ, 2ª edição.
1982.