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Tradução: Ayanna Keepers
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Ele é um Principe sem Reino, mas ele pode ter encontrado o
maior tesouro de todos...
Nos campos, sua sudita Real, Darby, sabe tudo sobre as duas
realidades...Depois de perder os pais aos treze anos, á jovem
fazendeira teve pouco tempo para realeza ou fofocas. Um bom dia
significa uma lareira quente e uma tigela cheia. Qualquer outra coisa
é um luxo. Mas as coisas estão finalmente melhorandoe, pela primeira
vez, á chegada do inverno não é tão sombria.
A coisa, seja la o que for, fede pior que os seus animais (sem
querer soar ofensiva), mas a higiene questionavel é a menor das
preocupações de Darby. As estações estão mudando e a escuridão
esta se acumulando nas margens do Reino Seelie.
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m
Colin tropeçou nas escadas, fazendo o possível para não fazer barulho,
mas em seu estado embriagado, não era uma tarefa fácil. Mesmo com o
carpete profundo, seus passos pesados pareciam ecoar pelo silencioso castelo,
e ele tinha certeza de que seus pais sairiam do quarto a qualquer segundo. Era
ridículo que, aos 25 anos, ele fosse forçado a esgueirar-se como uma criança,
mas não estava em condições de confrontar-se com eles naquele momento.
Seu estômago revirou ao pensar no que seus pais diriam; levaria dias e
dias para relaxar, para que se cansasse de incomodá-lo para que se
comportasse melhor.
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divertindo um pouco antes de ser amarrado ao trono. Essa última escapada
pairaria sobre sua cabeça por um pouco mais de tempo que o normal, e ele
teria que tentar realmente se esforçar muito, ele decidiu, seu cérebro
começando a clarear quando o álcool finalmente começou a desaparecer.
Ele pensou em se levantar, mas decidiu que mais alguns minutos não
machucariam; então ele tomaria um bom banho longo e faria um
plano. Quando ele finalmente se levantou, a primeira coisa que o percebeu foi a
enorme bagunça que ele deixou em seu quarto quando se vestiu para a
festa. Até os restos da refeição que ele havia comido antes de sair ainda estava
na mesa perto da janela, a comida passada e levemente nauseante. Seu
temperamento esquentou quando ele olhou ao redor da sala, e foram
necessários apenas três passos para alcançar o interfone na parede.
Seu pai ficou entre eles. — Você andou bebendo, Perguntou o pai,
farejando o ar.
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— Não, claro que não, disse ele, afastando-se do pai para colocar
alguma distância entre eles. — Onde diabo está Simon?
— Simon está em casa com sua esposa e seu novo bebê, uma garota, eu
acredito, disse sua mãe, olhando-o desconfiada. — Eu te disse isso no café da
manhã.
— Então por que alguém não limpou meu quarto? Ele perguntou,
franzindo a testa e cruzando os braços sobre o peito.
— Porque se você se lembra, sua mãe disse para você se cuidar, disse o
pai, aproximando-se novamente, com os olhos cheios de suspeita também.
Colin não se lembrava dela dizendo isso, e mesmo assim ele não teria
concordado.
— Não vejo por que tenho que fazer isso. Temos muitos servos por
aqui; apenas me atribua outro até que Simon volte. - ele disse.
— Simon não vai voltar por uma semana, e eu não posso dispor de mais
ninguém agora, disse sua mãe. — Além disso, pensei que seria bom você se
cuidar por um tempo.
Seus pais trocaram um olhar. — Sinto muito que você se sinta assim,
filho, mas receio que Simon vá voltar apenas na próxima semana e você está
por sua conta.
Colin jogou as mãos para o ar. — Isso é estúpido, disse ele, voltando
para o quarto e abrindo a porta. — Quando eu for rei, as coisas serão
diferentes: não há tratamento especial para os servos, nem vou os tratar como
se valessem mais do que valem.
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Ele bateu a porta com força, sentindo alguma satisfação no gesto
infantil, depois viu o quarto e desejou poder bater novamente. Em vez disso,
caminhou até a cama e jogou todas as roupas no chão, depois levou a repulsiva
bandeja de jantar para a janela, abriu-a e deixou-a cair. O estrondo satisfatório
que causou quando atingiu o chão abaixo foi quase tão bom quanto bater a
porta.
Olhando a colina em direção ao píer, ela estava feliz por ter conseguido
comprar uma loja na vila. Pequena em comparação com outras da rua principal
da cidade, ela tinha espaço suficiente para exibir sabonetes, loções e
perfumes. Embora houvesse espaço limitado para os clientes, o sentimento
íntimo que isso dava à loja os agradou e deu a ela a oportunidade de interagir
com todos.
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Mas ela tomou um gole da bebida fumegante, incapaz de se
conter. Fiona sorriu para ela. — Eu sabia que você não poderia resistir. Além
disso, vamos precisar disso. Você sabe como é o primeiro dia da temporada.
— Não sei por que eles sempre insistem em ter uma multidão tão grande
no primeiro dia da temporada, disse Fiona, tomando um gole de café e
acendendo as luzes.
— Oh, sim, o grande desfile, disse Fiona, desfilando pela sala com o
nariz no ar. — A única época do ano em que suas altezas saem de sua posição
elevada no castelo.
Ela riu enquanto Fiona continuava a dançar pela sala. — Oh, eles não
são tão ruins, ela finalmente disse. — E é melhor começarmos a trabalhar.
Darby suspirou. — Eles são Fae, Fiona; é claro, eles são lindos.
Isso chamou sua atenção. — Eles estão todos aqui juntos? Isso deve
significar que algo grande vai acontecer. Você acha que Colin finalmente
concordou em se casar?
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— Esse é o boato que tenho ouvido, disse Fiona. — Eu acho que se
houver uma mulher, ela estará no desfile.
Ela ficou tentada, mas sabia que quando o desfile começasse, suas
prateleiras estariam vazias. — Você vai me contar sobre isso, disse ela. — Vai
haver muito trabalho a fazer aqui para eu fugir.
— Você está dizendo isso porque a rainha Isabella vem à loja depois que
eu me for, disse Fiona, fazendo beicinho. — Você nunca vai me deixar ficar
quando ela vier?
— Mas ela tem que falar, tem que dizer alguma coisa, protestou Fiona.
Fiona suspirou. — Que pena. Eu estava pensando que ela poderia decidir
que você era perfeita para Colin e levá-la para o castelo. - disse ela, fechando
os olhos e balançando. — Você sabe, como a Cinderela.
Ela não pôde deixar de rir. — Oh, Fiona, você é tão romântica, mas eu
tenho novidades para você: mesmo que a rainha Isabella se apaixonasse por
mim, ela nunca me deixaria entrar no castelo, disse ela. — Além disso, gosto da
minha vida do jeito que é. Eu nem saberia o que fazer no castelo. Ao contrário
de você, não quero fazer parte desse mundo.
Darby riu de novo. — Fiona, espero que um dia seu lindo príncipe venha
até sua porta para arrebatá-la e fazer de você uma princesa, disse ela,
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curvando-se para sua melhor amiga. — Mas até então, temos uma manhã
inteira à nossa frente, então precisarei que você aja como a plebeia que você é
e venda algumas coisas.
Fiona curvou-se para ela. — Sim, Alteza, disse ela, depois desapareceu
pela porta da despensa.
Não demorou muito para que ela ouvisse o barulho dos sinos na porta da
frente quando o primeiro cliente entrou. Durante o resto da manhã, um fluxo
constante de mulheres e alguns homens corajosos entraram, e as prateleiras
logo começaram a se esvaziar, como ela sabia que aconteceria. Mas, enquanto
sorria para os humanos, pegava o dinheiro deles e os conduzia para fora da
porta, à pequena fantasia de Fiona se repetia em sua mente.
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O som de alguém batendo na porta acordou Colin na manhã seguinte. —
Vá embora e me deixe em paz, ele gritou, cobrindo a cabeça com o travesseiro
contra a luz do sol da manhã.
— Eu não posso fazer isso, seu pai me enviou para lhe dizer que ele quer
você no café da manhã em quinze minutos, seu melhor amigo Keaton chamou
pela porta.
Colin gemeu. — Bem, encontre outra pessoa e envie-a para cá. Não
posso me vestir sozinho - ele gritou.
— Ok, mas é melhor você não deixar seu pai esperando por muito
tempo, chamou Keaton.
Quando ele finalmente chegou à sala de jantar, ele não estava muito
feliz e sem humor para ouvir uma palestra de seu pai. Ele se sentou à mesa,
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tentando não deixar o temperamento irromper quando teve que pedir um café
aos empregados, depois se recostou e se preparou para a palestra que sabia
que estava por vir. Mas seu pai não olhou para ele, não reconheceu sua
presença de forma alguma e ele começou a se contorcer.
Ele estava tomando seu café da manhã com uma intensidade que nunca
tinha visto antes, e seu coração afundou; ele deve ter feito algo terrível para
que seu irmão não olhasse para ele. Quando seu café da manhã foi colocado na
frente dele, ele pigarreou, esperando que seu pai ao menos olhasse para ele,
mas ele apenas continuou lendo seu jornal.
— Não é tão rápido, disse o pai, largando o jornal e olhando para ele
pela primeira vez. — Você gostaria de explicar isso?
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suprimir o sorriso que ameaçava explodir em seu rosto, mas os cantos da boca
ainda estavam virados para cima.
O pai dele suspirou. — Percebo que essa conversa nem vale a pena,
disse ele. — Então, eu vou direto ao ponto. Sua mãe e eu sentimos que
algumas medidas drásticas devem ser tomadas se você quiser governar
Ballantine.
— Tudo bem, o que você quer que eu faça? Colin perguntou, tendo
ouvido o mesmo discurso várias vezes.
— Quero que você vá para o seu quarto e pegue algumas coisas, você
está saindo do castelo hoje. - disse o pai.
— Eu não entendo, disse ele, pensando que seu pai devia estar
brincando. — Você está me expulsando do castelo? Esta é a minha casa. Eu sou
o príncipe.
— Você pode ser o príncipe, mas não age assim, disse a mãe, apontando
para o jornal ainda na mesa. — Durante anos, tentamos ensinar a você que
todos em Ballantine são importantes, tentamos fazer você entender que os
plebeus não são nossos escravos. Tentamos ensiná-lo a ser um líder sábio, a
governar com compaixão, mas claramente não funcionou.
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torne o homem que deveria ser. Caso contrário, seu irmão se tornará o rei ele
disse.
Ele só podia assistir de boca aberta enquanto o pai ajudava a mãe a sair
da cadeira e saírem da sala. Abrindo e fechando a boca várias vezes, ele
procurou algo para dizer, algo para parar o que estava acontecendo, mas seus
pais se foram antes que ele pudesse falar.
— Receio que sim. - disse Jamison, apontando para o guarda que estava
esperando na porta. — Ouvi papai dizendo a um dos guardas para vigiá-lo, para
que você não roubasse nada.
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das ruas da cidade, ela esbarrou na estrada de terra que levava à sua fazenda,
evitando o pior dos trilhos enquanto andava os olhos examinando a floresta ao
redor em busca de algo interessante.
Quando a fazenda apareceu, ela sorriu feliz por estar em casa, mesmo
que por apenas alguns minutos. O sorriso ficou ainda mais amplo quando viu Eli
sentado na varanda da frente, uma jarra grande de limonada e dois copos
sentados ao lado dele. Ele também estava sorrindo quando ela pulou da
bicicleta e a apoiou na varanda.
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estoque suficiente para amanhã, mas nada para encher as prateleiras depois
que fecharmos.
Ele assobiou. — Nesse ritmo, você não terá o suficiente para durar o
verão inteiro.
— Isso vai levar algumas horas. Você não vai ao baile hoje à noite? Eli
perguntou surpresa ao ouvir seus planos.
Ela riu. — Eu não iria nem morta naquele baile, disse ela, depois viu o
olhar no rosto de Eli. — Mas você definitivamente deveria ir, se quiser. Quase
todo mundo estará lá. Simplesmente não é o meu lugar.
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não conhecia não a atraía, e ela definitivamente não tinha gostado de acordar
na manhã seguinte ao lado de um desses homens.
Darby ficou de pé também. — Acho que vou ficar em casa este ano e
trabalhar nos jardins por algumas horas, disse ela.
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Colin estava embaixo de uma árvore, recuperando o fôlego e olhando
para a entrada em arco que levava à cidade. Parecia que ele havia andado por
quilômetros; seus pés doíam; ele estava sem fôlego e ainda em choque depois
de ser revistado como um ladrão comum quando saiu do castelo. Mas, graças a
Reese, ele tinha um belo pacote colado ao estômago e, assim que passasse
pelos guardas da guarita, seria dele.
Agora ele tinha uma escolha: esperar até que os guardas se distraiam ou
correr o risco de caminhar com ousadia e pedir que eles o revistem. Os guardas
do castelo não tinham sido corajosos o suficiente para revistá-lo, apenas a
bolsa que ele carregava, mas ele havia perdido um pouco de sua confiança na
longa caminhada pelo bairro de luxo que se espalhava abaixo do castelo.
Várias vezes, ele viu rostos nas janelas e sabia que a notícia já estaria se
espalhando de que ele havia sido banido do castelo em desgraça. Não disposto
a arriscar a humilhação ou a possibilidade de outra busca, ele mergulhou nas
árvores e seguiu a cerca de pedra até encontrar o portão que
lembrava. Coberto de trepadeiras, o portão parecia não ter sido aberto há anos,
e ele ficou tentado a desistir antes mesmo de tentar.
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Ele finalmente conseguiu se levantar e seguiu o caminho pela floresta
em direção à cidade. Seu ombro doía enquanto caminhava, suas roupas
estavam sujas e ele queria gritar de frustração até sentir o pequeno embrulho
contra sua pele. Pelo menos ele teria dinheiro para ficar em um lugar e para
um banho quente, lembrou a si mesmo. Espero que isso seja o suficiente para
durar até que seus pais recuperem a razão e o deixem voltar para casa.
Quando ele saiu da floresta, ele se viu na estrada principal, mas estava
cheia de pessoas andando por ali. Confuso no começo, ele apenas os observou,
imaginando o que eles estavam fazendo, mas depois lembrou que o desfile era
naquele dia. Sabendo que não tinha escolha a não ser se juntar a multidão, ele
avançou, esperando que a multidão se separasse dele. Quando ninguém se
moveu, ele começou a avançar, ignorando a aparência suja das pessoas que
ele esbarrou ou deu cotoveladas.
O homem não se mexeu. Em vez disso, ele se virou e olhou para Colin,
seu rosto uma expressão colossal. — Acho que não, disse o homem. — Eu
estive esperando aqui a manhã toda.
Colin olhou para ele, esperando que o homem se movesse, mas ele
colocou as mãos nos quadris e olhou de volta para ele. Finalmente, ele
perguntou: — Você sabe quem eu sou?
O homem olhou para cima e para baixo. — Eu não ligo para quem você
é; este é o meu lugar, e não vou sair.
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O homem olhou para cima e para baixo novamente, depois começou a
rir. — Boa tentativa, amigo, agora volte para onde você pertence; todas essas
pessoas estão esperando aqui comigo há muito tempo, ele disse, em seguida,
empurrou Colin.
Tentado a voltar e exigir o respeito que lhe era devido por nascimento,
ele voltou a se reunir com a multidão, mas viu que sua família estava
passando. Houve aplausos loucos dos espectadores, mas então ele os viu
começar a sussurrar e apontar, e ouviu seu nome várias vezes. Ocorreu-lhe
então que a cidade inteira logo saberia sobre seu exílio, e a humilhação
substituiu sua raiva.
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Depois de entrar no hotel, ele teria que encontrar alguém para comprar
as poucas bugigangas que conseguiu contrabandear para fora do quarto. Não
era muito, mas mesmo no mercado negro, seria suficiente para mantê-lo
entretido por semanas, se necessário, embora ele esperasse que seus pais
vissem a luz muito antes disso. Quando o hotel finalmente apareceu, ele ficou
cheio de alívio; agora ele seria tratado com o respeito que merecia.
Darby suspirou. — Você sabe que eu não vou, disse ela. — Mas eu quero
ver o vestido que você está usando.
Fiona sorriu para ela, depois passou pela porta e girou em círculo. — Era
ridiculamente caro, mas decidi me tratar. O que você acha?
— Acho que você pagou muito dinheiro por muito pouco tecido, disse
Darby, mas sorriu para a amiga. — Você já pensou que um pouco de mistério
pode ser uma coisa boa?
Fiona girou de novo, seus saltos finos brilhando na luz, e Darby tinha
certeza de que vislumbrou algo que não deveria ter. — Eu sei que é um pouco
impetuoso, mas estou cansada de não ser notada, disse ela, puxando o vestido
para baixo. — Não se preocupe, não mostrarei a ninguém que não queira que
eu faça.
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Darby balançou a cabeça. — Alguém já lhe disse que você é impossível?
Ela disse, mas havia risos em sua voz.
— Sim, a mesma pessoa que não tem graça, disse Fiona, depois se
aproximou e a abraçou. — Já lhe ocorreu que você trabalha demais? Talvez se
você se divertisse um pouco de vez em quando, não seria uma chata.
Enquanto dirigia a carroça para casa, pensou em como era diferente dos
outros Fae e se perguntou o que isso significava. Mas, como sempre, ela não
encontrou nenhuma explicação; não importa o quanto ela queria estar aberta a
encontros sexuais casuais, isso simplesmente não estava nela. Às vezes, ela se
perguntava se era imune à sexualidade natural dos Fae, se alguma vez sentiria
aquela centelha de atração que parecia alimentar as paixões selvagens que
floresciam em Ballentine.
Quando ela passou pelo grande arco de pedra que separava a parte
comum da cidade da realeza, ela diminuiu a velocidade e olhou para o
castelo. Estava iluminado para o baile, e ela podia ver pessoas entrando pelas
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grandes portas, que naquela noite do ano estavam abertas a todos. Hoje à
noite, a realeza e os plebeus se misturavam como se fossem iguais, parando e
desaparecendo à medida que a noite passava.
Vestido com seu smoking, o cabelo preso para trás, os olhos azuis ainda
mais azuis contra o preto do terno, ele era a personificação da
masculinidade. Mas não houve resposta de seu corpo, formigamento,
borboletas, palmas suadas - apenas a felicidade de ver seu amigo sorrindo para
ela da varanda.
Ela subiu as escadas e arrancou o vestido da mão dele. Isso parece algo
que eu usaria? Ela perguntou, depois amoleceu. — Me desculpe, Eli, não é sua
culpa que Fiona tenha saído do fundo do poço.
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— Bem, eu não pensei que parecia com você, você é mais suave e
esvoaçante... ele parou, claramente envergonhado. — Quero dizer, não é como
se eu pensasse muito sobre isso.
Darby não pôde deixar de sorrir. Obrigada, Eli, disse ela, inclinando-se e
beijando-o na bochecha. — Se eu fosse ao baile, seria com você.
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Colin ficou perplexo diante do Grand Ballentine Hotel, imaginando por
que o porteiro parecia ignorá-lo. O homem olhou para ele uma vez, depois
desviou os olhos rapidamente, e agora estava olhando atentamente para
qualquer lugar, menos para ele, fazendo sua raiva começar a brilhar
novamente. Subindo os degraus, um de cada vez, ele sentiu seu batimento
cardíaco acelerar e seu sangue ferveu com a grosseria do homem.
— Você vai abrir a porta para mim, ou eu tenho que fazer isso sozinho?
Ele exigiu.
— Sinto muito, senhor, mas não posso deixar você entrar - disse o
porteiro, entrando na frente da porta. Você pode tentar um dos outros hotéis
na mesma rua.
— Não vou tentar outro hotel. Eu sempre fico neste hotel - ele falou com
os dentes cerrados. - Exijo que você abra a porta para mim ou serei obrigado a
denunciá-lo ao gerente. Somos bons amigos, você sabe.
O olhar no rosto do porteiro era mais do que ele podia suportar. — Você
sabe quem eu sou? Eu poderia comprar esse lugar se quisesse. - ele zombou
do homem.
— Então é isso que você terá que fazer, disse o porteiro calmamente, —
Porque não vou deixar você entrar aqui até ver algum dinheiro em sua mão.
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Ele ficou olhando para o porteiro, respirando profundamente, sua visão
cheia de vermelho, revirando as opções em sua mente. O pacote agitou sob a
camisa enquanto o peito se enchia de ar, e ele decidiu que o melhor plano era
simplesmente remover o pacote e mostrar o dinheiro ao homem estúpido.
Eu já volto, e então você vai se arrepender de ter sido tão rude comigo,
disse ele, voltando para a calçada com visões de seu retorno triunfante
alimentando sua indignação.
Respirando fundo, ele tentou mais uma vez e, para seu alívio, o nó se
soltou. Mergulhando a mão na bolsa, procurou em volta a pequena sacola de
moedas que colocara primeiro, aliviado quando seus dedos sentiram o couro
macio da bolsa. Ele puxou-o e segurou-o contra a luz. Satisfeito com sua
premeditação, ele já estava planejando o discurso que faria quando voltasse ao
hotel enquanto fechava a bolsa novamente.
Mas quando ele se virou, ficou cara a cara com um homem vestido de
preto e segurando uma faca. — Eu vou pegar esse saquinho, disse ele,
pegando a bolsa.
Colin tentou lutar com ele, mas logo sentiu a lâmina fria da faca
atravessar seu braço e soltar. Ele agarrou seu braço, sentindo o calor de seu
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próprio sangue e quase desmaiou, mas conseguiu ficar de pé e tropeçou atrás
do homem que desapareceu nas sombras. De pé na escuridão do beco, com o
braço sangrando, afundou lentamente, pois a maior parte do dinheiro havia
sumido, tudo o que ele tinha era a bolsinha de moedas que enfiara no bolso.
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pedaço de pão fresco sobre a mesa e desejou novamente poder sentir algo por
Eli.
Não era a primeira vez que um deles saía para jantar fora, mas naquela
noite o gesto parecia especialmente pungente, e uma pontada de solidão a
deixou sem fôlego. Mesmo depois de todos esses anos, a perda de seus pais
ainda doía, e a dor de perder sua avó ainda era fresca, como havia sido no
inverno passado, quando ela dormiu e nunca mais acordou. Afastando a dor e
desejando o que ela pudesse nunca a sentir novamente, ela preparou o jantar e
levou para a varanda.
A grama estava fria, e ela estava feliz com o cobertor e a jaqueta, mas
enquanto estava deitada ali, começou a sentir o calor da terra começando a
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penetrar nela. A encheu lentamente quando a fragrância das flores e ervas ao
seu redor flutuou para ela na brisa, lembrando-a de uma noite não muito
tempo atrás, quando ela se deitou no mesmo local.
— Eu não pude fazer isso, papai - ela sussurrou, com medo de que o
som de sua voz o fizesse desaparecer.
Seu coração quase explodiu quando ouviu seu apelido de infância. — Oh,
papai, o que eu vou fazer? Não quero ir trabalhar no castelo.
Quando a figura dele começou a desaparecer, ela gritou para ele, mas
ele murmurou: — Eu te amo, depois desapareceu. Ela caiu no chão, ainda mais
desiludida do que antes, mas então o perfume das flores começou a alcançá-la
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novamente e a calma desceu sobre ela, um bálsamo para sua alma ferida. De
repente, ela entendeu o que o pai estava tentando lhe dizer.
— Elas estão por todos os campos, ela disse. — O que elas são?
Mesmo aos treze anos, ela entendeu que as flores que sua avó segurava
eram a chave para seu futuro. Não haviam se reunido de uma só vez, mas o
primeiro ramo de flores foi suficiente para mantê-las alimentadas durante o
inverno. Hoje, eles eram a pedra angular de todos os seus produtos, e ela
nunca esqueceria a noite em que seu pai lhe mostrara o poder dentro da
delicada flor branca.
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Chuva começou a cair, e Colin ainda estava andando pela calçada,
embora por onde ele estivesse andando não parecesse muito com os caminhos
bem cuidados com os quais estava acostumado. Por horas, ele procurou um
lugar para ficar a noite toda, e tudo o que conseguiu foram olhares sombrios e
ameaças para chamar os guardas. Seu braço palpitava, ele estava mais sujo do
que jamais esteve em sua vida e estava começando a se sentir desesperado,
aterrorizado com a possibilidade de ter que passar a noite lá fora.
Suas peregrinações o levaram à pior parte da cidade, uma parte que ele
nunca soube que existia e, pela primeira vez, ficou feliz por ninguém saber
quem ele era. Parte dele ficou horrorizada com o que viu enquanto caminhava,
mas a realeza dentro dele se encolheu quando alguém se aproximou dele, e ele
se perguntou o que havia levado essas pessoas a escolher uma vida como essa.
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exceto essas poucas moedas. Eu preciso de um lugar para ficar a noite e me
limpar.
— Como assim você não aceita? Colin perguntou, sua voz subindo em
pânico. — É um bom dinheiro, provavelmente mais do que suficiente para
pagar por um de seus quartos.
Colin sabia o que o homem estava pensando. — Eu não roubei isso; elas
são minhas. - ele disse, esquecendo como ele era naquele momento.
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— Posso ajudar você, estranho? - ele perguntou, cruzando os braços
sobre o peito.
— O tipo que normalmente não pode ser usada por aqui, respondeu
Colin, orgulhoso de si mesmo por seu raciocínio rápido.
Colin tirou uma única moeda do bolso e mostrou ao homem, cujos olhos
se arregalaram. — Você roubou isso?
— Não, são minhas, disse ele, olhando o homem bem nos olhos. — Eu
não roubei.
O homem assentiu, sabendo que Fae não podia contar uma mentira
direta. — Me siga.
Quando o homem acenou para Colin e fez um gesto para ele se sentar à
sua frente, ele cuidadosamente se sentou. — Ouvi dizer que você tem algumas
moedas das quais gostaria de se desfazer, disse o homem.
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O homem pegou a moeda e olhou para ela, virou-a várias vezes, depois
a colocou na boca e a mordeu. Colin quis rir da visão, mas ficou quieto,
sabendo que não podia ofender o homem que parecia capaz de quebrá-lo ao
meio. Finalmente, o homem colocou a moeda de volta na mesa e olhou para
Colin.
— Se o resto do que você tem é algo parecido com este, acredito que
poderemos chegar a um acordo, disse o homem. — Mas vou ter que ver o resto
antes de fazermos um acordo.
— Vou lhe dar cinquenta peças de ouro por eles, disse o homem,
sentando-se na cadeira.
Colin só podia olhar para ele. — O que? Isso não é o suficiente; valem
quatro vezes mais - ele latiu.
— Eu não faria isso, disse uma voz atrás dele. — Pegue o dinheiro do
chefe e siga seu caminho.
Mas ele só deu alguns passos antes de uma mão com um aperto como
um torno de aço apertar seu braço e ele foi girado. Um punho conectado com o
rosto; ao mesmo tempo, sentiu as moedas serem tiradas da mão e depois não
viu mais nada.
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Ainda pensando em seu pai e naquela primeira noite com as Flores da
Lua, Darby voltou para a casa da fazenda. A lua havia nascido horas atrás, e
ela sabia que precisava dormir um pouco, mas suas memórias não seriam
acalmadas naquela noite, e logo ela estava pensando em sua avó e em quanto
ela amava a fazenda. Seu lugar favorito para passar o dia fora à casa de
secagem, que sempre cheirava a um dia fresco de verão, e ela passara o último
dia ali sentada em sua cadeira de balanço, tomando banho de sol.
Ao passar pela casa de secagem, ela olhou para ela, quase esperando
que sua avó estivesse sentada, acenando para ela, como costumava fazer. Mas
é claro que ela não estava lá, mas notou que a porta estava aberta um pouco,
como se alguém tivesse entrado escondido e esquecido de fechá-la. De
repente, cautelosa, ela pegou um graveto no chão debaixo de uma árvore e
mudou de direção.
— Eu sei que você está aqui, e é melhor você sair agora, ela gritou,
acendendo as luzes.
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alguém com dor do que com prazer. Segurando o pau um pouco mais forte, ela
começou a olhar em torno das mesas, abaixando-se para evitar os feixes de
flores e ervas secas penduradas no teto.
Não havia como dizer o quanto ele estava ferido, mas ele conseguiu
chegar até aqui. A questão era: o que fazer com o homem agora. Ela só tinha
duas opções: limpá-lo e cuidar dele pessoalmente ou chamar os guardas. Ela
não gostou de nenhuma das opções. A última coisa que ela precisava em sua
vida naquele momento era uma complicação, e o homem deitado no chão era
definitivamente uma complicação.
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não estava entrando na casa do jeito que estava. Então ela se lembrou da
banheira grande na sala de limpeza ao lado e começou a lenta tarefa de
arrastá-lo pela casa de secagem.
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Colin abriu os olhos para a luz do sol que entrava na sala, mas não era
uma sala que ele reconheceu, então fechou os olhos novamente. Ele ficou lá,
tentando se lembrar de como havia chegado lá, mas sua cabeça começou a
latejar e logo ele estava segurando a cabeça tamanha sua dor. Sob as batidas
em sua cabeça, ele sentiu o braço latejar como se estivesse sendo mantido sob
uma chama e arriscou abrir os olhos para ver se estava pegando fogo.
— Eli estou lhe dizendo que, na condição dele, ele não é um perigo para
mim. disse a voz de uma mulher. — Veja você mesmo, ele ainda está
dormindo.
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Houve um silêncio por um segundo, então ele ouviu um homem dizer: —
Ainda não gosto, Darby. Não temos ideia de quem ele é ou de onde veio, e ele
está ferido. Como isso aconteceu?
— Tudo bem, mas voltarei antes do almoço para verificar você, disse o
homem.
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O coração de Colin estava enlouquecendo em seu peito quando ela se
aproximou e, quando ela estendeu a mão com as costas da mão para verificar a
febre dele, o desejo aumentou de vida dentro dele. Quase imediatamente, sua
cabeça começou a latejar novamente e um suor escorreu em sua testa. — O
que há de errado comigo? Ele conseguiu resmungar.
— Só porque é contra a lei não significa que não existe, disse ela
gentilmente. — Você quer ir ao hospital ou quer que eu tente consertar?
Colin só podia olhar para ela. — Como você planeja fazer isso? Ele
finalmente perguntou, com medo de ter esperança.
A resposta dela lhe disse tudo o que ele precisava saber, e ele não tinha
certeza se estava assustado, chocado ou curioso. Ele fechou os olhos, a dor no
braço começando a aumentar novamente. — Faça o que você tem que
fazer. Só vou ficar aqui de olhos fechados.
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— Talvez seja porque eu não deixei você morrer lá no meu galpão de
secagem ontem à noite, disse ela.
Ele sorriu, mas não abriu os olhos. — Bem, vamos com isso - ele disse, e
estremeceu quando sentiu uma lâmina fria contra sua pele.
— Eu não vou mentir para você; isso vai doer muito. - ela disse, quando
a dor irradiava em seu braço.
Pouco antes de desmaiar, ele sentiu a mão dela na testa dele e ela
sussurrou: - Quase lá. Descanse agora, o pior já passou.
42
Ela usou um feitiço tão forte quanto ousou, mas pode não ter sido
suficiente, então ela se levantou e tropeçou de volta para o quarto. Para seu
alívio, o ferimento parecia normal e o homem estava dormindo pacificamente,
então ela caiu em uma cadeira ao lado da cama. Enrolando os pés embaixo
dela, ela fechou os olhos e adormeceu quase imediatamente.
— Sim, e eu tenho que agradecer por isso, mas agora eu daria qualquer
coisa por um pouco de água, disse ele, sua voz rouca.
Darby foi até a cama, ciente de que o homem que a olhava era muito
mais saudável do que o que ela havia enfrentado mais cedo naquele dia. Ele
ainda não parecia perigoso, mas ela não sabia nada sobre ele; seria sábio estar
em guarda, pelo menos por enquanto.
43
O homem suspirou. — Meu nome é Colin e sou o príncipe dos
Seelie. Meus pais me expulsaram do castelo, todo o meu dinheiro foi roubado
e, de alguma forma, acabei no seu galpão.
— Eu disse que você não acreditaria em mim, disse ele. — Mas eu juro a
você que estou dizendo a verdade. Eu realmente sou Colin, príncipe dos Seelie.
Darby só podia olhar para ele de boca aberta, tentando processar o que
ele havia dito. — Mas você não pode ser, quero dizer, não é possível... as
palavras dela cessaram.
Darby não acreditou nele, mas ele estava ali nu, fazendo seu corpo
sentir coisas que nunca havia feito antes. — O que você está fazendo? Volte
para a cama até eu encontrar algumas roupas para você - disse ela, olhando
para o chão.
— Não, ela mentiu, mas o rubor que sentiu subindo pelas bochechas
dizia algo diferente, e ela sabia disso, então ela se virou.
44
Ela correu para ele e o pegou no momento em que ele estava prestes a
cair no chão e o empurrou em direção à cama. Quando ele caiu, ele a agarrou,
e juntos eles caíram de volta na cama. Darby pousou em seu peito, seu rosto a
poucos centímetros do dele, e seu corpo enlouqueceu de desejo. Respirando
fundo, ela tentou fugir, mas os braços de Colin estavam firmemente presos ao
seu redor.
— Por quê? Isso é legal. - ele disse com um sorriso malicioso no rosto.
Ela olhou para ele com o que esperava ser um olhar severo, depois
empurrou contra o peito dele e tentou sair de seus braços. Ele riu. — Isso não
vai ajudar, disse ele. — A menos que você veja este final de forma diferente.
Antes que ela pudesse detê-lo, a boca dele desceu sobre a dela, seu
corpo explodiu de prazer e ela derreteu em seus braços. Quando a língua dele
deslizou em sua boca, o mundo ao seu redor derreteu, e por um segundo, ela
ficou completamente perdida pela paixão entre eles. Mas então o som da porta
da frente se abrindo e fechando penetrou na névoa de seu prazer, e ela
encontrou força suficiente para sair debaixo de Colin.
Ela ficou olhando para ele, seu peito arfando de paixão, depois se virou e
fugiu da sala, muito confusa com a resposta de seu corpo para encontrar
alguma palavra. Eli estava descendo o corredor, mas ela passou por ele,
desesperada por alguns minutos para se recompor. Mas ele se virou e a seguiu,
com um olhar desconfiado
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Colin observou Darby sair da sala, com um enorme sorriso no rosto,
depois recuou para debaixo das cobertas e recostou-se nos travesseiros. Nas
últimas vinte e quatro horas, sua vida passou de perfeita a horrível, mas beijar
Darby naquele momento quase fez tudo valer a pena. Ele não deveria tê-la
beijado, isso estava claro, mas a sensação do corpo dela contra o dele
despertara nele um desejo que tornava impossível qualquer pensamento claro.
Ele nunca tinha visto um Fae corar como ela quando o viu nu, e isso fez
algo profundamente terno surgir nele, despertou um instinto que ele nunca
havia sentido antes e não conseguia descrever em palavras. Havia algo
diferente em Darby, uma inocência que raramente era encontrada nos Fae, e
ele achava isso refrescante, tentador. Colocando as mãos atrás da cabeça, ele
fechou os olhos, pensou no beijo e decidiu que tinha que beijá-la novamente.
46
claramente, ele parou e encostou-se na parede, surpreso ao se ver um pouco
sem ar.
— Você tem certeza que está bem? Ele ouviu Eli perguntar.
— Tudo bem, mas você não parecia bem quando saiu daquela sala. Não
confio nesse cara. - disse Eli. —Você descobriu quem ele é?
Darby riu nervosamente. — Ele diz que é o príncipe Colin, disse ela.
— Ele diz que o rei e a rainha o expulsaram do castelo e depois ele foi
roubado, mas ele não consegue se lembrar de como chegou aqui, disse ela.
47
Darby ofegou, e a cabeça de Eli girou tão rápido que Colin tinha não
tinha certeza de como isso aconteceu. Enquanto ele olhava para Darby, isso lhe
deu a chance de observar o outro homem, e ele não tinha certeza se gostou do
que viu. Bonito e musculoso, com as mãos ásperas de trabalhador, ele parecia
exatamente o tipo de homem que Darby iria querer.
— Sim, quero dizer, as roupas dele estavam todas rasgadas, disse Darby,
o rubor aparecendo em suas bochechas novamente. — Não foi culpa dele.
Colin queria dizer a Eli que, se ele não tivesse aparecido, ambos estariam
nus em alguns minutos, mas ele manteve a boca fechada. O homem mais
jovem parecia que estava prestes a pular sobre a mesa e atacá-lo, e ele não
tinha certeza de que poderia vencer uma batalha com ele agora.
— Isso não está acontecendo, disse Eli, seu rosto ficando com um tom
brilhante de vermelho. — Eu quero você fora daqui agora. Não me importo se
você é o príncipe, o que duvido: você precisa sair desta casa.
Darby estava olhando para Eli em choque. Ela estendeu a mão e colocou
a mão no braço dele. — Eli, ela começou, mas ele a interrompeu.
A boca de Eli se abriu e fechou algumas vezes. — Tudo bem, faça do seu
jeito, mas eu vou estar assistindo, disse ele, saindo em seguida.
48
Darby respirou fundo, firmemente, e virou-se para Colin, que tinha um
olhar estranho no rosto. A visão dele vestindo apenas calças de pijama ainda
era perturbadora, e ela sabia que tinha sido mais dura com Eli do que
deveria. Mas sua mente e corpo estavam cambaleando com todas as novas
emoções e sensações que a bombardeavam toda vez que ela se virava.
— Por que você não volta para a cama? Você provavelmente ainda está
um pouco fraco. - ela disse, sem olhar para ele. — Vou fazer um almoço e levo
para o seu quarto.
Darby olhou por cima do ombro para ele, seu estômago fazendo
cambalhotas, depois colocou a cabeça de volta para dentro. Quando ela
finalmente conseguiu se recompor, decidiu apenas ignorar Colin, mas isso se
mostrou mais difícil do que ela imaginou. De costas para ele, ela começou a
preparar sanduíches, levando seu tempo, mas sentindo os olhos dele nela o
tempo todo.
— Como você sabe que eu estou olhando para você? Ele perguntou,
genuína curiosidade em sua voz.
49
Terminado o trabalho com os sanduíches, ela se virou. — Eu apenas sei
que você estava - disse ela. — Coma isso e depois volte para a cama.
— Bem, falar não é minha parte favorita, mas se você insistir, acho que
podemos conversar um pouco, disse Colin, com o mesmo sorriso no rosto.
Darby quis dar um tapa nele. — Olha, eu não sei o que você acha que
aquele beijo significou antes, mas não significou nada. Eu não vou fazer sexo
com você. - ela disse, decidindo ser o mais brusca possível. — Eu não durmo
com homens que eu não conheço, seja você príncipe ou não, eu não te
conheço.
Colin encolheu os ombros. — Bem, então acho que teremos que nos
conhecer, disse ele, depois a olhou bem nos olhos. — Porque eu prometo a
você uma coisa, Darby: vou fazer amor com você.
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Uma emoção tão poderosa a tomou e a deixou sem fôlego, levemente
atordoada, seguida por um formigamento profundo que com seu olhar apenas
se tornou mais intenso. Quebrando o contato visual e ficando trêmula, seu
corpo zumbindo de desejo, ela rapidamente jogou o sanduíche no lixo e
colocou o prato na pia.
A vida dela estava bem até ele aparecer; ela manteve a cabeça baixa,
trabalhou na administração da fazenda. Se ela se sentia sozinha
ocasionalmente, tinha amigos para ajudar a aliviar a dor e animá-la. Um
romance era a última coisa que ela precisava agora, e definitivamente não com
um homem que não pertencia ao seu mundo. Melhor acabar com isso antes de
começar do que acabar machucada.
51
planejando se queimar, não por um homem que não se lembraria dela daqui a
um mês. Lembrando-se de todas as coisas que ouvira sobre o príncipe Colin,
prometeu manter distância até que ele partisse. Era a única coisa sã a se fazer,
a única maneira de manter intacto o coração e a dignidade.
52
Colin terminou seu sanduíche, sorrindo o tempo todo, sentindo-se mais
como seu antigo eu. Não havia nada que ele gostasse mais do que perseguir
uma mulher difícil, e Darby claramente seria um desafio, mas ele estava
confiante de que, no final, ele teria o prêmio que procurava. Ele ignorou a
pequena voz dentro de sua cabeça, avisando-o de que ele poderia ganhar mais
do que esperava, se ganhasse esse prêmio e se levantasse da mesa.
53
Quando Darby entrou na sala, seu estômago estava cheio de fome e seu
bom humor azedou. — Eu pensei que você nunca iria trazer o meu jantar, ele
reclamou sem sequer cumprimentá-la. — O que você fez, comeu primeiro?
Darby ficou claramente chocada com suas palavras, mas tentou escondê-
las. — Bem, boa noite para você também. disse ela, colocando a bandeja na
mesa ao lado da cama. — Você estava dormindo quando cheguei em
casa. Como você está se sentindo?
— Não vai estar quente, a menos que você me dê logo - disse ele,
olhando para a bandeja.
54
castelo, e agora tudo o que ele tinha era uma tigela de legumes e caldo. A
tentação de jogar a tigela do outro lado da sala era tão forte que ele colocou as
mãos em volta da tigela antes de se conter.
Ele se sentiu culpado por tratar Darby do jeito que tinha feito, e quando
as palavras duras que ele usava ecoaram repetidamente em sua cabeça, ele
percebeu que tinha que se desculpar. Não era algo que ele fazia muitas vezes
ou queria dizer quando fazia algo errado, mas desta vez foi diferente. Um ficou
surpreso por seus sentimentos, ele saiu da cama e pegou a bandeja.
55
Darby sentou-se enrolado em uma cadeira em frente ao fogo, seu jantar
meio comido na mesa ao lado dela, ainda surpresa com o quão diferente Colin
tinha a tratado naquela noite. A princípio, ela pensou que ele estava brincando,
mas ficou claro rapidamente que Colin estava fazendo birra. Ela nunca viu um
Fae adulto agir dessa maneira, e levou um segundo para perceber que, para
Colin, não era tão incomum.
Mas também não demorou muito tempo para decidir que ele não a
trataria dessa maneira, ela não era sua serva e não se comportaria assim. Bater
a porta ao sair tinha sido bom, e ela desejou poder voltar e batê-la novamente
apenas para garantir que ele entendesse.
Seus pratos sujos poderiam ficar ali até de manhã, ela decidiu. Vê-lo
novamente hoje à noite apenas a lembraria da decepção que sentiu quando a
realidade a atingiu. Embora tivesse dito a si mesma repetidamente que não
queria nada com Colin, uma pequena parte dela os imaginava compartilhando o
jantar, conversando e rindo. E se ela fosse brutalmente honesta consigo
mesma, uma parte dela esperava mais flerte e até outro beijo.
Mas ela viu o Colin real hoje à noite e não gostou do que viu. Por um
breve período, ela deixou seus desejos físicos anularem seu senso comum,
deixou a promessa de prazer nublar sua visão. Agora, mais do que nunca, ela
sabia que o homem tinha que partir, tinha que ser removido de sua vida antes
que sua visão nublasse novamente, e ela fizesse algo pelo qual lamentaria mais
tarde.
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De sua cadeira, ela apenas o viu carregando a bandeja até a cozinha e
amaldiçoou a maneira como seu coração pulou no peito. Ela queria, não, ela
precisava não gostar de Colin, mas ele estava dificultando novamente. Quando
ele reapareceu da cozinha e enfiou a cabeça na sala, as mãos dela ficaram
suadas e seu coração começou a bater forte no peito.
Quando ela não respondeu, porque seu coração estava pulando no peito,
ele continuou. — Se faz alguma diferença, foi uma das melhores refeições que
já comi, melhor do que qualquer coisa que já tive no castelo.
Darby queria ficar brava, mas sua palavra a atingiram em algum lugar no
fundo, e uma pequena parte dela, estava feliz por ter lhe trazido prazer. — Isso
porque a maior parte do que você acabou de comer foi cultivada aqui na
fazenda ou em algum lugar próximo - disse ela, tentando manter a compostura.
— Estou feliz que você gostou.
Ela teve que reprimir um suspiro. — Não, toda a comida que você come
no castelo é trazida de fora de Ballentine - disse ela. — Custa o dobro, mas em
algum momento, a realeza decidiu que não poderia comer a mesma comida
que as pessoas comuns. Você não sabia?
57
— Me emprestar dinheiro... Colin disse, ainda parecendo confuso. — Eu
pensei... não poderia ficar aqui?
Darby abriu a boca para recusar, mas ele parecia tão inocente e perdido
ao pensar em sair que ela se sentiu enfraquecendo. — Eu não acho que seja
uma boa ideia para você ficar aqui. Você é o príncipe, você deveria ficar em
algum lugar melhor do que uma antiga fazenda. - disse ela.
Eli sabe que não pode me expor assim. — Ele nunca faria nada para
atrair atenção assim. - disse Darby, mas uma pequena parte dela estava
preocupada que ele pudesse. — Mas essa é ainda mais uma razão para você
voltar à cidade amanhã. Tenho certeza de que agora que você está limpo,
alguém acreditará que você é o príncipe, e eu darei algum dinheiro se isso
ajudar.
— Pode ser perigoso para mim na cidade, disse Colin, entrando na sala e
sentando-se em frente a ela.
A visão de seu peito nu a deixou sem fôlego, e ela sentiu seu cérebro
começar a ficar nublado novamente. Tentando pensar logicamente, ela falou:
— Seus pais não colocariam você em perigo; você deveria assumir o trono
algum dia.
58
Apesar de seus esforços, Darby sentiu-se enfraquecer ainda mais. —
Acho que alguns dias não machucariam - ela finalmente disse. — Mas então
você tem que seguir em frente; seus pais começarão a procurá-lo
eventualmente.
O sorriso que se espalhou pelo rosto de Colin não fez nada para acalmar
o desejo que corria através dela, e foi naquele momento que ela soube que
havia cometido um erro. Mas ele estava de pé e fora da sala antes que ela
pudesse dizer que havia mudado de ideia, deixando-a sentada ali imaginando
com o que acabara de concordar.
59
Colin voltou para o quarto, com um enorme sorriso no rosto. Ele deveria
ter se sentido mal com a forma como manipulara Darby, mas funcionou e ela
acabou concordando em deixá-lo ficar, e era isso que importava. Agora ele teria
alguns dias de descanso e relaxamento, para não mencionar uma comida
fantástica antes de enfrentar os pais e a bagunça que ele havia feito da
vida. Ele realmente nunca considerou a possibilidade de que seu irmão
recebesse a coroa, mas quando ele falou em voz alta agora, percebeu que isso
poderia realmente acontecer.
60
lembrar de dizer a Darby pela manhã que ele gostava de lençóis limpos todos
os dias, pensou ele, limpando as migalhas.
Satisfeito que a cama estava o mais limpa possível, ele tirou a calça do
pijama e deitou. Sentindo-se à vontade, passou pelos canais até encontrar um
filme de que gostava e depois se acomodou para uma noite de entretenimento
irracional: seu tipo favorito. Mas ele logo se viu olhando para sala e percebeu
que precisaria de algumas coisas para se sentir confortável.
Roupas seria um bom começo, ele pensou, desejando ter uma caneta e
papel para fazer uma lista para Darby. Percebendo a mesa no canto, ele se
levantou da cama e procurou nas gavetas até achar o que precisava, depois
passou alguns minutos anotando o que queria. Dobrando-o ao meio, ele o
colocou sobre a mesa, depois voltou para a cama e se acomodou durante a
noite.
Graças a sua longa soneca naquela tarde, ele não dormiu até bem depois
da meia-noite, então, quando Darby bateu à porta às seis da manhã seguinte,
ele rosnou e puxou o travesseiro sobre a cabeça. Ela bateu várias vezes e
depois gritou: — O café da manhã é daqui a dez minutos. Se você quiser
comer, sugiro que saia da cama em breve.
— Isso não vai acontecer por aqui, então se você quiser comer, é melhor
você sair da cama. disse ela, então ele ouviu seus passos descendo o corredor.
61
— A cafeteira está lá e há xícaras no armário acima. disse Darby,
quebrando ovos em uma panela.
Colin olhou para a cafeteira e depois para Darby. — Você quer que eu
pegue meu próprio café? - Ele perguntou, um pouco surpreso.
Levou um segundo para entender que, se ele quisesse café, ele mesmo
teria que pegá-lo, então ficou de pé e se arrastou até a cafeteira. Ele encontrou
uma xícara e serviu um café, mas parou depois de apenas uma polegada estar
na xícara. — Esse não é o tipo de café que eu bebo, o meu é mais leve que
isso, meio cremoso. - ele disse, tomando um gole do material preto na xícara e
fazendo uma careta. — E é doce, esse material é horrível. Você não tem mais
nada?
Darby estava saindo do fogão, com uma frigideira na mão, mas ela
parou e olhou para ele. — Você está brincando? Ela perguntou.
— Não. disse ele, olhando para o copo novamente. — Isso não é nada
parecido com o que eles me trazem em casa.
Ela foi até a mesa, pegou um prato e, habilmente, deslizou os ovos fritos
para fora da panela, depois o colocou de volta no fogão. — Eu acho que você
precisa de um pouco de creme e açúcar - disse ela, seu riso borbulhante na
última palavra. — É assim que o café chega, se você não adicionar nada.
Desta vez, ela não conseguiu parar o riso; veio borbulhando até a
superfície, e logo ela estava rindo completamente dele. — Você é realmente tão
impotente? Ela perguntou quando se acalmou.
Colin estava começando a ficar com raiva. — Não é minha culpa que eu
nunca tenha preparado meu próprio café, disse ele.
62
Darby o estudou por um segundo. — Não, talvez não, mas é muito triste
que um homem crescido não consiga nem se servir de uma xícara de café,
disse ela. — Sente-se, e eu vou preparar desta vez.
Ele abriu a boca só para fechá-la, mas percebeu que ela estava certa. Ele
nunca em toda a sua vida se serviu de uma xícara de café, muito menos
preparou uma. Sua raiva se dissipou, substituída por um sentimento que ele
raramente sentia: vergonha. — Eu posso fazer isso sozinho, se você me disser
como. disse ele, tentando manter um pouco de dignidade.
Darby sentiu-se mal por ter rido de Colin, mas era impossível não fazê-
lo; a ideia de que ele não podia nem fazer uma xícara de café era tão estranha
que parecia engraçado. Depois que ela lhe mostrou a geladeira e o creme,
pegou o açúcar, voltou para o fogão, com um sorriso no rosto e terminou de
cozinhar os ovos.
Quando os três se sentaram para comer, Colin tomou seu café da manhã
sem nem agradecer, limpou o prato e recostou-se com um suspiro satisfeito. —
Esse foi o melhor café da manhã que já tomei - disse ele. — O que me lembra,
eu tenho algo para você.
Ele se levantou da mesa e seguiu pelo corredor. — O que você acha que
foi tudo isso? — Ela perguntou a Eli, que falou pouco a manhã inteira.
Darby sabia que Eli ainda estava bravo com ela, então ela estendeu a
mão e colocou a mão no braço dele. — É apenas por alguns dias, e então ele
volta ao castelo, disse ela.
— Eu não gosto dele Darby, ele age como se devêssemos servir a ele. -
disse Eli, uma carranca no rosto.
63
— É exatamente o que ele está acostumado, disse ela. — Mas você não
precisa se preocupar. Não vou ficar para servir a ele.
Sua resposta foi interrompida por Colin voltando para a sala. — Isso é
para você, disse ele, colocando um pedaço de papel dobrado na frente dela,
com um grande sorriso no rosto.
Colin olhou dela para Eli, depois sentou-se à mesa, com um olhar de
confusão no rosto. — Eu não entendo, disse ele, claramente chateado que
Darby não estava feliz com sua lista.
— Eu sei que você não sabe, é por isso que vou explicar isso para você
— disse Darby, respirando fundo outra vez. — Aqui no mundo real, todos
trabalhamos para viver; ninguém nós serve ou faz nossas compras.
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— Você quer que eu arranje um emprego? — Ele perguntou, ainda um
pouco confuso.
— Não, mas eu não vou ser sua serva, disse Darby, fazendo uma pausa
para deixar isso claro. — Você terá que se cuidar, e em troca de alojamento e
alimentação, você pode ajudar nos trabalhos da fazenda.
— De onde você acha que todo o dinheiro vem para pagar pela comida
que você come, pelo castelo e por todos aqueles criados, ou pelas roupas que
veste? — perguntou ela, assinalando cada item nos dedos.
Colin balançou a cabeça, mas não disse nada, então ela continuou. —
Pagamos impostos para que você possa viver como você bem quer. Se isso não
é manutenção, não sei o que é.
65
Colin olhou em volta, depois para Darby novamente. — Acho que poderia
encontrar algo para fazer e ajudar — disse ele.
— Você pode começar com a louça, nós cozinhamos você pode limpar —
ela disse, levantando da mesa. —Eu tenho que me preparar para o trabalho.
66
Colin observou Darby desaparecer pelo corredor, imaginando como as
coisas tinham saído tão errado tão rapidamente. Então ele notou Eli olhando
para ele com um olhar de triunfo no rosto. Ele queria atacar o homem, tirar
toda sua frustração, mas sentiu que seria um erro.
Ele conheceu um insulto quando ouviu um, mas ignorou o homem mais
jovem, prometendo a si mesmo que ficaria nu antes de vestir as
roupas. Quando Eli se foi, ele olhou em volta da cozinha, depois caminhou até a
pia e olhou para a pilha de pratos e panelas sujas. Não podia ser tão difícil
limpar alguns pratos, ele decidiu, experimentando a torneira.
Logo, ele tinha uma pia cheia de água e sabão e estava se sentindo
satisfeito consigo mesmo. Mas quando ele girou a torneira para desligá-la, a
água continuava derramando e seu cérebro congelou enquanto observava a
água subir. No momento em que a água corria por cima, as bolhas caíam em
cascata e inundavam o chão da cozinha, Darby entrou na cozinha.
— Oh, meu Deus, o que você está fazendo? — Ela perguntou, girando a
torneira e puxando a tomada ao mesmo tempo.
67
Darby suspirou. — Eu tenho que terminar de me arrumar para o
trabalho; deixe a louça por enquanto - ela disse. — Tem um esfregão no
armário. Você precisa que eu lhe mostre como funciona?
Colin queria recusar, mas percebeu que não podia se dar ao luxo de ser
exigente, então caminhou até a mesa e pegou o jeans e a camisa, tentando
não deixar sua aversão aparecer.
68
— Os campos? — Ele perguntou, sentindo como se tivesse perdido
alguma coisa novamente.
69
se virou para ver então pacotes limpos caídos no chão e, pela primeira vez em
sua vida, sentiu uma sensação de realização.
Agora a lavanda parecia nada comparada ao que ele teria que fazer
dentro do celeiro, e ele quase se virou e se afastou, mas Darby enfiou a cabeça
para fora da porta e o encarou. Relutantemente, ele deu alguns passos à
frente, inspirou profundamente e passou por ela para dentro. Ele podia ouvi-la
rindo atrás dele, mas ele não se importou.
Darby novamente se viu rindo de Colin, que ficou branco como um lençol
e estava tentando respirar através de sua camisa. — Oh, vamos lá, não é tão
ruim, disse ela, passando por ele até o fundo do celeiro. Deixei a porta
aberta, isso vai ajudar um pouco.
Darby não pôde deixar de sorrir para ele. — Eles não se importam se
trabalharmos com eles, disse ela. — Exceto o porco. Não chegue perto dela; ela
está prestes a ter filhotes e está um pouco irritada.
70
até lá e estendeu a mão para acariciar a cabeça do porco, depois puxou a mão
para trás, tentando não rir da expressão de horror no rosto de Colin.
— Eu posso te prometer uma coisa: nunca vou chegar perto dessa coisa,
disse ele, com os olhos arregalados.
— Que tal começarmos com algo um pouco mais fácil? — Ela sugeriu,
caminhando até sua vaca leiteira. — Essa é Mabel; ela nos dá todo o nosso
leite. Ela é realmente muito gentil, e se você lhe der um punhado de feno, ela
ficará feliz em deixar você fazer o que quiser com ela.
Colin olhou para a vaca desconfiado, mas ela apenas ficou olhando para
eles, mastigando a comida. — Ok, o que eu tenho que fazer? — Ele perguntou,
franzindo o nariz com o cheiro que vinha da baia de vaca.
Darby sentiu uma birra chegando, então ela se afastou dele e seguiu Eli
para fora. Quando eles estavam longe o suficiente para que ela soubesse que
eles não podiam ser ouvidos, ela parou Eli. — O que você descobriu?
71
— Ele é quem ele diz que é, bem, o mais próximo que posso dizer de
qualquer maneira, disse Eli, lançando um olhar sujo por cima do ombro para o
celeiro. — A má notícia é que você nos envolveu em algo em que não
deveríamos estar envolvidos, e isso só atrairá a atenção que não queremos.
Darby suspirou, sem saber o que queria ouvir, mas sabendo que não era
isso. — É melhor você me dizer o que ouviu.
— Bem, antes de tudo, ele não estava no desfile, e isso fez as pessoas
conversarem, mas o rei e a rainha divulgaram uma declaração explicando que
ele foi procurar uma noiva, disse Eli. — Mas conversei com algumas pessoas
que ouviram rumores de que o príncipe foi visto pela realeza saindo do castelo
na manhã do desfile a pé, carregando uma única sacola.
Seu coração afundou. — Isso soa exatamente com o que ele me disse,
disse ela. — Eu realmente esperava que não fosse verdade.
Eli deu-lhe um olhar estranho. — O que você prefere que ele seja um
cara louco que pensa que é o príncipe? O que há de errado com você, Darby?
— Você precisa se livrar dele antes que seus problemas batam à sua
porta. Príncipe ou não, ele é uma má ideia Darby, disse Eli.
— Prometi a ele que ele poderia ficar por alguns dias, disse ela. —
Alguém está procurando por ele?
Eli deu de ombros. — Eu não sei. Hoje não encontrei nenhum dos meus
amigos na guarda. Mas mesmo que não estejam procurando por ele agora, em
breve estarão. Um príncipe não pode simplesmente desaparecer.
Darby sabia que ele estava certo, mas ela não conseguiu mandar Colin
embora. — Eu prometi Eli, disse ela. — É melhor eu voltar para o celeiro; ele
pode deixar a vaca sair ou algo assim.
72
— Você está cometendo um erro, Darby, um erro que pode nos
machucar, disse ele, depois se virou e se afastou.
Havia uma pequena parte de Darby que sabia que ele estava certo, mas
ela empurrou esse pensamento para o fundo de sua mente e voltou para o
celeiro. Ela não podia simplesmente deixar Colin de fora. Ela concordou em
deixá-lo ficar, e ela não quebraria sua palavra. Se lá no fundo, havia uma
pequena parte dela que não queria que ele fosse embora, uma parte que era
atraída por ele, ela fingiu que não estava lá.
73
Em primeiro lugar, Colin se sentiu tolo por ser pego conversando com a
vaca, mas depois viu o desejo florescer nos olhos de Darby e seu corpo
respondeu com uma explosão de prazer. Isso foi o suficiente para restaurar um
pouco de sua confiança muito esgotada, e ele lhe lançou um sorriso, depois
voltou a sussurrar para Mable. Pelo canto do olho, ele a viu lutar para recuperar
o fôlego, o rosto ficando cor de rosa que ele tanto amava.
Ele se perguntou o que estava passando pela mente dela, esperava que
fosse a mesma coisa que passava pela dele, então quase riu vendo que ela mal
podia falar. Satisfeito com seu efeito sobre Darby, ele silenciosamente a seguiu
para fora do celeiro e de volta para o que parecia uma pequena casa. Já
planejando sua sedução, ele não estava preparado para a visão que o
cumprimentou quando entrou.
74
Quando ela enfiou a mão embaixo da galinha, ela arrepiou suas penas,
mas não se mexeu. — Se vamos ter ovos de manhã, precisamos pegar alguns,
disse ela, estendendo a mão e segurando um ovo. — Eu não faço isso há
alguns dias, então deve haver pelo menos uma dúzia. Quando terminar, encha
o balde e espalhe na frente.
Colin olhou para o ovo, depois olhou para o balde ao lado de uma
grande caixa de comida. — Elas mordem? — Ele perguntou, recuando quando
uma das galinhas ao lado dele sacudiu suas penas.
— É mais como um selinho, e não dói tanto.— disse ela, sorrindo para
ele. Quando ele não se mexeu, ela disse: — Ok, então eu vou deixar você aqui,
vou entrar e começar o jantar.
Darby sorriu para ele; os olhos dela brilhavam de tanto rir, e então ela
explodiu em risos, e seu corpo respondeu com uma explosão de desejo. — Elas
melhoram quando você as conhece, ela finalmente disse quando sua risada
desapareceu. — Se isso ajuda, estamos comendo frango frito no jantar.
75
atravessou a sala em dois passos gigantescos, agarrou-a e virou-a, depois
abaixou a boca na dela.
Ela tentou se afastar dele, mas ele passou os dedos pelos cabelos dela e
a segurou até que, com um suspiro, ela colocou os braços em volta do pescoço
dele e abriu a boca para ele. Ele a beijou, provando e provocando, fazendo-a
gemer profundamente em sua garganta, e seus mamilos endurecerem
pressionados contra seu peito. Quando ela o afastou pela segunda vez, ele
relutantemente a deixou ir.
— Não, mas um banho frio pode não ser uma má ideia, disse ela. — Eu
disse que não iria dormir com você e não vou.
— Vamos ver isso, disse ele. — E só para você saber, um banho frio não
ajuda, há apenas uma coisa que resolve.
O rosto de Darby ficou rosa, e foi à vez dele de rir dela. —Você é
realmente inocente? — Ele perguntou, dando um beijo no nariz dela.
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esperando que uma boa refeição o ajudasse a clarear a cabeça. Mas quando ele
viu Darby, o sentimento estava de volta e ainda mais intenso do que antes.
— Eu sei que provavelmente não disse isso, mas obrigado por me deixar
ficar aqui, disse ele, sentindo-se muito melhor por ter dito as palavras.
Ela se virou do fogão e sorriu para ele. — Acho que é a primeira vez que
ouvi você dizer obrigado, é bom ouvir isso, ela disse. — Agora acho que o
jantar está pronto, se você quiser comer.
— E acho que essas são as palavras mais doces que já ouvi, disse ele. —
Posso ajudar a colocar a comida na mesa?
Darby não tinha certeza de que aquele era o mesmo homem que a
beijara apenas alguns minutos atrás, e ela estava cansada de tentar
acompanhar as mudanças de personalidade dele. Sua atração por ele fazia
pouco sentido, mas depois do último beijo, não havia como negar que ele havia
despertado algo nela que nenhum homem jamais havia feito.
Mas ela não podia esquecer que ele era o príncipe, e ela era uma pessoa
comum, qualquer coisa duradoura entre eles era impossível. Seus mundos não
se conectaram e nunca se conectariam. Nenhuma quantidade de paixão ou
mesmo amor poderia mudar isso, assim que as coisas eram em Ballentine. Isso
combinado com o risco de Colin atrair atenção indesejada para a fazenda
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deveria ter sido suficiente para ajudá-la a mandá-lo embora, mas, em vez
disso, ela estava sentada para jantar com ele.
Colin olhou para ela e depois largou o garfo. — Você não viu o jornal na
semana passada? — Ele perguntou, ligeiramente surpreso.
Ela sabia que ele não queria contar, mas esperou que ele saísse. —
Andei nu a cavalo pela Main Street no meio da noite.
Uma foto dele andando pelo centro da cidade nua surgiu em sua cabeça,
e ela não conseguiu parar o riso que borbulhava. — Você realmente gosta de
ficar nua, não é? — Ela perguntou, depois caiu na gargalhada. — Isso deve ter
sido uma primeira página. Agora eu gostaria de ter visto.
Ele sorriu para ela. — Tenho certeza de que isso poderia ser arranjado,
mas você tem a coisa real aqui, disse ele. — Eu ficaria feliz em tirar a roupa
para você quando quiser.
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estou pronto para governar, que sou um pirralho mimado que não aprecia o
que tem, disse ele. — Estou começando a ver que eles podem estar certos.
Darby sentiu seu coração se abrir para o homem sentado à sua frente,
que foi claramente atingido por suas próprias palavras. Ela estendeu a mão e
deu um tapinha no braço dele. — Aposto que eles ficariam felizes em ouvir
você dizer isso, disse ela.
Ele olhou para ela, seus olhos brilhando com a umidade, e ela tinha
certeza de que ele ia dizer mais, mas, em vez disso, olhou para o jantar. —
Chega de falar de mim, ele disse. — Me fale sobre você. Como você acabou
com esta fazenda? Você parece muito jovem para ter tudo isso.
Darby se irritou com as palavras dele, uma reação automática, pois ela
ouviu isso desde que seus pais morreram. — Meus pais foram mortos por um
urso na floresta entre aqui e a cidade quando eu tinha treze anos. Eu trabalhei
duro para manter a fazenda e construir meu negócio, e ninguém vai tirar isso
de mim, disse ela.
Ela sentiu o rubor subir em suas bochechas. — Sinto muito, eu sei que
não era isso que você estava pensando, mas você não acreditaria em quantas
pessoas queriam esta fazenda e até que ponto estavam dispostas a ir para
adquiri-la, disse ela.
— Você não teve uma vida muito fácil, não é? — Ele perguntou, seus
olhos se enchendo de compaixão.
Levou um segundo para responder. — Não tem sido fácil, mas não estou
sozinha. Eu tive minha avó até o ano passado, e Eli está lá quase desde o
início, disse ela.
Ela poderia ter lhe contado sobre a ajuda que seu pai havia lhe dado,
mas ainda não estava pronta para compartilhar tanto, ele já devia estar se
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perguntando como ela o curou. Então, como se tivesse lido os pensamentos
dela, ele largou o garfo e a estudou por um longo tempo.
Ela pensou que ele iria protestar, mas ele apenas a encarou por mais um
pouco, depois se levantou. — Acho que vou aceitar a oferta, disse ele. — Estou
muito cansado.
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Colin se afastou de Darby um pouco abalado. Em sua vida protegida, não
houve bem e mal, nem magia negra ou branca, apenas histórias contadas a ele
de batalhas épicas travadas e demônios vencidos. Seus ancestrais proibiram há
muito tempo o uso de magia e bruxaria em Ballentine, mas ele nunca pensou
muito sobre isso, nunca considerou a possibilidade de que ainda existisse.
Darby é uma bruxa, ele pensou, tentando isso em seu cérebro, e não
encontrando medo ou repulsa, apenas um pouco de emoção. Quanto mais ele
deixava a ideia amadurecer em seu cérebro, mais fazia sentido. Isso explicava
seu rubor e timidez em relação ao sexo. Isso explicava como ela salvara a vida
dele, e talvez explicasse sua intensa atração por ela. Chocado por estar
pensando nessas coisas, ele tirou isso da cabeça. Não havia como ela lançar um
feitiço nele.
Mas o pensamento não saiu de sua mente e, ele sonhou naquela noite,
ele representou uma cena após a outra com ela como sua sedutora. Quando
ele acordou de manhã, ele ainda estava excitado e muito frustrado, e levou
vários minutos para perceber que ele estava apenas sonhando. Darby não
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estava brincando com ele, vestido apenas com um sutiã de renda e calcinha a
noite toda, tudo estava em sua mente.
— Bem, bom dia para você também, disse ela, sorrindo para ele.
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— Eu não sou uma bruxa, Colin, disse ela, pousando o garfo. — Eu só
tenho um pouco mais de magia do que a maioria dos Fae.
Ele pegou o prato, foi até a pia e se inclinou para colocá-lo na pia,
sussurrando em seu ouvido. — Talvez eu termine hoje.
Encolhendo os ombros, ele virou a pia. — Acho que vou tentar lavar a
louça novamente enquanto você estiver pronta para o trabalho, disse ele.
Ele sorriu para ela. — Então, teremos o dia inteiro juntos. Eu voto que
voltamos para a cama: sua cama ou a minha, isso não importa para mim.
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Darby se perguntou o que Colin faria se ela concordasse, mas não foi
corajosa o suficiente para sequer brincar. — Não, disse ela em seu lugar.
Ele saiu da pia cheia de água com espuma e olhou para ela. — Alguém
já lhe disse que você não é divertida? — Ele perguntou, mas ela sabia que ele
estava brincando.
— Uma amiga muito boa me diz isso o tempo todo, disse ela, com o
coração disparado no peito.
— Vamos ver se podemos fazer algo sobre isso, disse Colin, balançando
as sobrancelhas para ela. — Você sabe que sou especialista em me divertir.
Seu corpo zumbia de desejo, ela escapou para o quarto assim que
entraram em casa, precisando de alguns minutos para se recuperar. Mas
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quando ela entrou na cozinha um pouco mais tarde, sua calma foi destruída
quando viu que Colin havia preparado o almoço, com copos altos de chá
gelado.
— São apenas sanduíches, mas eu pensei que era a minha vez—, disse
ele, sorrindo para ela e deslizando para fora de uma cadeira. — Junte-se a
mim.
— Quando encontro algo que quero, não desisto até conseguir, disse ele,
seus olhos fixos nos dela. — E eu sempre consigo o que quero.
Colin continuou comendo enquanto ela estava sentada olhando para ele,
então ele sorriu para ela e perguntou. — Você não está com fome? Tenho
certeza que você tem algo exaustivo planejado para esta tarde, então você
deve comer.
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dele seria a única maneira de sobreviver ao longo do dia, e ela sabia
exatamente como fazer isso acontecer.
— Bem, você gostaria de fazer uma pequena aventura esta tarde? — Ela
perguntou, seu apetite retornando.
Ela quase engasgou com a comida. — Não, não, disse ela, lançando-lhe
um olhar sujo. — Eu pensei que iríamos para a floresta.
Não demorou muito para que Darby percebesse que havia cometido um
erro; em vez de seguir caminhos separados, Colin ficou perto dela. — Isso
funciona melhor se procurarmos em lugares diferentes, disse ela.
— Desculpe, disse ela corando. — Eu esqueci que você nunca fez isso.
Colin sorriu para ela. — Mas estou mais do que disposto a aprender com
uma professora tão bonita quanto você.
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— Tudo bem então, madeira podre, disse ele, indo para as árvores.
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Colin podia sentir o desejo irradiando de Darby e sabia que não
demoraria muito para enviá-la além do limite, mas algo o deteve, e ele não
sabia por que. Ele a queria mais do que jamais desejara outra mulher, mas isso
não parecia suficiente, ele queria mais. Então o atingiu como um raio. Não era
apenas o prazer que o corpo de Darby daria a ele o que ele queria, era a
própria Darby.
Chocado, ele deu alguns passos para trás, sem saber o que fazer com
essa nova revelação em seu cérebro já lotado. — Você está bem? — Ela
perguntou, trazendo-o de volta ao momento.
Darby riu. — Não, é apenas boa sorte, disse ela, curvando-se e cortando
o fungo tenro. — Estes são seus.
Colin olhou para os cogumelos. Não maiores que uma moeda pequena,
eles pesavam quase nada e pareciam pouco apetitosos. — O que fazemos com
eles agora? — Ele perguntou, inclinando-se para cheirá-los.
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— Ummm, eles ajudam os homens, hummm, você sabe, disse ela, suas
bochechas ficando ainda mais rosadas.
Ela respirou fundo e gemeu em sua boca, fazendo seu corpo palpitar de
prazer. Com um movimento que ele usou mais de uma vez, ele deslizou os
seios para fora do sutiã de renda, cobrindo-os com um movimento do polegar,
depois apertou suavemente os mamilos duros entre o polegar e o dedo. Ele
sentiu os joelhos dela dobrarem e estava prestes a abaixá-la no chão quando
um trovão sacudiu as árvores ao redor deles.
Ele a pegou nos braços. — Isso pode ser mais rápido, disse ele, mas
estou feliz por ter esse efeito em você.
Ela abriu a boca para negar, mas fechou novamente, e ele caiu na
gargalhada.
— Quando você vai parar de lutar contra o que deveria ser? — Ele
perguntou.
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Outro trovão lembrou que eles precisavam sair da tempestade. —
Podemos guardar essa discussão para mais tarde, disse ele, seguindo para a
trilha, Darby silenciosa a sua frente.
Mas quando eles saíram das árvores, a visão que os recebeu o fez parar
e derrubá-la. O porto estava cheio de nuvens raivosas que giravam sobre a
água e o transformavam em ondas maiores do que as que ele já vira. O vento
começou a soprar enquanto eles estavam lá e então à chuva começou,
empurrando lençóis que os embebiam instantaneamente.
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Uma pausa no vento finalmente permitiu que ela fechasse o outro lado,
e ele rapidamente deslizou a barra no lugar no momento em que o vento voltou
à vida, abrindo as portas novamente. Elas sacudiram, mas seguraram, e ele
estava voltando para casa quando viu Darby correndo em direção ao
galinheiro. Ele tentou gritar para ela voltar para casa, mas a tempestade rugia
ao redor deles, e suas palavras se desvaneceram em nada assim que saíram de
sua boca.
— Não vou mais lá fora, e você também não, disse Colin, olhando ao
redor do celeiro.
— Não, acho que estamos presos aqui por enquanto. Espero que isso
não dure muito mais tempo, ela disse, tremendo agora que o perigo havia
passado.
Colin foi até onde estava e apontou para uma escada no canto. — Para
onde isso leva? — Ele perguntou, tirando o paletó e torcendo a água.
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Os dentes de Darby começaram a bater, mas ela conseguiu dizer: — O
palheiro e um quartinho que costumávamos usar para armazenamento. Eli
consertou tudo e uma vez e ficou lá por um verão.
— Vamos lá, vai ser mais quente lá em cima, disse ele, abraçando-a e
levando-a para a escada. — Se tivermos sorte, ele deixou algo para trás.
Ela conseguiu sorrir, mesmo com os dentes batendo. — Eli ama sua essa
comida lixo, era provavelmente um esconderijo que ele se esqueceu de
esvaziar.
— Você tem que tirar essas roupas, disse ele, desdobrando um dos
cobertores. — Você precisa da minha ajuda?
Não foi fácil remover suas roupas encharcadas rapidamente, mas ela se
apressou, com medo, a qualquer momento, que ele se virasse. Mas, em vez
disso, ele começou a tirar as próprias roupas molhadas e, por um segundo,
tudo o que ela pôde fazer foi assistir enquanto ele tirava a camisa. A visão de
suas costas musculosas foi quase sua ruína, e a lembrança dele carregando-a
pela floresta como se ela não pesasse nada despertou algo primordial dentro
dela.
Quando ele pegou o botão da calça, ela deveria ter se virado, mas ao
invés disso, ela assistiu enquanto ele deslizava o tecido molhado de seu corpo,
uma polegada de cada vez. A respiração dela ficou presa na garganta quando
ele se virou, sua masculinidade já ereta, e o cobertor que ela estava segurando
caiu no chão em uma pilha.
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Ela estremeceu, mas não pelo frio, depois deu um pequeno passo em
sua direção, depois outro. — Você nunca vai se aquecer a menos que tire tudo,
Darby, disse ele, sua voz suave e gentil.
Congelada no lugar, tudo o que ela podia fazer era assistir enquanto ele
se aproximava o desejo em seus olhos fazendo seu corpo palpitar. Ele andou
atrás dela, depois se inclinou e sussurrou. — Você gostaria que eu ajudasse?
Ele a beijou pelas costas dela, deslizando a calcinha pelas pernas, depois
a cutucou para se afastar da poça de renda. Quando ele se levantou, ele
deslizou as mãos pelas pernas dela, sobre os quadris e segurou os seios com as
mãos novamente, fazendo seus joelhos tremerem e o prazer correr sobre
ela. Ela se recostou contra ele, certa de que cairia no chão quando ele
provocou seus mamilos e mordeu seu pescoço.
Ela se inclinou contra ele, miando com prazer, subindo a alturas que
nunca imaginara serem possíveis até que, com uma explosão final, ela caiu
sobre a borda, seu corpo tremendo nos braços dele. Eles ficaram ali abraçados
juntos, seu peito quente pressionado contra suas costas, seu braço a
segurando até que ela parou de tremer, então ele a pegou nos braços e a
93
carregou pelo pequeno corredor até o pequeno quarto na parte de trás do
celeiro.
Pela janela, ela podia ver que a tempestade ainda estava furiosa, mas
estava quente e confortável nos braços de Colin, e não parecia mais
assustadora. Quando ele a deitou na cama, levantou-se e deixou os olhos
percorrerem cada centímetro do corpo dela, ela se sentiu corar e Colin riu.
— Você é ainda mais bonita quando cora, disse ele, deitando-se ao lado
dela.
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Colin palpitava com a necessidade, tanto fisicamente quanto em sua
alma, e sabia que apenas Darby poderia satisfazer essa necessidade. O corpo
dela era macio e quente, e dele para fazer o que quisesse, e ele estava mais do
que pronto para mergulhar na recompensa que ela tinha para oferecer, mas
primeiro, ele queria levá-la ao auge da paixão.
— Abra suas pernas para mim, querida, ele sussurrou em seu ouvido.
Ele a ouviu chupar uma respiração rápida, então ela afastou as pernas,
gemendo quando ele provocou primeiro um mamilo e depois o outro enquanto
mordiscava seu pescoço. Deslizando a mão entre as pernas abertas, ele não
pôde deixar de gemer quando a sentiu escorregadia e úmida, imaginando o
momento em que ele poderia finalmente se enterrar dentro dela.
Quando o dedo dele roçou seu centro de prazer, ela ofegou e abriu as
pernas para ele ainda mais, e ele não pôde resistir a deslizar entre elas. Ainda
acariciando-a, ele se posicionou na abertura de seu núcleo pulsante, depois
deslizou lentamente dentro dela. Enquanto ele a enchia polegada por polegada,
seus quadris subiram para encontrar os dele, e com um impulso forte, ele a
encheu, a deliciosa sensação do corpo dela o aceitando fez com que ele
gemesse seu nome.
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começou a tremer, ele se dirigiu a ela com um impulso final e deixou o
esquecimento tomar os dois.
Ele caiu em cima dela, não querendo se mexer até que precisasse, a
sensação do corpo dela ainda o embalava, mantendo-o suspenso em uma
nuvem de prazer. Um suspiro enorme de Darby o fez perceber que ele
provavelmente a estava esmagando, então ele se tirou e a abraçou. Ela
estremeceu um pouco, e arrepios imediatamente apareceram em sua pele,
então ele os cobriu com o cobertor que havia deixado para trás mais cedo.
Ela se aconchegou nos braços dele, depois olhou para ele. — Você
deixou isso aqui de propósito, disse ela, puxando o cobertor.
Colin sorriu para ela. — Bem, nunca é demais estar preparado, disse ele.
Ela deu um tapa nele. — Você tem um pouco de confiança demais para o
seu próprio bem, disse ela, mas se acomodou nos braços dele novamente.
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— Provavelmente é apenas Eli, mas não seria bom ser pegos assim,
disse Darby, batendo a porta da frente e indo para o quarto dela.
Ele a agarrou antes que ela pudesse ir longe, e a beijou até derreter em
seus braços, depois a soltou. — Vou começar o café, disse ele, sorrindo para
ela.
— Pensei que fosse Eli, ela disse, mas é um dos guardas. Eu o conheço,
mas ele não deveria vir aqui por mais algumas semanas. Você acha que ele
está procurando por você?
— Oi, Darby, disse o homem mais velho. — Sinto muito incomodá-la tão
cedo, mas tenho muitos lugares para visitar hoje.
— Você não quer tomar um café? — Ela perguntou quando ele não
entrou.
Ele balançou sua cabeça. — Hoje não posso. Estou aqui nos negócios
oficiais. Você vai sair comigo?
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Colin não gostou do jeito que aquilo estava acontecendo, então ele se
aproximou.
Quando ela olhou para o porto, ela só podia olhar sem ter certeza de
que estava olhando para a mesma vista que tinha visto todos os dias de sua
vida. — Oh não, o píer desapareceu completamente, disse ela, cobrindo a boca
com a mão.
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— Provavelmente milhas para o mar com o resto das docas, disse
Michael, balançando a cabeça. — Há também um navio lá fora, aquele que leva
todo o suprimento de comida para os guardas.
Darby se virou e olhou para ele, sabendo o que aquilo significava, mas
preocupada com a loja perguntou. — O que aconteceu com a Main
Street? Minha loja?
— Está tudo bem, disse Michael. — As ondas não subiram tão longe.
Ela suspirou aliviada, novamente feliz por ter conseguido um lugar mais
alto na cidade. Mas então Michael disse: — Darby vou precisar das suas
galinhas. Eu sei que você tem um monte, e o rei e a rainha ordenaram que
todos contribuíssem para alimentar os guardas.
— Eu sei, Darby, mas também sei que você tem muitos outros animais
naquele celeiro. As galinhas são uma pequena parte do que você tem e os
guardas precisam comer, disse ele. — Eu tenho que levá-las.
Por alguns minutos, ela só pôde olhar para o porto, as ondas batendo
benignamente contra o que restava do píer e se perguntar como uma
tempestade poderia arruinar todos os seus planos cuidadosamente planejados
para o verão. Levaria semanas para reparar o dano; isso significava que não
haveriam barcos turísticos, nem renda, nem novo galpão de secagem e,
definitivamente, não havia dinheiro para substituir as galinhas.
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Colin se aproximou dela enquanto caminhava para o celeiro. — Você vai
deixá-lo levá-las depois que trabalhamos tanto para salvá-las ontem? — Ele
perguntou, chocado que essa mulher ardente estivesse cedendo tão facilmente.
Isso deu a ela algo para fazer, mas ainda era difícil entregar a maior
parte de seu rebanho. — Não parece justo, disse Colin, com um olhar
preocupado ao ver a carroça desaparecer por entre as árvores. — Isso
acontece muito?
Darby deu de ombros. — Isso não é tão comum, mas alguém sempre
aparece para recolher impostos, dinheiro de proteção, doações para os
guardas, você escolhe, nós pagamos. Eu não quero mais falar sobre isso; isso
só me deixa louca.
Ela começou a andar pelo celeiro, planejando ver o que poderia fazer
para consertá-lo, para que as poucas galinhas que restassem tivessem um lugar
para se esconder, mas Colin a alcançou. — Espere, eu quero falar sobre isso,
disse ele. — Eu quero entender.
Não era uma conversa que ela queria ter com ele. Apenas a lembrou que
ele iria embora logo e levaria um pedaço do coração dela. — Você não vai
querer ouvir o que tenho a dizer, disse ela, depois esperou. — Ok, vamos
começar com impostos, que são cerca de dez por cento da nossa renda, todos
pagamos para que você e sua família morem no castelo, comerem comida
sofisticada e estabelecerem regras para todos nós. Algum de vocês já trabalhou
um dia em suas vidas? Você contribui com alguma coisa para a cidade?
100
Colin deu um passo para trás, claramente surpreso por suas palavras,
mas agora que começara, era impossível parar. — Depois, há os guardas que
precisam de dinheiro além do que já lhes pagamos para fazer seu trabalho, que
consiste principalmente em ter uma boa aparência com seus uniformes e
direcionar turistas pela cidade. Você já esteve no lado ruim da cidade. Você viu
algum guarda lá embaixo?
— Darby, disse ele. — Não pode ser tão ruim assim. Meus pais
realmente se importam com a cidade e as pessoas, essa é uma das razões
pelas quais me expulsaram.
101
Colin observou Darby se afastar, as palavras ecoando na cabeça dele,
depois correu para alcançá-la. — Onde você está indo? Ele perguntou.
Quando ela saiu alguns minutos depois, vestindo jeans e camiseta, ele
percebeu que ela ainda estava chateada e a puxou para seus braços. — Sinto
muito, Darby, disse ele. — Sinto muito que as galinhas se foram, desculpe as
coisas serem tão injustas, mas prometo que vou tentar mudar isso.
Ele sorriu para ela. — Acho que meus pais receberam mais do que
esperavam quando me mandaram embora. Eu não acho que eles perceberam
que eu encontraria uma Fae que finalmente abriria meus olhos e me faria ver a
realidade do meu mundo.
102
Ela foi até a porta, mas ele a agarrou e a deteve. — Espere, o que
aconteceu? Ele perguntou. — Você estava tão feliz apenas a minuto atrás.
Ele a puxou para seus braços, a verdade de suas palavras muito óbvia
para ignorar. Eu não quero deixar você, disse ele, olhando para ela. — Eu
quero que nós fiquemos juntos.
Ele ficou tentado a pedir mais uma noite, mas sabia que isso apenas
prolongaria a dor. — Eu gostaria que pudesse ser diferente, disse ele, em
seguida a segurou com força nos braços por um longo tempo.
103
varrendo vidros quebrados e retirando detritos. Mas mal fez diferença, e Colin
sabia que demoraria muito tempo para recuperar a cidade da tempestade.
Colin foi para a casa, mas Darby agarrou seu braço. — Deixe estar, disse
ela. — Você não é o príncipe agora.
Quando eles saíram na Main Street, ele estava tão perdido em seus
pensamentos que não viu Darby quando ela parou, e os dois quase caíram no
chão. — Desculpe, eu não estava prestando atenção, disse ele.
— Mas olha, ele disse. — Main Street está bem. Por que você não me
mostra sua loja?
104
chegaram à porta da frente de sua loja, ela parou e procurou a chave no bolso
e abriu a porta. Ele entrou e respirou fundo, depois olhou em volta, encantado
com o que viu.
Darby corou, e o desejo correu através dele, então ele a puxou em seus
braços e a beijou. Ela derreteu em seus braços, e logo o mundo ao seu redor se
transformou em nada, e tudo o que importava eram os dois.
Darby teria acabado fazendo algo nos fundos de sua loja que ela nunca
pensou que faria se Fiona não tivesse entrado apenas alguns minutos
depois. Ela tropeçou neles na sala dos fundos, Darby sentada em sua mesa
com as pernas em torno de Colin, mas, felizmente, eles ainda estavam
vestidos. O pequeno grito que ela soltou quando os viu fez Colin pular e se
afastar de Darby, que ficou vermelha e rapidamente pulou da mesa.
— É por isso que você ficou em casa trabalhando, disse Fiona. — Darby,
quem é esse cara? Onde você o conheceu? Isso não parece nada como você.
105
Ela suspirou. — Eu sei, e prometo que vou explicar mais tarde, mas ele
tem que ir para casa hoje e só temos mais algumas horas juntos.
Quando ela voltou ao depósito, Colin ainda estava sorrindo. — Deve ter
sido Fiona, disse ele.
— Acho que você não quer continuar de onde fomos tão rudemente
interrompidos, disse ele, com um sorriso bobo no rosto.
Eles andaram o mais longe que podiam pela doca, depois pararam e
olharam os danos que a tempestade causara, e ela estremeceu novamente. Ele
olhou para ela. — Está com frio?
106
— O que você quer dizer? O que você viu? Ele perguntou, puxando-a
contra ele novamente.
— Mas isso não é possível, disse Colin. — Existem regras e outras coisas
para impedir que isso aconteça. Ela olhou para ele. — Eu sei o que senti, Colin,
e isso voltará repetidamente até que não haja mais nada.
Ele pulou. — Temos que contar aos meus pais, disse ele.
Ela o puxou de volta para o banco. — Nós não podemos fazer isso,
Colin. Eles não vão acreditar em mim, e se o fizerem, então o que? Eles vão
pensar que sou uma bruxa.
— Mas você não é uma bruxa má; você é uma boa bruxa - ele disse. —
Eles vão te ouvir. Eu sei que eles vão.
Colin recostou-se no banco, depois olhou para ela e sorriu. — Acho que
isso significa que não preciso ir para casa hoje, afinal.
Darby deu um tapa nele, mas seu coração estava disparado; coração
partido ou não, ela teria mais uma noite com ele. Quando ele a abraçou, ela
sabia o que estava por vir e se inclinou para o beijo, deixando a paixão entre
eles brilhar para a vida. Mas foram apenas alguns minutos antes de serem
interrompidos pelo som de vozes.
— Acho que devemos ir para casa, disse ela, mas Colin colocou um dedo
nos lábios.
107
Não demorou muito para que dois homens aparecessem. Colin ficou
tenso ao lado dela e apontou para o da esquerda. — Esse é o conselheiro-chefe
do meu pai, Samuel, mas eu não sei quem é o outro homem, ele sussurrou.
Ela lutou para manter Colin no banco, mas ele a deixou segurá-lo ali,
seus músculos apertando e soltando. Ela o abraçou e a abraçou com força até
os homens se virarem e se afastarem, o homem que Colin chamara de Samuel
irradiando maldade enquanto passava.
108
Colin estava andando pela cozinha enquanto Darby fazia o jantar, com a
mente cheia de tanta raiva que não conseguia pensar com clareza. Samuel
estava com o pai desde que conseguia se lembrar e sempre parecia ser o mais
leal e confiável de seus conselheiros. Mas o que ele viu hoje destruiu esse mito
e mostrou que ele era o que ele realmente era: um traidor não apenas para a
família real, mas para todos em Ballentine.
O governo de Seelie poderia não ter sido perfeito, como ele havia
aprendido recentemente, mas os Unseelie eram Fae brutais que destruiriam
Ballentine enquanto destruíam tudo o que tocavam. Pensar que Samuel se
juntara a eles o deixava enjoado, e queria marchar até o castelo e confrontá-lo,
mas sabia que seu pai nunca ouviria.
— Venha comer alguma coisa. Talvez isso ajude. - disse ela, colocando
os pratos na mesa. — Este é o último frango, por isso é melhor aproveitarmos.
Colin pegou o pedaço de frango frito e deu uma mordida, pensando que
tinha um sabor ainda melhor no segundo dia. — Meu irmão adoraria esta
galinha, disse ele, lembrando como eles brigavam por frango frito quando eram
crianças.
109
— Ele vai me ouvir, disse ele. — Ele nunca gostou de Samuel. Amanhã
vou ao castelo e falo com ele; ele vai me ajudar a expô-lo, e não precisarei
contar a ele sobre você.
Ela o abraçou e o abraçou com força por um longo tempo, depois olhou
para ele. — Mas ainda temos esta noite, disse ela.
Ele a pegou nos braços e foi para o quarto dela, o jantar esquecido na
mesa. Quando eles finalmente emergiram da névoa cheia de paixão, Colin
estava deitado com a cabeça de Darby no peito e se imaginou em seu próprio
quarto na noite seguinte sem ela. Foi um choque perceber que ele nem
pensava em voltar para casa há dias, na verdade se acostumara à sua vida
longe dos mimos de uma vida real.
Foi quando ele começou a imaginar uma Ballentine onde não importava
se ela era comum ou real, o amor deles seria tudo do que eles precisavam. Ele
adormeceu pensando na vida com Darby e prometeu a si mesmo que voltaria
para ela, mesmo que isso significasse deixar à coroa para trás.
110
O guarda, que estava meio adormecido, olhou para ele, depois para as
roupas e riu. Essa é boa, amigo, mas não vai funcionar, disse ele. — Você não
é o primeiro a experimentar essa coisa do amanhecer e nem se parece com o
príncipe. Eu o conheço e você não é ele.
Colin só podia olhar para ele, com a boca aberta. — Eu realmente sou o
príncipe, disse ele, mas com pouca convicção.
— Pensei que você já tivesse ido embora, disse ela, depois viu o olhar no
rosto dele e sentou-se. — O que aconteceu?
Ele olhou para ela, uma pontada de desejo passando por ele ao ver seus
cabelos desgrenhados e o cobertor cobrindo apenas um seio. — Acho que
alguém está nos mantendo juntos, disse ele, depois a puxou para baixo dele.
— Eles não me deixaram entrar, disse ele, sorrindo para ela. — Não
tenho certeza do que fazer agora.
— Tenho certeza que você vai descobrir alguma coisa, disse ela,
atravessando o quarto até a porta. — Café?
111
Ele não respondeu a princípio, o começo de uma ideia nadando em sua
cabeça. Então ele se sentou na cama e perguntou: — Você tem um vestido
formal?
— Relaxe, eles não vão tentar recrutá-la, disse ele. — Eles são apenas
Fae como você.
— Eu nunca estive dentro de uma casa como esta, disse ela, segurando
um pouco.
— Como você conhece Ruby, afinal? Ela perguntou, depois desejou não
saber. — Deixa pra lá.
Darby sabia que ela não tinha o direito de ficar com ciúmes, mas de
qualquer maneira era a vida, deixando-a ligeiramente irritada. Quando a
campainha não foi atendida imediatamente, ela tentou puxá-lo da varanda. —
Eu não acho que alguém esteja em casa.
112
— Apenas relaxe, Darby; vai ficar tudo bem - ele disse, puxando-a de
volta para perto dele.
A porta foi finalmente aberta por uma velha cujo rosto se iluminou
quando viu Colin.
— Príncipe Colin, o que você está fazendo aqui? Ruby ficará muito feliz
em vê-lo - ela disse. — Entre, entre.
— Oh, você trouxe uma convidada com você, disse Patrice. — Você está
querendo um quarto então?
Darby ofegou, chocada que a velha pensasse que ela estava aqui para
conseguir um emprego, mas Colin colocou o braço em volta dos ombros dela e
a puxou para ele. — Patrice, não estamos aqui por nenhuma dessas
razões, você poderia chamar a Srta. Ruby?
Apenas alguns minutos depois, uma bela loira Fae mais velha entrou
varrendo a sala e o abraçou. Então se afastou e olhou para Darby. — Ela não é
o que eu esperava, mas já era hora de você crescer, Colin. É uma pena que ela
não seja da realeza. O que você vai fazer sobre isso? É por isso que você está
aqui para me ver?
Colin riu e Darby tentou sorrir, mas a mulher a dominou. — É bom ver
você também, Ruby, disse ele. — Estou aqui para obter sua ajuda, mas não é
bem o que você está pensando.
113
Meia hora depois, Darby estava deixando Ruby empurrá-la em outro
vestido, imaginando se algum dia encontrariam o certo. Ela ainda não tinha
certeza se gostava do plano de Colin ou se poderia executá-lo, mas estava
disposta a pelo menos tentar.
114
— Vamos experimentar primeiro, Ruby disse, deslizando o vestido sobre
a cabeça de Darby, depois recuando.
— Era seu o tempo todo. Eu simplesmente não sabia. - Ruby disse, com
um grande sorriso no rosto. Ela estendeu a mão e afastou os cabelos de Darby
do pescoço. — Você será a belle da noite, e Colin não saberá o que o atingiu
quando te vir neste vestido.
Ruby virou as costas para o espelho. — Olhe para você; você não é
apenas inteligente, mas também bonita. Tenha um pouco de fé em si mesma e
em Colin. Vá a essa festa hoje à noite e seja você mesma, e pelo amor de
Deus, divirta-se.
— Ninguém nunca vai descobrir por mim que há mais do que sangue Fae
correndo em suas veias, disse Ruby. — Agora, vamos ver o que podemos fazer
com todo esse cabelo.
115
Colin esperou impaciente que Darby chegasse ao castelo; o bigode
colado ao lábio coçava e suas roupas ridículas eram de um tamanho pequeno
demais. Ele só queria entrar, encontrar o irmão e voltar à multidão, mas pelos
olhares que estava recebendo, isso não seria fácil. No instante em que
começou a pensar que Darby tinha decidido não vir, ele viu uma carruagem
subir a longa estrada e voltou a caminhar.
— Você está incrível, disse ele, engolindo várias vezes quando ela sorriu
para ele, e suas bochechas ficaram rosadas.
— Ruby disse que este era o vestido perfeito, mas... — Suas palavras
foram cortadas quando ele a puxou em seus braços e a beijou.
Quando ele a soltou, ela ficou um pouco vacilante, mas ele colocou seu
braço no dele e disse: — Agora estamos prontos, depois a levou pelas escadas.
116
Colin queria rir, mas, em vez disso, levou-os por um longo corredor
alinhado com criados para o salão principal. — Não vai estar muito cheio lá,
mas não se separe de mim, ele sussurrou enquanto eles passavam pelas
grandes portas.
Então ele viu seu irmão no bar do outro lado da sala e mudou
abruptamente de direção, puxando Darby para a pista de dança lotada. — Ele
está no bar, ele sussurrou.
Eles dançaram pelo salão, voltaram para a multidão e foram até onde
Jamison estava conversando com outro homem. Colin se aproximou dele,
esperou o outro homem sair, depois estendeu a mão e disse. — Sou o coronel
Forkington. Não acredito que nos conhecemos.
Colin assentiu e seguiu o irmão pela porta dos fundos para o salão de
baile e pelo corredor até uma pequena biblioteca onde costumavam brincar
quando meninos. Assim que a porta foi fechada e trancada atrás deles, ele
abraçou Colin.
— O que você está fazendo aqui vestido assim? Esse é outro dos seus
jogos? Porque mamãe e papai não vão ficar felizes quando descobrirem que
você está aqui. ele disse. — Você tem alguma ideia de como eles ficaram
bravos depois que Samuel lhes mostrou a conta que o hotel enviou aqui?
117
— Eu tive que me esgueirar aqui porque os guardas não me deixam
entrar, disse Colin, depois percebeu o que seu irmão havia dito. — Espere, qual
conta do hotel?
— Não tente me arrastar para a bagunça que você fez, disse Jamison. —
Eu não quero ser parte disso.
Ele olhou para o irmão e depois jogou a única carta que tinha. —
Jamison, eu já menti para você?
Isso congelou o irmão por um segundo. — Não, você não mentiu, ele
finalmente disse.
Seu irmão olhou para ele, cético, mas atravessou a sala e sentou-se em
uma cadeira perto da lareira. Colin o seguiu, puxando Darby atrás dele, e
Jamison a notou pela primeira vez. Ele observou Colin colocá-la em uma
cadeira e depois ergueu as sobrancelhas para Colin.
118
depois que fui esfaqueado com uma faca que foi amaldiçoada com magia
negra.
— É melhor você explicar - disse Jamison, ainda olhando para Darby com
desconfiança.
119
Então, você quer que eu acredite que o consultor mais confiável do nosso pai
está realmente trabalhando para os Unseelie, abrindo caminho para que eles
capturem Ballentine? Isso é demais, Colin.
— Eu sei que parece inacreditável, mas há mais que você não sabe,
disse Colin, levantando-se e fazendo seu irmão parar de andar. — Você sabia
que hoje, em vez de ajudar as pessoas a limparem e recuperar a cidade após a
tempestade, os guardas estavam levando toda a comida dos moradores? Você
sabia que existem lugares em nossa pequena cidade perfeita onde a magia e o
mal são livres? Como você acha que eu consegui isso?
Darby queria entrar, queria contar a ele como era realmente viver em
Ballentine, mas sabia que desta vez não era a luta dela. Jamison se virou e se
afastou dele novamente, pesando suas palavras, depois se virou e olhou para
Colin por um longo tempo.
— O que aconteceu com você lá fora? Eu nunca ouvi você falar assim. É
como se você fosse uma pessoa diferente. - ele finalmente disse.
Colin olhou para Darby. — Encontrei alguém que conseguiu me fazer ver
que há uma cidade inteira cheia de pessoas que passam a vida trabalhando
para que eu possa viver assim, disse ele. — Encontrei alguém que me mostrou
que um dia de trabalho duro pode se sentir melhor do que qualquer outra coisa
no mundo - bem, quase tudo.
120
— Eu simplesmente não sei, Colin; isso é muito para eu lidar agora. Há
uma festa lá fora, e eu deveria estar lá. Alguém vai notar se eu demorar mais -
ele disse.
Colin olhou para ela e ela assentiu. — Há uma pequena fazenda fora da
cidade; basta seguir a estrada principal até chegar a uma bifurcação e pegar a
bifurcação certa, disse Colin.
Mas ir ao castelo esta noite também havia provado a ela de uma vez por
todas que não era um mundo em que ela pertencia. Todo o brilho e glamour,
as joias e os belos vestidos, não fizeram nada por ela. Na verdade, ela sentiu
repulsa pela riqueza tão proeminentemente exibida. Ela nunca sobreviveria no
mundo de Colin, nunca se acostumaria a viver do suor e das lágrimas de outra
pessoa.
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Quando chegaram à fazenda, Darby estava uma bagunça, agradecida
por mais esse tempo com Colin, mas ciente de que essa poderia ser a última
noite deles juntos. Mas por mais feliz que ela estivesse em tê-lo com ela,
vivendo com o conhecimento de que ele a deixaria, logo tornava cada minuto
agridoce. Quando eles pararam na frente da casa, Colin pulou antes que o
motorista pudesse descer e fez um sinal para ele ficar parado, depois a ajudou
a sair.
Darby olhou para ele. — Não, não é isso. Só não consigo parar de pensar
em como será quando você se for - disse ela. — Eu me acostumei a ter você
por perto.
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Colin se abaixou e levantou o queixo de Darby para que ela estivesse
olhando para ele, uma onda de emoção quase roubando as palavras que ele
queria dizer. — Darby, nunca esconda seus sentimentos de mim, disse ele. — O
destino parece pensar que pertencemos um ao outro, e estou começando a
acreditar nisso. Estou me apaixonando por você, Darby, e acho que nunca vou
conseguir me afastar de você.
— Eles precisam do homem que sou quando estou com você, disse ele. -
Nós vamos descobrir uma forma Darby. Está na hora de Ballentine mudar, e
talvez este seja um bom lugar para começar.
— Então vamos morar aqui; isso não importa para mim, ele disse. — Eu
só quero que fiquemos juntos.
— Estou com medo de esperar por algo assim, disse Darby, afastando-se
dele. — É muito perigoso. Meu coração já vai se partir quando você sair.
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— Você me ama? Ele perguntou, sabendo que era um golpe baixo, mas
desesperado para chegar até ela.
Então ele viu a raiva florescer nos olhos dela, e ele sabia que estava tudo
bem. — Sim eu te amo. Como eu não poderia? Você está feliz agora que eu
disse isso? Ela perguntou, sua voz dura. — Mas agora que está aberto, você
deve saber que quando sair, minha vida nunca mais será a mesma. Nunca mais
me sentirei completa. Uma parte de mim partirá com você e sei que nunca
recuperarei essa parte de mim.
Ele não conseguia parar o sorriso enorme que se espalhou por seu
rosto; ele sabia a resposta para sua pergunta, mas ouvir Darby dizer as
palavras fez seu coração disparar de alegria. O tipo de alegria que ele nunca
havia experimentado antes em sua vida e sua cabeça se tornou um pouco
confusa quando a realidade do que eles compartilhavam desceu sobre ele.
124
Lágrimas começaram a cair pelas bochechas de Darby. — Tudo bem,
disse ela.
— Para tudo isso, disse ela, um enorme sorriso se espalhando por seu
rosto.
Colin abriu os braços para ela e ela voou para eles. — Então vamos
começar nossas vidas juntos, disse ele, olhando para baixo e erguendo as
sobrancelhas para ela. — Fiquei me perguntando a noite toda o que está por
baixo desse vestido.
Darby riu e seu rosto ficou vermelho. — Acho que posso ter acabado de
receber minha resposta, mas é melhor verificar apenas para ver por mim
mesmo, disse ele, levantando-a nos braços e carregando-a para o quarto.
Ele a colocou de pé, mas antes que ele pudesse pegar o zíper em seu
vestido, ela o parou. — Você primeiro, disse ela, desabotoando o botão superior
da camisa dele.
Darby apertou cada botão devagar até que a camisa dele se abriu,
depois passou as mãos sobre o peito musculoso, ronronando suavemente na
garganta. O desejo voltou à vida profundamente dentro dele, roubando o
fôlego e fazendo seu coração bater com antecipação, enquanto ela deslizava a
camisa dos ombros e para o chão. Ela pegou o botão da calça dele e ele
respirou fundo, depois soltou o ar lentamente enquanto ela abaixava a calça e
o ajudou a sair dela.
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A luz da lua entrando pela janela iluminava as curvas de seu corpo,
ombro, quadris e a fome dele por ela. Seu corpo latejava, ele esperou que ela
se virasse, que a luz da lua lhe mostrasse o tesouro que lhe pertencia. Ela
estendeu a mão e puxou os alfinetes do cabelo, em seguida, deixou cair em
cascata pelos ombros. Ele gemeu profundamente, imaginando passar as mãos
pela massa sedosa.
Darby soltou uma risada sensual e virou-se para encará-lo, seu corpo
iluminado ao luar era mais do que ele podia aguentar. Fechando a distância
entre eles em apenas alguns passos, ele a abraçou e bateu a boca na dela.
Darby estava jogando um jogo perigoso, e ela sabia disso, mas nunca
sonhara que Colin reagiria do jeito que ele era. Seu beijo foi duro e exigente,
não deixando espaço para duvidar de quão profundamente ele a queria, e isso
a fez se sentir poderosa pela primeira vez em sua vida. Inebriante com o
sentimento e os beijos de Colin, ela de repente se sentiu corajosa, sentiu o
poder que possuía sobre o homem que amava.
Colin enfiou os dedos nos cabelos e segurou enquanto ela usava a boca
para lhe trazer prazer. Seu corpo respondeu aos suspiros e gemidos de prazer
com uma explosão de umidade e um aperto profundo dentro dela que a
surpreendeu e agradou. Quando ele a levantou, poucos minutos depois, uma
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mão ainda emaranhada em seus cabelos, ela estava mais do que pronta para
deixá-lo assumir.
Ele os guiou até a cama, depois inclinou a cabeça para trás e a beijou
até seus joelhos tremerem. Eles caíram na cama, os braços e as pernas
emaranhados, as bocas desesperadas por mais, e Darby se viu em cima de
Colin. Sorrindo para ela, ele disse: — Sabe, há mais de uma maneira de fazer
isso.
Quando ele agarrou seus quadris e a ergueu para que ela estivesse
montada nele, ela ofegou primeiro de surpresa e depois de prazer quando ele a
colocou sobre seu membro latejante. Ele a balançou para frente e para trás,
esfregando-se em sua ponta inchada, e seu corpo explodiu de prazer. Onda
após onda que se construiu até que, com uma explosão final, ela caiu sobre a
borda.
Ofegando o nome dele quando seu corpo ficou tenso, pronto para entrar
no esquecimento que Colin podia inspirar, ela parou de respirar por um
segundo quando ele alcançou entre eles. Quando o dedo dele deslizou pelo
centro de prazer dela, e ele se meteu nela ao mesmo tempo, ela quebrou em
um milhão de pedaços.
127
Mais tarde, enquanto estavam deitados na cama, às estrelas eram a
única luz no quarto, Darby fez a única pergunta que ela tinha medo de fazer. —
O que acontecerá com Ballentine se Samuel vencer? O que vai acontecer
conosco?
Darby sabia que havia chegado a hora de mostrar a ele o último de seus
segredos.
— Quero mostrar uma coisa para você, mas teremos que sair, disse ela.
Ela assentiu e saiu da cama. — Tem que ser de noite. Acho que ainda
temos tempo suficiente se nos apressarmos.
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incríveis para acalmar e curar, além disso, usada corretamente, têm um poder
de cura mais forte do que qualquer outra coisa na Terra. Colin torceu a flor em
seu dedo, depois a cheirou e sorriu. — E cheira bem, disse ele. — Foi assim que
você me curou.
Ela olhou para ele. — Eu amo você, Colin, e não quero nenhum segredo
entre nós.
129
Quando Darby começou a tremer no ar frio da noite, ele a conduziu
gentilmente para fora do jardim e de volta para a casa. Tinha sido uma longa
noite, e tudo o que ele queria fazer era aconchegar-se sob as cobertas com a
mulher que ele havia prometido sua vida. Mas parecia que algo estava faltando,
como se ele tivesse esquecido algo importante, e então o atingiu. Ele subiu na
cama com Darby, puxou-a para seus braços e fez planos para a manhã,
esperando que ele acordasse antes dela.
Mas não foi o sol que o acordou pela manhã. Era o som de um porco
gritando no celeiro. Darby estava fora da cama antes que ele pudesse
processar qual era o som. — Algo está errado com a porca, disse ela, vestindo
uma túnica e desaparecendo pela porta.
— Você tem certeza que pode lidar com isso? Eu não preciso de mais
alguém para cuidar se você se queimar - ela disse.
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Ele a deu um tapa na bunda. — Eu acho que posso lidar com isso.
— Você sabe, não é uma boa ideia nomear animais que você pode
comer um dia—, disse Darby, fechando a porta do celeiro.
Ela riu. — Há mais uma coisa que eu queria lhe contar, disse ela,
sorrindo para ele.
Ele sorriu para ela. — Qual é o problema? Você não gostou de Hortense
ou Barnaby?
Colin estava prestes a varrê-la em seus braços quando viu três cavalos
descendo a estrada. — Parece que temos companhia, disse ele. — É melhor
nos limparmos.
Mas eles não chegaram mais longe do que a varanda antes que os
cavaleiros estivessem neles, e ele sentiu Darby enrijecer ao seu lado. — Está
bem; esse é meu primo Reese e meu melhor amigo Keaton com Jamison.
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Os outros dois homens saltaram de seus cavalos, olharam um para o
outro, depois caíram na gargalhada. — Não acreditamos em Jamison quando
ele nos disse que você estava morando em uma fazenda, mas essa é toda a
prova de que preciso, disse um dos homens quando sua risada desapareceu.
— Você tenta morar com meus pais, disse Reese, depois se curvou para
Darby. — É um prazer conhecer a mulher que finalmente conseguiu domar
Colin. Qual é o seu segredo?
Reese estava estudando Darby. — Eu acho que é mais do que isso, disse
ele.
Quando ele saiu do quarto tomado banho e com roupas limpas, Darby
ainda estava no quarto dela, e ele deu um suspiro de alívio. Indo para a
cozinha, ele encontrou os homens acampados, sanduíches na frente deles, em
uma animada discussão. Ele olhou para eles, depois balançou a cabeça e se
juntou a eles na mesa.
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Keaton deu um tapinha no bolso. — Bem aqui, mas acho que você
perdeu a cabeça.
— Keaton está certo, Colin; você já pensou nisso? Você pode perder a
coroa, ou pior - disse Jamison.
— Você deveria tê-la visto ontem à noite, disse ele, fazendo-a corar.
Era estranho ver sua cozinha cheia de homens, mas uma vez que as
provocações pararam, ela descobriu que não era tão ruim. Jamison ainda a
observava com uma expressão que não transmitia nada além de desconfiança,
e ela não o culpou; ela teria se sentido da mesma maneira. Mas Colin o
ignorou, pegou uma cadeira para ela e a fez sentar com eles, em seguida,
colocou o braço em volta dos ombros dela, deixando claro que ela fazia parte
da discussão.
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— Parece que parte do que você disse é verdade, disse ele, finalmente
tirando os olhos de Darby. — Mas ninguém sequer sussurrou sobre um
demônio da tempestade ou algo assim.
Colin suspirou. — Eu sabia que não seria tão fácil, disse ele. — Você
provavelmente não foi aos lugares certos.
Ela ficou de pé. — Eli, acalme-se, disse ela, caminhando até ele.
Eli olhou para Colin e depois para ela. Ela sorriu. — Por favor, Eli,
Ballentine está com problemas.
— E você acha que ele vai consertar isso? Eli perguntou, ainda cheio de
raiva.
— Apenas sente-se e nos ouça, por favor Eli, ela odiava implorar, mas
sentia que Eli era sua única esperança. — Precisamos de alguém que conheça
esta cidade, tudo isso.
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— Oh, eu não diria que o conheço, mas a maioria de nós sabe sobre
ele. Ele está por trás dos impostos mais altos, dos pagamentos extras para os
guardas e de quase tudo de mau que acontece na cidade. Ele passa muito
tempo rondando um dos bares do outro lado da cidade.
— O tempo todo, e ouvi dizer que existem vários outros lugares em que
ele corre pela cidade. Lugares que nem eu ousaria entrar - disse Eli. — Agora
que penso nisso, há um cara com quem ele sempre sai, um homem de
aparência realmente feia que tem reputação de lidar com magia negra.
Houve um silêncio ao redor da mesa, e Darby disse: — Tem que ser ele.
— Mas onde isso nos deixa? Como colocamos nossas mãos nesse
demônio da água ou o que quer que seja? Perguntou Reese.
— Este livro pertencia à minha bisavó; ela era uma bruxa. - disse ela,
depois desembrulhou o livro e recuou. — Foi passado de geração em
geração. Minha avó me fez estudá-lo todos os dias. Ela queria ter certeza de
135
que, quando chegasse a hora, eu saberia o que fazer com a magia dentro de
mim.
— Temos que encontrar aquele homem com quem ele foi visto. Ele tem
que ser a chave da coisa toda.- disse Jamison, sem olhar para Darby.
— Então é para onde estamos indo—, disse Jamison. — Mas não vamos
levá-la conosco. Eu ainda não confio nela.
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Pelo resto de sua vida, ele se lembraria da expressão no rosto de Darby
quando ele segurou o anel e perguntou: — Darby, você quer se casar comigo?
Ele podia ver a indecisão no rosto dela. — Eu te amo, Darby, e isso não
vai mudar.
— Mas e seus pais? O rei e a rainha não vão gostar; há uma proibição,
você sabe - ela disse, seus olhos indo do anel para o rosto dele.
Não foi difícil decidir então. Sorrindo para ele, ela disse: — Eu sempre
quis ser uma quebradora de regras.
Colin sorriu para ela, depois se virou para Keaton. — Você vai nos ajudar
a quebrar algumas regras?
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Darby olhou para Colin. — Eu não preciso de uma cerimônia, apenas
para saber que você é minha para sempre, disse ele.
Ele colocou o anel no dedo dela e depois com Eli, assistindo eles
assinarem os documentos do casamento; ele acrescentou sua assinatura, e
acabou. Varrendo-a nos braços, ele perguntou: — Você se sente
diferente? Tecnicamente, você é uma princesa agora.
— Claro, se eu assumir o trono algum dia, você será a rainha e será uma
excelente rainha, disse ele, depois a beijou até sentir todo o medo dela
derreter.
Quando ele a soltou, ela olhou para ele e disse: — Espero que sim.
— Por mais que eu queira que vocês dois aproveitem suas núpcias, disse
Reese, interrompendo o beijo que Colin estava prestes a dar a Darby, —
Precisamos nos preparar para esta noite.
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— Eu vou com você, ela finalmente disse, virando-se para encará-lo. —
Eu não posso deixar você ir sozinho. Algo continua me dizendo que eu tenho
que ir.
Colin estudou seu rosto. — Darby, eu não posso colocar você nesse tipo
de perigo, disse ele, balançando a cabeça. — Eu não sei o que faria se algo
acontecesse com você.
Ela olhou nos olhos dele e disse: - Eu posso me proteger, Colin, e posso
protegê-lo, mas apenas se eu estiver lá. Não posso fazer nada daqui. Vou ficar
fora do caminho, me esconder em um canto escuro para que ninguém me veja,
mas eu vou.
Ele suspirou, sabendo que ela vencera. — Ok, mas você não pode ficar
assim. Temos que te deixar feia, e muito.
— Eu vou te amar, não importa o que aconteça Darby, feia, bonita, velha
ou gorda, eu sempre vou te amar - ele disse, abaixando a cabeça na dela e
capturando sua boca em um beijo que quente entre eles.
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Ele foi o último a entrar nas sombras escuras do bar e, enquanto
caminhava até a mesa onde os outros homens esperavam, ele examinou a sala
procurando por Darby. Ela estava dobrada o mais longe possível no canto,
caída sobre a mesa. Parecia que ela tinha desmoronado lá, a bebida na frente
dela intocada. Ele estremeceu quando olhou ao redor da sala e viu os homens
reunidos lá, mas eles pareciam estar ignorando-a como ela havia prometido.
Darby espiou por entre os braços, desejando ter optado por não cair
sobre a mesa, que era pegajosa e cheirava a álcool velho e algo que ela nem
queria pensar. Mas então Samuel entrou pela porta, e seu desconforto foi
esquecido quando seu coração começou a bater forte. Quando um homem saiu
do fundo do bar e eles se dirigiram para uma mesa não muito longe dela, ela se
sentou, bufando como se estivesse dormindo, depois fingiu tomar um gole
enorme de sua bebida.
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O homem olhou para ele um segundo. — Você sabe o que está
pedindo? Isso destruirá a cidade inteira e a maior parte do complexo real, disse
ele.
— Deixe-me dizer, quanto antes, melhor; Vai ser uma noite longa para
Ballentine - disse Samuel, deslizando uma bolsa sobre a mesa.
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— Farei isso apenas para me livrar dela - disse Colin, levantando-se,
agarrando Darby pelo braço e arrastando-a para fora bar.
Eles chegaram ao bar, então ela se inclinou contra ele e bateu com o
punho nele. — Eu preciso de uma bebida por aqui, ela chamou.
Nesse momento, o homem saiu da sala dos fundos, com uma pequena
garrafa nas mãos e os olhos de Darby se iluminaram. Mas nenhum deles se
mexeu. Em vez disso, ela ficou balançando como se o braço de Colin fosse à
única coisa que a segurava. Ela se virou para ele e estendeu a mão, dando um
tapinha no peito dele. — Você é um bom homem por me ajudar, disse ela,
muito alto. Então, em um sussurro, — Ele vai deixar o demônio sair hoje à
noite.
— Eu acho que é uma boa ideia, o chão aqui não é muito nivelado - ela
disse, depois bufou e riu ao mesmo tempo.
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Ela balançou em pé, olhou para ele e disse: — Acho que preciso me
sentar.
Colin congelou, depois olhou para Jamison, Reese e Keaton, mas Samuel
riu. — Nem pense nisso. Você realmente acha que esses disfarces
funcionariam? Ele perguntou. — Dê-me a garrafa e pensarei em deixar você ter
uma vantagem.
Darby olhou para ele, depois tirou a garrafa de debaixo da capa e, para
seu horror, ela a ergueu no ar e começou a recitar um feitiço. A sala começou a
ficar ainda mais escura, mas logo a garrafa começou a brilhar e uma névoa
branca apareceu. Girou na garrafa cada vez mais rápido, enquanto ela dizia as
mesmas palavras repetidas vezes.
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— O que você está fazendo?— Samuel gritou. — Esse é o meu
demônio; me dê isto.
— Eu disse que ela não era confiável, Jamison gritou do outro lado da
sala.
Colin deu alguns passos em sua direção, mas ela não o viu; todo o seu
foco estava na garrafa. Quando a cortiça no topo soprou e a névoa começou a
sair da garrafa, ela a jogou no chão, quebrando o copo em pedacinhos. A
névoa encheu a sala lentamente, e ele partiu para Darby, mas uma força
invisível o deteve.
Ela parou de cantar e olhou para ele. — Você tem que confiar em mim,
Colin, esse é o único caminho - ela disse, depois levantou os braços no ar e
começou a cantar novamente.
Jamison conseguiu chegar ao seu lado. — Temos que detê-la, ela deve
estar trabalhando com Samuel.
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Ela soprou através do pó, e o demônio começou a assobiar; a névoa
começou a girar mais rápido e logo a sala foi o centro de uma tempestade
furiosa. A chuva caía do teto, relâmpagos rachavam e trovões ecoavam,
sacudindo o prédio e ensurdecendo-os. Mas Darby continuou a gritar, os braços
erguidos, a tempestade a atingindo.
Colin mal o registrou correndo pela porta, seu único foco em Darby, que
havia caído no chão e parecia morta. Ele correu para ela, ajoelhou-se e puxou o
corpo flácido em seus braços, sussurrando sem cessar. Ele a observou
esperando respirar, mas seu peito estava imóvel, o pulso que ele tanto amava
em seu pescoço parado.
Então, para sua total alegria, ela respirou fundo e abriu os olhos. — Eu
não vou a lugar nenhum, ela resmungou.
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— Mesmo para salvar Ballentine, disse ele. — Mas é conveniente que
você tenha feito, será muito mais difícil para meus pais dizer não ao nosso
casamento.
Darby sorriu para ele. — E se isso não funcionar, sempre podemos dar a
eles uma flor da lua, disse ela. — Isso deve acalmá-los.
Colin olhou para ela por um segundo e disse: — Agora acho que preciso
de uma dose daquela flor da lua.
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