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TEOLOGIA PASTORAL
Descrição do Curso
Este curso observará, em uma visão geral introdutória, o ministério em si e
sua especificações, proporcionando estudo participativo da classe na área teológica
vocacional do serviço na igreja, Corpo de Cristo. Vendo as estratégias apresentadas
na Bíblia bem como as necessidades atuais e o desenvolvimento eclesiástico na
Missio Dei. Ressaltar o aspecto do caráter e da sensibilidade ministerial, pela igreja
em seus enviados, como fundamental para uma visão global- integral da missão de
Deus a ser desenvolvida.
Objetivos
- Ressaltar a Importância do reconhecimento da Igreja no desenvolvimento
ministerial.
- Familirializar o Aluno com a Reflexão Teológica da Missão
- Enfatizar uma visão de dependência de Deus no ministério
- Identificar as Falhas e Realizar, como igreja, uma crítica construtiva
- Analisar e Refletir sobre vocação ministerial atual e pessoal.
Desenvolvimento Do Curso
- Apresentação E Introdução
- Definições E Conceitos
- Panorama Bíblico Teológico da Vocação
- Qualificação
- O Homem, Esposo, Pai e Pastor
- O Pastor
- Ética Pastoral
- O Pastor E Suas Relações Interpessoais E A Comunidade De Fe
- O Pastor E A Congregação/Denominação
- O Pastor E Seu Trabalho Frente A Comunidade
- Vida Devocional: Ministério, Sofrimentos E Recompensas
- Globalização Da Missão (Missão Integral)
- Adendo: Cerimônias
INTRODUCAO
Os homens cobiçam , mas não sabem o que; eles caminham, mas perdem a
trilha de chegada; eles lutam e competem, mas esquecem o prêmio. Eles
espalham a semente, mas se recusam a cuidar do solo nas devida estações.
Eles buscam poder e gloria, mas perdem o significado da vida.
George Gilder1
Excelente obra almejam os que são chamados, vocacionados por Deus para
servirem. Porém, parece que uma desarmonia paira nas mentes de muitos que
vêem para servirem nos ministérios diversificados, existentes hoje no Corpo de
Cristo; onde o lema humano de liderança ou de cabeça toma uma forma mais
abundante, e não menos diferente, do que fala a Bíblia. Parece que o lema eu nasci
para comandar e mandar tem tomado espaço nos corações dos que foram
chamados para servir. Logicamente se respeita e se acata as funções e ministério
de liderança, onde o seu papel se tem como muito importante, porém não
sobrepondo aos demais; onde se pesa a mesma responsabilidade, pois o Dom
Supremo dado pôr Deus, o Espírito Santo, detém o poder de dar ou se manifestar de
diversificadas maneiras e nas mais diversas pessoas, conforme o apraz . Assim que,
nada temos de nós mesmos, pois tudo é dEle, a obra bem como o obreiro.
Se escuta o cambiar ou a desarmonia da vocação, de responsabilidades com
a de privilégios; sou cabeça e não cauda, mas o que não pensam é que devido a
tamanha responsabilidade que ser o cabeça trás, é que se existe após, a condição
de levar o corpo, direcionar o corpo; isto faz com que muitos, as vezes, desejem ser
um pouco cauda; isto para serem ou terem seu tempo de serem conduzidos e
direcionados.
O que também é bom lembrar é que os ataques sempre são na parte vital do
corpo, e talvez não seja tão ruim assim ser ou ter a posição de cauda, não que haja
uma covarde aqui, mas sim um pensar humano; tanto porque, todos tem o seu
devido lugar e sua devida função no corpo; não é em vão que Deus, através do Dom
Supremo, determina o que cada um terá ou será na missão. Responsabilidades e
privilégios se completam, bem como o gozo do trabalho, sendo este onde for deve
preencher nossas vidas. A nossa salvação e alento se baseia na pessoa de Cristo
Jesus, o cabeça do corpo. Pôr Ele fomos chamados, vocacionados, direcionados e
preparados. “Aquele que começou a boa obra, é fiel em completa-la” Gal. 1 verso
15; Rom 8 verso 28 a 30; Hebreus 12, versos 2,3,11.
TEOLOGIA PASTORAL
Ciência que trata dos fundamentos bíblicos para o ministério pastoral, bem
como das relações do pastor quanto ao seu trabalho, igreja, família, mundo etc 2.
Mas talvez podemos analisar que esta Teologia Pastoral, a qual pode se confundir,
as vezes, com a Psicologia Pastoral, deveria se iniciar desde de uma visão bíblica
antropocentrica, ou seja, o homem enquanto ser, e em si mesmo; tanto o homem
como ser emissário de Deus, como o homem sendo o alvo. O mais importante, o
homem, depois suas demais relações, família, igreja, mundo etc.
TEOLOGIA MINISTERIAL
Nesta conclusão, observamos que Deus tem o homem como o mais importante
seja ele quem seja ou como esteja. Assim a Bíblia trás referencias do seu IDE,
visando o homem , objeto de seu amor.
Não venho de min mesmo, mas sim que fui enviado pôr Aquele que é
verdadeiro, o qual vocês não o conhecem, Eu o conheço pôr que
procedo dEle e foi Ele que me enviou- Jo 7:28
“Os termos mais importantes ou destacados são enviar ou vir, e são termos
usados constantemente. Os apóstolos estão sempre envolvidos a estes termos que
sempre, também, os estão usando, como é o caso de Galatas 4:4 Quando chegou a
plenitude dos tempos, Deus enviou a seu Filho...; e o caso de I Jo 4:9 NEle se
manifestou o amor de Deus pôr nós, que enviou seu Filho único ao mundo para que
vivêssemos pôr Ele15 ”
15 - Idem
16 - Idem
17 - GIRON, Rudy. “Reflexões Bíblicas do Evangelismo e a Missão da Igreja”. Rudy Giron é da
Igreja de Deus na Guatemala, Presidente de COMIBAM Internacional.
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VOCAÇÃO
Assim que, vocação pode ser compreendida de dois modos4: geral (Jo 3:16
Mat 28:18-19; o sacerdócio de cada crente nos méritos da morte de Cristo) e
específica (Ef 4:8-12. Onde se manifesta a soberania de Deus nestes desígnios
estritamente pessoal e individual)
QUALIFICAÇÃO
1- Biblíco Neo-Testamentário
No N.T. vemos a eficácia do trabalho de estabelecimento da igreja,
primeiramente por ocasião do mover do Espírito Santo em Pentecoste, na tarefa
delegada a igreja da misio eklesia (missão da igreja) manifestada na diversidade
cultural presente naqueles dias. “ Então, designou doze para estarem com Ele
e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios”
Marcos 3:13-14. O termo “para”(= a fim de que) vem do grego “hina” e permite
somente uma conclusão: o período que os díscipulos passaram com Jesus e Ele
os “enviou” a pregar (grego=proclamar)5. Mas o termo no N.T. é “DISCIPULO”
(literalmente é a pessoa que segue com a intenção de aprender) era mais que
um seguidor ; o aluno deixava sua casa, seus pais, parentes e se dedicava a
absorver no cotidiano do RABI, o seja do mestre. Jesus basicamente tinha o
seguinte projeto, segundo a analise do hermeneuta6: 1º Nenhum díscipulo
devaria deixar e desfrutar da vida do Mestre; 2º Jesus dava autoridade e
responsabilidades; 3º Os díscipulos foram instruídos sobre Reino, igreja e
humildade. Em resumo podemos ressaltar que os discípulos tivessem o caráter
de Cristo.
A liderança foi estabelecida, de entre aqueles que aos pés do Mestre estavam; e
posteriormente, saindo fronteiras afora dos limites judaicos, iniciando por
Barnabé numa visão da igreja para com outros povos, posteriormente passado a
Paulo, onde sistematiza seu trabalho, na valorização do povo gentil convertido,
no levante de liderança nativa e preparada, na edificação de igrejas em cidades
estrategicamente pré-estabelecidas, na confirmação dos pastores, no zelo da
correção, na supervisão
2- Qualificação Formal
Ao contrário de uma secularização de nossa fé, o fator preparação é fundamental
para o vocacionado. Hoje temos uma consciência da exigência do povo para o
qual se prega; mas, mais do que isto é a capacidade ser melhores do que somos
para edificação do Reino de Deus. Um inimigo cada dia latente em nosso meio
da reflexão teológica é a secularização da preparação dos obreiros e a elitização.
Mas se faz necessário se Ter o conhecimento. “Errais em não conhecer as
Escrituras (doutrina) e nem o poder de Deus (unção)” . A qualificação formal
equilibra e dá sólida consciência para as formalidades cerimoniais que o ministro
deve estar à frente, desde uma consagração de crianças, ao batismo,
sacramentos diversos, sermões, funerais, aconselhamentos, discursos formais
religiosos, e até mesmo para se Ter a adequada atitude de informalidade num
culto bem “pentecostal” se deve buscar o entendimento e a boa atitude. Muitos
acreditam ser desnecessário o estudo pois Deus encherá a boca de palavras no
momento da pregação. De uma certa forma sim, mas se somos tão incapazes de
buscar saber bem o que falaremos não somos exemplo de dedicação e
empenho. Um bom ministro deve saber manusear bem a Palavra da verdade,
não numa ótica ou cosmovisão simplista superficial, mas ética e verdadeira,
mesmo quando desagrade os que se tem como ouvintes. O compromisso de
buscar saber e estudar não é vaidade ou outro tipo de glória particular; é
compromisso com a obra dentro de uma visão ministerial apurada, recheada com
humildade e soberania de Deus.
3- Qualificação Informal
Não vemos tanta dificuldade em explanar sobre este tema, pois a informalidade e
a facilidade de se quebrar uma ética espiritual institucionalizada ou
humanamente estruturada, Deus é quem “entende” muito disto; como foi com a
Samaritana, referindo-se contrário ao pensamento então existente (se em
Jerusalém ou no Monte é onde se deveria adorarar, pois assim se ensinava a
tradição institucional judaica). Toda experiência com Deus é bem particular e
pessoal, mas a dificuldade está em saber administrar o que Deus nos dá.
Para demonstrar esta latente incapacidade atual, há quantas ovelhas que dizem não
necessitarem de pastor e ensino, são pastores de si mesmos; e na maioria sem
vínculos com igreja ou ligação denominacional nenhuma. Eis o perigo: a solitária e
particular visão de formar o seu próprio reino, de orgulho, dentre outras das vãs
glórias humanas e medíocres. Mas uma arma imbativel é quando o relacionamento
pessoal e particular é amparado por um sobre modo sentimento de dependência de
Deus. Eis a chave de vitória em tudo quanto vamos realizar, seja desde uma área
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técnica às mais diversas formas ministeriais existentes. Nosso maior temor são as
chamadas “experiências” espirituais que estão longe de uma unidade e
conformidade com a Palavra e Deus, sobrepondo às autoridades no Senhor, ferindo
a ética cristã e absorvendo, o que é pior, tudo em nome de uma sã religiosidade.
4- Capacidade Contextual
Essa área é a qual o ministro é capaz de se adequar ao local, povo, condições
diversas, cultura etc; tudo após minucioso estudo, sendo um visionário,
estrategista, visão espiritual para ver oportunidade para desenvolver seu
ministério em muitas áreas, ver a oportunidade de crescer onde ninguém viu,
fazendo brotar uma veia talentosa, dons naturais, espontâneo e carismático. Um
exemplo disto é o livro O Apóstolo dos Pés Sangrentos”7 .
A Psicologia Pastoral, área esta, como antes já referimos, é uma nova disciplina
alinhada no contexto da Teologia Pastoral. Quando envolvemos no trabalho
ministerial pastoral, envolvemos numa tarefa de se dar ao próximo, e as vezes numa
intensidade maior do que podemos imaginar. Dai vem a necessidade da psicologia
para nos ensinar a não nos envolver ao ponto de observarmos uma dependência de
ambas as partes. A isso chamamos de transferência e contra-transferência, bem
como nos ensina uma ótica de prioridades cristãs, num senso de valores bem
definidos, onde o exemplo é o maior testemunho para este ponto definimos o
resumo do livro “Pastores em Perigo”8 . A visão de um profissionalismo ministerial,
sem exageros numa humana racionalização, tem crescido muito. Existem muitas
lacunas no trabalho pastoral devido a falta de conhecimento básico em
aconselhamento, em saber simplesmente saber ouvir, em questões éticas, com
erros primários de imprudência. A principal falha podemos ressaltar é a errônea
prioridade familiar de ministros, onde seus exemplos convergem a uma total
alienação e desconforto. Muitos pastores são excelentes empregados
eclesiásticos, bons pastores à frente da igreja, mas desqualificados; principalmente
7 “O Apóstolo dos Pés Sangrentos” é um livro que inspira e ensina na contextualização de um missionário no
campo, a Índia. Recomendamos esta leitura com uma atenção apurada na disposição do ministro em buscar com
seus dons e talentos a adequação da mensagem para bom entendimento de quem nos ouve.
8 KEMP, Jaime “Pastores em Perigo” SEPAL. Este autor tem desenvolvido seu ministério na formação de
pastores, casais e família; seu trabalho tem tido aceitação em âmbito nacional de forma bem explícita.
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por crerem que a igreja é a prioridade de sua vida e ministério. Não conseguem tirar
tempo para lazer, passeio ou qualquer divertimento com a família por acharem ser
quase um pecado e dor na consciência. As lacunas deixada pela falta de visão para
com nosso lado humano e familiar pode ser manifestas posteriormente nas muitas
transferências que surgem em meio ao cotidiano pastoral. Pastores correm perigo.
Uma frase foi dita “Deus não tem compromisso de fidelidade conosco, Ele tem
fidelidade com sua Palavra e sua Palavra é repleta de bênçãos e promessas de
Deus para os que a cumprem; e assim sendo manifesta a sua fidelidade para
conosco”. Um “mega-evangelista9” respondeu a uma repórter quando perguntado
qual a razão que ele próprio atribuía a seu “deslize” moral, e assim respondeu: “Meu
erro foi em descuidar de meu devocional diário”. Uma certa pessoa ao passar e
ver que seu pastor estava trabalhando limpando seu lote e cuidando do asseio de
sua casa disse: “muito bem meu pastor gosto de lhe ver assim trabalhando
esforçado” e o pastor nada lhe respondeu. Ao retornar observou que seu pastor
estava sentado, com roupa limpa, Bíblia do lado, muito quieto e pensativo. O irmão
então disse: “Ei, meu pastor, em pleno meio-dia descansando? O pastor não se
conteve e respondeu de forma natural: “A primeira vez que você passou eu
estava me distraindo, agora eu estou trabalhando por você” . Um ativismo
religioso atrapalha, e muito, nossa vida ministerial e pessoal. Gostaria de ver que
irmãos investissem mais em suas famílias, pois se neste ponto for bem sucedido o
ministério e a igreja só tem a ganhar. A oração, o sermão vivido e preparado, o
tempo a sós com Deus, uma cumplicidade espiritual com o cônjuge, a ministração
do esposo sobre a esposa e da esposa sobre o esposo é de fundamental
importância para uma sólida estrutura para um pastorado de sucesso. A maioria dos
fracassos vem de uma infeliz atitude de menosprezar nossa limitação humana,
nossas pequenas falhas, não respondendo à tempo oportuno e deixando acumular,
não revendo, não nos auto-avaliando, não nos auto-criticando e assumindo e
corrigindo nossas falhas. “Se queremos Ter um ministério de êxito, devemos
começar por entender nossas próprias limitações e não esconde-las, como se
9 Creio não ser o primeiro a usar este termo e sim, somente, repassamos o mesmo da forma comum que
ouvimos, e isto sem querer ser pejorativo, mas sim no seu sentido usual e comum no seu contexto.
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perfeito fossemos”. Somos sim carentes de Deus em tudo, este sim é um bom
começo de caminhada.
ÉTICA
Nossa visão ética evangélica deve ser baseada primordialmente no ser para
depois se referir ao Ter. Assim visualizamos um contexto de ética protestante com
ética evangélica. A ética protestante se faz com referência a uma constante
pregação de oposição baseada num contexto fundamentalista de distanciamento do
social e secular e apego as beneficias oportunistas e convenientes dos
institucionalizados (religião, progresso e liberdade; discurso fundam. Americano na
época do início da atuação missionária nos países latinos)10 onde o céu é o fim da
igreja, mesmo estando na terra . Por outro lado a ética evangélica que deve ser
focada no compromissos da missão do Reino, com sacrifício, labor, renúncias, as
vezes, envolvimento com o ser integral, o homem, e todo o seu contexto espiritual e
social. Oposição ao pecado e suas estruturas de pecado, como ecologia,
relacionamentos interpessoais, prostituição, saúde, injustiças, entre outras. “Ética
evangélica não pode ser desvirtuada da ação cristã verdadeira, mas estamos em
falha com isto” 11.
10 VICNTE, Pr. Gerson. I Sem. Reflexão Teológica em Goiânia. É Pastor da Igreja de Cristo e Prof. UFG
11 Idem
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A ÉTICA E DEUS
Estive pensando nestes dias sobre valores. Estive analisando sobre a moral
do homem, sua cultura e seu senso de valor decorrente a seu habitat cultural, sobre
as posições e imposições da sociedade.
A gama de boas maneiras e o manual de condutas equilibradas e saudáveis,
para que o homem viva bem, se dá o nome de ética. ética não é um sentimento,
tão pouco é uma ação isolada, mas é motivação que acompanha a ação ou que
gera atitudes corretas ou recheadas de um querer, de uma vontade de acertar.
Assim é o homem, incapaz de se conduzir a si mesmo, movido e removido
pelas normas e padrões da estabelecida e necessária ética.
Mas Deus não tem ética. Porque ética para o Ser que em si mesmo reside
valores incontestáveis? Não se pode questionar os valores e as atitudes de Deus,
pois elas apesar de diferentes e indiferentes aos olhos e a ética humana, são os
melhores para nós.
Para quem lê o livro de Jó, observa que Deus permitiu o diabo tocar em seus
bens, que não eram poucos, e Ele mesmo toca na vida de Jó, este, íntegro e reto.
Pôr que? Deus tem ética? Na realidade Deus não tem ética, se Deus é mau ou
sanguinário, o digo desde a minha ótica humana assumida e recebida via veias da
sociedade, assim Ele continua sendo incontestável. Pois o mau de Deus é o melhor
prá nós, Isaias 54 v.16; 45 v 7.
Tudo é dEle, bem e mal, tudo está sujeito a Ele, até os demônios. Para que
ética para Deus?; pôr acaso Ele é homem, sujeito as formalidades da sociedade
que dita a cultura, os moldes, e a ética humana? Não, Deus não tem Ética, Ele tem
a ética, a Ética é Ele.
Me faz lembrar o texto de Jó 42 onde ele diz
" Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos podem ser frustrados, ...
eu te conhecia só de ouvir mas agora de vêem os meus olhos" .
A ÉTICA NO MINISTÉRIO
13ADAMS, Jay. “Conselheiro Capaz” Ed. Vida. Com relação a tipos de aconselhamento, em específico o
noutético
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Prepotência e autoritarismo.
Crítico cínico x submissão e humildade.
Esperança e convicção
Conforto e amparo
Confronto e guerra
Koinonia: união do Corpo de Cristo
Santidade: modelo de vida do cristão.
Admitir nossa função e posição teológica religiosa não significa uma postura
alienada da nossa própria estrutura humana, carnal e limitada, mas sim uma
dependência incondicional de Deus em graça e misericórdia. Assim que,
entendendo que nós, humanamente somos desprovido de qualquer poder e
condição extra-humana, somos limitados, mas apesar de nós mesmos Deus tem nos
fortalecido. Alguns cuidados devemos Ter:
Não transmitir uma imagem de onipotência ministerial
Aceitar e dar ajuda; saber que necessita ser pastoreado
Boa motivação para com os demais irmãos, igreja e ministérios sem sobrepor
ou sacrificar à família.
Como harmonizar o conceito de Instituição religiosa e Corpo de Cristo
Respeitar nossa própria limitação humana.
Entender que o melhor conselho é o exemplo
Dentro da consciência cristã “ser livre do olhar do outro16”
16 Termo usado no curso de Psicanálise Clínica, onde se dizia da importância do ser enquanto homem como
qualquer outro, feitura de Deus com sentimentos, emoções, vibrações, numa liberdade de compromisso com
Deus e conosco mesmo.
17 PEREIRA, Natan – Professor Teologia Pastoral
clara fragilidade deve Ter o alento da dependência de Deus como nosso porto
seguro.
Ser pastor e ministro é ser tratável, vulnerável, humano, propício a erros; mas
no caminho vem as vitórias, o gozo de se estar no centro da vontade de Deus.
Nosso maior conselho é o exemplo.
“pôr que eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei...”
Ap. Paulo
MISSÃO INTEGRAL
24 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova. São Paulo
- SP 1991.
25 –Termo usado por René Padilla, Timóteo Carriker e outros; não temos a origem deste termo em torno de quem o
poderia ter criado, mas é freqüentemente usado.
26 - Termo usado por Larry Pate em seu livro “Missiologia” e pelo Dr. Peter Wagner, citado por
Juan Carlos Miranda em seu livro “Manual de Crescimento da Igreja”
27 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova. São Paulo
- SP 1991
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Deve-se ver de forma reservada a ação social feita com o título de divulgação
denominacional ou até mesmo com o título de “ganhar” almas. Na verdade, na
maioria das vezes isto se dá não visando o ser humano mas o institucionalismo.
Não passa de mero apego sentimental e de uma auto justificação, sem falar no que
se diz respeito a sua denominação ou instituição da qual é membro. A acão social
é, e deve ser uma ação no tocante a se viver o mandato cultural, a missão integral,
visando o homem em si, total e completo, e não uma salvação da alma somente
mas vocaliza-lo como criatura de Deus, independente de sua posição religiosa, um
ser que chamamos nosso próximo. As facções estão vivas dentro do meio
evangélico não se fala de missões relacionada com ação social, existem as facções
baseadas numa visão puramente pessoal e egoísta.
18 Este termo hebraico é aplicado à criação do homem, porém como feitura de Deus, mas em específico, como
feitura especial de Deus, este termo se aplica à formação da mulher.
19 Termo que se refere ao homem como objeto do amor de Deus, onde o centro desta visão de amor é o homem.
Peter Wagner relata que é sem dúvidas difícil implantar uma visão missionária
com esta estrutura social devido ao sistema já estabilizado existente, principalmente
sul-américa , um sistema recheado de autoritarismo e com forma ditatorial
eclesiástica. Ele relata seis cuidados e perigos para a igreja compreender esta
visão social30:
1- Perigo das Seleções: Os lideres perdem contato com o básico, com os que
querem servir mas não alcançam ter esta visão, e este grupo é maioria, humildes e
legítimos cristãos, mas que são descrentes nos termos de ação social, quando
tiveram num passado exemplos ruins de seus lideres.
2- Perigo das Divisões: A ação social é controvertida, causará divisões ao menos
que a igreja entenda a missão.
3- Perigo da Impotência Social: Os pregadores da ação social, não concordando
com a passividade da igreja e da sociedade, as vezes se enredam por caminhos
da crítica e esquecem da tarefa prioritária. “O próprio Papa disse aos pregadores
da Teologia da Libertação: Preguem o evangélico e não se envolvam com
política31”
4- Perigo da Desumanização: É quando o social se transforma em plataforma
política, e isto se dá manifestando a Desumanização negando uma teologia do
corpo e uma antropologia cristã.
5- Perigo da Imperfeição: É não conseguirem fazer bem uma coisa e outra, não se
leva a pastoral de forma eficaz, e nem mesmo o pastor é esperto em ação social
deixando a desejar em algumas áreas. A imperfeição se manifesta forma
generalizada.
6- Perigo de “Constantilismo”: (Este termo vem do Imperador Constantino). Qual
a meta da igreja controlar a sociedade ou a política? Este é o perigo de se querer
somente mudar as estruturas sociais e não fazer ação sociais. Queremos somente
revolucionários sociais ou queremos evangelistas que desenvolvem ação social?.
29 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova. São Paulo
- SP 1991. (citando Peter Wagner)
30 - Idem
31 - Idem (Citando o Papa João Paulo II)
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MUITO O POBRE,
As muitas barreiras existentes para uma sadia interpretação bíblica são, sem
dúvida nenhuma, o maior obstáculo que pode existir. Não obstante as escapadas
dos fatores externos à Comunidade Evangélica, temos que conviver com nossos
próprios ardores na busca de uma consciência missionária integral onde o ato social,
ou a ação social, não tem desvinculação. Ação pastoral sem ação social deixa de
ser missão integral, e sendo assim, fora da Missio Dei. Deus não compactua com
uma atitude de desapego à dor do outro, mas sim, independentemente e de forma
incondicional, Deus ama e atua em favor do homem.
Essas barreiras, por existirem, não nos remete a uma nova interpretação, mas
a uma releitura, numa ótica mais humana, ou seja teocêntrica.
Ao contrário, parece que o lado das barreiras, por que não dizer internas,
dificultam essa nossa sadia interpretação da Missio Dei. O institucionalismo ou
leríamos denominacionalismo, parece sufocar o humano, o tradicionalismo dos
dogmas, talvez estes pessoais até, superam a tese da fé e da teologia pura, onde
amar o próximo como a ti mesmo, dá lugar a busca do sucesso dos sistemas
humanos, e isto as vezes é confundido com que chamam de levar o Evangelho.
Timóteo Carriker20 define de forma clara e simples essas principais dificuldades
para uma consciência social evangélica.
Doutrinária. Esta tem haver com a questão das boas obras, e parecem que
isto soa diferente quando se fala das obras. Na realidade esta atitude não é
exatamente uma postura ou posição e sim uma contraposição aos então
denominados “inimigos da fé”, que são os católicos e os espíritas. Na realidade esta
contraposição não é exatamente uma barreira doutrinária, pois de doutrinária não
20 CARRIKER, Timóteo Ph.D. Escreveu vários livros, dentre eles o “Missão Integral”. É professor e Diretor
do Centro Acadêmico do CEM, Centro Evang. De Missões, em Viçosa-MG.
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tem nada, muito menos base bíblica escriturística para se opor a atitudes sociais e
filantrópicas de outros seguimentos religiosos. Como agir frente a referências
bíblicas exortativas a atitudes sociais como papel de um bom cristão? (Ef 2:8-10 e
Tg 2:14-17). Existem muitos seguimentos evangélicos radicais, ou para ser mais
moderado nos termos, zelosos que nem sabem a conotação do que é Doutrina, mas
conhecem “dotrina” que são fundamentos estereotipados nos chavões de alguns
pregadores de renome ou de nome “grandes homens de Deus”.
Falar do Espírito Santo é referir, com relação a Jesus, a uma outra pessoa,
que tem os mesmos objetivos com funções específicas. Jesus mesmo sendo
Deus tinha suas limitações, as quais seriam então suprimidas na pessoa do
Espírito Santo. A obra de Cristo Jesus tem suas proporções universais e eternas
e as mesmas seriam levadas e anunciadas pela igreja, que sem um auxílio Divino
não conseguiria as dimensões que hoje podemos constatar.
A missão da igreja nunca poderia seguir um caminho de vitória sem a ação
pessoa; tem haver com quem sou e como sou, e como sou no mundo, e tudo isto
tem haver com minha relação com Deus, na pessoa do Espírito Santo. Ele é o
mais interessado na eficácia da “Missio-eklesia”.
Esta é a evidência da necessidade de comunhão na tarefa da
proclamação. A tarefa requer unção e dedicação em dependência para que,
mais do que aparentes “donos” de uma mensagem sejam honrosos pelo privilégio
de termos a direção do Espírito Santo, pois se Ele não falar pôr nós (e em nós)
humana24” .
21 LATOURELLE, Rene “Teologia de la Revelación” Verdad y Imagen 49. Ed. Sigueme 7ª Edición 1989 Salamanca
España. Pg. 535
22 Idem
23 Idem
24 Idem
25 Ide. “Não deixa de ser uma poesia de tom profético, real e gostosa de se ouvir e sentir; onde o amor de Deus
se manifesta de forma diferente, mas inimaginável; Deus é tremendo.
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SACRIFICADO
ADENDO
CERIMONIAS
I- CEIA
Manifesta nossa teologia, credo e consciência cristã, declarando
publicamente que cremos no Deus encarnado, nascido entre os homens,
morreu por nós, pecadores, nos redimindo transportando para o Reino
III- CASAMENTO
Neste ato se coloca a ética e a formalidade tendo em vista o lugar
METAMORFOSE
Deus é perfeito e assim criou um sistema, equilibrado tudo feito para ser
acionado no devido tempo, nada está fora de sintonia. Existe pôr exemplo o caso da
metamorfose da lagarta, onde a seu tempo passa para outro estágio, fica diferente
bonita, colorida. O que passou fica no esquecimento, nem mesmo se lembra que um
dia rastejava e que não podia ver as coisas do alto. Neste caso tudo se transforma, a
lagarta recebe um título pomposo, um nome diferente. Como é belo esse momento
da senhora lagarta, pois assim Deus faz acontecer. Todo animal vive esses
fenômenos, mas o homem, que tem a primazia da criação (yatssar) parece não
conviver com seu ciclo. O homem é diferente, cada um nasce com características
distintas; negros, mulatos, brancos, inibidos, extrovertidos, seguros, inseguros,
afoitos, lideres, liderados. Assim somos nós. Deus nos fez assim, diferentes,
estabeleceu uma vida, deu-nos valores, mandamentos; estes, mesmo que estejam
inerentes em nós, é a nossa cara, e ao contrário da lagarta nós não podemos
mudar. Muitos, ou quase todos, tem uma capacidade tremenda e explícita de se
transformarem e de mudarem conceitos, épocas, pensamentos e valores. Parece
que o prioritário perde seu valor e o secundário passa a ter lugar de primazia. Como
seria o caso de muitos que se dizem pregadores do amor ao próximo, onde com
muita facilidade se metamorfoseiam, em uma conversão ao secundário, onde o
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BIBLIOGRAFIA