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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

PRÓ-REITORIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
CÂMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

GABRIEL SEHN FEITEN

PROPRIEDADES MAGNÉTICAS: ANISOTROPIA MAGNÉTICA, MATERIAIS


MAGNÉTICOS MOLES, MATERIAIS MAGNÉTICOS DUROS,
ARMAZENAMENTO MAGNÉTICO E SUPERCONDUTIVIDADE

FREDERICO WESTPHALEN - RS
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS .................................................................................. 3
2.1 Anisotropia Magnética ................................................................................................... 3
2.2 Materiais Magnéticos Moles .......................................................................................... 4
2.3 Materiais Magnéticos Duros .......................................................................................... 5
2.4 Armazenamento Magnético ........................................................................................... 6
2.5 Supercondutividade ....................................................................................................... 7
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 10
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1 INTRODUÇÃO

Será tratado o comportamento de um monocristal ferromagnético, a direção


cristalográfica, sobre as perdas de energia nos núcleos dos transformadores que são produzidos
através de ligas ferrosas magnéticas. As características dos movimentos das paredes na
magnetização de materiais magnéticos moles e duros. As propriedades e funcionamento do
armazenamento magnético como por exemplo em drives de disco rígido e em fitas magnéticas.
Como se comportam alguns materiais em determinadas variações para a supercondutividade.
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2 PROPRIEDADES MAGNÉTICAS

2.1 Anisotropia Magnética

As curvas de histerese magnética podem ter diferentes formas, de acordo com diversos
fatores:
a) Se a amostra for um monocristal ou um policristal;
b) Se é policristalina, se há qualquer orientação preferencial dos grãos;
c) A presença de poros ou de partículas de segunda fase;
d) Outros fatores como, a temperatura e se uma tensão mecânica estiver sendo aplicada
do estado de tensão
A curva de B em de função de H para um monocristal de um material ferromagnético
varia de acordo com a sua orientação cristalográfica de acordo com a direção do campo H
aplicado. A figura 1 demonstra esse comportamento em monocristais de níquel e de ferro. A
dependência do comportamento magnético em relação a orientação cristalográfica é conhecida
como anisotropia magnética.

Figura 1 – comparação do comportamento de B em função de H

Fonte: Callister, W.D.(2014,754)


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Para cada material tem uma direção cristalográfica na qual a magnetização é mais fácil,
ou seja, a saturação M é alcançada para o menor campo H, conhecida como região de fácil
magnetização. Por exemplo para o níquel a saturação ocorre no ponto A. Em uma direção
cristalográfica dura é aquela em que a magnetização de saturação é a mais difícil.

2.2 Materiais Magnéticos Moles

É considerável a importância do tamanho e a forma da curva de histerese para materiais


ferromagnéticos e ferrimagnéticos. A área interior de um ciclo represente a perda de energia
magnética por unidade de volume do material no ciclo de magnetização e desmagnetização.
Isso pode se manifestar por exemplo como forma de calor, que é gerado no interior da amostra
magnética e consegue elevar a sua temperatura.
Os materiais ferromagnéticos e os ferrimagnéticos podem ser classificados como
moles ou duros de acordo com as suas características de histerese. Os materiais magnéticos
moles são utilizados em dispositivos no qual estão sujeitos a campos magnéticos alternados e
as perdas de energia precisam ser baixas, como exemplo se tem o núcleo de um transformador.
Sendo assim a área relativa dentro do ciclo de histerese deve ser pequena, fina e estreita, de
acordo com a figura 2. Com isso um material magnético mole deve ter uma elevada
permeabilidade inicial e uma baixa coercividade. Um material com essas características pode
atingir sua magnetização de saturação com a aplicação de um campo pequeno, e ainda possui
pequenas perdas por histerese.

Figura 2 – curvas esquemáticas de magnetização para materiais magnéticos moles e duros

Fonte: Callister, W.D.(2014,756)


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O campo de saturação é determinado somente pela composição do material. Em um


baixo valor de coercividade corresponde ao fácil movimento das paredes dos domínios de
acordo como o campo magnético varia de magnitude ou direção. Os defeitos estruturais tendem
a restringir o movimento das paredes do domínio e assim aumentar a coercividade. Em
consequência disso um material magnético mole tem que estar isento desses defeitos estruturais.
Também é de extrema importância levar em conta a resistividade elétrica dos materiais
magnéticos moles. Essas perdas de energia podem resultar das correntes elétricas induzidas no
material magnético por um campo magnético que varia em direção e magnitude no decorrer do
tempo, isso é conhecido como correntes parasitas. Procura se então algumas maneiras de
minimizar essas perdas de energia nos materiais magnéticos moles pelo aumento da
resistividade. Nos materiais ferromagnéticos isso conseguido pela formação de ligas por
solução sólida. As ferritas de cerâmica são muito utilizadas nas aplicações que se quer materiais
magnéticos moles, pois eles são isolantes elétricos. Mas a sua aplicação é limitada, por causa
de sua suscetibilidade é relativamente pequena.
Uma forma de melhorar as características de histereses dos materiais magnéticos
moles é por meio de um tratamento térmico apropriado com a presença de um magnético. Ao
fazer isso produz se um ciclo de histerese com forma quadrada, tal forma é deseja em algumas
aplicações como por exemplo em amplificadores magnéticos e transformadores de pulsos.

2.3 Materiais Magnéticos Duros

São utilizados em imãs permanentes, os quais necessitam de uma alta resistência a


desmagnetização. Tratando se de histerese o material magnético duro possui uma elevada
remanência, coercividade e densidade de fluxo de saturação, também uma baixa permeabilidade
inicial e grandes perdas de energia por histerese. A figura 3 mostra as duas características mais
importantes na relação de aplicação desses materiais, que é conhecido como produto de energia.
O comportamento de histerese é relacionado com a facilidade que os contornos dos
domínios magnéticos se movem. A coercividade e a suscetibilidade são melhoradas, de modo
que se faz necessário um campo externo para desmagnetização, e isso também esta relacionado
com a microestrutura do material.
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Figura 3 – curva de magnetização esquemática que representa a histerese

Fonte: Callister, W.D.(2014,758)

2.4 Armazenamento Magnético

Os materiais magnéticos possuem uma grande importância na área de armazenamento


de informação, a gravação magnética é a tecnologia universal para o armazenamento de
informações eletrônicas. Podemos ter como exemplo o armazenamento em disco em
computadores, drives de disco rígido e cartão de credito. Os elementos semicondutores são
utilizados como memoria principal nos computadores já os discos rígidos magnéticos são
utilizados como memoria secundaria, pois elas possuem uma maior capacidade armazenar
informações e tem um menor custo, mas possuem como maleficio as taxas de transferências
mais lentas. Nas indústrias de televisão as fitas magnéticas são usadas para o armazenamento a
reprodução de sequencias de áudio e vídeo. Em grandes sistemas de computadores para
arquivamento de dados e para copias de segurança.
Os bytes de computador, por exemplo, são gravados magneticamente em segmentos
muito pequenos. A gravação e a leitura são obtidas por meio de um sistema de gravação que é
composto por cabeçotes de leitura e gravação. Nos drives de disco rígido o sistema de cabeçote
é colocado acima e próximo do meio magnético por um mancal de ar o qual é autogerado de
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acordo como o meio passa por baixo em velocidades de rotação elevadas. Nas fitas ocorre um
contato físico com os cabeçotes durante as operações de leitura e gravação.

2.5 Supercondutividade

É um fenômeno elétrico, os materiais supercondutores são utilizados em imãs capazes


de gerar grandes campos.
De acordo como a maioria dos metais com alta pureza são resfriados até próximo ao
zero absoluto, a sua resistividade elétrica diminui, chegando próximo a um valor pequeno, o
que é característico de cada material. Alguns materiais a resistividade os quais a resistividade
em uma temperatura muito baixa cai bruscamente, de um valor finito até um valor igual a zero,
e permanece nesse valor com a continuação do resfriamento. Os materiais que possuem esse
último comportamento são denominados supercondutores, e a temperatura na qual eles atingem
a supercondutividade é conhecida como temperatura critica.
Nas temperaturas abaixo da temperatura crítica, o estado supercondutor deixa de
existir na aplicação de um campo magnético grande, conhecido como campo crítico. O mesmo
acontece com a densidade de corrente, existe uma densidade de corrente aplicada critica Jc
abaixo da qual um material é supercondutor.
O fenômeno da supercondutividade pode ser explicado por meio de uma teoria
complexa. O estado do supercondutor resulta das interações de atração entre pares de elétrons
condutores. Os movimentos emparelhados desses elétrons tornam se coordenados de modo que
a dispersão por vibrações térmica e por átomos de impurezas é muito eficiente. Assim a
resistividade sendo proporcional a incidência da dispersão dos elétrons é nula.
Os materiais supercondutores são divididos em duas classificações, tipo I e tipo II. Os
materiais do tipo I, quando no estado supercondutor, são diamagnéticos, ou seja, todo campo
magnético aplicado será retirado do corpo do material, efeito esse que é conhecido como efeito
Meissner, como mostra a figura 4. De acordo H aumenta o material continua diamagnético até
o campo magnético critico Hc ser alcançado. Quando chega nesse ponto a condução se torna
normal e ocorre uma penetração completa do fluxo magnético, exemplos de materiais do tipo I
são o alumínio, chumbo, estanho e mercúrio.
Os supercondutores do tipo II são completamente diamagnéticos quando o campo
aplicado é pequeno, e a exclusão do campo é total. A linhas de fluxo magnético começam a
penetrar no interior do corpo do material em Hc, no aumento do campo magnético aplicado,
essa penetração continua.
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Figura 4: representação do efeito Meissner

Fonte: Callister, W.D.(2014,764)

É preferível os supercondutores do tipo II, em relação do tipo I, para a maioria das


aplicações práticas, pelo fato de sua temperatura crítica e de seus campos magnéticos críticos
mais elevados. Os três tipos mais comuns são o nióbio-zircônio, as ligas nióbio-titânio e o
composto intermetálico nióbio-estanho.
A supercondutividade tem algumas implicações praticas. Os imãs supercondutores
capazes de gerar campos elevados com baixo consumo são empregados em testes científicos e
em equipamentos de pesquisa. Também são utilizados no campo da medicina em equipamentos
de imagem por ressonância magnética, como uma ferramenta para diagnósticos. Em
transmissões de energia elétrica por meio de materiais supercondutores, as perdas de energia
são baixas e os equipamentos funcionariam com uma baixa voltagem. Imãs para aceleradores
de partículas de alta energia. Transmissão de sinais em maiores velocidades para computadores.
O maior obstáculo para a utilização desses materiais está em manter as temperaturas
extremamente baixas.
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3 CONCLUSÃO

Através dessa pesquisa entendemos a ampla área do magnetismo, tanto teórica quanto
as suas diversas aplicações. Importante para o entendimento da diferença dos materiais
magnéticos, como exemplo os materiais magnéticos moles e os materiais magnéticos duros. O
comportamento dos materiais supercondutores, suas características, e aplicações.
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REFERÊNCIAS

CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 9. Ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2014.

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