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PROF.

ANTONIO ELDER

MICROECONOMIA
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PROF. ANTONIO ELDER

PLANO DE ENSINO
• OBJETIVOS GERAIS
• CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• BIBLIOGRAFIA
PROF. ANTONIO ELDER

3 OBJETIVOS GERAIS

➢Apresentar um conteúdo básico e significativo sobre a


microeconomia.
➢ Explicar analiticamente com clareza, e concisão, conceitos e
problemas microeconômicos fundamentais, de forma que o
aluno possa ter uma melhor compreensão da realidade
econômica da atualidade no mercado, no país e no mundo.
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4 CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO E TEORIA DO TEORIA DA FIRMA E
CONSUMIDOR CONCORRÊNCIA PERFEITA
➢ Introdução: demanda, oferta, mercados e elasticidades
➢ Teoria da Produção
➢ Teoria do Consumidor:

>> Restrição orçamentária; ➢ Teoria dos Custos de Produção


>> Preferências do consumidor;

>> Utilidade; ➢ Concorrência Perfeita


>> Equilíbrio do consumidor;

>> Demanda do consumidor;

>> Efeitos substituição e renda;

>> Excedente e Risco do Consumidor


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5 BIBLIOGRAFIA

• MANKIW, N. Gregory. Princípios de Microeconomia. São Paulo: Saraiva.


• PINDYCK, Robert e Rubinfeld, D. Microeconomia. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
• TAVARES, Antonio Elder de. Microeconomia. Rio de Janeiro: SESES/Estacio.
• VARIAN, Hal R. Microeconomia: princípios básicos. Rio de Janeiro: Elieser/Campus
Editora.
• VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas.
• VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Manual de Microeconomia. São Paulo: Atlas.
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INTRODUÇÃO
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7 ANÁLISE DA TEORIA MICROECONÔMICA

• A análise da teoria microeconômica (ou teoria dos preços) pode ter papel fundamental
para poder auxiliar as decisões de planejamento (e de administração) das
empresas(ou de alguma organização produtiva), tais como na formação da política de
preços e nas previsões de custos de produção etc, por exemplo.
• Mercado, preço, funções e equilíbrio
• Hipótese em latim “coeteris paribus”
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8 DEFINIÇÃO DE MICROECONOMIA

• Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do


mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento
dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.
• A Microeconomia estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado
no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em
mercados específicos.
• Exemplos: (a) Evolução dos preços internacionais da soja brasileira; (b) O nível de vendas
no varejo, numa dada capital do Brasil.
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9 FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIA
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10 ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE PREÇOS

• Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.


• Os preços formam-se com base em dois mercados:
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11 COETERIS PARIBUS

• Expressão latina traduzida como “outras coisas sendo iguais”, é usada para lembrar
que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes.
• Significa: “tudo o mais constante”.
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12 COETERIS PARIBUS
(CONTINUAÇÃO)
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13

ANÁLISE DA DEMANDA
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14 ANALISE DA DEMANDA

• Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço


que os consumidores desejam adquirir, num dado período.
• A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar,
a dados preços.
• A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode
adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço.
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15 FUNDAMENTOS DA TEORIA DA DEMANDA


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16 VARIÁVEIS QUE AFETAM A DEMANDA


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17 VARIÁVEIS MAIS SIGNIFICATIVAS QUE AFETAM A


DEMANDA (DE MERCADO)
Variáveis que afetam a Demanda

qdi= f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda

qdi = quantidade procurada (demandada) do bem x


pi = preço do bem x
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = preço dos bens complementares
R = renda do consumidor
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor

Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus.
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18 RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E


O PREÇO DO PRÓPRIO PRODUTO
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19 EFEITO TOTAL

• Efeito total = Efeito substituição + Efeito renda


➢Efeito Substituição: O bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, fazendo com que a quantidade demandada
aumente.
➢Efeito Renda (real): Com a queda do preço, o poder aquisitivo
do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem
deve aumentar.
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20 ANÁLISE GRÁFICA

• Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade deste bem que os


consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus).

• Como o preço e a quantidade demandada


têm relação negativa, a curva de
demanda se inclina para baixo.
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21 RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E


PREÇOS DE BENS (E SERVIÇOS) SUBSTITUTOS

• Obs: Bem substituto, o consumo de um bem substitui o consumo (concorrente) do


outro.

qid = f ( ps ) Supondo pi , pc , R e G constantes


Tudo o mais mantido constante (coeteris
paribus), um aumento no preço de um deles
(s) aumenta a demanda pelo outro (i). Ex.:
Coca-Cola e Pepsi-Cola.
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RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E


22 PREÇOS DE OUTROS BENS (E SERVIÇOS)
COMPLEMENTARES
• Observação: Bens complementares são bens consumidos conjuntamente.

qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes


Bens para os quais o aumento no preço de
um dos bens leva a uma redução na demanda
pelo outro bem. Ex.: arroz e feijão.
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23 ANÁLISE GRÁFICA
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24 RELAÇÃO ENTRE A DEMANDA DE UM BEM E A


RENDA (NOMINAL) DO CONSUMIDOR

qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes


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25 OBSERVAÇÕES

• Bens de consumo superior: são bens “normais”, mas que tem uma fração (bem) maior do orçamento
quando a renda aumenta. Ex: consumo por joias.

• As classificações dadas da relação entre a demanda de um bem e a renda do consumidor (R) depende da
classe de renda dos consumidores.
• Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Contudo, com a renda mais
elevada, certo nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior.
• Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G): hábitos, preferências ou
gostos (G) podem ser alterados,“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando
ou reduzindo o consumo de bens.
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26 RELAÇÃO ENTRE A DEMANDA DE UM BEM E


HÁBITOS DOS CONSUMIDORES (G)
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27 DEMANDA DE MERCADO E DEMANDA INDIVIDUAL


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28 DEMANDA DE MERCADO E DEMANDA INDIVIDUAL


(CONTINUAÇÃO)
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29 VARIAÇÕES NA DEMANDA E NA QUANTIDADE


DEMANDADA
Preço do próprio bem Movimento
ao longo da
curva de
demanda

Renda
Preços de bens relacionados
Gostos Desloca a
Expectativas curva
Número de compradores de demanda
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30 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

• Definição: é a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por
uma mercadoria e o preço efetivamente pago pela mercadoria. Melhor colocando, é a
disposição a pagar do consumidor por um bem (ou serviço) além do preço normal de
mercado.

E. C.
E
P

D
q quantidade
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31 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR
(CONTINUAÇÃO)

• Vamos supor um aluno do curso de Economia que


consumiria apenas três barras de chocolate em um Barra Preço Marginal de Reserva Preço de Mercado Excedente do Consumidor
determinado momento, onde o preço (de 1a. 4,00 1,50 2,50
2a. 3,00 1,50 1,50
mercado) da barra é de R$ 1,50. Suponha que pela
3a. 2,00 1,50 0,50
primeira barra, ele estaria disposto a pagar (um Excedente Total do Aluno 4,50
preço marginal de reserva) até R$ 4,00. Contudo,
pela segunda, o aluno estaria disposto a pagar R$ • O excedente total do aluno é a soma dos
3,00 e pela terceira barra, ele estaria disposto a excedentes gerados individualmente por barra e é
pagar R$ 2,00. igual a R$ 4,50.
• Assim o valor de R$ 4,50 mede o benefício ou a
vantagem líquida que o aluno obtém ao consumir
as três barras de chocolate pelo preço de R$ 1,50.
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32 ANÁLISES COMPLEMENTARES

FORMATO DA CURVA DE
PARADOXO (OU BEM) DE GIFFEN DEMANDA
• O paradoxo de Giffen é uma exceção à lei geral • A curva de demanda pode ser calculada
da demanda. estatisticamente, empiricamente, baseada em dados
da realidade.
• Este paradoxo apresenta a uma relação direta, e
• A metodologia para estimar esta curva é detalhada
não inversa, entra a quantidade demandada e o nas disciplinas de Estatística Econômica e
preço do bem. Econometria.
• O bem de Giffen é um caso especial de bem • A funções podem ser do tipo linear, potencia,
inferior. Embora nem todo bem inferior é um hiperbólica etc. Contudo, ao longo das nossas
bem de Giffen. aulas, esta curva irá aparecer de forma linear.
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33 EXERCÍCIOS

1) Dados qx = 30 – 1,5px + 0,8py + 10R


Sendo: qx = quantidade de demanda; px = preço do produto; py = preço de outro produto; e R
= renda nominal (média) dos consumidores em dado período de tempo.
Observando-se corretamente os sinais dos coeficientes das variáveis em questão, (a) o bem y é
complementar ou substituto de x? Justifique; (b) o bem x é normal ou inferior? Justifique.
c) Supondo as seguintes informações: px = $1,00; py = $ 2,00; e R = $ 100,00. Qual o valor da
quantidade procurada de x?
d) Se a renda (média) dos consumidores aumentar em 50%, coeteris paribus, qual a quantidade de
demanda de x?
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34 ANÁLISE DA OFERTA DE MERCADO

• Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os


produtores desejam vender, em função dos preços, em um
determinado período.
• Considera-se que os produtores são racionais, já que estão
produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos
de produção.
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35 VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA DE UM BEM


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36 FUNÇÃO GERAL DA OFERTA


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37 CURVA DE OFERTA
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38 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO


(OU O CUSTO) DO FATOR DE PRODUÇÃO
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39 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO


(OU O CUSTO) DO FATOR DE PRODUÇÃO
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40 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO


DE OUTROS BENS SUBSTITUTOS
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41 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO


DE OUTROS BENS SUBSTITUTOS
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42 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E A


TECNOLOGIA
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43 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E A


TECNOLOGIA
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44 RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE UM BEM E OS


OBJETIVOS E METAS DO EMPRESARIO
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45 CURVA DE OFERTA DE MERCADO E INDIVIDUAL DE


UMA EMPRESA
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46 VARIAÇÕES DA OFERTA E DA QUANTIDADE


OFERTADA
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47 VARIAÇÕES DA OFERTA E DA QUANTIDADE


OFERTADA
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48 EXCEDENTE DO PRODUTOR
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49 EQUILÍBRIO DE MERCADO
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50 TENDÊNCIA AO NÍVEL DE EQUILÍBRIO: LEI DA OFERTA


E DA PROCURA/DEMANDA
• No gráfico da figura ao lado, para qualquer
preço superior a p0, (como p’ ), a quantidade
que os ofertantes desejam vender (S) é maior
do que a que os consumidores desejam
comprar (D). Existe um excesso de oferta
(qs’ - qd’).
• De outra parte, com qualquer preço inferior
a p0, surgirá um excesso de demanda (qd” -
qs”).

• Em qualquer dessas situações, não existe


compatibilidade de desejos entre ofertantes e
consumidores.
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51 ANÁLISE DO MERCADO CONCORRENCIAL

• Entretanto, supondo um mercado


concorrencial, o mecanismo de preços leva
automaticamente ao equilíbrio.
• 1) Quando ocorre excesso de oferta, os
vendedores acumularão estoques não
planejados e terão que diminuir seus preços,
concorrendo pelos escassos consumidores.
>>>> A Partir dai, a diminuição dos preços
aumenta a quantidade demandada e reduz a Assim, há uma tendência normal ao
quantidade ofertada, eliminado o excesso de equilíbrio: no ponto E (p0, q(J), não existem
oferta. pressões para alterar preços; os planos dos
• II) No caso de excesso de demanda, os compradores são consistentes com os
consumidores estarão dispostos a pagar mais planos dos vendedores, e não existem filas e
pelos produtos escassos. >>>> A Partir daí, o estoques não planejados pelas empresas.
aumento do preço diminui a quantidade
demandada e eleva a quantidade ofertada,
eliminando o excesso de demanda.
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52 MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE


DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA (I)

• Como vimos, existem vários fatores que


podem provocar deslocamento das curvas
de oferta e demanda, que evidentemente
provocarão mudanças do ponto de
equilíbrio.
• Suponhamos, por exemplo, que o mercado
do bem x esteja em equilíbrio, e o bem x
seja um bem normal (não inferior). O
preço de equilíbrio inicial é p0 e a
quantidade, q0 (ponto A no gráfico ao
lado).
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53 MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE DE


DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA (II)

• Suponhamos agora que os consumidores tenham um


aumento de renda real (aumento do poder aquisitivo).
Conseqüentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x,
a um mesmo preço, será maior.
• Isso significa um deslocamento da curva de demanda para
a direita, de D0 para D1, como mostra a figura ao lado.
• Assim, ao preço p0, teremos um excesso de demanda, que
provocará gradativamente um aumento de preços. Com
os preços aumentando, o excesso de demanda vai
diminuindo, até acabar, no novo equilíbrio, ao preço p1 e à
quantidade q1, (ponto B).
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54 MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE


DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA (III)

• Da mesma forma, um deslocamento da curva de


oferta afeta a quantidade e os preços de
equilíbrio.
• Suponhamos, para exemplificar, uma diminuição
dos preços das matérias primas usadas na
produção do bem x. Consequentemente, a
curva de oferta desse bem se desloca para a
direita.
• Por um raciocínio análogo ao do slide anterior,
podemos perceber que o preço de equilíbrio se
tornará menor, e a quantidade, maior.
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55 MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO, EM VIRTUDE


DE DESLOCAMENTOS DA OFERTA E DA DEMANDA (IV)

• Também podemos combinar, num mesmo


diagrama, os dois deslocamentos dos slides
anteriores.
• Como pode ser visto no gráfico ao lado, a
quantidade de equilíbrio aumenta tanto
pela variação positiva da demanda quanto
pela variação positiva da oferta.
• Com relação ao preço, porém, o efeito
final dependerá dos níveis dos
deslocamentos relativos das duas curvas.
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56

ELASTICIDADES
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57 O QUE É ELASTICIDADE?

• Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual em uma variável, dada uma


variação percentual em outra variável qualquer, coeteris paribus.
• Elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de
mudanças em outras variáveis.
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58 CLASSIFICAÇÕES/TIPOS

• Na microeconomia, tem-se os devidos tipos de elasticidades:


➢ Elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus;
➢ Elasticidade-renda da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada
uma variação percentual na renda, coeteris paribus;
➢ Elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na quantidade
demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus;
➢ Elasticidade-preço da oferta: é a variação percentual na quantidade ofertada, dada a
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
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59 ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA

• Definição: E a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação


percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos
consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço.
• Fórmula:
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60 ANÁLISE

• Observe:
• Tal relação tem como resultado um valor negativo, pois, há uma relação inversa entre a
quantidade e o preço. Desta forma: elasticidade-preço da demanda é sempre
negativa.
• Por essa razão, seu valor é usualmente expresso em módulo
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61 CLASSIFICAÇÃO DA DEMANDA, DE ACORDO


COM A ELASTICIDADE-PREÇO
• De acordo com a elasticidade-preço, a demanda pode ser classificada como elástica,
inelástica ou de elasticidade-preço unitária.
• Demanda elástica: | EPP | > 1
• Por exemplo: | Epp | = 2,0 ou EPP = - 2,0
• Significa que, para cada 1% de variação no preço, a quantidade demandada varia, em
sentido contrário, em 2%, coeteris paribus.
• Isso revela que a quantidade é sensível à variação de seu preço.
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62 DEMANDA INELÁSTICA E DE ELASTICIDADE


UNITÁRIA
• Demanda inelástica: | EPP | < 1
• Exemplo: | EPP | = 0,5 ou EPP = - 0,5: neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a
variações de preço, isto é: a cada 1% na variação do preço, a quantidade varia somente
0,5% (em sentido contrário).
• Demanda de elasticidade unitária: | EPP | = 1 ou EPP = -1
• Neste caso, cada um 1% na variação do preço, gera também 1% na variação da
quantidade (em sentido contrário).
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63 ANÁLISE COMPLEMENTAR SOBRE A ELASTICIDADE-


PREÇO DA DEMANDA
• Vamos supor, por exemplo, que são calculados os valores das elasticidades- preço da
demanda dos bens A e B, EPPA = -2 e EPPB = - 0,8.
• Nesse caso, e supondo que o consumo dos dois bens é independente, o bem A apresenta
uma demanda mais elástica que o bem B, pois um aumento de 1% no preço de ambos
levaria a uma queda de 2% na quantidade demandada do bem A, e de apenas 0,8% na do
bem B, coeteris paribus.
• Os consumidores são relativamente sensíveis, reagem mais a variações de preços no bem
A do que no bem B.
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64 FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE-


PREÇO DA DEMANDA
• São quatro os fatores que explicam o valor numérico da elasticidade-preço da demanda,
a saber:
➢ disponibilidade de bens substitutos;
➢ essencialidade do bem;
➢ importância relativa do bem no orçamento; e
➢ o horizonte de tempo.
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65 DISPONIBILIDADE DE BENS SUBSTITUTOS

• Quanto mais substitutos, mais elástica a demanda, pois, dado um aumento de preços, o consumidor tem
mais opções para “fugir” do consumo desse produto.
• Ou seja, trata-se de um produto cujos consumidores são bastante sensíveis à variação de preços.
• Como a elasticidade depende da quantidade de bens substitutos, observasse que, quanto mais específico
o mercado, maior a elasticidade.
• Por exemplo, a elasticidade-preço da demanda de guaraná deve ser maior que a de refrigerantes em
geral, pois há mais substitutos para o guaraná do que para refrigerantes em geral.
• Por esta linha de raciocínio, é de se esperar que: | EPP |garaná > | EPP |refrigerantes em geral.
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66 ESSENCIALIDADE DO BEM E IMPORTÂNCIA RELATIVA


DO BEM NO ORÇAMENTO DO CONSUMIDOR

• Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura. Esse tipo de bem não traz
muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. Exemplos clássicos: sal,
açúcar e remédios.
• A importância relativa, ou peso do bem no orçamento, é dada pela proporção de
quanto o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. Quanto maior o
peso no orçamento, maior a elasticidade-preço da procura.
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67 HORIZONTE DE TEMPO

• Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite


que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la,
quando seu preço aumenta.
• Ou seja, a elasticidade-preço da procura tende a aumentar no tempo (as elasticidades
calculadas a longo prazo são maiores que as de curto prazo).
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68
FORMAS DE
CÁLCULO:VÁRIAS
ALTERNATIVAS

Elasticidade no ponto: calculada Exemplo: Dados P0 = 10,00; P1 = 15,00; qQ = 120; q, = 100,


num ponto específico da demanda, a calcular a
dado preço e quantidade. Pode ser: elasticidade-preço da demanda, no ponto inicial (0). Os
por acréscimos finitos (Δ); e por pontos po e p ] podem
derivada.

Por acréscimos finitos:


ser relativos a diferentes meses (por exemplo: 0 = janeiro e 1
= fevereiro).
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69 FORMAS ALTERNATIVAS

• Inclinação acentuada: a demanda


varia pouco com o aumento dos preços.
(Insensível aos preços: inelástica)

• Inclinação pequena: a demanda varia


muito com o aumento dos preços.
(Sensível aos preços: elástica)
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70 CASOS EXTREMOS

• Inclinação infinita: a demanda não varia


com o aumento dos preços.
• Perfeitamente Inelástica: Epd=0
• (Ex.: Bens Essenciais)
• Inclinação zero: a demanda varia muito
com o aumento dos preços.
• Sensível aos preços.
• Perfeitamente Elástica: Epd=
• (Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
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71 ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA

• Variação percentual na quantidade • Epd > 0 → X e Y são substitutos (o


demandada, dada a variação percentual aumento do preço de y aumenta o
no preço de outro bem, coeteris paribus. consumo de x, coeteris paribus).

EPx,y = Δ%QX
• ൗΔ%pY
• Epd < 0 → X e Y são complementares (o
aumento do preço de y diminui o
consumo de x, coeteris paribus).
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72 ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA

• Variação percentual na quantidade demandada, • ERd>1 →Bem superior (ou bem de luxo):
dada uma variação percentual na renda do dada uma variação da renda, o consumo varia
consumidor, coeteris paribus. mais que proporcionalmente.
• Erd >0 →Bem normal: o consumo aumenta
• Erd = Δ%QXൗΔ%R
quando a renda aumenta.
• ERd<0 →Bem inferior: a demanda cai quando
a renda aumenta.
• ERd=0 →Bem de consumo saciado:
variações na renda não alteram o consumo do
bem.
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73 ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA

• Variação percentual na quantidade


ofertada, dada uma variação percentual no
preço do bem, coeteris paribus.

• EPo = Δ%QXൗΔ%pX

• Epo>1 →Bem de oferta elástica.


• Epo<1 → Bem de oferta inelástica.
• Epo=1 → Elasticidade-preço de oferta
unitária.
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74

Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas


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75 INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO MERCADO

• Num sistema de mercado livre e não regulamentado, as forças de mercado estabelecem


um equilíbrio de preços e quantidades.
• Embora as condições de equilíbrio possam ser eficientes, pode ser verdade que nem
todo mundo estará satisfeito.
• O controle de preços ocorre quando os governantes acreditam que o preço de
mercado não é justo para compradores ou vendedores. Como resultado, o governo cria
preços máximos (tetos) e mínimos (pisos).
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76 PREÇOS MÁXIMOS E PREÇOS MÍNIMOS

• Preços máximos: teto legal máximo pelo qual um bem pode


ser comercializado.
• Preços mínimos: piso legal mínimo pelo qual um bem pode
ser comercializado.
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77 PREÇO MÁXIMO

• Dois resultados são possíveis quando o governo fixa um preço


máximo.
➢O preço máximo é não-compulsório se fixado acima do preço
de equilíbrio.
➢O preço máximo é compulsório se fixado abaixo do preço de
equilíbrio, levando à escassez do produto.
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78 PREÇO MÁXIMO (CONTINUAÇÃO)

PREÇO MÁXIMO PREÇO MÁXIMO


NÃO COMPULSÓRIO COMPULSÓRIO
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79 EFEITOS DOS PREÇOS MÁXIMOS

• Um teto para o preço cria ...


➢… escassez porque QD > QS. Exemplos: Filas nos postos de
gasolina;
➢… racionamento. Exemplos: Filas longas.
➢Discriminação pelos vendedores
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80 NOTÍCIAS SOBRE A GASOLINA

• Em 1973, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)


aumentou o preço do óleo cru no mercado mundial. Devido ao fato do
óleo cru ser o principal insumo para produzir gasolina, com maior preço
do óleo, reduziram a oferta de gasolina.
• O que foi responsável pelas longas filas de carros nos postos?
• Os economistas reclamaram contra o governo que determinou a
regulação que limitava o preço da gasolina para o consumidor.
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81 O PREÇO MÁXIMO DA GASOLINA

NÃO É COMPULSÓRIO ... É COMPULSÓRIO...


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82 CONTROLE DE ALUGUÉIS

• Controle de aluguéis é o teto determinado para o aluguel pago pelos


locatários para os donos dos imóveis.
• O objetivo da política de controle de aluguéis é ajudar os pobres
encontrarem moradia mais acessível.
• Um economista a chamou de “a melhor forma de destruir uma cidade, ao
invés de bombardeá-la.”
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83 CONTROLE DE ALUGUÉIS

NO CURTO PRAZO... NO LONGO PRAZO ...

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