2020.
1 Psicologia e Neurociência 1
Bioeletrogênese
 Origem de uma corrente elétrica em
um tecido vivo que gera um potencial
de ação (impulso elétrico).
 Neurônio: célula super especializada
do sistema nervoso.
 Modificações que permitem produzir
uma corrente elétrica para estimular
outros neurônios;
 Nunca entram em contato direto;
 Funcionam dentro de/formam um
sistema, circuitos.
1) Dendritos: recebem a informação e aumentam
a área de comunicação entre os neurônios.
2) Corpo celular (soma): processa as
informações, contém núcleo e organelas para
gerar energia.
3) Axônio: prolongamento do neurônio que
conduz a corrente elétrica. Podem variar o
tamanho de mm até 1m de comprimento.
4) Terminais axionais/sinápticos: transmitem as
informações elétricas e químicas
(neurotransmissores) para os neurônios
seguintes.
5) Bainha de mielina: são células que envolvem
o axônio e aceleram o impulso de transmissão da
corrente elétrica e aumentam sua eficiência, bem
como a conservação de energia. Formam a
bainha de mielina:
 SNC = oligodendrócitos
 SNP = células de Schwann
 De acordo com a bainha de mielina:
 Neurônio tipo A: bainhas mais espessas
e mais desenvolvidas
 Neurônio tipo B: bainhas mais finas
 Neurônio tipo C: não mielinizado
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6) Nodos de Ranvier: espaço entre as células
que formam a bainha de mielina do neurônio.
 Nervos: agrupamentos de axônios que
podem ter um extenso comprimento
pela função de transmitir as
informações ao longo do corpo.
 A partir do Sistema Nervoso Central (SNC), os
neurônios se projetam para todas as partes do
corpo, formando o Sistema Nervoso Periférico
(SNP), composto pelos nervos.
 Cone axônico: onde é gerado o
impulso elétrico.
 A intensidade do estímulo recebido pelo
neurônio determina se o impulso será
transmitido ou não (“tudo ou nada”);
 Sendo intenso o suficiente, é transmitido
ao longo do axônio em um fenômeno
denominado potencial de ação,
excitando o neurônio.
Transmissão impulso nervoso
 Bomba de NaK+: equilibra os íons
NaK
 ATPase, gasto de energia.
 Condução saltatória: menos gasto de
energia, mais velocidade e acontece
entre os Nodos de Ranvier.
 Movimentação de íons pela
membrana celular do neurônio:
 Externa (+): cátions
 Interna (-): ânions
Na+ (Sódio)
Equilíbrio de íons dentro e fora =
K+ (Potássio) Potencial de repouso -70mV
(milivolts)
Cl- (Cloreto)
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 Canais iônicos: permitem o influxo
(entrada) e efluxo (saída) dos íons.
 Proteínas;
 Fornecem a passagem dos íons através
da membrana quando seus “portões”
estão abertos;
 Abrem de acordo com estruturas e
finalidades específicas;
 Maioria abre ou fecha de acordo com a
voltagem dos íons. Ex: canais de Na+
abrem em -55mV;
 Outros dependem de um
neurotransmissor específico para abrir
ou fechar;
 Fechados “mecanicamente”: abrem em
resposta ao alongamento físico da
membrana;
 Quando se abrem, os íons se difundem
rapidamente pela membrana, gerando o
potencial de ação.
 Para o potencial de ação acontecer, a
corrente precisa ser de -55mV (limiar).
Se for menos que isso, não ocorre o
impulso elétrico.
Polaridade na membrana celular
 Despolarização: influxo de Na+
 Repolarização: efluxo de K+
Na tentativa de balancear as cargas, a
voltagem cai drasticamente para -75mV ou
menos, antes que os canais se fechem e a
bomba NaK+ volte a restituir o potencial de
repouso.
 Hiperpolarização: influxo de Cl-
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Neurotransmissão
 Sinapses: estruturas especializadas
que permitem a comunicação entre os
neurônios.
 Fenda sináptica: espaço entre
neurônios.
 Para atravessar o espaço, produz
substâncias químicas: os
neurotransmissores.
Sinapse química
 Neurotransmissores: substâncias que
estimulam ou inibem as ações dos
neurônios. São liberados pelo terminal
pré-sináptico, atravessam a fenda
sináptica e se ligam às estruturas
(canais iônicos) ligadas ao terminal
pós-sináptico.
 As entradas desses canais iônicos têm
as mesmas “formas” dos
neurotransmissores (alta
especificidade).
 São ativados pelos neurotransmissores,
se abrem e realizam as trocas iônicas.
 Canais iônicos:
 Receptores químico-dependentes
Proporcionam ação excitatória, inibitória
ou modulatória no próximo neurônio da
cadeia.
 Receptores voltagem-dependentes
(potencial de ação)
Produção dos
neurotransmissores
Ocorre no sentido Núcleo  Terminal
pré-sináptico.
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1) Transcrição do DNA pelo RNAm no
núcleo do neurônio.
2) O RNAm deixará o núcleo e entrará
no Retículo Endoplasmático Rugoso.
 Ativação do Retículo endoplasmático
para produção de proteínas.
3) O RNAm, dentro do RER, induzirá a
síntese proteica, ou seja, a produção
de um neurotransmissor.
4) Os neurotransmissores serão
transportados para o Complexo de
Golgi, e lá ficarão armazenados.
OBS: se os neurotransmissores forem
aminoácidos, serão pré produzidos no
RER e levados para o C. de Golgi e lá
serão terminados e armazenados.
5) Os neurotransmissores deixarão o
C. de Golgi dentro de vesículas e
serão transportados ao longo do
axônio do neurônio.
6) No axônio, as vesículas serão
apreendidas pela cinesina, a qual as
transportará com grande velocidade e
eficiência pelos microtúbulos até o
terminal pré-sináptico.
7) O impulso elétrico produzido pelo
neurônio se propaga ao longo do
axônio e chega no terminal pré-
sináptico.
8) Quando esse impulso elétrico chega
a esse terminal pré-sináptico, ele ativa
canais iônicos voltagem-dependentes
do tipo Ca (Cálcio).
9) Ao ser ativado, o canal de Ca abrirá
e ocorrerá um grande influxo de Ca
para o interior do terminal pré-
sináptico.
 Esse Ca se acoplará ao
citoesqueleto, fazendo com que
ele sofra uma modificação e
redução de tamanho. Isso
empurrará as vesículas em
direção à membrana do terminal
pré-sináptico.
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10) Quando as vesículas se encontram
com a membrana pré-sináptica ocorre
uma fusão, fazendo com que as
vesículas se abram e liberem seus
neurotransmissores para a fenda
sináptica.
11) Os neurotransmissores
atravessam a fenda sináptica e se
ligam a seus respectivos receptores
localizados na membrana do neurônio
pós sináptico.
12) Os receptores específicos se
ativam e ocorre o processo de trocas
iônicas no neurônio pós-sináptico.
OBS: Neurotransmissores modulatórios
podem depender de seu receptor para
determinar sua ação.
13) Uma vez na fenda, os
neurotransmissores poderão se ligar
também a receptores pré-sinápticos.
Os resultados poderão ser um
aumento da liberação de mais
neurotransmissores (up regulation) ou
uma diminuição dessa liberação de
neurotransmissores (down regulation).
14) Após um determinado tempo na
fenda os neurotransmissores serão
degradados por enzimas específicas
localizadas no meio extracelular. Ex: a
acetilcolina será degradada pela
enzima acetilcolinesterase.
15) Os neurotransmissores que não
foram degradados pelas enzimas
serão recaptados para o interior do
terminal pré-sináptico, onde serão
inseridos novamente dentro de
vesículas para serem, futuramente,
reaproveitados num novo processo de
liberação.
 Quanto mais tempo o
neurotransmissor fica na fenda,
maior será a sua ação.