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UFU - Fevereiro/2007

Thomas Hobbes nasceu em Malmesbury, In- F


glaterra, em 1588 e faleceu em 1679. Sua obra I
mais conhecida é o Leviatã, publicada em L
1651. Esta obra foi motivo de inúmeras polê- O
micas desde que veio a público por causa do S
teor ousado de suas teses principais. Dentre O
elas destacamos duas em especial: a primei- F
ra, a doutrina política deriva da sua concep- I
ção de natureza humana; a segunda, essa con- A
cepção permite o estabelecimento de um pac-
to social. Hobbes também é conhecido por ter
proferido algumas frases marcantes, como as
que se seguem: “o homem é o lobo do homem”
(Do Cidadão, de 1642) e “os pactos sem a es-
pada não passam de palavras”(Leviatã).

A partir dessas considerações,

A) relacione a primeira frase (“o homem é o


lobo do homem”) à concepção hobbesiana
de homem.

B) relacione a segunda frase (“os pactos sem


a espada não passam de palavras”) à
concepção política de Hobbes.

C) responda o que representa a espada na


segunda frase.

RESOLUÇÃO:
A) Hobbes concebe o homem como natural-
mente egoísta. A condição de natureza é
belicosa, de modo que cada um se imagi-
na (com ou sem razão), perseguido, traí-
do.
Na natureza do homem encontramos três
causas principais de discórdias (guerras):
1. A competição: leva os homens a atacar
os outros tendo em vista o lucro;
2. A desconfiança: Em defesa da seguran-
ça própria de sua vida e dos seus familia-
res, parentes...
3. A reputação: Em defesa da honra.

B) Na medida em que o homem não é sociá-


vel por natureza, ele o será por um artifí-
cio. Assim, em sua concepção política,
Hobbes fez a defesa do contrato pelo qual
os indivíduos concordam em abdicar de
sua liberdade ilimitada do estado de natu-
reza e ingressam no estado civil. Pelo pac-
to, cada um cede seus direitos naturais,
transferindo-os em favor de um homem ou
uma assembléia de homens.
Nessa sociedade civil, o Estado político
tem uma autoridade ilimitada, pois assim
preserva a vida de seus súditos, obrigan-
do-os à ordem, à paz e à obediência, afas-
tando todo e qualquer risco de morte vio-
lenta.

C) A espada representa a força. A soberania


resultante do contrato estabelecido, para
pôr fim ao caos do estado de natureza, é
absoluta, pois só uma autoridade ilimita-
da é capaz de obrigar a todos. O Estado
dotado de força é um Estado armado, ca-
paz de assegurar o respeito e a ordem.

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