ESCOLA SECUNDÁRIA DE PORTO DE MÓS

7º Ano – Língua Portuguesa

TESTE DE AVALIAÇÃO

Nome: _____________________________________ Nº.: _______ Turma: ________

Classificação: ________________________________________________________________________
Rubrica do Professor: ____________________
Assinatura do Encarregado de Educação: ______________________________________________

Ano letivo: 2011/2012 Professora: Sílvia Marques

 Este teste destina-se à avaliação dos teus conhecimentos nas competências de:
 Compreensão de leitura;
 Conhecimento explícito da língua;
 Expressão escrita.

 Esta prova é constituída por três grupos de resposta obrigatória.

 Lê atentamente todo o enunciado antes de iniciares a sua resolução.

 Todas as respostas deverão ser registadas no enunciado.

 Deves elaborar respostas completas, utilizando um vocabulário cuidado.

 Não é permitido o uso de corretor.

 Não são permitidas consultas.

5 de dezembro de 2011

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 GRUPO I
TEXTO A
Lê atentamente o texto a seguir apresentado.

A lanterna
Como eu tive Bom em Ortografia o Papá deu-me dinheiro para eu comprar o que quisesse,
e à saída da escola todos os meus colegas foram comigo à loja para eu comprar uma lanterna,
era mesmo isso que eu queria.
Fiquei muito contente por a ter comprado, pois era uma lanterna muito engraçada, já a
5 tinha visto na montra da loja sempre que ia para a escola.
– E o que vais fazer com a tua lanterna? – perguntou-me o Alceste.
– Bem, ela é bestial para brincarmos aos detetives – respondi. – Os detetives têm sempre
uma lanterna para seguir as pistas dos bandidos.
– Sim – disse o Alceste – mas eu, se o meu pai me tivesse dado tanto dinheiro para
10 comprar qualquer coisa, eu teria preferido o mil-folhas da pastelaria, porque as lanternas usam-
-se, mas os mil-folhas são deliciosos.
Todos os colegas desataram a rir e disseram ao Alceste que ele era tolo e que era eu
quem tinha razão em comprar uma lanterna.
– Vais-nos emprestar a tua lanterna? – perguntou-me o Rufus.
15 – Não – disse eu. – Se querem uma, tirem Bom em Ortografia, se forem capazes!
E nós ficámos todos aborrecidos e não dissemos mais nada.
Em casa, quando mostrei a lanterna à minha mãe, ela disse:
– Vejam só, que rica ideia! Pelo menos, com isso não nos dás cabo dos ouvidos. Vai fazer
os trabalhos de casa.
20 Subi para o meu quarto, fechei as janelas para ficar muito escuro e depois diverti-me a
projetar aquela luz redonda por toda a parte: nas paredes, no teto, debaixo dos móveis e
debaixo da minha cama, onde fui encontrar, lá no fundo, um berlinde que há muito tempo
andava à procura e que nunca teria conseguido encontrar se não tivesse a minha lanterna tão
engraçada.
25 Estava debaixo da cama, quando se abriu a porta do meu quarto, se acendeu a luz e a
Mamã gritou:
– Nicolau! Onde estás?
E quando me viu sair debaixo da cama, perguntou-me se eu tinha perdido a cabeça, o que
é que eu fazia às escuras debaixo da cama; e quando lhe expliquei que estava a brincar com a
30 minha lanterna, ela disse-me que perguntava a si mesma onde é que eu ia buscar estas ideias,
que eu a matava aos poucos (…).
Então a Mamã deu um grande suspiro, foi-se embora e eu cobri-me com o cobertor, e lá
debaixo, com a lanterna, era tão engraçado que ninguém consegue imaginar, e depois
adormeci.

2
35 E quando a Mamã me veio acordar, a lanterna estava aos pés da cama, estava apagada e
não quis voltar a acender-se!
– É claro – disse a Mamã – acabou-se a pilha e não é possível substituí-la. Paciência, vai-te
arranjar.
E enquanto tomávamos o pequeno-almoço, o Papá disse-me:
40 – Ouve, Nicolau, para de choramingar. Que te sirva de lição: gastaste o dinheiro que eu te
dei para comprar uma coisa de que não precisavas e que depressa se estragou. Isso ensina-te
a seres mais responsável.
Pois bem, esta noite, o Papá e a Mamã vão ficar muito contentes por verem como eu fui
responsável. Na escola, troquei com o Rufus a minha lanterna que já não trabalha por um apito
45 muito engraçado, e que trabalha muito bem!

Sempé–Goscinny, As Aventuras do Menino Nicolau, Lisboa, Editorial Teorema,1991.

Responde às questões apresentadas.

1. Reconta, com o número máximo de trinta e cinco palavras, o episódio narrado.

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2. Refere dois espaços em que se desenrola a ação do texto.

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2.1. Ilustra a tua resposta com duas passagens textuais.

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3. Copia do texto uma expressão que localize os acontecimentos narrados no tempo.

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4. Classifica o narrador quanto à presença na ação que narra.

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4.1. Justifica a tua resposta, transcrevendo:

a. dois pronomes pessoais: __________________________________________________
b. dois determinantes possessivos: ____________________________________________
c. duas formas verbais: _____________________________________________________

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5. Apresenta a lista de personagens desta história.
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

5.1. Classifica-as quanto ao relevo, completando o esquema.

a. ___________________________________: Nicolau.
b. Personagens secundárias: _________________________________________________
______________________________________________________________________________
c. _____________________: ___________________________.

5.2. Caracteriza psicologicamente a personagem Nicolau (indica, no mínimo, três características).

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______________________________________________________________________________
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6. Explica o significado das expressões sublinhadas:

a. «(…) perguntou-me se eu tinha perdido a cabeça (…)» (linha 28).
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b. «(…) ela disse-me (…) que eu a matava aos poucos (…)» (linhas 30-31).
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7. Seleciona a resposta correta.

7.1. Na expressão sublinhada:«(…) diverti-me a projetar aquela luz redonda por toda a
parte: nas paredes, no teto, debaixo dos móveis e debaixo da minha cama (…)» (linhas 20-22),
ocorre o seguinte recuso estilístico:
a.  Enumeração.
b.  Adjetivação.
c.  Comparação.
d.  Personificação.

7.2. Com esta figura de estilo, o narrador pretende reforçar:

a.  que Nicolau projetou a luz da sua lanterna apenas debaixo do mobiliário.
b.  que Nicolau projetou a luz da sua lanterna apenas em alguns locais do quarto.
c.  que Nicolau projetou a luz da sua lanterna por todo o quarto.
4
 d.  que Nicolau projetou a luz da sua lanterna por toda a parede.

TEXTO B
Lê o artigo seguinte, publicado numa revista juvenil.

A eletricidade que vem das ondas

eletricidade

eletricidade

eletri-
c
elétrica.
a.

eletricidade

1. Assinala com X a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.

1.1. Este artigo foi escrito para os leitores da revista ficarem a saber que, em Portugal,

a.  as ondas do norte do país produzem mais energia elétrica que as do sul.

b.  o movimento das ondas vai ser transformado em eletricidade.
c.  a eletricidade que vem das ondas permite ligar mais televisores.

5
 d.  os parques de ondas devem ter sempre um nome de serpente.
1.2. A pergunta «Como é isto possível?» (linha 4) prepara o leitor para a explicação acerca

a.  da localização do Parque de Ondas Pelamis.

b.  do efeito das tempestades de inverno no mar.
c.  da redução de emissões de dióxido de carbono.
d.  do funcionamento da máquina transformadora.

1.3. A pergunta «Será esta mais uma fonte energética do futuro?» (linha 15) aparece no final do
artigo, porque a jornalista quer que o leitor

a.  fique a pensar no que leu acerca da energia das ondas.

b.  leia mais uma vez o artigo acerca da energia das ondas.
c.  responda a dizer o que pensa sobre a energia das ondas.
d.  memorize toda a informação sobre a energia das ondas.

2. Numera, de 1 a 5, os assuntos registados no quadro, de acordo com a ordem da sua apresentação no

artigo (linhas 1 a 15).

Funcionamento da máquina.
Aspeto da máquina.
Vantagens da eletricidade produzida.
Dificuldades a enfrentar
Localização do Parque das Ondas.

GRUPO II

1. Lê os vários significados da palavra revista, tal como aparece no dicionário.

Revista n.f.

1. análise cuidadosa com o objetivo de encontrar alguma coisa;

2. inspeção de tropas em formatura;

3. publicação periódica com escritos diversos (reportagens, entrevistas, etc.), normalmente com ilustrações;

4. espetáculo teatral de variedades, com números musicais, no qual, em tom de humor ou de sátira, se alude
a figuras públicas e a acontecimentos da atualidade.

1.1. Escolhe, de entre os significados apresentados no dicionário (1 a 4), o que se adequa a cada
frase e escreve o seu número na quadrícula correspondente.

a.  Ontem, os meus pais foram ver uma revista no teatro da vila.

b.  Eu fiquei, aqui por casa, a ler aquela revista que me emprestaste.

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 c.  Há cães treinados para passar revista às malas nos aeroportos.

2. Reescreve o texto apresentado, pontuando-o corretamente.

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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3. Indica as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes assinalados nas frases.

3.1. «Ao longe, parece mesmo uma gigantesca serpente vermelha (…)».
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3.2. Para já, o Parque de Ondas Pelamis, localizado a cinco quilómetros da Praia da Aguçadora
(…)».
_____________________________________________________________________

3.3. «(…) mais de mil famílias vão poder acender a luz, ligar o computador (…)».
_____________________________________________________________________

4. Identifica a conjunção e/ou a locução coordenativa que está presente em cada uma das frases
seguintes:

a. «Até tem nome de cobra (…) mas é uma máquina que transforma a energia (…)».

b. «(…) chama-se Pelamis e transforma a energia das ondas em eletricidade».

c. A energia das marés é limpa, logo, é renovável.

5. Seleciona a resposta correta.

5.1. O elemento de ligação utilizado na frase a. exprime uma ideia de:
a.  alternância;
b.  adição;
c.  oposição.
d.  conclusão.

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 5.2. O elemento de ligação utilizado na frase c. exprime uma ideia de:
a.  alternância;
b.  adição;
c.  oposição.
d.  conclusão.

5.3. O elemento de ligação utilizado na frase a. pode ser substituído pelo seguinte vocábulo de
valor semelhante:
a.  todavia;
b.  pois;
c.  ou;
d.  portanto.

6. Divide e classifica as orações que constituem a frase b..

__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

7. Completa a frase abaixo apresentada, selecionando, de entre as palavras indicadas (e / pois / mas), a única
que pode preencher corretamente o espaço.

7.1. A eficiência energética é um problema atual ___________muito importante.

8. Das seguintes palavras ou expressões (no entanto / nem / contudo) só uma não pode completar o
espaço em branco na frase:
A energia das ondas é inovadora, _________________ pode revelar-se determinante.

8.1. Identifica-a: _____________________________________________________________

9. Indica o processo de formação das palavras apresentadas.
9.1. gigantesca: ______________________________________________________________
9.2. reluzir: _________________________________________________________________
9.3. antienergético: ___________________________________________________________
Num texto bem estruturado, com um número mínimo de 150 e um número máximo de 200
palavras, narra uma aventura que tenhas vivido, envolvendo um objeto importante para ti.
Podes referir, por exemplo:
o que ocorreu;
 quando ocorreu;
 objeto e sua importância para a história;
 intervenientes e sua reação;
 desfecho do acontecimento;
…

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FIM