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Histórico: evolução e importância da orientação educacional

Antes do século XX, já havia esse tipo de atividade nas escolas. No início da
década de 1970, ela foi reconhecida como profissão. A diferença é que naquela
época, a orientação era mais voltada à adequação do estudante ao ambiente
escolar, e tinha um enfoque mais clínico-terapêutico.

“O orientador ficava numa salinha e atendia, individualmente, cada estudante


com problemas de comportamento, a partir de um trabalho individualizado
para auxiliar na adaptação desse estudante ao meio escolar”, explica Meg.

A profissão evoluiu e se aperfeiçoou. Com isso teve sua concepção modificada.


Deixou de ter um enfoque clínico-terapêutico e passou a ter uma atuação mais
crítica, focada na prevenção e no trabalho coletivo. Assim, a orientação
educacional se desenvolveu numa perspectiva preventiva em relação aos
problemas educacionais, com uma intervenção mais concreta no processo de
ensino-aprendizagem.

Uma de suas principais atuações é na mediação das relações entre professor–


estudante–família para melhorar o processo ensino-aprendizagem. “O trabalho
que um orientador faz hoje nas escolas visa, por exemplo, a evitar situações
de bullying, gravidez na adolescência e outras formas de violência, até mesmo
física, ou seja, a orientação saiu do enfoque mais psicológico e direcionado ao
indivíduo para um atendimento focado na coletividade”, explica a diretora.

Atualmente, os estudantes são atendidos, principalmente, em sessões


coletivas, na perspectiva da prevenção dos problemas que possam causar
entraves no processo ensino-aprendizagem. “Assim, em reconhecimento ao
importante papel pedagógico desempenhado por esses profissionais, e graças
à luta da categoria e do Sinpro-DF, eles saíram da carreira da Assistência à
Educação para a carreira do Magistério e passaram a integrar a equipe
pedagógica da escola”, lembra Meg.

O fato é que os orientadores educacionais saíram das salinhas isoladas para


uma ação coletiva e preventiva e, hoje, participam das coordenações coletivas
semanais, às quartas-feiras; têm sua própria reunião coletiva, com seus pares,
para discutir a orientação educacional que, geralmente, ocorre nas sextas-
feiras de manhã, momento em que trocam experiências e realizam estudos de
caso.

Todavia, somente após meados dos anos 1990 é que a orientação educacional
teve um impulso maior, com a realização de concursos públicos, o que
garantiu o início da ampliação do número de orientadores educacionais na rede
pública de ensino do DF. O Sinpro-DF luta para que o governo cumpra o Plano
de Carreira, no qual há a proposta de aumentar o número de cargos de
orientador educacional de 1.200 para 1.800 e que para cada 300 estudantes
haja um orientador.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também luta


para que uma das reivindicações históricas dos orientadores educacionais seja
materializada: é a luta pelo direito à aposentadoria especial, assim como
ocorre com os professores. Trata-se de uma luta nacional, visto que o
orientador educacional ficou de fora por uma decisão equivocada do Supremo
Tribunal Federal (STF).

“A evolução da orientação educacional se deve à luta da categoria no passado.


Nós, da diretoria colegiada do Sinpro-DF, entendemos que essa luta deve ser
fortalecida para que, em vez de regredir, avancemos. E isso só irá acontecer
se estivermos mobilizados e unificados, participantes e atuantes nas ações e
atividades desenvolvidas pelo nosso sindicato. Orientador e orientadora,
precisamos estar juntos e unidos nesse combate contra a retirada de direitos”,
finaliza.

Fonte: SINPRO-DF

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