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MANIFESTO JONAS LEITE - 07/05/2021

A atuação de um parlamentar é pautada pelo compromisso social de representar os anseios


e necessidades de todo e qualquer cidadão. Por isso, cada iniciativa política deve ser
pensada e embasada em critérios rígidos, que respeitem o dinheiro investido pela
sociedade na manutenção do Estado.

Engana-se, porém, quem pensa ser uma tarefa fácil representar o povo na Casa Legislativa.
É preciso muito amor e coragem para enfrentar tal desafio e foi baseado nesses
sentimentos que ingressei na vida política, há mais de dez anos.

Desde o início do meu mandato, tenho sofrido com acusações e inverdades oriundas dos
mais diversos nichos sociais, tanto da parte de políticos eleitos, quanto de representantes
da sociedade civil. Sinto-me, portanto, obrigado a desmentir essas atitudes, que
contaminam não apenas a percepção dos meus eleitores, como de todos que conhecem a
minha história.

Recentemente, declarei voto contrário ao projeto de construção das casas populares. Não
pelo mérito da causa, obviamente. O financiamento estatal de moradia digna para os mais
necessitados é de grande valia para a sociedade brasileira, na qual grande parte da
população infelizmente ainda carece de um lar digno e confortável para viver com sua
família.

Não posso, porém, como parlamentar, permitir que esse e outros projetos tenham a minha
aprovação sem que, antes, eu possa analisar todas as variáveis que os envolvem -
principalmente a questão do zelo e do respeito com os cofres públicos. No nosso caso, não
foi possível uma análise criteriosa de razoabilidade do valor investido na obra. Não
pudemos, por exemplo, comparar o valor a ser investido com o que foi aplicado por outros
governos municipais em obras de mesma natureza. Por isso e em respeito ao dinheiro
público, que financia, inclusive, a minha atuação enquanto parlamentar, votei contra o
projeto.

É óbvio que, na democracia vicenciana de um lado só, este ato foi utilizado como
instrumento eleitoral para atingir a minha imagem e ferir a minha trajetória política. Isso não
será suficiente, porém, para me intimidar - pelo contrário.

Não hesitarei em me posicionar criticamente quanto a iniciativas do Poder Executivo que


tentam ser aprovadas a toque de caixa (como temos observado nos últimos meses),
cerceando o trabalho fiscalizador dos vereadores da Câmara Municipal de São Vicente de
Minas.

Não fugirei do meu dever cívico em representar, baseado na minha ética cidadã e nos
princípios que norteiam a Administração Pública, todo e qualquer cidadão deste Município,
que paga impostos e mantém a máquina pública girando, o que faz com que nós,
vereadores eleitos, tenhamos de ser tão críticos, éticos e zelosos, quanto possível.

Que Deus nos abençoe.

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