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SSUAL CIVIL.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NO AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. RECURSO MANEJADO
SOB A ÉGIDE DO NCPC. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA AOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO DENEGATÓRIA DE
ADMISSIBILIDADE DE RECURSO
ESPECIAL. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS
PRECONIZADOS PELO ART. 932,
III, DO NCPC. RECURSO INTEGRATIVO ANTERIORMENTE
DEDUZIDO. CARÁTER
PROTELATÓRIO AFASTADO. MULTA EXCLUÍDA.
INTEGRATIVO ACOLHIDO. EFEITOS
INFRINGENTES.
1. Aplicabilidade do NCPC ao caso concreto ante os termos
do
Enunciado Administrativo nº 3, aprovado pelo Plenário do
STJ na
sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com
fundamento no
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de
março de
2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade
recursal na
forma do novo CPC.
2. Esta egrégia Corte Superior já proclamou que os
embargos de
declaração constituem a via adequada para sanar omissões,
contradições, obscuridades ou erros materiais do decisório
embargado, admitida a atribuição de efeitos infringentes
apenas
quando esses vícios sejam de tal monta que a sua correção
necessariamente infirme as premissas do julgado (EDcl no
AgRg no
EREsp nº 747.702/PR, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, Corte
Especial ,
DJe de 20/9/2012). É o caso.
3. Na espécie, após análise mais acurada dos autos,
verificou-se que
o acórdão embargado, ao aplicar a multa do art. 1.026, §
2º, do
NCPC deixou de observar a ausência de caráter protelatório
do
primeiro recurso integrativo, tendo em conta que não há
como
desconsiderar o fato de que SERGIO e outros, de fato,
foram vítimas
de uma fraude, e por isso buscaram defender seu direito à
moradia,
alçada pela atual Constituição Federal como direito
fundamental do
ser humano.
4. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos
infringentes, para
excluir a multa que foi imposta aos ora embargantes .
Acórdão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas,
acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior
Tribunal de
Justiça, por unanimidade, acolher os embargos de
declaração, com
efeitos modificativos, nos termos do voto do Sr. M
V. Segundo a jurisprudência do STJ, "é inadmissível o
recurso
especial quando o acórdão recorrido assenta em mais de
um fundamento
suficiente e o recurso não abrange todos eles, bem como
quando
deficiente a fundamentação recursal (Súmula 283 e 284 do
STF, por
analogia)" (STJ, AgRg no REsp 1.554.761/RO, Rel. Ministro
MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de
22/03/2016).
V. O Tribunal de origem, com base no exame dos
elementos fáticos dos
autos, concluiu que "não há indícios de ingresso de animal
na
pista" e que "o acidente de trânsito, em razão da perda do
controle
da direção do veículo pelo condutor, ocorreu por 'culpa
exclusiva da
vítima', circunstância excludente de responsabilidade da
fornecedora do serviço (artigo 14, § 3º, inciso II, do Código
de
Defesa do Consumidor)". Destacou, ainda, à luz do laudo
pericial
produzido nos autos, que "não restou demonstrado que a
amputação da
perna do autor decorreu das bordas existentes no
atenuador de
impacto instalado junto à defensa metálica", destacando,
por fim,
que o "'elemento de proteção e segurança EPS' estava
conforme as
normas técnicas". Portanto, considerando a fundamentação
do acórdão
objeto do Recurso Especial, os argumentos utilizados pela
parte
recorrente, no sentido de que o réu não foi capaz de se
desincumbir
da prova do fato extintivo do seu direito, somente
poderiam ter sua
procedência verificada mediante o necessário reexame de
matéria
fática.
VI. Agravo interno improvido.
Acórdão
Vistos e relatados estes auto
MINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO
NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
CIVIL PÚBLICA.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COLETIVOS E POR
DANOS MORAIS AOS PAIS
DE CRIANÇA INDÍGENA, FALECIDA EM DECORRÊNCIA DE
ALEGADA DEFICIÊNCIA
DE SERVIÇO DE PRESTAÇÃO DE SAÚDE. LEGITIMAÇÃO
EXTRAORDINÁRIA DO
PARQUET. ARTS. 129, V E IX, DA CF/88 E 37, II, DA LEI
COMPLEMENTAR
75/93. RELEVÂNCIA DO BEM JURÍDICO TUTELADO.
VULNERABILIDADE DOS
ÍNDIOS E DA COMUNIDADE INDÍGENA. PRECEDENTES DO
STJ. AGRAVO INTERNO
IMPROVIDO.
I. Agravo interno aviado contra decisão que julgara recurso
interposto contra decisum publicado na vigência do
CPC/2015.
II. Na origem, trata-se de Agravo de Instrumento
interposto pelo
Ministério Público Federal contra decisão do Juízo de 1º
Grau, que,
em Ação Civil Pública ajuizada pelo Parquet em face da
Fundação
Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul (Hospital
Regional do Mato
Grosso do Sul, com atuação pelo SUS) e da União Federal -
com o
objetivo de obter a condenação das rés ao pagamento de
indenização
por danos morais coletivos e individuais, em decorrência do
óbito de
menor indígena, pertencente à tribo Ofayé-Xavante, em
face de má
prestação de serviço médico -, reconheceu a ilegitimidade
ativa do
autor da ação "para pedir eventual dano moral sofrido pelos
pais da
menor falecida", por se tratar de direito individual
disponível e
divisível de indígena, extinguindo parcialmente o processo,
quanto
às duas rés, relativamente ao aludido pedido. Reconheceu,
ainda, a
ilegitimidade passiva ad causam da União para responder
pelo aludido
dano moral individual aos pais da criança indígena,
porquanto, a
inicial não lhe imputa "qualquer ato/conduta específica (...)
que
gerasse sua responsabilidade pelo atendimento dado à
criança pelo
Hospital Regional". Determinou-se o prosseguimento do
feito contra a
União, quanto ao pedido de indenização pelo dano moral
coletivo. O
acórdão recorrido negou provimento a

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