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“Relatório de Avaliação de Risco Preliminar

e Definição de Ações de Controle”


MA/12610/ACH
Rua Aprovada Novecentos e Sessenta e Dois, no bairro da Alemoa, em Santos – SP

Servmar Serviços Técnicos Ambientais Ltda.

São Paulo, 14 de maio de 2013.


MA/12610/13/ACH - As informações contidas neste relatório são confidenciais.

Servmar Serviços Técnicos Ambientais Ltda.


Av. Ceci, 2.206 – Planalto Paulista – São Paulo/SP – 04065-004 – Fone: (11) 5070-6955
 
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ....................................................................... 1


2. HISTÓRICO AMBIENTAL DA ÁREA ............................................................. 3
3. SÍNTESE DE RESULTADOS DOS ESTUDOS ANTERIORES...................... 4
4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE HUMANA –
FEVEREIRO DE 2012 ........................................................................................ 5
5. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO........................................................ 10
6. AÇÕES PARA O DETALHAMENTO DO DIAGNÓSTICO............................ 11
7. EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 12
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 12

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1.1 Localização da área de estudo ......................................................... 2


Figura 4.1 Concentrações mais elevadas dos compostos detectados acima dos
limites de intervenção da CETESB .................................................................... 6
Figura 4.2 Área de restrição para uso de água subterrânea .............................. 9
Figura 4.3 Configuração das plumas de indeno(1-2-3-cd)pireno ....................... 9

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 4.1 principais resultados obtidos no relatório “Investigação Ambiental


Detalhada e Avaliação de Risco” ....................................................................... 8

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1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

A SERVMAR Serviços Técnicos Ambientais Ltda. contratada pela Prefeitura


Municipal de Santos (Contrato 54/2013) apresenta o “Relatório de Avaliação de
Risco Preliminar e Definição de Ações de Controle” nas áreas do atual
transbordo e antigo lixão desativado, situadas na Rua Aprovada Novecentos e
Sessenta e Dois, no bairro da Alemoa, em Santos – SP (Figura 1.1).

Conforme solicitado pela Prefeitura Municipal de Santos, este relatório


apresenta, a partir dos estudos anteriores, um resumo dos principais resultados
obtidos e considerando os riscos à saúde humana apontados na Investigação
Ambiental Detalhada e Análise de Risco realizada pela empresa Planterra
Ambiental Ltda. em fevereiro de 2012 e propõe medidas de controle do risco e
ações complementares.

O Anexo 01 apresenta uma cópia da ART (Anotação de Responsabilidade


Técnica) emitida para a execução dos serviços.
   


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2. HISTÓRICO AMBIENTAL DA ÁREA

O Histórico da área é apresentado a partir de informações compiladas dos


estudos anteriores, bem como em informações esclarecidas com técnicos da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMAM, da Prefeitura Municipal de
Santos.

Desde 1972 o Aterro Alemoa recebe a destinação final dos resíduos sólidos do
município de Santos, situado na Rua Aprovada Novecentos e Sessenta e Dois,
no bairro da Alemoa, em Santos – SP. A área pertencente ao Patrimônio da
União foi solicitada pela Prefeitura Municipal de Santos.

O Aterro Alemoa está localizado em área de mangue com aproximadamente


400.000 m². Segundo informações fornecidas pela SEMAM, estima-se que
foram acondicionados cerca de 10.000.000 toneladas de resíduos, oriundos de
áreas domiciliares, comerciais e serviço de saúde. Apesar de não haver
registros de acondicionamento de resíduos industriais, esta hipótese não está
descartada.

Entre os anos de 72 e 76 o resíduo coletado (domiciliar e comercial) era


disposto sem controle próximo à entrada do aterro. A partir 1976 o resíduo
passou a ser espalhado e compactado, visando um melhor aproveitamento do
terreno.

A disposição de resíduo foi realizada continuamente sobre camadas


sucessivas, utilizando como cobertura de cada camada areia de praia. O
processo de coleta seletiva, tratamento e disposição final adequada para
resíduos de serviço de saúde iniciaram-se em 1989. No ano seguinte instalou-
se na área o assentamento populacional denominado Vila dos Criadores.

No ano de 1998 ocorreram obras visando mudanças para melhores condições


e maior controle ambiental da área. Foram instalados poços para queima de
gases, drenos para captação e escoamento de chorume e drenagens
superficiais, além da reconfiguração dos taludes do aterro. Nos estudos
realizados, não há informações sobre monitoramentos e descarte do chorume.

Em 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo determinou a


desativação do Aterro Alemoa. A destinação final dos resíduos sólidos urbanos
passou a ser realizada no Aterro Sanitário Sítio das Neves, situado a cerca de
32 km. Visando solucionar o problema da distancia entre o município de Santos
e o Aterro Sítio das Neves, em parte do Aterro Alemoa foi criada uma área de
transbordo.

Em 2007, após realização de audiência entre a Prefeitura municipal de Santos,


Ministério Publico Estadual, CETESB e Prodesan, foram definidas medidas
para recuperação da área, condicionando a utilização da área de transbordo.
Nos estudos realizados, não há informações que elencam ou detalham sobre
estas medidas de recuperação.

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3. SÍNTESE DE RESULTADOS DOS ESTUDOS ANTERIORES

Os resultados obtidos nas investigações ambientais realizadas anteriormente,


na área do Aterro Alemoa, indicaram a existência de concentrações de
compostos inorgânicos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos superiores
aos padrões de referência estabelecidos pela CETESB, no solo e na água
subterrânea. Os relatórios utilizados como base para concepção deste projeto
de remediação, já foram protocolados na CETESB, encontram-se listados a
seguir:
 Avaliação Ambiental Preliminar e Plano de Trabalho para Avaliação
Ambiental Confirmatória – Aterro da Alemoa (CRA – Conestoga-Rovers
e Associados Engenharia Ltda.), em setembro/2008.
 Avaliação Ambiental Preliminar Ambiental (Planterra Ambiental Ltda.),
em setembro/2011.
 Investigação Ambiental Detalhada e Análise de Risco (Planterra
Ambiental Ltda.), em fevereiro/2012.

Conforme o estudo “Investigação Ambiental Detalhada e Análise de Risco”.


Planterra Ambiental Ltda., as amostras de solo, analisadas para os parâmetros
metais, nitrito, nitrato, fosfato, nitrgenio amoniacal, sódio, cálcio, magnésio,
compostos orgânicos voláteis e semi-volateis, TPH total, PCB e pesticidas
tiveram seus resultados comparados com os Valores de Intervenção da
CETESB para o cenário residencial e apenas o zinco resultou superior ao
padrão de referência no ponto de amostragem de solo relativo ao PM-01.
Observou-se que este ponto localiza-se próximo ao Rio Casqueiro em área
propicia a alagamentos.

Nas amostras de água subterrânea, observaram-se concentrações de alumínio,


arsênio, bário, boro, chumbo, cobalto, cromo, fero, mangânes, níquel e sódio
acima do padrão de referencia da CETESB. Observa-se que em áreas de
disposição de resíduos sólidos, a dissolução de metais pode ocorrer facilmente
devido a acidez da área.

Além das concentrações de compostos inorgânicos, observaram-se


concentrações do hidrocarboneto policíclico aromático indeno(1-2-3-cd)pireno
superiores ao padrão de referencia da CETESB (0,17 µg/L). O PM-01
apresentou concentração de 0,22 µgL e o PM-12 apresenta concentração igual
o limite estabelecido pela CETESB, 0,17 µg/L.
Com base nestes resultados, foi realizada pela empresa Planterra, uma
Avaliação de Risco à Saúde Humana, cujos resultados são detalhados no item
seguinte.


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4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DE RISCO À SAÚDE HUMANA –
FEVEREIRO DE 2012

Este item descreve os principais resultados obtidos na Investigação Ambiental


Detalhada e Análise de Risco realizada pela empresa Planterra Ambiental Ltda.
em fevereiro de 2012, de modo a destacar os riscos à saúde humana
apontados.

Conforme o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB, a


identificação e quantificação de riscos resultantes da ação de agentes
estressores de natureza física, química e/ou biológica num dado sistema
ambiental, que afetam direta ou indiretamente à saúde humana.

O processo de Avaliação de Risco contempla a simulação de vários cenários


de exposição, incluindo sempre um cenário conservativo (no mínimo), com o
objetivo de garantir que os riscos associados à saúde humana não sejam
subestimados. As ações de gerenciamento compreendem a avaliação crítica
do comportamento e transporte dos contaminantes eventualmente lançados no
meio ambiente.

A metodologia da Avaliação de Risco utilizada neste estudo têm como base o


procedimento descrito no RAGS - Risk Assessment Guidance for Superfund -
Volume I - Human Health Evaluation Manual (Part A) (US.EPA, 1989) para
quantificação da exposição e do risco, bem como as equações de Domênico
(1987) para transporte de contaminantes em meio saturado, o modelo de Jury
e Johnson (1991) para transporte de contaminantes em meio não saturado e
Johnson e Etinger (1992) para intrusão de vapores.

O conceito fundamental de avaliação de risco baseia-se em três componentes


essenciais: contaminantes perigosos, vetores de exposição e receptores.
Todos estes devem estar presentes para que exista risco. As ferramentas de
suporte utilizadas para avaliação dos riscos foram as planilhas para cálculo do
risco publicadas pela CETESB em outubro de 2009 (disponível em
www.cetesb.sp.gov.br).

Esta ferramenta permite o estabelecimento de concentrações limites para os


compostos de interesse na área de estudo, assegurando que os receptores
identificados não estejam expostos a riscos crônicos à saúde humana, de
acordo com os critérios de risco adotados, auxiliando na tomada de decisões e
na elaboração de ações, metas de remediação e avaliação de áreas
contaminadas.

O desenvolvimento do estudo baseia-se na execução de quatro fases


principais, que resultam numa avaliação dos riscos provocados pela exposição
ao contaminante que seja cientificamente defensável. Estas fases são divididas
em coleta e avaliação de dados, avaliação de exposição, análise de toxicidade


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e caracterização de risco, e estão de acordo com as propostas estabelecidas
pela United States Environment Protection Agency – USEPA (1989).

Na Investigação Ambiental Detalhada e Análise de Risco realizada pela


empresa Planterra Ambiental Ltda. em fevereiro de 2012, foram realizadas
simulações visando à determinação de concentrações máximas aceitáveis
(CMA) para o Aterro Alemoa, as quais são utilizadas para apontar a existência
de risco à saúde humana. Para determinar o CMA foram utilizadas as
concentrações mais elevadas dos compostos detectados acima dos limites de
intervenção da CETESB (Figura 4.1).

 2Figura 4.1 Concentrações mais elevadas dos compostos detectados


acima dos limites de intervenção da CETESB

Fonte: Planterra, 2012

O relatório “Investigação Ambiental Detalhada e Avaliação de Risco” identificou


como principais receptores: trabalhador comercial e industrial, trabalhador em
obras civis e de escavação e residencial urbano. E considera as seguintes vias
de exposição para a área:

 Para o trabalhador comercial e industrial, pelo contato dérmico com solo


e pela ingestão de água subterrânea a partir da lixiviação do solo, e pela
inalação de vapores em ambientes abertos e fechados, que por ventura

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possam atravessar a zona vadosa e atingir a superfície, contato dérmico
a partir da ingestão da água subterrânea considerando estes cenários
reais.

 Para o trabalhador em obras civis e de escavação, pelo contato dérmico


com solo e pela ingestão de água subterrânea a partir da lixiviação do
solo, e pela inalação de vapores em ambientes abertos e fechados, que
por ventura possam atravessar a zona vadosa e atingir a superfície,
contato dérmico a partir da ingestão da água subterrânea considerando
estes cenários reais.

 Para o receptor residencial urbano, pelo contato dérmico com solo,


ingestão de vegetais e ingestão de água subterrânea a partir da
lixiviação do solo, e pela inalação de vapores em ambientes abertos e
fechados, que por ventura possam atravessar a zona vadosa e atingir a
superfície, contato dérmico a partir da ingestão da água subterrânea
considerando estes cenários reais.

A Tabela 4.1 apresenta os principais resultados obtidos no relatório


“Investigação Ambiental Detalhada e Avaliação de Risco”. Nota-se o
apontamento de risco à saúde humana, havendo a necessidade de
detalhamento do diagnóstico, da realização de medidas de gerenciamento do
risco e de ações preliminares de controle.

Os resultados apontaram possibilidade de incidência de risco carcinogênico


para a ingestão de água subterrânea com arsênio por receptores trabalhadores
comerciais e industriais on-site e off-site. Para receptores trabalhadores
comerciais e industriais on-site foram verificadas possibilidades de incidência
de risco não carcinogênico para ingestão de água subterrânea com chumbo,
cobalto, ferro e manganês.

Para receptores trabalhadores de obras civis on-site, foi verificada a


possibilidade de incidência de risco carcinogênico e não carcinogênico para
ingestão de água subterrânea com arsênio e somente carcinogênico para
ingestão de água subterrânea com chumbo, cobalto, ferro e manganês.

Para os receptores residenciais crianças on-site, foi verificada a possibilidade


de incidência de risco carcinogênico e não carcinogênico para ingestão de
água subterrânea devido a lixiviação de solo com zinco. Os resultados também
apontaram possibilidade de incidência de risco carcinogênico e não
carcinogênico para a ingestão de água subterrânea com arsênio on-site e off-
site e somente não carcinogênico para ingestão de água subterrânea com
alumínio, chumbo, cobalto, ferro e manganês on-site.

Os resultados apontaram possibilidade de incidência de risco carcinogênico e


não carcinogênico para a ingestão de água subterrânea com arsênio por
receptores residenciais adultos on-site e somente não carcinogênico para

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ingestão de água subterrânea com chumbo, cobalto, ferro e manganês.
Também foi verificada a possibilidade de incidência de risco carcinogênico para
contato dérmico com indeno(1-2-3-cd)pireno.

1Tabela 4.1 principais resultados obtidos no relatório “Investigação Ambiental


Detalhada e Avaliação de Risco”
receptor risco SQI
trabalhador industrial e ingestão de água sub. com
comercial efeitos carcinogênico e não arsênio
(on-site e off-site) carcinogênico
trabalhador industrial e chumbo
comercial ingestão de água sub. com cobalto
(on-site) efeitos não carcinogênico ferro
manganês
ingestão de água sub. com
efeitos carcinogênico e não arsênio
carcinogênico
trabalhadores de obras civis
e escavação chumbo
(on-site) ingestão de água sub. com cobalto
efeitos não carcinogênico ferro
manganês
ingestão de água sub. a partir
residencial – criança
de lixiviação do solo com zinco
(on-site)
efeitos não carcinogênico
ingestão de água sub. com
residencial – criança
efeitos carcinogênico e não arsênio
(on-site e off-site)
carcinogênico
alumínio
chumbo
residencial – criança ingestão de água sub. com
cobalto
(on-site) efeitos não carcinogênico
ferro
manganês
ingestão de água sub. com
efeitos carcinogênico e não arsênio
residencial - adulto carcinogênico
(on-site e off-site) chumbo
cobalto
ingestão de água sub. com
ferro
efeitos não carcinogênico
residencial - adulto
manganês
(on-site)
residencial - adulto contato dérmico com efeitos indeno(1,2,3-
(on-site e off-site) carcinogênicos cd)pireno

Avaliando os resultados obtidos para os compostos inorgânicos, observa-se


que os riscos identificados são associados à ingestão de água subterrânea e
pode ser gerenciado através da restrição de uso da água subterrânea no Aterro
Alemoa e entorno. A Figura 4.2 apresenta a área de restrição.

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3Figura 4.2 Área de restrição para uso de água subterrânea
 

Fonte: Planterra, 2012

Avaliando a configuração das plumas de indeno(1-2-3-cd)pireno (Figura4.3) e


os potenciais riscos identificados, deve-se adotar remediação visando o
abatimento da massa de contaminantes até sejam detectadas concentrações
inferiores aos CMAs calculados para as áreas.

4Figura 4.3 Configuração das plumas de indeno(1-2-3-cd)pireno

Fonte: Planterra, 2012


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5. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO

Considerando o cenário definido na Investigação Ambiental Detalhada e


Análise de Risco realizada pela empresa Planterra Ambiental Ltda e
compilados na Tabela 4.1, observa-se que, resumidamente, foram apontados
riscos à saúde humana por:

 ingestão de água por receptores diversos relativos a metais diversos.


 contato dérmico com a água para receptor residencial - adulto (on-site e
off-site) relativo ao composto indeno(1-2-3-cd)pireno.

A medida imediata de controle do risco proposta em relação à ingestão de


água é assegurar que não haja poços de captação, bem como registros de
consumo da água subterrânea como forma de abastecimento por parte de
qualquer receptor e via de exposição na “Área de restrição de uso da água
subterrânea no Aterro Alemoa e entorno”, definida na Investigação Ambiental
Detalhada e Análise de Risco realizada pela empresa Planterra Ambiental Ltda
e reapresentada na Figura 4.2.

Em relação ao risco por contato dérmico com a água para receptor residencial -
adulto (on-site e off-site) relativo ao composto indeno(1-2-3-cd)pireno, deve-se
observar que, conceitualmente, o risco somente se efetiva no caso do receptor
estar realmente exposto a este contato. Ou seja, se a pluma estiver delimitada
dentro da área do Aterro, onde não há residentes e não houver processos que
envolvam o uso da água contaminada com o indeno(1-2-3-cd)pireno, o risco
está bloqueado.

A medida imediata de controle do risco proposta em relação ao contato


dérmico com a água para receptor residencial - adulto (on-site e off-site)
relativo ao composto indeno(1-2-3-cd)pireno é que a pluma seja controlada
dentro dos limites do Aterro, que residentes não frequentem a área de
ocorrência da pluma e que seja assegurado que não haja poços de captação
de água, nem processos que envolvam o uso da água contaminada com o
indeno(1-2-3-cd)pireno.

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6. AÇÕES PARA O DETALHAMENTO DO DIAGNÓSTICO

Com base nos resultados apresentados, observa-se a necessidade de ações


de detalhamento do diagnóstico ambiental para prosseguir com o
gerenciamento de áreas contaminadas, definido pelo Manual de
Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB.

Avaliando o cenário atual a SERVMAR recomenda:

 Instalação de poços de monitoramento, visando delimitar as plumas de


indeno(1-2-3-cd)pireno.

 Instalação de poços multiníveis, objetivando o dimensionamento vertical


das plumas de contaminação identificas no relatório de “Investigação
Ambiental Detalhada e Avaliação de Risco” – Planterra, 2012.

 Descrição das condições atuais do sistema e processo de escoamento


de chorume.

 Avaliação da integridade construtiva da rede de poços de


monitoramento.

 Coleta de amostras de água subterrânea, em todos os poços da rede de


monitoramento, utilizando equipamento de baixa vazão e seguindo os
procedimentos de amostragens e especificações técnicas preconizadas
pela CETESB, no manual de amostragem de águas da CETESB 1ª ed.
de 1988.

 Realização de análises químicas para os seguintes compostos:


varredura de VOC, varredura de SVOC, metais dissolvidos, série
nitrogenada e coliformes.

 Monitoramento de parâmetros físico-químicos (condutividade elétrica,


temperatura, pH e oxigênio dissolvido) durante as amostragens de água
subterrânea.

 Levantamento de entorno para reafirmação da ausência de poços de


captação, bem como de registros de consumo da água subterrânea
como forma de abastecimento por parte de qualquer receptor e via de
exposição que possam ser considerados.

 No caso da pluma de Indeno (1-2-3-cd) Pireno extrapolar os limites da


área do Aterro Alemoa, deverá ser implantado um sistema de contenção
da pluma.

 Eventuais medidas de remediação poderão ser necessárias a depender


dos estudos seguintes a serem realizados. 

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7. EQUIPE TÉCNICA

NOME FUNÇÃO ASSINATURA

Ana Cecilia Hardt Engenheira Ambiental

CREA – 5062567495
Emanuel L’Apiccirella Geólogo ____________________

CREA – 5061714999

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB.


Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. São Paulo, SP. 2001.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB.


Relatório de estabelecimento de valores orientadores para solos e águas
subterrânea no Estado de São Paulo. São Paulo, SP. 231 p. 2001b.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB.


CETESB, Relatório de qualidade das águas subterrâneas no Estado de
São Paulo 2001 - 2003 - São Paulo. 2004.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB.


Decisão de Diretoria Nº 195-2005-E. Anexo Único - Valores orientadores
para solos e águas subterrânea no Estado de São Paulo. São Paulo, SP.
4p. 2005.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB.


DECISÃO DE DIRETORIA Nº 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007.
Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas. São Paulo.
40p. 2007.

CONESTOGA ROVERS E ASSOCIADOS ENGENHARIA LTDA., 2008.


Avaliação Ambiental Preliminar e Plano de Trabalho para Avaliação
Ambiental Confirmatória – Aterro Alemoa

PLANTERRA AMBIENTAL LTDA., 2011. Avaliação Ambiental Preliminar


Ambiental – Aterro Alemoa

PLANTERRA AMBIENTAL LTDA., 2012. Investigação Ambiental Detalhada e


Análise de Risco – Aterro Alemoa
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ANEXO 01
Anotação de Responsabilidade Técnica
H
'HFODUDomRGH5HVSRQVDELOLGDGH7pFQLFD
 

 
Declaração de Responsabilidade

Prefeitura Municipal de Santos, em conjunto com SERVMAR Serviços


Técnicos Ambientais Ltda. declaram, sob as penas da lei e de responsabilização
administrativa, civil e penal1, que todas as informações prestadas à CETESB –
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, nos estudos ora
apresentados (Relatório de Avaliação de Risco Preliminar e Definição de Ações de
Controle – maio de 2013), são verdadeiras e contemplam integralmente as
exigências estabelecidas pela CETESB e se encontram em consonância com o
que determina o Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas
aprovado em Decisão de Diretoria da CETESB, publicada no Diário Oficial do
Estado no dia 27 de junho de 2007.

Declaram, outrossim, estarem cientes de que os documentos e laudos que


subsidiam as informações prestadas à CETESB poderão ser requisitados a
qualquer momento, durante ou após a implementação do procedimento previsto
no documento “Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas”, para
fins de auditoria.

Maio o de 2013.

______________________________________
SERVMAR Serviços Técnicos Ambientais Ltda.
Emanuel L’apiccirella
CPF: 260.920.338-10

_______________________
Prefeitura Municipal de Santos
Marco Aurélio Neves da Silva
CPF: 264.959.058-07
 
1
O artigo 69-A da Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) estabelece: “Elaborar
ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo,
laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em
decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa”.

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