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1- Noções Gerais.
a) Imunidade Excludente.
São aquelas cuja tributação é admitida para um único tipo de imposto, excluindo-
se todos os demais tributos. Ex.: O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro
ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF (CF, art. 153, §
5º), estando imune a outros tributos.
b) Imunidade incisiva.
A imunidade incisiva prevê determinada situação que só pode haver incidência
de alguns impostos específicos, excluindo os demais. O exemplo é o disposto no art. 155,
§ 3º, que diz que "à exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo
e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre telecomunicações, derivados
de petróleo, combustível e minerais dos país".
c) Imunidade Subjetiva.
d) Imunidade Objetiva.
Está relacionada determinados fatos, bens ou situações. Imune é o objeto –
produto – e não o sujeito/pessoa. Ex.: a imunidade que recai sobre livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão (CF, Art. 150, VI, d).
e) Imunidade mista.
As imunidades mistas são aquelas que alcançam as pessoas ao mesmo tempo em
que está relacionada a determinados fatos bens ou situações. Cita-se como exemplo o art.
153, § 4º, II da CF, ao preceituar que o “ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais,
definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel”.
f) Imunidade Ontológica.
Mesmo não estando expressas explicitamente na CF, são fundamentais para o
atendimento de princípios constitucionais, a exemplo, princípio da isonomia em suas
variadas manifestações seja diante do princípio da capacidade contributiva ou do
princípio da autonomia das pessoas políticas. São consideradas ontológicas as imunidades
das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (CF, art. 150, VI, e).
seus escassos recursos- em face da ausência de capacidade contributiva- devem ser
destinados a sua atividade-fim (princípio da isonomia). Também é ontológica a
imunidade recíproca, por configurar cláusula protetiva do pacto federativo.
h) Imunidade condicionada.
A norma imunizante é classificada como de eficácia limitada, ficando a sua
aplicabilidade e o gozo do benefício a depender da edição de regulamentação
infraconstitucional. Ex: Como exemplos, têm-se as imunidades das instituições de
educação e assistência social sem fins lucrativos que somente gozam do benefício se
cumprirem os requisitos estabelecidos em lei complementar
i) Imunidade incondicionada.
São aquelas que existem para uma pessoa política, ou ainda para um tributo
específico. Como exemplos, podem ser citadas as imunidades ao IPI e ao ICMS nas
operações de exportação e a imunidade ao ITBI que beneficia diversas operações
societárias.
Partindo dos mesmos pressupostos utilizados para a decisão que entendeu que
as empresas públicas prestadoras de serviços púbicos obrigatório e exclusiva do Estado
estariam abrangidas pela imunidade tributária recíproca, o STF entendeu que também são
destinatárias da proteção constitucional as sociedades de economia mista que atendam
aos mesmos requisitos. O caso concreto referia-se à Companhi1 de Águas e Esgotos de
Rondônia – CAERD.
Características gerais:
• É Cláusula pétrea.
• É subjetiva.
• Aplicável exclusivamente aos impostos. Abrange os IMPOSTOS que
incidam sobre o patrimônio: IGF, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD; que incidam sobre
a renda: IR; e que incidam sobre serviços: ISS.
• Relacionadas as atividades essenciais das entidades religiosas. Relativo a
isso, o Supremo Tribunal Federal entende que se um imóvel que pertence a ente imune é
alugado, e os rendimentos do aluguel estiverem vinculado às finalidades essenciais do
ente, sendo revertidos para atividades da instituição tanto o imóvel permanece imune ao
IPTU quanto os rendimentos advindos do aluguel são imunes ao IR.
c) A imunidade tributária dos partidos políticos, sindicatos de
trabalhadores e entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos.
A) Partido Político – além dos requisitos do artigo 14, devem possuir maia
dois: estar devidamente registrados no TSE; não atentar contra os costumes e
princípios do Estado brasileiro.
B) Entidades sindicais dos trabalhadores – Devem proteger as relações dos
trabalhadores com suas respectivas categorias econômicas.
C) Entidades sem fins lucrativos de educação e assistência social – Se
destinam à efetivar direitos sociais.
OBS.: Caso a entidade tenha algum tipo de lucro e reverta todo o ganho para
alguma das finalidades essenciais do estado, ela tem direito a Imunidade.
Quanto as entidades de Assistência Social são aquelas que auxiliam o Estado no
atendimento dos direitos sociais, tais como saúde, segurança, maternidade, trabalho etc.
Por essa razão, afirma-se que cumprir assistência social é respeitar o artigo 203 da Lei
Maior.
Requisitos infraconstitucionais previstos no artigo 14 do CTN:
Sobre esses objetos não irá incidir ICMS, quando saem do estabelecimento
comercial; IPI, assim que saem da indústria; II, se houver importação.
Características Gerais:
Requisitos gerais:
Ressalva:
Transmissão de bens ou
direitos decorrente de
fusão, incorporação,
cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo
se, nesses cesos, a
atividade
preponderante do
adquirente for a compra
e venda desses bens ou
direitos, locação de
bens imóveis ou
arrendamento
mercantil.
Operações de
transferência de
Art, 184, § 5 imóveis desapropriados Impostos em geral
para fins de reforma
agrária
Rendimentos de
aposentadoria e pensão
Contribuição
Art.195, II concedidas pelo regime
previdenciária
geral de previdência
social
Entidades beneficentes
de assistência social Contribuições para
Art. 195, § 7
que atendam às financiamento da
º
exigências seguridade social
estabelecidas em lei
·
b) ICMS
Constitui um imposto fiscal, sendo uma das principais fontes de receita para os
Estados e para o Distrito Federal.
iii- imunidades: sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, bem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior; sobre operações que destinem a outros
Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados,
e energia elétrica; sobre o ouro como ativo financeiro; e sobre as prestações de serviço de
comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção
livre e gratuita.
c) ITCMD
Este imposto é popularmente conhecido por “Imposto de Herança e de Doação”,
incidindo em duas hipóteses:
2- Impostos Municipais:
a) IPTU
O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana tem sua fonte na
Constituição, no artigo 156, inciso I e nos artigos 32 a 34 do CTN.
Sujeito ativo: o município onde o imóvel está localizado
A Lei Magna determina que as alíquotas do IPTU podem ser progressivas por
duas razões. A primeira para cumprir a função social do imóvel urbano. A segunda
possibilidade de progressividade das alíquotas do IPTU é em razão do valor do
imóvel, consoante prevê o artigo 156, § 1º, 1, da Lei Maior, após a EC nº 29/2000. Quanto
maior for o valor do imóvel, maior será a alíquota desse imposto. O artigo 156, § 1°, li,
da Carta Magna determina, ainda, que as alíquotas do IPTU podem ser diferentes segundo
a localização e o uso do imóvel.
B) ITBI
O fato gerador dar-se-á com a transmissão inter vivos, a qualquer título, por
ato oneroso, de bens imóveis (“por natureza” ou por “acessão física”).
A base de cálculo é o valor venal dos bens imóveis transmitidos ou direitos
reais cedidos. Com relação às alíquotas, insta mencionar que deverão ser
proporcionais, e não progressivas, uma vez que é vedada a progressividade para tal
gravame, em função de se tratar de imposto real (vide Súmula 656 do STF) e da ausência
de previsão de progressividade no texto constitucional.
Há importante imunidade para o ITBI no art. 156, § 2º, I, CF, segundo a qual
não incidirá o imposto nas transmissões de bens ou direitos nas realizações de
capital, fusões, incorporações, cisões ou extinções de pessoas jurídicas. Essa regra
será excepcionada, isto é, haverá a incidência do imposto se a atividade preponderante
do ‘adquirente’ for o arrendamento mercantil, a locação ou a compra e venda desses
bens imóveis.
C) ISSQN
Impostos sobre serviços de qualquer natureza, é um imposto eminentemente
fiscal.
Sujeito ativo: Em regra, é o município do local do estabelecimento prestador
do serviço ou, na falta do estabelecimento, do local do domicílio do prestador.
EXCEÇÕES: previstas pelo artigo 3º, inciso I a XXII, da LC nº 116/03, quando
o imposto será devido ao município do local da prestação do serviço.
Sujeito passivo: O sujeito passivo é o prestador dos serviços constantes da lista
anexa à LC 116/2003, excetuados aqueles que prestam serviços em relação de
emprego, os trabalhadores avulsos e os diretores e membros de Conselhos
Consultivo e Fiscal de Sociedades (Art. 2º, II, da LC 116/2003)
Fato gerador: dar-se-á com a prestação de serviços constantes da Lista
mencionada, que conta com cerca de 230 serviços, divididos em 40 itens.
Base de cálculo: é o preço do serviço (Art. 7º, LC 116/2003). Na
impossibilidade de aferição do valor correspondente, é possível calcular o imposto a
partir de um valor recolhido periodicamente – é o “ISS FIXO”, comum aos profissionais
liberais.
Alíquota – O art. 156, § 3º, I e III, da CF/88 aduz caber a LC fixar as alíquotas
máximas e mínimas desse imposto. Com efeito, a LC 116/03 fixou alíquota máxima de
5%.