Direito Penal

Crimes contra a pessoa: contra a

inviolabilidade de correspondência
(151 - 152)
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 Direito Penal
Crimes contra a pessoa - contra a inviolabilidade
de correspondência (151 - 152)

Apresentação
Olá aluno,

Sou o Professor Thiago Pacheco. Delegado de Polícia em Minas Gerais, Professor

da ACADEPOL/MG e cursos preparatórios, Coordenados do Plano de Aprovação - Coaching e
Mentoria para Concursos Públicos.

Sumário

Inviolabilidade de correspondência.............................................................................................................. 3

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 Direito Penal
Crimes contra a pessoa - contra a inviolabilidade de correspondência (151 - 152)

Inviolabilidade de correspondência

Violação de correspondência
151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
Crime de dupla subjetividade passiva: remetente e destinatário.
Conduta: pune-se a conduta daquele que, por qualquer meio, devassa (toma conhecimento),
indevidamente, o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem.
Por correspondência entende-se toda comunicação de pessoa para pessoa, compreendendo carta, bilhete,
cartão, telegrama, fonograma, etc.
Sonegação ou destruição de correspondência
§ 1º - Na mesma pena incorre:
I. quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte,
a sonega ou destrói;
Obs: aqui, o sujeito ativo não precisa ter acesso ao conteúdo. Basta sonegar ou destruir a correspondência.
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica
II. quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou
radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
III. quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;
IV. quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal.
Majorante
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.
Obs: vale para dano material ou dano moral.
Qualificadora
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de um a três anos.
Crime próprio: o carteiro é um exemplo de sujeito passivo.
Ação Penal: em regra, será pública condicionada à representação, salvo nos casos do §1º, inciso
IV (“quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição
legal”) e do §3º, que será mediante ação penal pública incondicionada.

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Crimes contra a pessoa - contra a inviolabilidade de correspondência (151 - 152)

Correspondência comercial
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo
ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Sujeito ativo: deve ser o sócio ou o empregado do estabelecimento comercial ou industrial (crime
próprio).
Sujeito passivo: remetente, destinatário, seus respectivos sócios, bem como o estabelecimento
comercial ou industrial – pessoa jurídica (crime próprio).