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Aula 07

Legislação de Trânsito p/ PRF (Policial)


Prof. Marcos Girão - Pós-Edital

Autores:
Marcos Girão, Thais de Assunção
(Equipe Marcos Girão)
Aula 07
19 de Abril de 2021

06221371317 - Artur
Marcos Girão, Thais de Assunção (Equipe Marcos Girão)
Aula 07

Sumário

A Condução De Veículos Por Motoristas Profissionais ............................................................................. 2

A Condução de Veículos Escolares .............................................................................................................. 8

1. Quanto aos VEÍCULOS de Condução de Escolares .......................................................................... 8

2. Quanto aos CONDUTORES de Veículos Escolares .......................................................................... 9

A Condução de Moto-Frete .......................................................................................................................... 9

Questões Comentadas ................................................................................................................................. 12


1385218
Lista de Questões.......................................................................................................................................... 14

Gabarito .......................................................................................................................................................... 15

Considerações Finais .................................................................................................................................... 16

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A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS


PROFISSIONAIS
Caro aluno, nesta aula trataremos das regras trazidas pelo Capítulo III-A, este que trata da
condução dos veículos por motoristas profissionais, inserido pela Lei nº 12.619/12, a primeira Lei
do Descanso, e depois quase que totalmente alterado pela Lei nº 13.103/2015, a chamada Nova
Lei do Descanso.

Com vigência em todo o território nacional, a Lei nº 13.103/2015 foi bastante debatida e
aguardada pelo setor dos caminhoneiros. Ela estabelece regras claras para a atuação dos
motoristas profissionais, sejam eles empregados ou autônomos.

O texto da Lei traz direitos e deveres dos motoristas e estabelece duas figuras jurídicas
importantes para o dia a dia dos profissionais: o tempo de direção e a jornada de trabalho.

É muito importante que estes dois conceitos não sejam confundidos!

Tempo de direção ou de condução de veículo é o período em que o condutor


estiver efetivamente ao volante de um veículo em curso entre a origem e o seu
destino.
Jornada de trabalho é o período em que o empregado está à disposição da
empresa, mas não necessariamente à frente do caminhão ou do ônibus. A
jornada de trabalho é regida pelas regras da CLT e pelas convenções coletivas
firmadas pelos Sindicatos laborais e patronais.

Tanto o tempo de direção quanto a jornada de trabalho dos motoristas profissionais foram
regulamentados pela Nova Lei do Descanso e hoje são fiscalizados pelas autoridades do
trabalho e de trânsito, por meio de dispositivos regulamentadores.

➢ De acordo com o art. 67-A são considerados motoristas profissionais aqueles que
fazem:
✓ o transporte rodoviário coletivo de passageiros;
✓ o transporte rodoviário de cargas.

A principal regra sobre o descanso e a jornada de trabalho, trazida pelo art. 67-C é:

É VEDADO ao motorista profissional dirigir por mais de 05 horas e meia ininterruptas veículo de
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário de cargas.

As regras do intervalo de descanso são diferentes para os condutores de passageiros e os de


cargas.

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À luz do que estabelece os §§1º e 1º-A do art. 67-C do Código, o negócio é o seguinte:

➢ Motoristas de transporte rodoviário DE CARGA:


Serão observados 30 minutos para descanso DENTRO DE cada 6 horas na
condução de veículo, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção
desde que não ultrapassadas 5 horas e meia contínuas no exercício da
condução.

Em outras palavras, um motorista deve descansar 30 minutos dentro de um período de 06 horas.


Se não der para descansar os 30 minutos corridos, ele pode fracionar esse tempo, desde que
não conduza o veículo por mais de 05 horas e meia ininterruptas. Beleza?

Para não esquecer:

E para o de transporte rodoviário de passageiros:

➢ Motoristas de transporte RODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIROS:


Serão observados 30 minutos para descanso A CADA 4 horas na condução de
veículo, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção.

Explicando: um motorista de veículo de transporte rodoviário coletivo de passageiros deve


descansar 30 minutos a cada 04 horas (não é dentro de um período de 04 horas, ok?). Se não
der para descansar os 30 minutos corridos, ele pode fracionar esse tempo, sem qualquer outra
exigência adicional.

Ilustrando:

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De acordo com o que estabelece o §2º do art. 67-C, em situações excepcionais de


inobservância justificada do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de direção
poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a
um lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária.

Podemos inferir então que há três condições para que um motorista profissional tenha o direito
de não obedecer fielmente às regras de tempo de descanso acima estudadas:

1. o caso deve ser excepcional, devidamente registrado;


2. a inobservância do tempo deve ser justificada e mesmo
assim;
3. tal inobservância não pode comprometer a segurança
viária.

Agora veja: mesmo que cumpra cumulativamente as condições acima, isso não dá o direito de o
motorista estar completamente dispensado do descanso não, tá?! O que acontece é que ele,
nessas situações, estará autorizado a esticar o tempo de direção pelo período necessário para
que ele, o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segurança e o atendimento
demandados.

Mas tem mais! O CTB determina ainda que o motorista profissional, seja ele de transporte de
carga ou rodoviário coletivo de passageiro, deverá observar mais outra regra importantíssima
(art. 67-C, §3º):

➢ O condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, a observar o mínimo de


11 horas de descanso, podendo ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir
com os intervalos acima estudados, observadas no primeiro período 08 horas
ininterruptas de descanso.
➢ O condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento integral do
intervalo de descanso acima previsto.

Então fica assim: além da obrigação de descansar durante 30 minutos a cada determinado
tempo de direção, o motorista profissional é ainda obrigado a ter 11 horas de descanso dentro

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de cada período de 24 horas. Caso seja complicado descansar durante 11 horas seguidas, o CTB
faculta-lhe fracionar esse período, usufruí-lo no próprio veículo desde que o primeiro período de
descanso seja de no mínimo 08 horas ininterruptas.

Entende-se como início de viagem, a partida do veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga,
considerando-se como sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino.

Destaca-se ainda que o CTB não impõe obrigações apenas aos motoristas profissionais
autônomos. Há também uma regra importante que define obrigação para outros agentes no
contexto do que aqui estamos a estudar! Veja o que estabelece o §7º, do art. 67-C:

Nenhum transportador de cargas ou de passageiros, embarcador, consignatário de cargas,


operador de terminais de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente de
cargas permitirá ou ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que
conduza veículo sem a observância de tal regra. Desde que, claro, esse veículo seja um daqueles
mencionados no começo do tópico (transporte de cargas e transporte coletivo rodoviário de
passageiros), beleza?

➢ O CONDUTOR do veículo responderá pela não observância dos períodos de


descanso e ficará sujeito às penalidades daí decorrentes, que são as seguintes:

Art. 230. Conduzir o veículo:


XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-C,
relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos
intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga ou
coletivo de passageiros:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de
descanso aplicável.

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§ 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 (doze) meses, será


convertida, automaticamente, a penalidade disposta no inciso XXIII em infração
grave.
2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do veículo fica
condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial ou administrativo, da
multa.

O art. 67-C do CTB estabelece que o MOTORISTA PROFISSIONAL é responsável por controlar e
registrar o tempo de condução estipulado nas regras acima, com vistas na sua estrita
observância.

Segundo o § 2º do art. 67-D, o tempo de direção será controlado mediante registrador


instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio de anotação em diário de bordo,
ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo,
conforme norma do CONTRAN.

Resolução CONTRAN nº 405/12 estabelece em seu art. 2º que a fiscalização do tempo de


direção e do intervalo de descanso do motorista profissional se dará por meio de um dos
seguintes instrumentos:

Análise do disco ou fita diagrama do registrador instantâneo e inalterável de


velocidade e tempo (famoso tacógrafo) ou de outros meios eletrônicos idôneos
instalados no veículo, na forma regulamentada pelo CONTRAN

OU
Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, fornecida
pelo empregador;

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OU
Verificação da ficha de trabalho do autônomo, conforme modelo do Anexo da
Resolução nº 405/12. Eis o modelo:

E especificamente sobre o registrador ou equipamento eletrônico, duas observações


importantes, também trazidas pelo CTB, para finalizarmos o assunto (art. 67-E, §§3º e 4º):

➢ O equipamento eletrônico oudeverá funcionar de forma


registrador
independente de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados
registrados.
➢ A guarda, a preservação e a exatidão das informações contidas no equipamento
registrador instantâneo inalterável de velocidade e de tempo são de
responsabilidade do condutor.

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A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS ESCOLARES


Caro aluno, conduzir crianças para a escola é uma atividade bastante delicada e exige de quem
o faz: responsabilidade, cuidados especiais e, sobretudo, muita atenção no trânsito.

Por esse motivo, o CTB reservou, em um capítulo especial, o Capítulo XIII, regulamentação sobre
como devem ser caracterizados os veículos utilizados para essa finalidade, assim como quais os
requisitos que os seus condutores precisam possuir para estarem autorizados a conduzi-los.

1. Quanto aos VEÍCULOS de Condução de Escolares

Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão


circular nas vias com AUTORIZAÇÃO emitida pelos órgãos ou entidade executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:

Para circularem nas vias públicas, estes veículos deverão estar previamente autorizados pelo
DETRAN, bem como portando a autorização para condução de escolares. Também são
veículos da categoria aluguel, mas em razão das suas peculiaridades, no que tange ao transporte
de crianças e adolescentes, o legislador tomou maiores precauções.

2. Quanto aos CONDUTORES de Veículos Escolares

Primeira e importantíssima regra, disposta lá no finalzinho do CTB, art. 329: os condutores de


veículos escolares, para que possam exercer suas atividades, deverão apresentar, previamente,

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certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio,


roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada 05 anos, junto ao órgão responsável
pela respectiva concessão ou renovação.

Existem ainda requisitos bem específicos os quais devem ser obrigatoriamente cumpridos por
quem deseja conduzir tais veículos. São eles:

✓ Ter idade superior a 21 anos;


✓ Ser habilitado na categoria D;
✓ Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em
infrações médias durante os 12 últimos meses;
✓ Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular
em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.
✓ Para exercer sua atividade, o condutor deverá apresentar, previamente, certidão
negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos crimes de
homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada 5 anos,
junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou autorização (art. 329, CTB)

LEMBRE-SE: ESSES REQUISITOS SÃO CUMULATIVOS!!!

A CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
Trataremos neste tópico das regras para os condutores de outra espécie de veículos de aluguel
que tem recebido, nos últimos anos, especial atenção dos legisladores: os “mototaxistas” e
“motoboys”.

Esta categoria não era regulamentada por nenhum tipo de lei federal, porém essa situação
mudou! Em julho de 2009, o Governo Federal sancionou a Lei Federal nº 12.009/09, que
regulamentou a atividade de transporte de passageiros e de mercadorias inserindo na redação
original do CTB os arts. 139-A e 139-B. A presente lei foi regulamentada pelo CONTRAN por
meio da Resolução nº 356/10 (já alterada pela Resolução nº 378/11).

De acordo com o art. 139-A do Código, as motocicletas e motonetas destinadas ao transporte


remunerado de mercadorias (motofrete) somente poderão circular nas vias com autorização
emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos estados e do Distrito Federal
(DETRANs), exigindo-se, para tanto:

✓ registro como veículo da categoria de ALUGUEL;


✓ instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo,
destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento;

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✓ instalação de aparador de linha antena corta-pipas;


✓ inspeção SEMESTRAL para verificação dos equipamentos obrigatórios e de


segurança.

A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve


estar de acordo com a regulamentação do CONTRAN.

E não para por aí! Segundo dispõe o §2º do art. 139-B:

➢ É PROIBIDO o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de


galões nos veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e
de galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de sidecar, nos
termos de regulamentação do CONTRAN.

O art. 139-B do CTB estabelece ainda que não será excluída a competência municipal ou
estadual de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos para as atividades de
motofrete no âmbito de suas circunscrições.

O descumprimento dessas regras, sem prejuízo da responsabilidade solidária de outros


intervenientes nos contratos de prestação de serviços e das sanções impostas pelo Poder
Concedente em regulamentação própria, sujeitará o infrator, conforme o caso, às seguintes
penalidades e medidas administrativas, dentre outras:

Art. 230. Conduzir o veículo:


(...)
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante;
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN;

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(...)
XII - com equipamento ou acessório proibido;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;
Art. 231. Transitar com o veículo:
(...)
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for
licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade
competente:
Infração - GRAVÍSSIMA;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso de peso
apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
Penalidade - multa;
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de carga excedente.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de
acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no
inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em
carro lateral;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação;
ATENÇÃO PARA ESSAS:
VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo
com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto
no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos
mototaxistas:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização.

Vamos encerrar a aula com questões adicionais para reforçar o aprendizado!

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QUESTÕES COMENTADAS
1. [FCC – OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – DETRAN/SP - 2019- Adapt.]
Para que veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares possam circular, a
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação
permitida, sendo vedada a condução de escolares em número superior à capacidade
estabelecida pelo fabricante.

Comentário:

Exatamente o que estabelece o art. 137 do CTB!

Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior deverá ser afixada na parte
interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
condução de escolares em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante.

Gabarito: C

2. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Tício, motorista de veículo de transporte rodoviário coletivo de passageiro há mais de 20 anos,
conhecedor das novas regras para o tempo de direção estabelecidas pela Lei do Descanso,
precisa fazer uma viagem de 05 horas. Quase todo o percurso por onde ele passará é composto
por estradas inóspitas e de quase nenhuma infraestrutura e segurança. Parar para descansar em
qualquer ponto desse trecho é uma atitude um tanto quanto arriscada. Ele então resolve parar
apenas ao final das 05 horas, momento em que chegará ao seu destino. Diante da situação
hipotética, é correto afirmar que a decisão de Tício claramente infringiu regras do CTB.

Comentário:

Repetindo: a regra geral é que sejam observados 30 minutos para descanso a cada 4 horas na
condução de veículo de transporte rodoviário coletivo de passageiros, sendo facultado o seu
fracionamento e o do tempo de direção (art. 67-C, §1º-A).

No entanto o próprio CTB traz exceções no §2º do mesmo art. 67-C: em situações excepcionais
de inobservância justificada do tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de direção
poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a
um lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja
comprometimento da segurança rodoviária.

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Logo, pelas informações apresentadas no enunciado, não podemos afirmar com absoluta
certeza de que Tício infringiu regras do CTB. A ele é dado o direito de elevar o período de
tempo de duração, desde que possa justificar a inobservância da regra, registrar o fato e garanta
o não comprometimento da segurança viária.

Gabarito: E

3. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, não é permitido a um motorista profissional condutor
de veículo de transporte de carga descansar no interior do seu próprio veículo, ao fazer o
intervalo de descanso obrigatório,

Comentário: ==152302==

Claro que esse motorista pode descansar sim no interior do seu próprio veículo. Segundo o que
dispõe o § 4º do art. 67-A, o condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, a observar o
mínimo de 11 horas de descanso, podendo ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com
os intervalos acima estudados, observadas no primeiro período 08 horas ininterruptas de
descanso.

Gabarito: Errado

4. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso deverá ser realizada
obrigatoriamente por meio de diário de bordo, papeleta, ficha de trabalho externo, tacógrafo e
meios eletrônicos instalados no veículo.

Comentário:

Tenho certeza de que você, meu aluno do Estratégia, não caiu na pegadinha boba da assertiva.
Vou repetir a regra com as devidas correções:

Segundo o § 2º do art. 67-D, o tempo de direção será controlado mediante registrador


instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio de anotação em diário de bordo,
ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo,
conforme norma do CONTRAN.

Do jeito que a assertiva foi escrita, utilizando a conjunção "e", nos parece que todos os meios
devem ser utilizados e, pela regra cima, isso não é verdade!

Gabarito: E

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5. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Registro como veículo da categoria de aluguel, e inspeção anual para verificação dos
equipamentos obrigatórios e de segurança são um dos requisitos exigidos para que motocicletas
e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias possam circula pelas vias
terrestres brasileiras.

Comentário:

Vamos ver os requisitos exigidos para que uma motocicleta ou motoneta possa fazer transporte
de mercadorias (art. 139-A):

✓ registro como veículo da categoria de aluguel;


✓ instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a
proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento;
✓ instalação de aparador de linha antena corta-pipas;
✓ inspeção semestral (e não anual como afirma o item!) para verificação dos equipamentos
obrigatórios e de segurança.

Gabarito: E

6. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Com a nova regulamentação, o transporte quaisquer combustíveis, produtos inflamáveis ou
tóxicos e galões nas motonetas e motocicletas destinadas ao transporte de mercadorias é
terminantemente proibido.

Comentário:

A regra não é tão absoluta assim! O § 2º do art. 139-A do CTB realmente nos diz que é proibido
o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nas motonetas e
motocicletas destinadas ao transporte de mercadorias, mas nos traz exceções! Poderão ser
transportados o gás de cozinha e galões contendo água mineral, desde que com o auxílio de
sidecar, nos termos de regulamentação do Contran. Não se esqueça, ok?

Gabarito: Errado

***

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LISTA DE QUESTÕES
1. [CONSULPLAN - TÉCNICO JUDIC. SEGURANÇA - TRF/2ª - 2017 – Adapt.]
Para que veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares possam circular, a
autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscrição da lotação
permitida, sendo vedada a condução de escolares em número superior à capacidade
estabelecida pelo fabricante.

2. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Tício, motorista de veículo de transporte rodoviário coletivo de passageiro há mais de 20 anos,
conhecedor das novas regras para o tempo de direção estabelecidas pela Lei do Descanso,
precisa fazer uma viagem de 05 horas. Quase todo o percurso por onde ele passará é composto
por estradas inóspitas e de quase nenhuma infraestrutura e segurança. Parar para descansar em
qualquer ponto desse trecho é uma atitude um tanto quanto arriscada. Ele então resolve parar
apenas ao final das 05 horas, momento em que chegará ao seu destino. Diante da situação
hipotética, é correto afirmar que a decisão de Tício claramente infringiu regras do CTB.

3. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, não é permitido a um motorista profissional condutor
de veículo de transporte de carga descansar no interior do seu próprio veículo, ao fazer o
intervalo de descanso obrigatório,

4. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso deverá ser realizada
obrigatoriamente por meio de diário de bordo, papeleta, ficha de trabalho externo, tacógrafo e
meios eletrônicos instalados no veículo.
5. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]
Registro como veículo da categoria de aluguel, e inspeção anual para verificação dos
equipamentos obrigatórios e de segurança são um dos requisitos exigidos para que motocicletas
e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias possam circula pelas vias
terrestres brasileiras.

6. [ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – PRF – 2019]


Com a nova regulamentação, o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de
galões nas motonetas e motocicletas destinadas ao transporte de mercadorias é
terminantemente proibido.

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GABARITO
1 2 3 4 5 6
C E E E E E

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalizado mais um passo! Continue focado, caro aluno, que logo em breve você colherá os
frutos tão esperados! A essa altura do campeonato, você já deve ter percebido que as questões
não são nenhum bicho-de-sete-cabeças e que, ao final desse curso, você estará preparadíssimo
para as do seu concurso!
Já sabe: se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também no e-mail e nas
redes sociais.

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Grande abraço e até a próxima aula!


Marcos Girão

Legislação de Trânsito p/ PRF (Policial) Prof. Marcos Girão - Pós-Edital


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06221371317 - Artur 16

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