Você está na página 1de 1

CURVAS DE CRESCIMENTO DE ALTURA E DIÂMETRO DO JACARANDÁ-DA-

BAHIA SUBMETIDO A DIFERENTES MÉTODOS DE APLICAÇÃO DO POLÍMERO


HIDRORETENTOR (GEL), EM SISTEMAS SILVIPASTORIS
Plano de Trabalho nº: 7422

MARQUES, J. de A. (Estudante de IC); OLIVEIRA, C. H. R. de (Orientador); GOMES, R.;


GODINHO, T. de O.; OLIVEIRA, F. B. de; FREITAS, L de. M. F. Instituto Federal de Educação do
Espírito Santo, Campus Ibatiba, carlos.oliveira@ifes.edu.br

Uma das alternativas de manejo sustentável dos solos é a implantação de sistemas agroflorestais
(SAF’s). Dentre estes modelos, o sistema silvipastoril (SSP) se destaca para a recuperação de pastagens, pois
os elementos que compõe o uso da terra são árvores ou arbustos, simultaneamente usados com a atividade
pecuária e a pastagem, em uma mesma área. O processo de recuperação se dá pela introdução de
componentes arbóreos, que provocam alterações no microclima e na taxa de evapotranspiração. O sistema
ainda proporciona melhorias nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo, melhorando a infiltração de
água e a dinâmica de ciclagem de nutrientes. Estas características promovem o bem-estar animal e até
mesmo o aumento da produção de carne e leite. Para que o componente animal seja introduzido no sistema, é
necessário que as plantas tenham um porte adequado para resistir a atividade animal na área. Deve-se então
utilizar de alternativas que potencializam o crescimento inicial da espécie utilizada, como o uso de polímeros
hidroretentores, que atuam como condicionantes do solo, retendo água e nutrientes e disponibilizando-os
para as plantas. O objetivo do trabalho foi testar o uso do gel, assim como seu modo de aplicação, no plantio
em relação a irrigação tradicional, na implantação de um sistema silvipastoril com o jacarandá-da-Bahia, e
sua influência no crescimento em altura e diâmetro, em área de pastagem degradada, afim de favorecer o
crescimento inicial desta espécie, como forma de antecipar a entrada dos animais nestas pastagens. O
experimento foi conduzido na Fazenda do Incaper, no distrito de Pacotuba, município de Cachoeiro de
Itapemirim, ES. O experimento foi implantado em agosto de 2017, durante o período de estiagem na região e
foram testados os tratamentos: T1: 5 gramas de gel sem hidratação na cova; T2: 1,5 litros de gel hidratado na
cova; T3: 1,5 litros gel hidratado misturado na terra; e T4: irrigação com 4 litros de água sobre a superfície.
O preparo do solo foi do tipo mecanizado, realizando a aração e gradagem na área total do experimento, com
o objetivo de romper as camadas superficial e subsuperficial do solo. Posteriormente foi realizada a
subsolagem nas linhas de plantio. A adubação utilizada em todos os tratamentos foi de 50 g de ureia, 40 g de
superfosfato simples, 50 g de cloreto de potássio, 1 g de boro, 1 g de zinco, 0,5 g de cobre e 0,1 g de
molibdênio por planta. O fósforo, nitrogênio e os micronutrientes foram aplicados em covas laterais à cova
de plantio e o cloreto de potássio em cobertura. O espaçamento utilizado foi de 6 x 2 m para compor o
sistema silvipastoril. Foram realizadas roçadas mecanizadas nas entrelinhas e capinas manuais nas linhas de
plantio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições, sendo a parcela de
quatro linhas com dez árvores cada, totalizando 40 árvores por parcela. Foram ajustadas regressões não
lineares para representar o crescimento em altura e diâmetro do coleto ao longo do tempo. Com o auxílio do
software Curve Expert, o modelo de regressão de Weibull foi escolhido por ser representativo para ambas as
variáveis. As mudas de Dalbergia nigra em campo não sofreram efeito do uso do polímero no crescimento
em altura e diâmetro do coleto, pois o tratamento com ausência do produto foi superior aos demais. O modo
de aplicação de gel hidratado ao redor do torrão obteve menor tendência ao crescimento para ambas
variáveis analisadas.
Palavras-chave: hidrogel, silvicultura, reflorestamento, Dalbergia nigra.

Você também pode gostar