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753 a.c. ........................ 130 a.c. ............................. 230 d.c. ................................. 530 d.c.
Oriente
399 ....................................................... 530-565.................................... 1453
Justiniano
CIC (Corpus Iuris Civilis)
Ocidente
476 ....... (…) ...... XII ......... Glosadores ............. Comentadores ....... XVI (Humanismo Jurídico)
(vulgarização) (Tiram notas/ (interpretam) (Descobre-se de
Apontamentos novo o Direito Clássico e o CIC)
Traduzem)
Séc. XIX
1804 – Código Civil Francês
1906 – Código Civil Alemão
Fase Imperial – passa-se a ter constituições imperiais e Magistrados (que podem criar
direito, corrigir a lei caso a sua aplicação seja injusta).
Causas do Apogeu
• Magistrados de carreira; escolas;
Oriente
395 (dois impérios)
Divisão do Império
Ocidente
Imperador Jutiniano
• Tenta unificação religiosa;
• tentou também uma grande compilação jurídica
130 a.c. ------------------ 30 a.c. ------------------------------- 130 d.c. --------------------- 230 d.c.
Pré-Clássica Clássica – Central Clássica tardia
O povo reclama nas assembleias que a lei seja reduzida a escrito para a fixar. Dá-se assim
origem à primeira compilação – A Lei das 12 Tábuas
242 a.c. - O pretor peregrino (praetor peregrinus) apareceu no ano 242 a. C., uma vez que a
população da cidade de Roma tinha aumentado extraordinariamente, e foi
encarregue das questões relativas aos não Romanos.
Lex Aquilia de damno (plebiscito, 287 a.C.) - tratava da indenização por motivo de dano.
Carreira de Magistratura
1. Questor
2. Edis Curis Mandatos de um ano reconduzíveis
3. Pretor
4. Consul
a. Controlava decisões do Pretor / Controlava exércitos
5. Censor
a. Recenseamento dos cidadãos (para fins fiscais e de serviço militar)
b. Podia retirar cidadania reduzindo uma pessoa a escravo
c. Exercício de 5 anos
Era possível recurso das decisões para a Assembleia Popular que as podia alterar.
Quando Roma começa a alargar aos Estrangeiros, o Ius Civile não funciona e desenvolve
um Direito de vocação universal, limpo de religião e formalismos pesados.
Aparece então o IUS GENTIUM
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130 a.c. – LEI DAS FÓRMULAS – concede poder aos magistrados para criarem Direito a
partir do cao concreto.
Criar modelos para futuro
Estilização da casuística:
- criação de figuras de Direito a partir do caso concreto. Retira tudo o que é conjuntural e
separa tudo o que não seja juridicamente essencial ou relevante.
28/09/2012
230 ------------------------------------------------ 530
Pós-Clássica
230-395
1ª Etapa
Confuso
Oriente
Anti vulgarização (1)
395-530
2ª etapa
Ocidente (476) (2)
Vulgarização
Oriente
530 ------------------ 565
Época Justiniana (3)
Oriente
Instituciones (IUS)
Novellae (Leges)
Leis Promulgadas após o encerramento
do Codex
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Ocidente
Igreja Católica dominou o Ocidente desde o Séc. V ao Séc. XV
Imperador Constantino (Séc. III), que gostava mais do Oriente que do Ocidente, muda-se
para o Constantinopla (Istambul). O poder no Ocidente fica abandonado.
Bispo de Roma (que depois veio a ser o Papa) apercebe-se da mudança e chama para a
Igreja Católica o Poder.
Isto só começa a mudar no Séc. XII O Império Romano do Oriente começa a cair e os
sábios e filósofos mudam-se para o Ocidente.
Foram necessários dois séculos para que se conseguisse perceber a obra/palavras por parte
dos Glosadores.
Nota: Repetir em linguagem jurídica significa exigir de volta / exigir para trás.
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Séc. XII
As primeiras Leis dos nossos monarcas inspiram-se no Direito Romano ou Canónico, o qual,
também se deixou influenciar pelo Direito Romano.
01/10/2012
4ª Rigor com que se separou o Direito das outras áreas, separando o jurídico do
Religioso, etc. Estilização da casuística – Modelos / Figuras para casos futuros,
tirando tudo o que não era juridicamente relevante vocação universal.
5ª A força da Tradição. Raramente existiram rupturas com a tradição. A evolução é
lenta. Mesmo havendo novidades, mantinham-se as normas anteriores. O antigo
podia deixar de ser tão usado em detrimento do novo mas não era revogado.
6ª Roma soube manter equilíbrio entre liberdade e autoridade. O ordenamento
jurídico só deve agir quando é estritamente necessário. Roma afirma 1º a liberdade.
7ª Certos valores morais forma incorporados no Direito Romano, nomeadamente:
1. Confiança – Valor da palavra (Fides); cumprimento de mão direita;
2. Ofício – dever de ser útil; agir desinteressadamente
3. Valor da Humanidade – Protecção da dignidade humana
4. Valor da amizade – Contrato de Comodato
Famílias de Direito
Romano-Germânico (a nossa)
Common Law (Anglo-Saxónica)
Religiosos e Tradicionais
Direitos Socialistas
IUS Gentium (242 a.c.) – aplicação aos estrangeiros; adaptado para aplicação aos
estrangeiros; flexibilização do IUS Civile
IUS Honorarium (130 a.c.) – Direito dos Magistrados – Pretor e outros magistrados criam
acções judiciais.
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No Corpus Iuris Civiles encontra-se tudo o que está acima dividido da seguinte forma:
Leges Codex
Constituições Imperiais + novas Constituições
- alterações / adendas
Novelas
Avaliação
08/10/2012
Direito das Obrigações
≠
Direitos Reais
• Poder directo e imediato sobre uma coisa
o Se tenho um livro posso queimá-lo sem a colaboração de ninguém;
• Ninguém pode tocar no livro sem a minha autorização (gera obrigação
universal (em relação a todos);
• Obrigação universal mas passiva;
• São só os que a lei prevê – estão tipificados na lei
o Taxativos – a lei diz quais são
o Tipicidade – a lei diz qual o seu conteúdo
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Nota:
Dar ≠ Entregar
Histórica – não se sabe. Todas as teorias apontam para a Roma antiga tendo por base
ou o contrato ou facto ilícito e correspondente indemnização
Obrigação (Prof. Sebastião da Cruz) – Obligare (Roma Arcaica) significa que o credor
pode amarrar diversas vezes o devedor em sua casa.
Nota:
Testamento (unilateral – apenas uma vontade)
Unilateral
Contratos Bilateral Quanto às obrigações das partes
(Podem Ser) Bilateral imperfeito
Contrato
• Unilateral – só gera obrigação para uma das partes
• Bilateral – gera obrigações para as duas partes
• Bilateral Imperfeito – de início gera obrigação para apenas uma das partes mas
pode, eventualmente e durante a sua execução, surgir obrigação para a outra
parte.
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12/10/2012
Quanto à sua constituição
Reais Dacio (Propriedade)
Quanto aos seus efeitos Traditio (Posse)
Mera detenção
Literais
Contratos Formais
Verbais
Consensuais
Nota:
Contrato bilateral se não existe um prazo para cada uma das partes cumprir a
obrigação, nenhuma parte está obrigada a cumprir a sua obrigação sem que a outra,
pelo menos, se ofereça para cumprir a sua (obrigação) Excepção de não
cumprimento do Contrato
Contratos Formais
• Não basta o consenso. É necessária a forma ou formalismo (escrita ou verbal
como no casamento em que se dizem determinadas palavras).
Contratos Consensuais
• Não necessitam de forma nem formalidade. Basta o consenso para a perfeição
do contrato (para que este produza efeitos jurídicos).
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Nota:
Contratos Reais quanto aos seus efeitos e Reais quanto à sua Constituição distinguem-
se um do outro pelo momento em que os contratos começam a produzir efeitos, ou
seja, pelo momento em que o contrato está ou fica perfeito.
Exemplos:
• Contrato de Compra e Venda é oneroso (uma parte perde o que vende, a outra
perde aquilo com que paga);
• Contrato de Comodato – é gratuito (o único que tem perda é quem empresta).
• Contrato de Depósito (de um carro na garagem de um amigo) – Contrato
Gratuito a perda patrimonial é de quem empresta a garagem, que perde o
espaço na garagem Negócio feito no interesse do Depositante.
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Contratos Reais
• Quanto à sua Constituição
o Mútuo
o Fidúcia
o Comodato Regimes Jurídicos
o Depósito (Romano; Português; Espanhol; Francês; Italiano)
o Penhor
• Igreja católica proibiu juros porque entendia que o tempo, pelo qual são
cobrados os juros, pertencem a Deus e não aos Homens;
• Em Roma, e em determinados casos, havia sempre juros (bancário, empréstimo
marítimo, etc.) Eram empréstimos de dívida comercial ou para actos
comerciais. O empréstimo mercantil era sempre remunerado.
CONTRATO DE FIDÚCIA
• Surge na época arcaica Romana
• Negócio fiduciário – em Roma
• Fidúcia era a soma de dois contratos
o Mancipatio + in iure cessio (cessão + transmissão de propriedade)
1. O fiduciante transmite ao fiduciário o Direito de Propriedade de um bem;
2. O fiduciário obriga-se a, uma vez verificada uma circunstância, retransmitir esse
bem; (Finalidade do Contrato)
a. Nota: não significa que se entregue a coisa (posse) quando se transmite
o Direito de Propriedade. Por exemplo, posso transmitir o Direito de
Propriedade de uma casa para garantia de um empréstimo e continuar
a morar nela.
3. Finalidade do Contrato (vamos estudar duas finalidades)
a. Fidúcia com base na amizade (esteve na origem do comodato e do
depósito)
b. Fidúcia com função de garantia
Mútuo
(empresta dinheiro a)
A B
Fidúcia
(Transmite Dto. Propriedade c/ garantia)
A B
19/10/2012
Continuação dos Contratos Reais
Contrato Depósito
Depositante entrega coisa móvel ao depositário para que este, posteriormente, a
restitua.
• Bilateral Imperfeito (obrigação do depositante pode ocorrer caso haja lugar a
despesas por parte do Depositário a fim de cuidar da coisa; Pode dar lugar a
retenções por parte do depositário até que o depositante pague)
• Real
• Gratuito
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Penhor
Contrato pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra como garantia
Penhor
D Credor no contrato de penhor
Obrigações de A
• Dever de cuidar
• Dever de restituir (juntamente com frutos do bem se for caso disso)
Obrigações de B
• Existem se o objecto (dado em penhor) causar danos ou despesas a A.
Nota:
É incorrecto chamar penhor ao objecto. O Objecto é dado em penhor (aqui entendido
como o contrato que regula a transmissão do objecto).
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Detenção e Posse
• Posse – poder de facto sobre a coisa + exercício do poder como se fosse titular
de Direito Real, ou seja, comporta-se publicamente como proprietário;
• Detenção – Não se comporta como proprietário. É mero detentor.
26/10/2012
Matéria Teste (1º)
Uma pergunta – Matéria da Introdução (Direito Romano)
Caso prático – identificar contratos
Resolver problema – em contexto de Direito Romano podendo ter que comparar (não
é necessário saber as acções romanas).
Mútuo – CC 1142
• Dacio – 1144
• Gratuito – 1145 (por regra é gratuito – Em caso de dúvida é oneroso)
• Limite ao juro (1146)
29/10/2012
COMPRA E VENDA
(Contrato Consensual)
Contratos Consensuais
• Opõem-se aos reais e formais
• Basta o acordo das partes (consenso)
Compra e Venda
Noção – Contrato pelo qual um vendedor se obriga a transferir a outrem (comprador)
a posse livre e pacífica. O comprador obriga-se a transferir o direito de propriedade
sobre o dinheiro.
O direito de propriedade era transferido pela mancipatio.
Na compra e venda só se transferia a posse porque era uma flexibilização para com os
estrangeiros.
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Para os Romanos era difícil aceitar a transferência do Direito de Propriedade pelo
simples consenso. Assim, só transmitiam a posse (livre e pacífica).
Nota:
Compra e venda seria entre 2 estrangeiros ou um romano com estrangeiro
Entre nós (Portugal) a compra e venda é em geral consensual (excepção dos imóveis).
Na Alemanha é sempre formal porque é um contrato Real.
Obrigações do vendedor
1ª proporcionar a posse livre e pacífica na esfera jurídica do comprador
a. a posse não pode ter vícios nem limitações (caso ocorram vícios ou
limitações o vendedor responderá por evicção)
2ª Responsabilidade por evicção – Vendedor é responsável por não assegurar a
posse jurídica da coisa ao comprador. Se se comprovar a violação da 1ª
obrigação será obrigado o vendedor a devolver o preço mais o dobro (Preço
(100) + Dobro (100) = 200)
3ª Cuidar da coisa até à sua entrega. O vendedor tem que cuidar da Res mas um
cuidado mínimo. Se o comprador não tomar posse, a responsabilidade é sua
(do comprador)
4ª Responsabilidade pelos vícios ocultos
02/11/2012
Defeitos que não sejam aparentes. No tempo de Justiniano já se aplicava a todas as
vendas. Era regulado/fiscalizado pelos Edis Curis. Existia a obrigação de informação
para o vendedor para informar dos vícios ocultos (doenças de animais ou cadastro de
um escravo). Mesmo que não soubesse do vício, o vendedor seria responsável pelo
mesmo.
Se se verificar o vício, o comprador tem à sua disposição dois mecanismos:
1. Resolve o contrato (2 meses para accionar) – faz cessar o contrato com
uma causa (o vício da coisa). O comprador devolve a coisa e tem direito
ao preço + o dobro do preço (preço + preço);
2. Acção de diminuição do preço – o comprador quer na mesma o bem
mas por um preço inferior.
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Obrigações do comprador
1ª Transferir Direito de Propriedade sobre a pecúnia (preço);
2ª Receber a coisa – Se houver atraso a responsabilidade é do comprador (p. ex.:
indemnizando o vendedor por despesas na manutenção da coisa);
3ª Responder pelo risco: a partir do momento que o contrato está perfeito, o risco
corre pelo comprador. Se acontecer alguma coisa antes do levantamento do
bem, a responsabilidade é do comprador.
Nota:
O registo da compra e venda de coisas imóveis vem de Justiniano
LOCAÇÃO
Noção
Contrato pelo qual o locador se obriga a proporcionar o gozo da coisa ao locatário por
certo preço durante determinado tempo.
05/11/2012
Apresentação Trabalhos
05/11/2012
Locação (Continuação)
Tudo indica que em Roma tínhamos só uma locação com 3 modalidades.
O contrato de locação é um contrato:
• Consensual
• Bilateral
• Oneroso
• Obrigacional
Elementos (4):
1º Acordo (consenso)
2º Objecto (coisa, trabalho, obra)
3º Retribuição (em geral em dinheiro. Excepção para o contrato rural ou agrícola –
que tinha a retribuição em espécie)
4º Prazo
Obrigações
• Locação de coisa
o Locador
Proporcionar o gozo da coisa ao locatário (assegurar que a coisa
está em condições);
Ressarcir o locatário pelas obras que o locatário executou para a
conservação da coisa;
o Locatário
Prestação pecuniária (renda);
Uso da coisa para fins a que se destina
Não pode praticar actos danosos (terá que ressarcir o locador
por esses danos)
Conservar a coisa
Restituir a coisa no fim do prazo
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Problema:
Usufruto Locação
A B C
LOCAÇÃO DE TRABALHO
Inicialmente, em Roma, a locação só fazia sentido com coisas (p/ ex. escravos). Roma
viu com maus olhos que os profissionais liberais celebrassem contratos de trabalho
porque implicavam uma diminuição da personalidade jurídica. O Direito Romano
resolveu este problema dos Homens Livres com uma ficção. Separou-se a pessoa da
actividade laboral que era entendida como uma coisa (actividade laboral).
LOCAÇÃO DE OBRA
Contrato pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra para que o locatário
transforme uma matéria-prima em obra a troco de um preço que o locador pagará ao
locatário (invertem-se as posições de locador e locatário por comparação com as
outras locações).
Locatário - empreiteiro
09/11/2012
CONTRATO DE SOCIEDADE
É um contrato:
• Consensual
• Bilateral
• Oneroso
• Assente num laço forte de fraternidade entre sócios
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coisas
Existem três tipos de sociedade trabalho
Mistas
Em Roma a sociedade não tem personalidade jurídica. Os Sócios transferem bens mas
o património não entra ou passa para outra pessoa porque a sociedade não tem
personalidade jurídica. Os bens pertencem aos sócios em regime de co-propriedade de
todos os sócios.
Sócios
A
B
C
D
Conclusão:
Apesar de a sociedade não ter personalidade jurídica, quase sempre se pode chamar
todos os sócios respondendo em primeiro lugar o património em co-propriedade e em
segundo lugar o património pessoal.
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• Consensual
• Gratuito
• Bilateral imperfeito
Elementos:
• Consenso –
• Objecto – actividade no interesse do mandante ou do mandante e do
mandatário. Pode ser também no interesse de terceiro
• Finalidade – o interesse do mandante, do mandante e mandatário ou do
terceiro
Nota:
Mandato assenta no consenso
Procuração é unilateral
Obrigações do mandatário:
• Realizar a actividade
• Dar/Prestar contas da actividade
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A B C
Mandante Mandatário
O negócio produz efeitos jurídicos para B que está depois obrigado a transferir o
negócio para A.
Para o 2º teste sai a matéria desde o início do semestre. Será essencialmente de casos
práticos.
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PORTUGAL
Compra e Venda
• Similar ao nosso – transmite direito de propriedade
Locação
• Ainda distingue os três tipos como no Romano
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Sociedade
Noção é a mesma que a nossa
Mandato
Gratuito como o nosso
Compra e Venda
• Mesma noção. Igual ao nosso
Sociedade
• Igual ao nosso
Mandato
• Noção igual.
• Diferença – presume-se oneroso por incorporação do Código Comercial no CC.
Compra e Venda
• É contrato real quanto à constituição – só fica perfeito com a entrega da coisa.
• Nas coisas sujeitas a registo só está perfeito com o registo. No nosso caso está
perfeito antes do registo que só é obrigatório para a segurança de terceiros.
Locação
• Igual. Noção é a mesma
Contrato de Empreitada
• Idêntico
Contrato de Mandato
• Tudo igual
Contrato de Sociedade
• Tem personalidade jurídica
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Compra e Venda
• Parece ser Contrato Real quanto à sua Constituição porque para coisas móveis
exige-se a entrega da coisa. Para imóveis só está perfeito com a escritura
pública e presume-se a entrega aquando da escritura pública. No nosso caso
não se presume nada quanto à entrega.
Locação
• Faz as distinções de Roma
Sociedade
• Tem personalidade jurídica
• A sociedade pode ser universal ou particular similarmente a Roma
Mandato
• Igual ao nosso
• Gratuito
Conclusão
Existem algumas diferenças
Compra e venda – transmite sempre propriedade
19/11/2012
CONTRATOS INOMINADOS
Não se inserem em nenhuma das classificações estudadas
• Vínculo jurídico só surge quando uma das partes cumpre. Só surge obrigação
quando a outra parte cumpre com a sua obrigação ou prestação.
Modalidades
Duas escolas
• Sabiniano diz que a troca é contrato de compra e venda
• Proculeianos consideram que é distinta da compra e venda
Diferenças
1ª Numa troca qual dos objectos trocados funciona como preço? – Razão da
diferença da compra e venda
2ª Troca é Real (não basta o consenso)
3ª Na troca há transmissão do Direito de Propriedade ao contrário da compra e
venda
4ª Aplicação subsidiária do regime da Compra e Venda.
CONTRATO ESTIMATÓRIO
Uma pessoa (A) encarrega outra (B) de vender por um certo preço (parece o mandato
mas não é) num determinado prazo.
CONTRATO DE PRECÁRIO
Difícil de distinguir do comodato
Uma pessoa (A) cede gratuitamente a outra (B) o uso de uma res ou o exercício de um
direito, podendo A revogar o contrato;
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Diferenças:
• Possibilidade de o concedente pôr termo ao contrato (no comodato poderia
haver prazo)
• B tem poderes mais vastos/amplos que os de um comodatário (este só pode
usar para fins a que se destina a res)
Nota:
O Código Italiano tem a permuta e o estimatório. É o único dos nossos dias por
influência do Código Comercial que está incluído ou aglutinado no Civil.
Noção:
Surge quando uma pessoa, sem estar encarregue (não é mandato) nem ter o dever de
agir (dever de ofício) realiza no interesse de outrem, por sua iniciativa, a gestão de
negócios alheios.
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A gestão de negócios implica que o gestor vá gerir o negócio de acordo com a natureza
da coisa e no interesse do dono do negócio. No fim da gestão, o gestor deve transmitir
para o dono do negócio todos os efeitos jurídicos da gestão (prestar contas).
Problema:
Como gerir? Tem que ser gestão útil. Como se determina a gestão útil? Pensando o
que faria o dono do negócio ou pelo critério do homem normal?
CASO PRÁTICO
222 D.C.
Respostas (tópicos)
a. Locação; noção de locação de coisa; elementos
b. Relação da compra e venda com a locação. Em Roma B sai. Cá não sai. Em
Roma a compra e venda afasta a locação. Cá não afasta (Art.º 1057 CC)
Não se respondeu às outras duas questões por não termos matéria dada.
23/11/2012
Quase-Contratos + Quase-Delitos (Continuação)
Na gestão de negócio – o gestor age com a melhor das intenções mas causa mais
prejuízos que benefícios – É responsável se tiver agido com dolo ou negligência. Se
sim, o dono do negócio pede indemnização ao gestor de negócios.
Uma pessoa enriquece à custa de outrem mas tal não basta. Também o
enriquecimento de um é a medida do empobrecimento do outro.
Regime especial – Obrigações Naturais – são excepções no que à repetição diz respeito
Alguém efectua prestação para a realização de uma actividade que já não é possível ou
simplesmente não se realiza
Ex.: Dote de casamento que depois não se realiza
Em Roma Não!
Ex.: peça de teatro. Compus uma peça que não quero levar à cena. Alguém leva a peça
a cena e enriquece. Eu não tive qualquer prejuízo.
DELITOS E QUASE-DELITOS
Responsabilidade Civil por factos ilícitos (tem origem em Roma e resulta de delitos de
natureza privada)
26/11/2012
DIREITOS REAIS
1. Gozo
a. Direito de Propriedade
b. Direitos Reais sobre Coisa Alheia
i. Usufruto
ii. Direito de Uso e Habitação
iii. Direito de Superfície
iv. Servidões Prediais
2. Garantia
a. Hipoteca
b. Penhor
3. Aquisição
As duas teorias têm que ser conjugadas porque cada uma, só por si, não explica tudo
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• Trânsito Público
o Os proprietários de prédios confinantes da estrada tinham obrigação de
conservar a estrada e de não a danificar. Se não fosse possível usar a
estrada poder-se-ia ter de fazer a circulação pelo prédio e o proprietário
suportar essa circunstância;
• Restrições Urbanísticas
o Obrigação de manter certas características dos prédios; distância entre
os prédios; Regras para janelas (Restrição que durou até ao Séc. XVIII);
Propriedade Horizontal em Roma – Roma era avessa à propriedade
comum. Num prédio de dois pisos o dono do segundo andar era o dono
do telhado, que o teria que arranjar, aplicando-se o mesmo ao dono do
rés-do-chão, se houvesse problemas nos alicerces. Defendia-se uma
concepção individualística da propriedade horizontal de forma a evitar
conflitos.
Restrições de Interesses Privados
• Titular de prédio junto ao rio pode usar a água do rio mas não pode desviar o
curso de água prejudicando os proprietários a jusante.
• Não se pode deixar crescer árvores ou construir muros, dessa forma retirando a
visibilidade aos prédios vizinhos, sendo esta a única finalidade do muro ou das
árvores. Nós só temos o abuso de direito (ou seja, não há violação de norma
mas o uso de um direito de forma abusiva – Art.º 334º CC), estando a exasperar
o exercício de um direito; Roma também proibia que as raízes das árvores, ou
as próprias árvores, crescessem para o terreno do vizinho, podendo este cortar
(as raízes ou os galhos das árvores);
• Colheita de frutos – num terreno com inclinação, os frutos caem e rolam para o
terreno vizinho – o Proprietário dos frutos tem direito a ir buscar os frutos;
• Não podem fazer desvios artificiais das águas pluviais de modo a conduzi-las
para o terreno vizinho (a restrição está na obrigação de suportar as águas
pluviais que naturalmente entram para o terreno)
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• Emissão de fumos, odores (ou até trepidações) para prédio vizinho – Roma
também se preocupou com isto. Tem que haver equilíbrio distinguindo-se para
isso emissões lícitas de ilícitas. A teoria dominante é a do uso normal ou
anormal, conjugada com a teoria do abuso de direito (art.º 334º CC)
• Teoria das influências directas e indirectas – são proibidas as influências
directas em que os efeitos da actividade só se projectam no prédio vizinho
(tese frágil).
Conclusão:
Com estas restrições afastamo-nos da concepção individualística visto que estas
restrições evidenciam preocupações sociais.
Cada um só pode dispor da sua quota. Não pode hipotecar o prédio, apenas a sua
quota (nosso 1408º CC).
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A posse não é um direito. Quer ser direito mas não o é. Quer ser mas só se adquire
pelo usucapião.
A – Proprietário
B – Titular de Direito Real sobre coisa alheia – vai sempre onerar o Direito de
Propriedade, limitando-o.
2º teste
1 pergunta teórica + caso prático
Matéria toda até ao fim dos quase-contratos (enriquecimento sem causa)
Direitos Reais não sai.
Caso prático
Propriedade
O Direito Real sobre coisa alheia está agarrado à coisa mesmo que seja vendida.
Quem compra sabe que a coisa está onerada.
Têm natureza real e não pessoal.
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A servidão de passagem é idêntica à nossa e é o mais antigo direito sobre coisa alheia.
Servidão legal de águas (CC art.º 1557º, 1561º, 1563º) – em Roma já existia esta
passagem
A B
Água
Vistas
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Se A construiu em primeiro lugar é B que vai ter que guardar a distância ou encanar a
água. O ónus recai sobre B. Isto acontece porque B não se opôs ou aceitou a
construção de A.
Considera-se constituída a servidão.
USUFRUTO
Surgiu provavelmente no Séc. II A.C. em Roma
Surgiu no caso de viúvas que herdavam o património mas não tinham dinheiro.
Tinham a hipótese de vender o prédio ficando com o usufruto vitalício do prédio,
podendo retirar todo o gozo do prédio não alterando o seu destino económico nem
destruindo a coisa.
Deve gerir segundo o critério de bom pai de família.
Usufruto (art.º 1439º CC)
Tem carácter pessoal e temporário.
No Direito Romano entendeu-se que assim, tinha pouca utilidade pelo que se
concebeu o Direito de Uso em que o usuário teria direito a alguns frutos, mas apenas
os necessários para as suas necessidades pessoais e da sua família.
Características:
• Intransmissível
• Indivisível
Menos restrições do usufruto para o usuário.
Diferenças para o usufruto – o usufruto tem maior amplitude – usar e desfrutar sem
limitações.
Direito de Uso e Habitação não é susceptível de aquisição por usucapião.
Usuário não pode onerar, nem trespassar, nem locar a coisa.
DIREITO DE SUPERFÍCIE
Em Roma não é um Direito Real. Era obrigacional. Só com Justiniano foi consagrada a
sua natureza real.
Historicamente – inicialmente o solo pertencia ao povo (em Roma). Problema: para
abrir estabelecimento, o solo pertencia ao povo.
2º problema: tudo o que está no interior pertence ao proprietário.
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Fundamentos do Direito Comum Europeu
Apontamentos Aula
C D
Como resolver o problema para que B possa construir prédio urbano no terreno de A
(com o consentimento de A)?
A locava terreno do prédio a B (solução inicial)
Problema:
A queria vender o prédio a C – Caso A queira vender contempla em cláusula do
contrato que cessa a posição de A (da locação) a C.
O mesmo se aplica à venda de B a D. Resolve-se igualmente com cláusula e D sucede a
B no pagamento da renda a A.
Garantias pessoais: o garante (fiador, por exemplo) responde com todo o seu
património (fiança).
Na Garantia Real o garante só responde pelo que foi dado em garantia (coisas certas e
determinadas).
Vamos estudar o penhor e a hipoteca.
14/12/2012
DIREITOS REAIS DE GARANTIA (continuação)
Hipoteca – incide sobre uma coisa mas a coisa não pertence ao credor, como acontece
na fidúcia. O proprietário é o devedor.
É proibido o pacto comissório (art.º 694º CC) – tem que executar primeiro (em
processo executivo).
Locação
A B
Uma das hipóteses para garantia era o penhor, mas implicava a entrega da Res, ou
seja, das máquinas para trabalhar a terra – isto não interessava a B.
Caso prático:
Data: 01/01/228
A Usufruto B
Proprietário de até à morte de B
Prédio Rústico X (vitalício)
Garantia
Hipoteca
01/01/230
Compra e venda
A E (que pretende expulsar C do prédio)
E não pode fazer nada porque B tem um Direito Real. C tem um contrato de locação
que tem por base uma locação que, por sua vez, tem por base um Direito Real
(usufruto).
A locação até nem interessa porque também não poderia expulsar B.
CC Alemão
Direito de propriedade – poder de usar, fruir e dispor da coisa (como o nosso)
Condomínio = nossa compropriedade
CC Francês
Noções são as mesmas.
CC Italiano
Direito de propriedade – apenas as restrições da lei – como no nosso
Comunhão = nossa compropriedade
CC Espanhol
Direito de propriedade – usar e dispor – só com limitações da lei.
Professor vai confirmar a aula de dúvidas para a frequência (à partida será dia 16/01)
17/12/2012
Nota do 2º teste – 15 (prof. diz que não é benévolo a dar as notas na avaliação
contínua). jDiz que fala estudo e centrarmo-nos na pergunta.
Resolução do 2º teste
I – contrato estimatório /mandato
Estimatório – inominado
Mandato – consensual
II a.
Elementos do contrato de socidade: Consenso; coisa (Res) – Entradas dos Sócios
(Objecto); finalidade
Personalidade jurídica
b.
Só pode demandar o C
Sociedade não tem personalidade jurídica
Contratos de compra e venda só com C
C pode demandar A e B na acção de D – Mandato implícito por ser gerente, ou seja,
celebrar negócios jurídicos dentro da actividade da sociedade.
Contrato de E – não se insere no objecto da sociedade.
II b. – O prof. diz que haverá sempre uma questão como esta na frequência, ou seja,
uma questão para nos fazer pensar.
Frequência
1º grupo – definições
2º e 3º grupos – desenvolvimento com áreas temáticas
4º grupo – caso prático
Nota do trabalho – 13