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Direito Penal

Teoria geral do crime:


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Direito Penal
Teoria geral do crime - discriminantes putativas

Apresentação
Olá aluno,

Sou o Professor Thiago Pacheco. Delegado de Polícia em Minas Gerais, Professor


da ACADEPOL/MG e cursos preparatórios, Coordenados do Plano de Aprovação - Coaching e
Mentoria para Concursos Públicos.

Sumário

Descriminantes putativas............................................................................................................................. 3

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Direito Penal
Teoria geral do crime - discriminantes putativas

Descriminantes putativas

CONCEITO: causas excludentes da ilicitude fantasiadas pelo agente.


Ou seja, trata-se de um erro.
Excludentes de ilicitude que aparentam estar presentes em uma determinada situação, quando
na realidade, não estão.
Apesar das descriminantes significarem excludentes de ilicitude, quando associadas à situa-
ção de putatividade, como se verá, excluirão ora a tipicidade, ora a culpabilidade, e não a ilicitude.
Obs: Causa excludente de ilicitude + imaginação = DESCRIMINANTE PUTATIVA.

Conceito analítico do crime

Erro de tipo x Erro proibição

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Teoria geral do crime - discriminantes putativas

Descriminantes putativas
1. Erro de tipo:
a. Quando inevitável exclui dolo e culpa (e assim, o fato típico);
b. Se evitável, exclui dolo (sendo punível por culpa, se assim previsto).
2. Erro de proibição:
c. Se inevitável isenta de pena (excluindo a culpabilidade pela exclu-
são da potencial consciência da ilicitude);
d. Se evitável diminui pena.
PERGUNTA: Como saber se será erro de tipo ou erro de proibição?
Duas situações distintas de se fantasiar uma causa justificante:
1. Erro quanto à EXISTÊNCIA ou LIMITES da descriminante: o agente supõe agir sob o manto de uma
justificante em razão de erro quanto à sua existência ou seus limites. Apesar de conhecer a situação
de fato, ignora a ilicitude do comportamento.
Exemplo: João, ao ser agredido com um soco no rosto, acredita estar autorizado a reagir com um tiro.
João conhece perfeitamente os fatos, todavia ignora a ilicitude da sua reação (desconhece os limites
que devem estar presentes para se valer da legítima defesa).
Este erro deve ser equiparado ao erro de proibição (art. 21 do CP), sendo que se inevitável, exclui
a culpabilidade; se evitável, diminui a pena.
2. Erro quanto aos PRESSUPOSTOS FÁTICOS DO EVENTO: o agente supõe estar diante de uma situação
de fato que, na realidade, não existe.
Exemplo: João, durante a noite, em um beco se depara com seu desafeto colocando a mão no bolso
traseiro da calça.
Diante de tal cena, acredita que será vítima de injusta agressão, momento em que se antecipa,
saca sua arma, e dispara contra seu desafeto acreditando estar se defendendo.
Depois, percebe que seu desafeto iria retirar o celular do bolso. João fantasiou situação de fato
(iminência de injusta agressão) que nunca existiu.
Segundo a Teoria limitada da culpabilidade, terá a mesma natureza do erro de tipo (art. 20 do CP).
Se inevitável, além do dolo, excluirá também a culpa; se evitável, exclui o dolo, mas não isenta
o agente de pena, permanecendo a possibilidade de responsabilização criminal a título de culpa,
caso o crime tenha previsão legal na modalidade culposa (culpa imprópria).

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