Você está na página 1de 6

ISNTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

CAMPUS GOIÂNIA
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS IV
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ECONOMIA
PROFESSOR: ADRIANO DE CARVALHO PARANAIBA

MOEDAS DIGITAIS

Vinícius dos Reis Costa

GOIÂNIA
05 DE MARÇO DE 2018
1. INTRODUÇÃO

Será tratado nesse trabalho acerca das criptomoedas, isto é, moedas virtuais que utilizam
a criptografia para garantir mais segurança em transações financeiras na internet; bem como
seu significado, a estrutura block chain em que está inserida e seu provável futuro.

2. O QUE É

É notório que o no ano de 2017 houve o “boom” das moedas virtuais, citando o bitcoin,
a moeda mais famosa e utilizada, passou de U$ 1.000 para U$ 20.000, criando milionários em
um curto espaço de tempo, bem como mostrado no gráfico de informações baixo.

Imagem 1: A crescida do bitcoin

Todavia, para uma análise do porquê da crescida acelerada das moedas virtuais
é necessário entender sua criação e utilização.

2.1. Criação e definição


Criada em 2009 a primeira moeda virtual, o Bitcoin, foi criada pelo pseudônimo Satoshi
Nakamoto. A criptomoeda é um código virtual que pode ser convertido em valores reais. Sua
negociação se dá pela internet e é caracterizada pela ausência de um sistema monetário
regulamentado e da submissão a uma autoridade financeira como o Banco Central do Brasil.
Para que as moedas virtuais sejam produzidas é necessário um software de
“mineração”, isto é, os computadores inclusos na operação resolvem cálculos matemáticos
complexos nos quais vão sendo aprovadas as compras e vendas de moedas virtuais feitas pelos
investidores.
A cotação, compra e venda acontece anonimamente pela internet. A moeda digital é
armazenada em uma carteira e administrada em um computador pessoal ou dispositivo móvel.
Sua serventia é a mesma do dinheiro real, permitir a compra e venda de bens e serviços entre
pessoas.

3. BLOCKCHAIN
É uma rede que funciona como blocos encadeados que carregam consigo uma impressão
digital. Quando o usuário inicia o software de mineração é criado um par de chaves
criptográficas. Isto lhe da um endereço de transação que funciona como conta corrente.
O blockchain contém detalhes de todas as transações já executadas. Um bloco é parte
de um blockchain que registra as transações atuais e recentes, e uma vez que um bloco é
completado, ele é adicionado ao blockchain, fornecendo um registro permanente das
transações. Cada bloco novo é adicionado aos blocos anteriores em ordem cronológica,
formando uma cadeia. Os blocos contêm um registro do bloco anterior (chamado de hash), o
que significa que o bloco sabe onde ele se situa na cadeia. Segue abaixo a ilustração de
realização das transações.

Imagem 2: Cadeia de transações

O problema é que o comprador não pode verificar se o dono da chave não a gastou
duplicada. A solução para o problema é a introdução de um software que percorra o a transação
e perceba se ela não foi feita duas vezes seguidas. Depois de cada transação é necessário que a
moeda vá para um espaço específico, uma “carteira”, e apenas moedas que vem desta “carteira”
são consideradas seguras.
Deste modo, o hash, que é levado para frente em cada transação possui um selo do
anterior, o que possibilita sinalizará caso haja alteração ou fraude no próximo bloco,
possibilitando a invalidação do bloco sinalizado como errado.
O blockchain é considerado seguro por um mecanismo de consenso de prova de trabalho
(PoW, na sigla em inglês), que usa poder de processamento para resolver cálculos
matemáticos complexo, como dito acima, isto para assegurar que o hash criptográfico do bloco
é válido. Quando alguém resolve a operação e consegue validar o bloco, recebe uma
recompensa, a moeda virtual, as outras pessoas da rede também conseguem confirmar que o
resultado é correto.
Desta maneira, é apontado pelo pesquisador do IBM Blockchain os seguintes conceitos:

• Ledger distribuído: o livro-razão, sistema de registro das transações e blocos,


é compartilhado por toda a rede e todos podem ver;
• Privacidade: é possível garantir a visibilidade adequada para a rede, já que as
transações conseguem ser verificáveis. O termo “adequado” é importante; todas as informações
da transação são públicas. No blockchain, partes sensíveis do ledger podem ser ocultadas (como
o endereço de alguém), sem prejudicar a verificação do bloco;
• Contrato inteligente: um documento que não pode ser alterado depois de
escrito. É possível firmar contratos e autorizar (ou não) transações de acordo com os termos
estabelecidos;
• Consenso: as transações são verificadas pelos participantes da rede e não podem
ser fraudadas;

4. QUAIS AS CRIPTOMOEDAS MAIS UTILIZADAS

Citam- se abaixo as moedas com mais valor atualmente, e por conseguinte, as mais
utilizadas:

Bitcoin – Considerada a primeira moeda digital (Criptomoeda)


descentralizada do mundo, foi apresentada em 2008 por um programador de pseudônimo
Satoshi Nakamoto. É oficialmente um meio de pagamento no Japão, aceito por mais de 260 mil
estabelecimentos.

Litecoin – Tem as mesmas características do Bitcoin, porém com menor tempo


de transação, devido a uma taxa menor de bloqueio e mais acessibilidade. A tendência é de um
maior crescimento graças à familiaridade com o bitcoin.
Ethereum – É o mais novo, apresentado em 2014 por Vitalik Buterin, financiado
como um projeto de crowdfunding, o terceiro maior já financiado dessa forma. Hoje é a segunda
maior criptomoeda do mundo.

Ripple – Também conhecido como XRP, é um pouco diferente das outras


criptomoedas, pois traduz tanto uma moeda digital quanto uma rede de pagamento aberta, com
menores taxas e atrasos de processamento.

Monero – Usa o código aberto CrytoNote, codificado a partir do zero. Entre


suas características estão os pagamentos e transações ocultos. A diferença básica entre ela e o
bitcoin é que ela cria um endereço único para cada transação, adotando uma senha privada que
possibilita que as informações completas do processo sejam vistas apenas pela pessoa que
recebeu o depósito ou por quem possuir a senha.

Dash – Operações com essa moeda têm confirmação praticamente instantânea,


pela rede Masternodes (diferente do bitcoin). E é essa rede que permite que as transações sejam
anônimas, caracterizando a dash pela privacidade dos seus usuários.

5. QUAL O FUTURO DO BITCOIN

É certo que com seu crescimento acelerado, o bitcoin tomou seu lugar nas transações
financeiras. Hoje (Março, 2018) sua cotação se encontra em R$ 37.680, ou U$11,502.00. Assim
como demonstrado no gráfico abaixo, é notória sua instabilidade, variando esta de acordo com
principalmente o cenário internacional e a insegurança instalada por aceitações e sanções.
Imagem 3: Gráfico de valor do bitcoin

Todavia, mesmo com a insegurança é real que ele está mais presente, sendo cada vez
mais aceitado por empresas como método de pagamento, o que dá cada vez mais chance a
aumentar seu valor.

Com tudo isso, o que podemos dizer é que não há como garantir que o Bitcoin continuará
seu crescimento exponencial visto nos últimos anos, já que a valorização da criptomoeda
depende da adoção por parte de novos usuários e do número de transações realizadas, com o
primeiro caso já sendo atualmente bastante limitado devido ao alto valor cobrado e às condições
de mineração.

Bibliografia

https://tecnoblog.net/227293/como-funciona-blockchain-bitcoin/

Satoshi Nakamoto (2008), Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System

https://financeone.com.br/o-que-e-criptomoeda-e-como-investir/

https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/bitcoin-e-ethereum-o-que-e-e-como-funciona-a-
criptomoeda-ou-moeda-virtual.ghtml

http://www.psafe.com/blog/o-que-criptomoeda/

http://www.infomoney.com.br/mercados/bitcoin/noticia/7197977/especial-criptomoedas-
que-podem-ser-novo-bitcoin-2018

https://br.advfn.com/investimentos/criptomoedas/o-que-e-blockchain

Cotação – MercadoBitcoin Última atualicação: 05/03/2018 10:57:19

Você também pode gostar