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Perguntas

&
Respostas
Operações ou prestações
interestaduais destinadas a
consumidor final não
contribuinte do ICMS

Versão 2.0
1. Qual a legislação aplicável na tributação do ICMS relativo às operações
ou prestações interestaduais destinadas a consumidores finais não
contribuintes do imposto?

 § 2º do art. 155 da Constituição Federal e art. 99 do Ato das Disposições


Constitucionais Transitórias;
 Emenda Constitucional n. 87, de 16 de abril de 2015;
 Lei n. 18.573, de 30 de setembro de 2015;
 Inciso VII do “caput” do art. 2º, inciso XV do “caput” do art. 5º e § 7º do
mesmo artigo, art. 6º-B, todos da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de
1996;
 Decreto n. 3.208, de 23 de dezembro de 2015;
 Inciso VII do “caput” do art. 2º, inciso XV do “caput” do art. 5º e § 8º do
mesmo artigo, inciso IX do “caput” do art. 6º, inciso XXV do “caput” do
art. 15 e § 15 do mesmo artigo, § 2º do art. 275, do art. 327-A ao art. 327-
H, todos do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080, de
28 de setembro de 2012;
 Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015;
 Convênio ICMS 152, de 11 de dezembro de 2015;
 Convênio ICMS 153, de 11 de dezembro de 2015.

2. Quando se considera ocorrido o fato gerador do ICMS incidente sobre


as operações ou prestações interestaduais destinadas a consumidores
finais não contribuintes do imposto?
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento da realização de
operações e prestações iniciadas em outra unidade federada que destinem bens e
serviços a consumidor final não contribuinte do imposto localizado no Estado do
Paraná.

Normativo: Inciso XV do “caput” do art. 5º da Lei n. 11.580, de 14 de


novembro de 1996;
Inciso XV do “caput” do art. 5º do Regulamento do ICMS,
aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

3. Qual o ICMS a ser recolhido ao Estado do Paraná sobre as operações e


prestações interestaduais destinadas a consumidores finais não
contribuintes do imposto localizados no Estado do Paraná?
O ICMS a ser recolhido ao Estado corresponde à diferença entre a alíquota interna
do Estado do Paraná e a interestadual (DIFAL), observada a regra da partilha no
período de transição (vide questão n. 21).

Normativo: § 7º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996;


§ 8º do art. 5º, inciso IV do “caput” e § 3º do art. 327-B,
parágrafo único do art. 327-G, todos do Regulamento do ICMS,
aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012;
Inciso I e II do “caput”, §§ 4º e 5º da cláusula segunda do
Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015.
4. Qual o tratamento tributário em relação às operações com mercadorias
entregues a consumidor final não contribuinte do imposto no território
paranaense?

As operações com mercadorias entregues a consumidor final não contribuinte do


imposto no território paranaense são consideradas como internas,
independentemente do seu domicílio ou da sua eventual inscrição no cadastro de
contribuintes do ICMS de outra unidade federada, devendo ser recolhido o
imposto integralmente ao Estado do Paraná de acordo com a alíquota interna
aplicável à operação.

Normativo: § 13 do art. 14 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo


Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

5. Qual a base de cálculo e a sistemática de cálculo do DIFAL devido ao


Estado do Paraná?

A base de cálculo do ICMS é única e corresponde ao valor da operação ou ao


preço do serviço, devendo o montante do próprio imposto total (calculado com
base na alíquota interna do Estado de destino, considerando, quando for o caso, o
adicional de dois pontos percentuais na alíquota do imposto destinado ao
financiamento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná - FECOP)
integrá-la.

A sistemática de cálculo do ICMS, para os bens em geral e as prestações de


serviços, será a seguinte:
Valor Alíquota Base de ICMS Base de Alíquota ICMS ICMS
Mercadoria Interestadual Cálculo ICMS UF Cálculo Interna Total UF
s/ ICMS Interestadual Origem ICMS UF Destino
Destino Destino
R$ 1.000,00 4% R$ 1.219,51 R$ 48,78 R$ 1.219,51 18% R$ 219,51 R$ 170,73
R$ 1.000,00 7% R$ 1.219,51 R$ 85,37 R$ 1.219,51 18% R$ 219,51 R$ 134,15
R$ 1.000,00 12% R$ 1.219,51 R$ 146,34 R$ 1.219,51 18% R$ 219,51 R$ 73,17

A sistemática de cálculo do ICMS, para os produtos sujeitos ao adicional de dois


pontos percentuais na alíquota do imposto destinado ao financiamento FECOP,
será a seguinte:

Valor Alíquota Base de ICMS Base de Alíquota Alíquota Adicional ICMS ICMS Adicional
Mercadoria s/ Interestadual Cálculo UF Cálculo Interna Interna do Total UF ICMS
ICMS ICMS Origem ICMS UF UF FECOP C/ FECOP Destino FECOP
Interestadual Destino Destino Destino
s/
FECOP
R$ 1.000,00 4% R$ 1.219,51 R$ 48,78 R$ 1.219,51 18% 16% 2% R$ 219,51 R$ 146,34 R$ 24,39
R$ 1.000,00 7% R$ 1.219,51 R$ 85,37 R$ 1.219,51 18% 16% 2% R$ 219,51 R$ 109,76 R$ 24,39
R$ 1.000,00 12% R$ 1.219,51 R$ 146,34 R$ 1.219,51 18% 16% 2% R$ 219,51 R$ 48,78 R$ 24,39
Há de se ressaltar que deverá ser observada a regra de partilha entre as unidades
federadas de origem e de destino no período de transição (2016, 2017 e 2018),
cabendo a parcela referente ao FECOP integralmente para o Estado do Paraná.
(vide questão n. 21).

Normativo: Inciso I do “caput” e § 2º do art. 327-B, parágrafo único do art.


327-G, ambos do Regulamento do ICMS, aprovado pelo
Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012;
§§ 1º, 4º e 5º da cláusula segunda e § 2º da cláusula décima,
ambos do Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015.

6. Quais os produtos estão sujeitos ao adicional de dois pontos percentuais


na alíquota do imposto destinado ao financiamento do FECOP?

 água mineral (NCM 22.01);


 águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes ou
aromatizadas, refrigerantes, refrescos e outros, cervejas sem álcool e
isotônicos (NCM 22.02);
 artefatos de joalheria e de ourivesaria, e suas partes (NCM 71.13 e 71.14);
 cervejas, chopes e bebidas alcoólicas (NCM 22.03. 22.04, 22.05, 22.06 e
22.08);
 fumo e sucedâneos, manufaturados (NCM 24.02 e 24.03);
 gasolina, exceto para aviação;
 perfumes e cosméticos (NCM 33.03, 33.04, 33.05 exceto 3305.10.00, e
33.07 exceto 3307.20);
 produtos de tabacaria (NCM 24.01 a 24.99).

Normativo: Art. 14-A da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996;


Art. 1º do Anexo XII do Regulamento do ICMS, aprovado pelo
Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

7. Quais os benefícios fiscais que serão considerados no cálculo do DIFAL


devido ao Estado do Paraná?

Os benefícios fiscais de redução da base de cálculo ou de isenção do ICMS,


autorizados por meio de convênios ICMS com base na Lei Complementar n. 24,
de 7 de janeiro de 1975, celebrados até 1º de janeiro de 2016 e implementados, na
legislação paranaense, observando que no cálculo do valor do DIFAL será
considerado o benefício fiscal de redução da base de cálculo de ICMS ou de
isenção de ICMS concedido na operação ou prestação interna.

Ressalta-se que, ainda que a unidade federada de origem tenha concedido


redução da base de cálculo do imposto ou isenção na operação interestadual,
será devido ao Estado do Paraná o ICMS correspondente à diferença entre a
alíquota interna do Estado do Paraná e a alíquota interestadual estabelecida pelo
Senado Federal para a respectiva operação ou prestação.
Em relação à parcela correspondente ao adicional de dois pontos percentuais na
alíquota do imposto destinado ao FECOP, não se aplicará qualquer benefício
fiscal.

Normativo: Inciso II do art. 3º da Lei n. 18.573, de 30 de setembro de 2015;


Inciso I do art. 2º do Anexo XII do Regulamento do ICMS,
aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012;
Convênio ICMS 153, de 11 de dezembro de 2015.

8. Quais as alíquotas internas do ICMS no Estado do Paraná?

Alíquotas Operações ou Prestações em geral


 Alimentos, quando destinados à merenda escolar, nas vendas a
7% órgãos da administração federal, estadual ou municipal
 animais vivos;
12%  calcário e gesso;
 farinha de trigo;
 máquinas e aparelhos industriais, exceto peças e partes (NCM
84.17 a 84.22, 84.24, 84.34 a 84.49, 84.51, 84.53 a 84.65, 84.68,
84.74 a 84.80 e 85.15);
 massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da NCM, desde
que não consumidas no próprio local;
 óleo diesel;
 Os seguintes produtos avícolas e agropecuários, desde que em
estado natural:
1. abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra,
alecrim, alface, alfavaca, alfazema, algodão em caroço, almeirão,
alpiste, amendoim, aneto, anis, araruta, arroz, arruda, aspargo,
aveia e azedim;
2. batata, batata-doce, beringela, bertalha, beterraba, beterraba de
açúcar, brócolis, brotos de feijão, brotos de samambaia e brotos de
bambu;
3. cacateira, cambuquira, camomila, cana-de-açúcar, cará, cardo,
carnes e miúdos comestíveis frescos, resfriados ou congelados, de
bovinos, suínos, caprinos, ovinos, coelhos e aves, casulos do
bicho-da-seda, catalonha, cebola, cebolinha, cenoura, centeio,
cevada, chá em folhas, chicória, chuchu, coentro, cogumelo,
colza, cominho, couve e couve-flor;
4. endivia, erva-cidreira, erva-de-santa maria, erva-doce, erva-
mate, ervilha, escarola e espinafre;
5. feijão, folhas usadas na alimentação humana, frutas frescas,
fumo em folha e funcho;
6. gengibre, gergelim, girassol, gobo e grão-de-bico;
7. hortelã;
8. inhame;
9. jiló;
10. leite, lenha, lentilha e losna;
11. macaxeira, madeira em toras, mamona, mandioca, manjericão,
manjerona, maxixe, milho em espiga e em grão, morango e
mostarda;
12. nabo e nabiça;
13. ovos de aves;
14. palmito, peixes frescos, resfriados ou congelados, pepino,
pimentão e pimenta;
15. quiabo;
16. rabanete, raiz-forte, rami em broto, repolho, repolho-chinês,
rúcula e ruibarbo;
17. salsão, salsa, segurelha e sorgo;
18. taioba, tampala, tomate, tomilho, tremoço e trigo;
19. vagem.
 produtos classificados na posição 19.05 da NCM;
 refeições industriais classificadas no código 2106.90.90 da NCM
e demais refeições quando destinadas a vendas diretas a
corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus
funcionários, empregados ou dirigentes;
 sêmens, embriões, ovos férteis, girinos e alevinos;
 serviços de transporte;
 tijolo, telha, tubo e manilha que, na sua fabricação, tenha sido
utilizado argila ou barro;
 tratores, microtratores, máquinas e implementos, agropecuários
e agrícolas, em todos excetuados peças e partes, (NCM 82.01,
8424.81, 84.32, 84.36, 84.37, 87.01, 8433.20.90, 8433.51.00,
8433.59.90 e 8433.90.90);
 veículos automotores novos, quando a operação seja realizada sob
o regime da sujeição passiva por substituição tributária, com
retenção do imposto relativo às operações subsequentes;
 independentemente de sujeição passiva por substituição tributária,
os veículos classificados na NBM/SH, com o sistema de
classificação adotado até 31 de dezembro de 1996: 8701.20.0200,
8701.20.9900, 8702.10.0100, 8702.10.0200, 8702.10.9900,
8704.21.0100, 8704.22.0100, 8704.23.0100, 8704.31.0100,
8704.32.0100, 8704.32.9900, 8706.00.0100 e 8706.00.0200.
 armas e munições, suas partes e acessórios (NCM Capítulo 93);
 balões e dirigíveis; planadores, asas voadoras e outros veículos
aéreos, não concebidos para propulsão com motor (8801.0000);
 embarcações de esporte e de recreio (8903);
 energia elétrica destinada à eletrificação rural;
25%  peleteria e suas obras e peleteria artificial (NCM Capítulo 43);
 perfumes e cosméticos (3303, 3304, 3305, exceto 3305.1000, e
3307, exceto 3307.20);
 serviço de comunicação;
 energia elétrica, exceto a destinada à eletrificação rural;
 fumo e sucedâneos, manufaturados (2402.1000 a 2403.9990);
29%  bebidas alcoólicas (2203, 2204, 2205, 2206 e 2208);
 gasolina, exceto para aviação;
 álcool anidro para fins combustíveis;
18%  demais bens e mercadorias.
Alíquotas Adicional Alíquotas Operações destinadas a consumidor final
sem FECOP na alíquota totais
destinado ao
FECOP
 água mineral (NCM 22.01);
 águas gaseificadas, adicionadas de açúcar
ou de outros
 edulcorantes ou aromatizadas,
16% 18% refrigerantes, refrescos e outros, cervejas
sem álcool e isotônicos (NCM 22.02);
 artefatos de joalheria e de ourivesaria, e
suas partes (NCM 71.13 e 71.14);
2%  produtos de tabacaria (NCM 24.01 a 24.99).
 perfumes e cosméticos (NCM 33.03, 33.04,
23% 25% 33.05 exceto 3305.10.00, e 33.07 exceto
3307.20).
 cervejas, chopes e bebidas alcoólicas (NCM
22.03. 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08);
27% 29%  fumo e sucedâneos, manufaturados (NCM
24.02 e 24.03);
 gasolina, exceto para aviação.

Normativo: Art. 14 da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996;


Art. 14 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.
6.080, de 28 de setembro de 2012.

9. A quem caberá o recolhimento do DIFAL devido ao Estado do Paraná?

Caberá ao remetente do bem ou ao prestador do serviço a responsabilidade pelo


recolhimento do imposto.

Normativo: Alínea “b” do inciso VIII do § 2º do art. 155 da Constituição


Federal;
§ 7º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996;
§ 8º do art. 5º do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

10. Qual o prazo de recolhimento do DIFAL devido ao Estado do Paraná?

 Para o contribuinte estabelecido em outra unidade federada

Hipótese Prazo
Operações ou prestações realizadas Por ocasião da saída do bem ou do
por contribuinte não inscrito no início da prestação de serviço, em
CAD/ICMS relação a cada operação ou prestação.
Operações ou prestações realizadas Até o décimo quinto dia do mês
por contribuinte inscrito no subsequente à saída do bem ou ao
CAD/ICMS início da prestação de serviço.
Operações ou prestações realizadas Nos prazos previstos para
por contribuinte inscrito no recolhimento do imposto relativo à
CAD/ICMS na qualidade de substituto substituição tributária (inciso X do
tributário “caput” do art. 75 do Regulamento do
ICMS)

Ressalta-se que para o recolhimento da parcela correspondente ao adicional de


dois pontos percentuais na alíquota do imposto destinado ao FECOP deverá ser
observado os mesmos prazos.

 Para o contribuinte estabelecido no Estado do Paraná


O contribuinte estabelecido no Estado do Paraná que promover operações ou
prestações interestaduais destinadas a consumidores finais não contribuintes do
imposto localizados em outra unidade federada, deverá recolher ao Estado do
Paraná a parcela do DIFAL devida ao Estado de destino correspondente a
partilha a ser realizada no período de transição (60% em 2016, 40% em 2017 e
20% em 2018), até o dia 12 do mês seguinte ao de referência.

Normativo: Inciso XXV do “caput”, §§ 15 e 16 e inciso IV do § 17, do art.


75 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080,
de 28 de setembro de 2012;
Cláusula quarta e §§ 2º e 5º da cláusula quinta do Convênio
ICMS 93, de 17 de setembro de 2015.

11. Qual o documento de arrecadação a ser utilizado para recolhimento do


DIFAL devido ao Estado do Paraná?

O contribuinte inscrito no CAD/ICMS poderá utilizar a Guia Nacional de


Recolhimento de Tributos Estaduais - GNRE ou a Guia de Recolhimento do
Estado do Paraná - GR-PR, já o não inscrito no CAD/ICMS deverá utilizar,
exclusivamente, a GNRE.

Destaca-se que, para fins do recolhimento da parcela correspondente ao adicional


de dois pontos percentuais na alíquota do imposto destinado ao FECOP, deverá
ser utilizada, exclusivamente, a GR-PR.

Normativo: Art. 327-E, inciso I do parágrafo único do art. 327-H, o inciso


II do “caput” e parágrafo único do art. 4º do Anexo XII, ambos
do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080, de
28 de setembro de 2012;
Cláusula quarta do Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de
2015.

12. Quais os códigos de receitas a serem utilizados no recolhimento do


DIFAL?

GNRE
Código de Receita = 10010-2 (ICMS
Consumidor Final Não Contribuinte
Outra UF por Operação)
Contribuinte não inscrito no
CAD/ICMS GR-PR (FECOP)
Código de Receita = 503-7 (Fundo
Estadual de Combate à Pobreza por
Operação)

GNRE

Código de Receita = 10011-0 (ICMS


Consumidor Final Não Contribuinte
Outra UF por Apuração)

GR-PR (ICMS)
Contribuinte inscrito no CAD/ICMS Código de Receita = 1015 (Regime
mensal de Apuração - EFD/ICMS,
GIA-ST ou DeSTDA)

GR-PR (FECOP)
Código de Receita = 504-5 (Fundo
Estadual de Combate à Pobreza por
Apuração)

Destaca-se que a emissão da:


(a) GNRE dar-se-á por meio do Portal Nacional ou no Portal da Secretaria de
Estado da Fazenda – SEFA, e as instituições financeiras credenciadas pela
Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná para receber o pagamento em
GNRE são: Banco do Brasil, Sicredi, Bradesco, HSBC e Itaú.

(b) GR-PR dar-se-á exclusivamente pelo Portal da Secretaria de Estado da


Fazenda - SEFA, e as instituições financeiras credenciadas para receber o
pagamento em GR-PR são: Banco do Brasil, Bancoob, Bradesco, Itaú,
Rendimento e Sicredi.

Ressalta-se que o contribuinte inscrito no CAD/ICMS poderá recolher o ICMS


mensal e o diferencial de alíquotas (DIFAL) numa única guia de pagamento, seja
GR-PR com código 1015 ou GNRE com código 10011-0.

Normativo: Ajuste SINIEF 11, de 4 de dezembro de 2015;


Boletins Informativos n. 051/2015 e 004/2016.

13. O recolhimento do DIFAL em GR-PR, utilizando o código 1414 –


Diferencial de Alíquotas, está correto?

Não, este código de recolhimento refere-se ao diferencial de alíquotas exigido nas


operações de entradas no estabelecimento de contribuinte, de mercadorias ou
bens oriundos de outras unidades da Federação, destinados ao uso ou consumo ou
ao ativo permanente.

14. Na hipótese de o contribuinte estabelecido em outra unidade federada,


inscrito no CAD/ICMS, efetuar o recolhimento do DIFAL, utilizando o
código da GR-PR 1015, há necessidade de alterar a guia?

Não, pois o recolhimento com o código 1015 deduz os valores do ICMS devido
pelo regime da substituição tributária e do DIFAL declarados na GIA-ST.

15. Haverá cobrança de multa e de juros caso ocorra recolhimento do


DIFAL devido ao Estado do Paraná após a data de vencimento?

Sim, haverá a incidência de juros e de multa, conforme previsão legal.

Normativo Juros: Art. 38 da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996;


Art. 83 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080,
de 28 de setembro de 2012.
Multa: Incisos I e II do art. 40 da Lei n. 11.580, de 14 de novembro
de 1996.
Incisos I e II do art. 85 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo
Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

16. Como o contribuinte estabelecido em outra unidade federada que


promover operações ou prestações interestaduais destinadas a
consumidores finais não contribuintes do imposto localizados no Estado
do Paraná poderá solicitar inscrição no CAD/ICMS?

O pedido de inscrição no CAD/ICMS dar-se-á da seguinte forma:

1. Caso não seja usuário, o contabilista responsável pela requerente deverá


providenciar seu acesso ao portal de serviços Receita/PR que é a área restrita do
site da Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná: Serviços->Receita/PR-
>Torne-se usuário do Receita/PR, no endereço eletrônico,
http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=276

2. Tendo acessado a área restrita do Receita/PR, no menu Solicitação de Inscrição


Estadual, o contabilista deverá selecionar a Opção “Inscrição de estabelecimento
localizado em outro Estado, exceto ST (… Operações e Prestações Interestaduais
a consumidor final não contribuinte do ICMS), e preencher o formulário de
cadastro eletrônico.

Vale destacar que é dispensada a apresentação de documentos.

Fica dispensado da inscrição o contribuinte já inscrito no CAD/ICMS na condição


de substituto tributário, hipótese em que utilizará esta inscrição.
Normativo: Inciso III do § 8º do art. 125 e art. 327-F, ambos do Regulamento
do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro
de 2012;
§ 9º do art. 4º da Norma de Procedimento Fiscal n. 086/2013;
Boletim Informativo n. 050/2015.

17. Quais as obrigações acessórias, além de emitir o correspondente


documento fiscal para acobertar as operações e prestações que realizar,
dos contribuintes estabelecidos em outra unidade federada, inscritos no
CAD/ICMS, que promoverem operações ou prestações interestaduais
destinadas a consumidores finais não contribuintes do imposto
localizados no Estado do Paraná?

 Apresentar a GIA-ST, quando se tratar de contribuinte sujeito ao regime


normal de tributação;
 Apresentar a Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de
Alíquota e Antecipação - DeSTDA, quando se tratar de contribuinte
optante pelo Simples Nacional.

Normativo: § 3º do art. 327-F do Regulamento do ICMS, aprovado pelo


Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

18. Em qual campo da GIA-ST deverão ser declarados os valores do DIFAL


incidente sobre as operações ou prestações interestaduais destinadas a
consumidores finais não contribuintes do imposto localizados no Estado
do Paraná?

Os contribuintes estabelecidos em outra unidade federada, inscritos no


CAD/ICMS, devem utilizar o campo 18 “ICMS Diferencial de Alíquota (EC
87/2015)” da GIA-ST.

Na hipótese de haver efetivado o recolhimento do imposto por operação ou o


pagamento antecipado, deverá informar tais valores no campo 17 “pagamentos
antecipados” da GIA-ST.

Normativo: Anexo II da Norma de Procedimento Fiscal n. 105/2014.

19. Quando a inscrição no CAD/ICMS do contribuinte estabelecido em


outra unidade federada poderá ser cancelada?
A inscrição no CAD/ICMS poderá ser cancelada de ofício quando ocorrer omissão
de entrega da GIA-ST ou da DeSTDA ou falta de recolhimento do imposto, por
sessenta dias, consecutivos ou não.

Ocorrendo o cancelamento da inscrição no CAD/ICMS, o imposto deverá ser


recolhido por ocasião da saída do bem ou do início da prestação de serviço, em
relação a cada operação ou prestação.
Normativo: §§ 3º e 4º do art. 327-F do Regulamento do ICMS, aprovado
pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

20. Qual o documento fiscal a ser utilizado para acobertar as operações


interestaduais destinadas a consumidores finais não contribuintes do
imposto?
Deverá ser utilizada a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, observadas as
disposições da Nota Técnica da NF-e n. 2015/003.
Normativo: Cláusula terceira-A do Convênio ICMS 93, de 17 de setembro
de 2015.
Art. 327-D do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.
Nota Técnica da NF-e n. 2015/003

21. Como se dará o recolhimento do DIFAL na fase de transição e a sua


declaração ao fisco?

A regra de partilha entre as unidades federadas de origem e de destino no período


de transição (2016, 2017 e 2018) observará os seguintes percentuais:

TABELA I
Quando o contribuinte estabelecido no Estado do Paraná promover operações
ou prestações interestaduais destinadas a consumidores finais não contribuintes
do imposto localizados em outra unidade federada
Ano Estado do Paraná Estado de Destino
2016 60% 40%
2017 40% 60%
2018 20% 80%
2019 0% 100%

TABELA II
Quando o contribuinte estabelecido em outra unidade federada promover
operações ou prestações interestaduais destinadas a consumidores finais não
contribuintes do imposto localizados no Estado do Paraná
Ano Estado do Paraná Estado de Origem
2016 40% 60%
2017 60% 40%
2018 80% 20%
2019 100% 0%

Na hipótese prevista na Tabela I a parcela do DIFAL deverá ser recolhida em


GNRE ou GR-PR, devendo ser utilizada a inscrição principal no CAD/ICMS.
Sobre tal parcela não poderão ser aplicados quaisquer benefícios fiscais
concedidos pelo Estado do Paraná nem poderão ser compensados eventuais
créditos do imposto ou saldo credor acumulado em conta gráfica, devendo a
mesma ser declarada ao fisco na Escrituração Fiscal Digital - EFD, no Registro
E310, observada a Norma de Procedimento Fiscal n. 112/2008.
Normativo: Art. 99 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal;
Art. 51 e 52 da Lei n. 18.573, de 30 de setembro de 2015.
Cláusula décima do Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de
2015.
Art. 327-G e 327-H do Regulamento do ICMS, aprovado pelo
Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012;
Norma de Procedimento Fiscal n. 112/2008.

22. O que deve fazer o contribuinte estabelecido no Estado do Paraná que


declarou, concomitantemente, os valores do DIFAL que cabe a este
Estado no registro E310 da EFD e no campo 18 da GIA-ST?

O contribuinte deverá retificar a GIA-ST para excluir os valores do DIFAL que


cabe ao Estado do Paraná no período de transição, uma vez que tais valores devem
ser declarados, exclusivamente, no registro E310 da EFD.

23. O que deve fazer o contribuinte estabelecido no Estado do Paraná que


efetuou o recolhimento do DIFAL por operação e declarou os valores no
registro E310 da EFD, estando pendente o débito declarado?

O pagamento por operação não deduz os valores declarados na EFD. O


contribuinte deve utilizar o código de ajuste PR239999 (estorno de débitos)
previsto na Norma de Procedimento Fiscal n. 112/2008, e informar o valor do
diferencial de alíquota (DIFAL) recolhido por operação. Caso o contribuinte opte
por informar na EFD o pagamento do diferencial de alíquota por GNRE, deve
indicar os valores recolhidos antecipadamente no código de ajuste PR259999
(débitos especiais), utilizar o registro E316 no campo da EFD e informar uma
linha para cada GNRE recolhida por operação.

24. Qual o tratamento a ser dado aos contribuintes optantes pelo Simples
Nacional?
Por força da medida cautelar proferida nos autos da Ação Direta de
Inconstitucionalidade 8464 (DF), em trâmite no Supremo Tribunal Federal, que
suspendeu a eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS 93, de 2015, o
contribuinte optante pelo Simples Nacional, até decisão final sobre a
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade do ato normativo, teve suspensa a
cobrança do DIFAL, inclusive em relação a partilha, na fase de transição.

Normativo: Cláusula nona do Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de


2015.
Art. 327-C do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.
25. Qual o tratamento em relação ao imposto já retido pelo regime da
substituição tributária, relativo às operações subsequentes, quando o
contribuinte substituído promover operação interestadual destinada a
consumidor final não contribuinte do imposto?

O contribuinte substituído que promover operação interestadual destinada a


consumidor final não contribuinte do imposto, com mercadoria cujo ICMS devido
pelo regime da substituição tributária, relativo às operações subsequentes, já foi
retido, poderá, proporcionalmente às quantidades saídas, recuperar ou ressarcir-
se da parcela recolhida a título de substituição tributária.

Normativo: Art. 5-A do Anexo X do Regulamento do ICMS, aprovado pelo


Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012.

26. É possível parcelar o DIFAL?


Sim. As regras de parcelamento são das mesmas vigentes para o parcelamento do
ICMS.

SAC - Serviço de Atendimento ao Cidadão

Contato
Curitiba e Região Metropolitana
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Outras localidades
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