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Naira Izabela Silva Batista – 131810032

1 - Ela originou-se na necessidade social de se estabelecer métodos de proteção contra os


variados riscos ao ser humano. A Seguridade Social, sob o enfoque mundial, tem origem nos
modelos Bismarckiano (1883) e Beveridgiano (1942). No Brasil, a proteção social evoluiu de
forma semelhante ao plano internacional. Inicialmente foi privada e voluntária, passou para a
formação dos primeiros planos mutualistas e, posteriormente, para a intervenção cada vez
maior do Estado. O marco normativo da Seguridade Social brasileira foi a Lei Eloy Chaves, que
criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, e atualmente
é regida pelas Leis nº 8.080/90 e nº 8.213/91, que criaram, sob a égide da Constituição Federal
de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Plano de Benefícios da Previdência Social.

2 - Os princípios específicos do direito da seguridade são o da solidariedade, que é implícito, o


princípio da universalidade da cobertura e do atendimento, o da uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, o da seletividade e distributividade
na prestação dos benefícios e serviços, o da irredutibilidade do valor dos benefícios, da
diversidade na base de financiamento, o da equidade na forma da participação do custeio e o
caráter democrático e descentralizado da Administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos
colegiados.

3 - Os segurados obrigatórios são aqueles vinculados obrigatoriamente ao sistema


previdenciário, não havendo a possibilidade de exclusão por vontade própria. Eles são
divididos em cinco espécies: segurado especial, contribuinte individual, trabalhador avulso,
empregado doméstico e empregado. Segurados facultativos decorrem exclusivamente de ato
de vontade do interessado, a compulsoriedade de filiação e a consequente contribuição é a
regra do seguro social, o que não ocorre em relação ao segurado facultativo. Bastam ser
atendidos dois requisitos simples: não ser segurado obrigatório e ser maior de 16 anos.
Possíveis segurados facultativos são, dona-de-casa; o síndico de condomínio, quando não
remunerado; o estudante; o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; o membro de conselho
tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o bolsista e o
estagiário que prestam serviços a empresas; o bolsista que se dedique em tempo integral a
pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no
exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o presidiário
que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social; o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário
de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e o segurado recolhido à prisão
sob regime fechado ou semiaberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da
unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária
ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. Diferentemente do
segurado obrigatório, as pessoas podem ser seguradas facultativas, desde que desejem.
Demonstrar o seu desejo e formalizar sua inscrição perante a previdência social é
responsabilidade exclusiva do interessado.

4 - Os regimes de Seguridade Social são, geral, que é destinado aos particulares. É o regime do
INSS; próprios, como o dos servidores públicos; e complementares, que visam complementar o
regime geral ou dos servidores públicos. Na verdade, a Seguridade Social não será financiada,
mas haverá seu custeio. Não se trata de financiamento, como se fosse um empréstimo
bancário, em que haveria necessidade de devolver o valor com juros e correção monetária.
Trata-se de custeio, o que é feito por meio de contribuição social. Existem as fontes diretas,
que são as previstas para o Sistema, que são cobradas de trabalhadores e empregadores. E as
fontes indiretas, que são os impostos, que serão utilizados nas insuficiências financeiras do
sistema, sendo pagos por toda sociedade.

5 - A inscrição é meramente burocrática, é o ato formal pelo qual o segurado é cadastrado no


RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais. Já a filiação é o momento em que nasce
um vínculo entre as partes, a relação jurídica que liga uma pessoa ao INSS e a inclui na
condição de segurada, gerando obrigações, como o pagamento das contribuições
previdenciárias, e direitos, como a percepção de benefícios e serviços da Previdência. A filiação
nasce quando começa o exercício de uma atividade laborativa remunerada, seja ela exercida
pelo empregado, seja ela exercida pelo contribuinte individual, como o autônomo.

A pessoa com qualidade de segurado é o termo utilizado para fazer referência a todos aqueles
que contribuem para um Regime de Previdência e que, por consequência, possuem direito à
cobertura previdenciária, podendo fazer uso de todos os benefícios e serviços oferecidos pela
instituição. A perda da qualidade de segurado acontece no dia seguinte ao do fim do prazo
previsto na Lei n. 8.212/1991 para recolhimento da contribuição previdenciária concernente
ao mês imediatamente consecutivo ao do final do prazo. Uma consequência da perda da
qualidade de segurado é que a pessoa não poderá mais desfrutar de todos os serviços e
benefícios oferecidos pelo INSS.
A carência é o tempo que o trabalhador deve ter contribuído para conseguir receber algum
benefício. A qualidade do segurado é o que todos os contribuintes tem direito por estarem em
dia com o pagamento. Já o período de graça é o tempo de “tolerância” após não estar mais
contribuindo.

6 - Auxílio-acidente, é o benefício previdenciário direcionado ao trabalhador que sofre um


acidente ou é acometido de alguma doença ocupacional e fica com sequelas permanentes que
interferem na capacidade de trabalhar. Trabalhadores empregados, avulsos e segurados
especiais podem ter direito a esse benefício. Não é exigido um tempo mínimo de contribuição
para que o INSS faça o pagamento do benefício, mas é necessário ter qualidade de segurado e
comprovar, através de perícia médica, a redução da capacidade para as atividades
relacionadas ao trabalho. Auxílio-reclusão, é um benefício previdenciário que é encaminhado
aos dependentes, o auxílio-reclusão é pago à família do segurado de baixa renda que for
recolhido à prisão em regime fechado. Para ter direito ao valor, o segurado não pode estar
recebendo salário por parte da empresa em que desenvolvia atividades e, também, não pode
receber simultaneamente outro benefício previdenciário. Salário-maternidade, é um benefício
que pode ser solicitado em caso de nascimento, adoção ou guarda judicial e ainda, em caso de
aborto espontâneo. Sua intenção se deve pela importância da proximidade da mãe com a
criança nos primeiros dias de nascimento ou adoção. Tem direito a esse benefício seguradas
empregadas, trabalhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais,
facultativas e seguradas especiais. Esse benefício exige uma carência de 10 meses.

7 - A assistência social é uma política pública garantida pela Constituição Federal e que
possibilita a todos que vivem no Brasil ter seus direitos mais básicos garantidos. Por meio dela,
as pessoas vulneráveis ou que enfrentam dificuldades na família ou na convivência com a
comunidade têm apoio, orientação, acolhimento e proteção, além de encaminhamento aos
serviços da assistência social ou a outras políticas públicas, como saúde e educação. Seu
objetivo é garantir a proteção social aos cidadãos, ou seja, apoio a indivíduos, famílias e à
comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços, benefícios,
programas e projetos.

A Lei Orgânica da Assistência Social assegura que a assistência social deve ser direito do
cidadão e dever do Estado, sendo uma Política de Seguridade Social não contributiva. Com ela,
as necessidades básicas são obrigatórias e funcionam sob o auxílio da iniciativa pública e da
sociedade. É, portanto, uma lei essencial dentro do Direito Previdenciário e que, por isso, é
bastante comum aparecer em provas. a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) tem como
principal objetivo proteger, de maneira social, a população, assegurando a redução de danos e
a prevenção da recorrência de determinados atos ilícitos, também tem como foco o amparo a
crianças e adolescentes em estado de carência, bem como a proteção de todas as famílias,
futuras mães, infância, adolescência e, também, velhice. Ou seja, o papel da assistência social
é garantir o bem-estar coletivo dos cidadãos, sem distinções.

8 - Para o idoso ter direito ao benefício de prestação continuada, deverá comprovar os


requisitos exigidos na Lei Orgânica da Assistência Social, conforme segue, possuir 65 anos de
idade ou mais; ter a renda mensal bruta da família dividida por todos os integrantes não
ultrapasse ¼ do salário-mínimo vigente; que o idoso não receba outro benefício da seguridade
social, salvo, assistência médica e pensão especial indenizatória. Ademais, o idoso deverá
comprovar todos os requisitos cumulativamente para assim ter direito ao benefício de
prestação continuada.

9 - Ao falar de saúde pública, pode-se dizer que seus princípios orientadores são a
integralidade, a universalidade e a equidade. Quanto à integralidade, esta considera a pessoa
como um todo, buscando atender suas necessidades. Portanto, deve o Estado integrar
operações para promoção, prevenção ou recuperação, dando prioridade para ações
preventivas. Prevenção significa evitar que ocorra o dano à saúde da população, práticas como
vacinação é comum nas ações preventivas.

10 - A constituinte de 1988 especificou que a Previdência e a própria seguridade social serão


financiadas pela sociedade, de modo direto ou indireto, integrando o orçamento público. Mas
este financiamento, será revertido à própria sociedade através das políticas públicas e da
efetivação de direitos. O princípio da solidariedade orienta todas as medidas de proteção do
Estado, mas também o dever coletivo da sociedade de financiar, direta ou indiretamente, a
seguridade social, disposto na Constituição Federal. Portanto, o princípio que caracteriza e
baseia o principal objetivo do direito previdenciário, atuando conforme o princípio da
dignidade humana. No entanto, é ele que fortalece os deveres já mencionados.

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