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Apresentação da autora:
Marília Gomes de Carvalho é da área da antropologia social e sstá aposentada como professora da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde exerce atualmente a categoria de
docente/pesquisadora voluntária do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia. Atua na área de
Dimensões Sócio-culturais da Tecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas:
interculturalidade, gênero, tecnologia, educação e trabalho. É pesquisadora do Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Relações de Gênero e Tecnologia (Getec) do Programa de Pós-Graduação em
Tecnologia (PPGTE) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR.
Objetivo do texto:
Propor uma resposta aos problemas políticos decorrentes de uma visão determinista sobre o
fenômeno tecnológico.
Apresentação do argumento do texto:
capacidades técnicas sem uma visão abrangente da realidade. O conhecimento tecnológico foi
única solução para os problemas sociais, ignorando fatores como a dominação de grupos políticos e
a desigualdade. Este texto busca evidenciar a interação entre ser humano, sociedade e tecnologia,
enfatizando a importância de uma formação interdisciplinar dos profissionais da tecnologia (p. 89).
sociais correspondentes. Novas divisões do trabalho surgem, incluindo a metalurgia, que também
trouxe alterações significativas, dando início a uma fase chamada de “revolução urbana”, com o
culturas enriquecidas e complexidade social. “Isto significa que há povos que realizaram estas
associadas às mudanças sociais, e outros, que seguiram outro caminho não marcado pelo
desenvolvimento tecnológico e vivem até hoje de acordo com lógicas diversas” (p. 93). Além disso,
industrial, inaugurando a dominação capitalista do modo de vida, marcada pela industrialização, por
trabalhadores como novos atores sociais e da luta de classes como fundamento do funcionamento da
sociedade, cuja lógica é a criação ilimitada de necessidades. Com a expansão deste sistema, muitas
superioridade técnica foi fundamental para a dominação, mas não foi o determinante, pois esta
capitalismo trouxe desigualdades e muitas sociedades não querem se orientar pela sua lógica. O
desenvolvimento tecnológico traz facilidades, mas nem todos têm acesso a ele. Dessa forma a
autora questiona se é necessário a um povo para usufruir dos recursos tecnológicos, fazer parte de
um Estado capitalista e se é possível outra forma de organização da produção em que haja uma
países industrializadas ditam as regras aos demais, pela expansão do mercado capitalista. Ao mesmo
tempo, vários outros aspectos da vida social são transformados: a família, a financeirização
evidente, assim como a complexidade deste processo. A biotecnologia traz questionamentos morais
e consegue até controlar o início e fim da vida humana, a questão ambiental traz problemas graves.
Com a globalização, a desigualdade entre países coloca em pauta a dimensão política da tecnologia
e como o conhecimento tecnológico atua como uma forma de dominação. Tudo isso é associado a
alteridade, de modo que a convivência de mundos fragmentados passa a ser considerada um desafio
para as ciências sociais. A autora entende que vivemos num mundo pós-industrial, que exige outras
Conclusão da autora: