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Miranda Moreira da Graça Daudo

Prevenção e controlo da contaminação das águas dos rios


(curso de gestão ambiental)

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA


TETE
2021
Miranda Moreira da Graça Daudo

Prevenção e controlo da contaminação das águas dos rios


(Curso de Gestão Ambiental)

Trabalho de campus da cadeira de Tratamento de


Efluentes, do curso Gestão Ambiental, leccionada
pelos MSc. Os Tutores: Joaquim Constantino &
Generoso Muchanga

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA


TETE
2021

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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

2. Objectivos da Pesquisa...........................................................................................................5

3. Objectivo Geral.......................................................................................................................5

4. Objectivos Específicos............................................................................................................5

5. Metodologia........................................................................................................................5

Características de Moçambique..............................................................................................6

Localização.............................................................................................................................7

População................................................................................................................................7

Captação..................................................................................................................................8

Tratamento e Adução..............................................................................................................8

Distribuição.............................................................................................................................8

A cultura do lixo em Moçambique.......................................................................................10

10.4. Contaminação do solo..................................................................................................11

13. Conclusão........................................................................................................................13

14. Bibliografia.....................................................................................................................14

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1.Introdução
O trabalho em alusão aborda sobre o tema prevenção e controlo da contaminação das águas
dos rios, portando O rio Monapo nasce e desagua na província de Nampula e constitui o eixo
principal de uma bacia hidrográfica com o mesmo nome, cuja a Barragem é a principal fonte
de abastecimento de água para a cidade capital.
O Governo estabeleceu o FIPAG (Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de
Água) como a agência responsável pelo abastecimento urbano de Também criou a autoridade
reguladora, CRA (Conselho de Regulação da Água). Mais recentemente, o Governo quis
melhorar os de abastecimento de água em quatro grandes cidades ao adicioná-los a carteira do
FIPAG (Beira, Pemba, Nampula e Quelimane). Um passo adicional a esse, a cobrir várias
cidades nas províncias do centro, também está a caminho.
Do ponto de vista estrutural, o trabalho comporta a introdução, que elenca a enunciação do
tema, objectivo previamente delineado, metodologia usada na recolha de informações que
corporizam o texto (Desenvolvimento), conclusão advinda do objectivo macro (Conclusão)
deste trabalha e a revisão bibliográfica.

2. Objectivos da Pesquisa

3. Objectivo Geral

4. Objectivos Específicos
 Identificar um rio ou outras fontes de água barragem, etc., existente na sua província
de Nampula.
 Descrever as características do rio Monapo;
 Descrever o mecanismo de tratamento de prevenção da Barragem do rio Monapo.

5. Metodologia

Ao elaborar o trabalho sobre o tema acima citado, foi baseado na leitura das obras de estudo
de vários autores, porém relacionadas com o assunto e em pesquisas de internet.

6. Fundamentação teórica

7. Características de Moçambique

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Moçambique é um país de grande extensão geográfica (799.380 Km2) e com uma
ampla diversidade hidrológica. Cerca de 13.000 km2 do território nacional são ocupados pelas
águas interiores que incluem lagos, represas e rios (Barca, 1992). Localiza-se a sudeste do
continente africano, sendo limitado a leste pelo Oceano Índico, a norte pela Tanzânia, a
noroeste pelo Malawi e Zâmbia, a oeste faz fronteira com o Zimbabwe, África do Sul e
Suazilândia, e a sul com a África do Sul.

Figura 1:Mapa da África Austral com a localização de Moçambique

Fonte: PEN+2029+Final.31.08.2017.pdf

Em termos de coordenadas geográficas, Moçambique situa-se entre as latitudes 10º 27´ Sul e
26º 52´ Sul e entre as longitudes 30º 12´ Este e 40º 51´ Este, enquadrando-se no fuso horário
dois.
7.1 Clima

Em Moçambique existem duas estações bem marcads: a estação chuvosa e a estação seca. A
primeira estação tem início no mês de outubro e termina em março. A segunda estação vai de
abril a setembro. Segundo Muchangos (1999), o país possui, de uma maneira geral, um clima
quente e úmido, com temperaturas médias anuais entre 22o C e 24oC, e precipitação média
anual de 1.200 mm3. As chuvas de grande intensidade ocorrem nos meses de novembro,
dezembro e janeiro; as moderadas nos meses de outubro, fevereiro e março; e a estiagem
inicia-se nos meses de abril e maio, com seca completa nos meses de junho, julho, agosto e
setembro. Esse clima é condicionado pela localização da zona de baixas pressões equatoriais,
das células anticiclônicas tropicais e das frentes polares do Antártico.

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7.2. Localização

Nampula é uma província situada na região norte de Moçambique. A sua capital é a cidade de
Nampula, localizada a cerca de 2150  km a norte da cidade de Maputo, a capital do país. Com
uma área de 81 606  km² e uma população de 6 102 867 habitantes em 2017, é a província que
está dividida em mais distritos, 23, e possui, desde 2013, 7 municípios: Angoche, ilha de
Moçambique, Malema, Monapo, Nacala Porto, Nampula e Ribaue.

7.3. População

De acordo com os resultados preliminares do Censo de 2017, a província de Nampula tem


6 102 867 habitantes em uma área de 81 606km², e, portanto, uma densidade populacional de
74,8 habitantes por km², sendo a mais populosa província. Quando ao género, 51,8% da
população era do sexo feminino e 48,2% do sexo masculino.

O valor de 2017 representa um aumento de 2 018 211 habitantes ou 49,4% em relação aos


4 084 656 residentes registados no censo de 2020.

O rio Monapo nasce e desagua na província de Nampula e constitui o eixo principal de uma
bacia hidrográfica com o mesmo nome, cuja área tem uma extensão de aproximadamente
8.780 km2. Devido à fraca capacidade distribuição de água potável para o consumo humano,
ao longo do rio Monapo é comum observar-se a população local a recorrer directamente às
águas do rio para consumo doméstico e irrigação dos campos agrícolas.
Para realização do estudo foram seleccionados 8 locais de amostragem na bacia do rio
Monapo, distribuídos de montante a jusante da linha de água principal. A escolha dos locais
foi feita previamente, de acordo com a identificação das acessibilidades e das linhas de água
mais influentes na bacia. Em cada ponto foi feita a recolha de amostras de sedimentos de
corrente e água de superfície, as quais foram depois submetidas a análises geoquímicas (águas
e sedimentos) e mineralógicas (sedimentos).

Quer nas águas, quer nos sedimentos, as variações dos teores dos elementos analisados, ao
longo do perfil do rio Monapo, são pouco expressivas, não se tendo evidenciado indícios de
contaminação inorgânica nas amostras analisadas Estes valores poderão servir de base à
definição de um padrão do fundo geoquímica da região.

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As águas, levemente alcalinas e com baixa carga iónica, apresentam uma fácies
hidrogeoquímica bicarbonatada sódico-magnesiana a sódica.

8. Captação

Segundo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH) A


captação de água é feita a partir de poço de betão construído na albufeira da Barragem de
Monapo com capacidade de armazenamento de 4.0 Mm3. A captação de água é feita através
de quatro electrobombas submersíveis SP300-2, podendo captar um máximo de 1200 m3.

8.1 Tratamento e Adução

Segundo a FIPAG O SAA possui um sistema convencional de tratamento de água, incluindo,


pré-cloração, floculação, decantação e filtração. A capacidade nominal de tratamento é de
20.000 m3/dia. A Adução de água de EB1, Estação de Bombagem localizada na ETA, é feita
através de quatro electrobombas Centrifugas de tipo NK, sendo duas com caudal e altura
nominal de 630 m3/h e 92 m.c.a, respectivamente e outras duas com caudal nominal e altura
manométrica de 280 m3/h e 92 m.c.a.

O transporte de água da EB1 para EB2 é feito a partir de duas adutoras com diâmetros de
400mm e extensão de 7.0 km, sendo uma em material PVC e outra em material
abastecimento. A EB2 dispõe de quatro depósitos semienterrados com uma capacidade de
armazenamento total de 7500 m3 e uma estação de bombagem equipada com quatro
electrobombas centrífugas do tipo, com seguintes caudais nominais 340, 700, 280 e 400 m3/h
e alturas manométricas de 69, 90,92 e 72 m.c.a.

8.2. Distribuição

A distribuição de Água é feita a partir de dois CDs, nomeadamente EB3 e EB4 que recebem
água da EB2. Para EB3 a água é escoada

Para melhorar o abastecimento e distribuição a Fipag optou por utilizar condutas de material
plástico, por estes não se estragarem com facilidade ferruje, fazendo com que a água não
chegue em bom estado para o consumo da comunidade.

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Figure 1:Barragem do Rio Monapo e Nampula

Fonte: https://www.voaportugues.com/a/cidade-de-nampula-tem-cerca-de-25-por-cento-das-
suas-necessidades-de-%C3%A1gua/5619887.html
A capacidade da barragem aproxima-se de 25 por cento das necessidades.
A cidade moçambicana Nampula, com pouco mais de 700 mil habitantes, enfrenta enormes
restrições no abastecimento de água potável, devido às fracas precipitações registadas.
A capacidade da barragem aproxima-se de 25 por cento das necessidades.
Entretanto, o director do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água em
Nampula, portanto, estudos apontam, como medidas para melhorar a gestão da água,
principalmente em tempo de pandemia, uma distribuição de acordo com a capacidade
existente e de forma programada.
O volume de produção será reduzido de 40 mil metros cúbicos para 20 mil.
Obviamente que o abastecimento não vai ser da forma habitual, a distribuição vai ser por via
de restrições, ou seja através de bairros e vamos elaborar um plano que será disponibilizado
de modo que as pessoas saibam os dias em que terão água.

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Figure 2:fonte de abastecimento regular de água em Nampula

9. A cultura do lixo em Moçambique

Em Moçambique a população em geral não apresenta uma cultura de interesse no destino


dosresíduos, residindo a maior preocupação na necessidade de um serviço de recolhimento.
Uma vez recolhidos pelo serviço público de colecta, para muitos o problema já está resolvido.
Estacultura tem como consequência a falta de interesse em fazer uma redução significativa
nageração de lixo, como base para a gestão sustentável. As pessoas não pensam na
preservaçãodos recursos naturais e não têm interesse nos mecanismos de eliminação, a menos
que eles representem uma ameaça para a saúde. No entanto, devemos lembrar que somos
todosconsumidores e responsáveis pelos resíduos que geramos em relação à qualidade e
àquantidade. Portanto, também temos um papel fundamental na geração de resíduos e em seu
destino final. (moz184710.pdf).
10. Poluição hídrica
Por tanto MIGUEL (2018): A poluição ambiental é um das principais consequências de má
gestão de resíduos sólidos. Um potencial risco pela destinação irregular de resíduos é a
poluição hídrica.
A poluição hídrica, por sua vez, é caracterizada pela introdução de qualquer resíduo que altere
as propriedades físico-químicas de um determinado corpo de água.
Os principais causadores desse tipo de poluição são os e fluentes industriais (produtos
químicos, metais pesados), agrícolas (fertilizantes outros tipos de agro-tóxicos), o esgoto
doméstico e o chorume oriundo da decomposição de resíduos.
O contacto ou ingestão de uma água contaminada pode provar sérios danos à saúdetanto
humana como da fauna próxima a esses corpos da água. Sem contar que o odor torna o
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ambiente bem desagradável e a proliferação de microorganismo na água reduz ou até impede
qualquer ser a sobreviver nesse ambiente.( MIGUEL 2018).

10.1. Contaminação do solo

A poluição do solo é outra consequência da má gestão de resíduo.


Consiste em qualquer mudança na natureza ou na composição da terra decorrente do seu
contacto com produtos químicos e resíduos. Esse tipo de contaminação é perigoso porque
pode tornar a solo inútil e infértil, além de gerar riscos à saúde dos humanos, dos animais e
das plantas.
11. Vantagens da gestão de resíduos
 Cria oportunidades de oferecer organizações comunitárias;
 Diminui a exploração de recursos naturais Renováveis e não Renováveis;
 Diminui poluição do solo, água e ar.
 Diminui a proliferação de doenças e a contaminação de alimentos;
 Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de matérias recicláveis pelas
indústrias;
 Diminui o desperdício;
 Gera empregos para a população;
 Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matéria orgânica;
 Melhora a limpeza da cidade;
 Possibilita o reaproveitamento de matérias que iriam para o aterro sanitário;
 Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
 Reduz o consumo de energia e dos recursos hídricos.

12. Variabilidade Hidrológica.


O clima altamente variável tem uma influência significante na quantidade, timing e frequência
dos eventos de precipitação e do padrão de escoamento superficial, e das secas e cheias. O
nível de precipitação vária consideravelmente durante o ano, com 60-80% da precipitação
anual caindo no período de Dezembro a Março. A precipitação média anual varia de mais de
1000 mm no Norte de Moçambique a aproximadamente 500 mm no Sul. A variabilidade inter
anual da precipitação também é muito mais alta no Sul de que nas regiões Norte e Centro de
Moçambique. Os ciclones tropicais e o fenómeno El Niño/La Niña aumentam a variabilidade,
resultando em inundações e secas extremas, como as cheias de 2018 no Sul e 2019 no Centro
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do país. Contudo, enchentes e secas são frequentes em Moçambique, ocorrendo ciclicamente
com intensidade variável.
13. Desenvolvimento dos recursos hídricos de pequena escala.
 Construção de pequenas e médias barragens multiuso para Nampula, Nacala no Norte
de Moçambique;
 Gestão e desenvolvimento comunitário dos recursos hídricos em pequenos riachos,
recursos de água subterrânea, e bacias hidrográficas locais nas áreas mais pobres (por
exemplo, na Província de Nampula);
 Apoio para regadios feitos por pequenos produtores. Princípios para seleccionar
províncias ou regiões para começar um tal programa incluem a. Preferência para áreas
que têm maior número e concentração de famílias pobres que são pequenos
produtores;

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14. Conclusão

Concluímos que com a procura de consumidores domésticos, comerciais e industriais a


crescer rapidamente, uma nova fonte de água será necessária até o fim de 2025 se a Grande
Nampula quiser continuar a crescer e prosperar. Se não houver uma fonte adicional de água
disponível até lá, racionamentos de água vão ocorrer durante os anos seguintes ou
combinações de anos quando o influxo de água nos reservatórios estiver na média ou abaixo
da média. Esses racionamentos iriam atrapalhar o crescimento económico e expor as
comunidades a maiores riscos de contrair doenças. Isso mostra claramente a urgência em
desenvolver uma fonte alternativa de água para abastecer a área da Grande de Nampula. As
necessidades de água nessa escala não podem ser atendidas por pequenas intervenções ou
reservatórios locais e, portanto, são requeridas soluções de infra-estrutura em escala
substancial na bacia do Rio Monapo.

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15. Bibliografia

MOCAMBIQUE. Boletim da república- Regulamento sobre resíduos sólidos. I série numero


24, numero 13. Maputo. Imprensa Nacional, 15 de Junho de 2006. 37p.
Governo de Moçambique, Direcção Nacional de Águas, Primeiro Projecto Nacional de
Desenvolvimento da Água, “Aumentando o Nível de Capacidade Total da Barragem de
Corumana - Relatório do Estudo de Viabilidade”, Lahmeyer International et al, Janeiro 2002.,
MIGUEL, Fernando. Impactos da má gestão dos resíduos sólidos. 34p. 2018. Porto editora .
FERREIRA, J. A.; ANJOS, L. A. Aspectos de saúde coletiva e ocupacional associados à
gestão dos resíduos sólidos municipais. Caderno de Saúde Pública, 2016, vol. 17, nº 3, pp.
689-696.
Links
http://www.fipag.co.mz/index.php/pt/areas-de-actuacao/nampula

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