POR OXFORD PORCELANAS

Ano 02 • Edição 03
Outono 2015
coletivamag.com.br

ESTÉFI
Machado
A mãezona-blogueira, que trocou a segurança do emprego
pelo home office para passar mais tempo com o filho Teo,
revela seus truques para conciliar maternidade e carreira
 CONHEÇA A NOVA COLEÇÃO E ASSISTA AO MAKING OF ATRAVÉS DO

NOSSO APP, DISPONÍVEL NA APP STORE E GOOGLE PLAY.

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NO DIA A DIA
DO NOVO

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MIXING BOWLS

4 COLETIVA MAG
 C A RTA AO L EI TO R

A
A pauta da terceira edição da Coletiva Mag re-
sultou em histórias de pessoas que vivem e realizam
ações de forma moderna e criativa. Nas páginas a se-
guir apresentamos os protagonistas da nova geração
de brasileiros.
Localizamos aventureiros sobre duas rodas que com-
partilharam suas viagens de bike pelo mundo, des-
cortinando as belezas deste contato mais íntimo com
a cultura local, com a natureza e com seus próprios
limites. Em Decoração, projetos surpreendentes feitos com contai-
ners vão fazer você rever seus conceitos sobre construções.
A entrevista com o ator global Rafael Cardoso revela muitos aspectos
de sua vida pessoal, além da máxima de que “a vida imita a arte”,
pois o chef de cozinha Vicente da novela Império (seu último papel)
prepara-se para abrir um restaurante.
A designer Estéfi Machado, que ilustra a capa da revista, nos mos-
tra que quando se faz o que gosta o trabalho torna-se um prazer.
Apaixonada por arte, ela compartilha em seu blog os brinquedos
artesanais que cria com o filho Teo, de 7 anos, ensinando os adultos a
excursionarem pelo mágico universo infantil.
E já que estamos falando de inovação, temos ainda uma matéria
que revela detalhes do autêntico e criativo design das porcelanas da
Oxford e de onde vêm suas inspirações. A tecnologia industrial é um
diferencial que suporta e possibilita o lançamento de produtos ar-
rojados, pois a inovação muitas vezes atua nas interfaces entre arte,
ciência, técnica e tecnologia. Fazer novos projetos em porcelana, que
vem de uma tradição milenar, é o nosso desafio. A própria palavra
“projeto”, do latim “projectus”, significa “ação de lançar à frente” e,
portanto, pressupõe que o que se projeta deve ser vanguardista.
O leitor também encontrará deliciosas receitas, dicas para receber
bem os convidados, moda e muito mais. Uma edição preparada com
carinho para você.

Boa Leitura!

IRINEU WEIHERMANN
Diretor Superintendente

OXFORD PORCELANAS 5
 EXPEDIENTE

QUER RECEBER A REVISTA?

CADASTRE-SE EM
WWW.COLETIVAMAG.COM.BR

A Coletiva Mag é uma publicação da

Oxford Porcelanas, editada pela Bespoke Content.
Esta revista não pode ser comercializada.

Capa: Estéfi e Teo Machado, por Henrique Perón

GERENTE DE MARKETING Zaira da Silva

COORDENADORA DE MARKETING Claudineia Basilio

MÍDIAS SOCIAIS Bruno Grossl

DIREÇÃO GERAL Rafaela Wiele Anton

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO João Ricardo Zattar

EDITORA Andréa Fischer

REPORTAGEM Andréa Fischer

Camile Magalhães
Elida Hack Ruivo
Francine Mirele da Silva
Gabriela Morateli

FOTOGRAFIA Henrique Perón

Raphael Günther
Dollar Photo Club

REVISÃO Thábata Mattar Ferraz

AGRADECIMENTOS Jota Sacht

Patrícia Kuhn Schuster

IMPRESSÃO Gráfica Coan

TIRAGEM 15.000 exemplares

FALE CONOSCO contato@bespokecontent.com.br

6 COLETIVA MAG
 Colaboradores

RAPHAEL GÜNTHER LIA PASOLD CARLA LEMOS ZANE CHIODINI

Tem suas principais
inspirações no
fotojornalismo e na
fotografia documental,
onde vê as raízes
da fotografia como
comunicação social na
sociedade moderna.
Acredita na publicidade
realista e verdadeira, que
busca encantar e não iludir.
Algumas das belíssimas
fotos desta edição são de
sua autoria.
Produtora e decoradora, Criadora do Modices,
é especialista em festas. um dos mais influentes
Com um apurado senso blogs de moda do Brasil, é
estético, cria ambientes reconhecida pelo seu estilo
surpreendentemente má- super autêntico. Cursou
gicos. Nesta edição, assina as faculdades de moda
a produção do churrasco e publicidade, foi stylist
(Especial Receber). de globais e há sete anos
virou blogueira para falar
de moda de um jeito mais
leve e divertido. Assina a
coluna “Tendências” da
Coletiva Mag.
Desde criança adorava
ficar com a mãe e a avó
no meio da cozinha,
ajudando a fazer docinhos
caseiros e pão para
assar em forno a lenha.
Cresceu, formou-se em
Gastronomia e hoje tem
um restaurante, onde cria
suas próprias receitas,
sempre procurando
o lado saudável dos
alimentos. É dela a
reprodução do bolo de
lancheira, da confeitaria
Bamboleiras, de São
Paulo, receita da matéria
de Gastronomia.

CAIO FONTENELLE HENRIQUE PERÓN IARA SCHIOCHET E ROBERTO PAULO JAGELSKI

Entusiasta e apaixonado
pela boa comida. Paulistano
de berço, trocou São Paulo
por Blumenau (SC) em
1994, onde hoje comanda
o restaurante Pepper Jack,
do qual é sócio e chef. Foi
um dos organizadores do
1º Food Truck Festival de
Blumenau, um dos maiores
já realizados no país.
Nessa edição, colaborou
preparando o hambúrguer
de linguiça Blumenau
para ser fotografado
especialmente para a revista.
Nasceu em São Paulo, Formada em artes plásticas, Iara Schiochet especializou-
estudou hotelaria, abriu se em artesanato com madeira e restauração de móveis
seu próprio restaurante, e há 12 anos abriu sua própria oficina de arte. Logo
passou um ano na Europa, depois, o irmão Roberto juntou-se ao negócio. Talentoso
comprou uma máquina e autodidata, ele rapidamente adquiriu as habilidades
fotográfica e não a necessárias e hoje é seu braço direito. Eles colaboraram
largou mais. Fotografa produzindo o porta-talheres da matéria Do It Yourself.
por paixão, ama o que
faz e criou seu estilo
de fotografar, sempre
buscando novas formas de
enxergar o mundo. Nesta
edição, ele colaborou com
a foto da matéria de capa,
retratando com muita
sensibilidade a designer
Estéfi Machado com o
filho Teo.

OXFORD PORCELANAS 7
 Sumário

18 CAPA
Estéfi Machado, a mãezona-blogueira que compartilha com o
mundo os brinquedos que cria com o filho Teo, abre o coração e
revela seus truques para conciliar maternidade com profissão nos
dias atuais. Super criativa e sintonizada com as artes, ela também
ensina os pais a participarem do universo lúdico das crianças

8 COLETIVA MAG
8 ONLINE
Fotos e posts que foram
destaque nas redes sociais da
Oxford Porcelanas
10 EXPERIMENTE
Agenda cultural com
programas imperdíveis
12 NÃO VIVO SEM
O que não pode faltar nas
viagens do instagrammer
profissional Paulo del Valle
14 INSPIRAÇÃO
Objetos que esbanjam o
romantismo dos contos de
fada e o estilo marcante
Boho chic
24 ESPECIAL RECEBER
Um churrasco perfeito, do
cardápio à decoração. A
produtora Lia Pasold dá super
dicas que vão render muitos
elogios de seus convidados
32 DO IT YOURSELF
Um porta-talheres exclusivo
para dar aquele toque de
personalidade na sua cozinha
ou área de festa
36 VIAGEM
Relatos de aventureiros
que conheceram o Brasil
e o mundo na companhia
de sua magrela
42 GASTRONOMIA
Renda-se às delícias dos
food trucks!
46 ENTREVISTA
Rafael Cardoso: o chef de
cozinha Vicente, da novela
Império, fala da paixão por
alimentação saudável, do
seu blog Puramesa e do
restaurante que abrirá em
breve no Rio de Janeiro
50 TENDÊNCIAS
Preto e branco: o clássico
de Coco Chanel em novas
versões ousadas e chiques
52 COMPORTAMENTO
As criativas ações do projeto
Shoot the shit em Porto
Alegre mudam atitudes e
incentivam reflexões sobre os
espaços coletivos
54 BOA FORMA
Yoga em novas roupagens:
versões SUP e Acro
conquistam fãs
58 DECORAÇÃO
Você moraria em um
container? Conheça três
projetos surpreendentes
antes de responder
64 INOVAÇÃO
O design no século XXI:
inteligente, ele encanta
ao mesmo tempo em que
é funcional
66 FIM DE PAPO
Seu filho é ruim de garfo?
Invista em pratos com
desenhos e transforme as
refeições em momentos
divertidos
OXFORD PORCELANAS 9
 ONLINE

AMOR À MESA
É nos pequenos gestos que revelamos o verdadeiro amor e carinho
que temos com quem está a nossa volta. As refeições são uma boa
oportunidade para expressar esses sentimentos. Uma mesa enfeitada
com flores, montada com louças e utensílios em sintonia com a
proposta, um café da manhã farto parecendo buffet de hotel e servido de
forma criativa, uma vitamina decorada com frutas para surpreender no
meio da tarde. Detalhes capazes de transformar o simples ato de comer
num momento mágico. Selecionamos algumas fotos compartilhadas
com a #oxfordporcelanas que mostram esse cuidado à mesa.
Compartilhe a sua foto também!

@jugoursand @paularodriguezlopes
SERVINDO COM CLASSE
Recepções mais formais exigem
algum conhecimento de etiqueta.
Esse post ensina, de forma
simples, a arrumar a mesa,
deixando os talheres, os copos e
o guardanapo na posição correta.
Leia, aprenda e faça bonito na
hora de servir seus convidados.

@vanessapiccoli @renatabascvieira

@oxfordporcelanas @oxfordporcelana

/oxfordporcelanas /oxfordporcelana

@saracarvalhoc

10 COLETIVA MAG
Fotos: Divulgação/Internet

Receita
do leitor
A receita desta edição vem do
@giovanifloriani. É uma versão light da já
conhecida panqueca, mas que ao invés
de trigo usa chiaça, uma farinha de chia
FOTOGRAFE SUAS RECEITAS
com linhaça que além de saborosa é
Quem é que já não fez um prato
super saudável. Uma delícia para o café da
que de tão lindo deu até dó de
manhã ou lanche da tarde sem culpa.
comer? Fotografar suas criações
é uma maneira interessante
de deixar as melhores receitas
registradas e compartilhá-las com
seus amigos. Como não é fácil
fazer foto de comida, a Oxford
Porcelanas publicou um post
com nove dicas de grande ajuda.
Confere lá no blog!

PANQUECA FIT

Ingredientes

UNIVERSO DESTILADO
1 clara de ovo
A entrevista com Cesar Adames,
2 colheres de chiaça
especialista no mercado de
1 colher de farinha sem glúten (pode
destilados, foi um dos destaques
ser de arroz)
do blog. Ele, que é colaborador
5 colheres de água
das revistas Adega e Robb Report,
Ghee (manteiga clarificada) para tostar
além de professor da International
Geleia de sua preferência
Bartenders Association (IBA),
falou sobre a cachaça, bebida
Modo de Preparo
tipicamente brasileira que faz
sucesso aqui e no exterior.
Misture tudo e toste na frigideira
com ghee. Sirva com uma geleia sem
açúcar. Sugestão: geleia de amora.
Confira estes e outros posts acessando:
WWW.OXFORDPORCELANAS.COM.BR/BLOG

OXFORD PORCELANAS 11
 EXPERIMENTE

TOMORROWLAND
BRASIL
O Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo,
terá sua primeira edição na América do Sul em 2015 e o país escolhido foi o Brasil.
O evento está marcado para os dias 1º, 2 e 3 de maio na Fazenda Maeda, em Itu, no
interior de São Paulo. Serão mais de 150 artistas e seis palcos espalhados por uma área
de 1,2 milhão de metros quadrados. O festival, que acontece anualmente na Bélgica,
também terá uma edição em Atlanta, nos Estados Unidos, em setembro.
www.tomorrowlandbrasil.com

Teatro
ALÔ, ALÔ, TEREZINHA
Depois da temporada no Rio de Janeiro, o espetáculo
“Chacrinha, o Musical” chega à capital paulista encenando a
história de Abelardo Barbosa, o maior comunicador do rádio e
da TV brasileira. Com roteiro de Pedro Bial e Rodrigo Nogueira,
o musical conta a sua trajetória desde a infância em Surubim,
Pernambuco, até o auge da carreira na TV Globo no comando
do programa de auditório “Cassino do Chacrinha”. No palco
não faltam as rebolativas chacretes, os trocadilhos e bordões
pelos quais ficou conhecido, como o até hoje lembrado “Alô,
alô, Terezinha”, buzinadas e o famoso troféu abacaxi. O musical
fica em cartaz no Teatro Alfa de 27 de março a 25 de julho.
www.teatroalfa.com.br

12 COLETIVA MAG
 Exposição
O INVENCIONISMO DE DA VINCI
Os apaixonados por Leonardo da Vinci e suas invenções
podem conferir uma mostra inédita sobre o gênio italiano
na Galeria de Arte do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp –
Ruth Cardoso. A exposição interativa “Leonardo Da Vinci:
a Natureza da Invenção” reúne parte do acervo do Museo
Nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo da
Vinci, localizado em Milão. Os visitantes têm a oportunidade
de conhecer mais de 40 peças e dez instalações interativas
que marcaram e representam a trajetória de da Vinci, entre
elas estudos sobre o automóvel, avião, submarino, bicicleta,
tanque de guerra e mecanismos do relógio. A exposição fica
em cartaz até o dia 10 de maio. A entrada é gratuita.
www.sesisp.org.br/cultura/exposicao.html

Dança
BAILARINOS EM CENA
O “Festival de Dança de Joinville” vem fazendo história
desde a primeira edição, em 1983. O evento reúne mais de
6 mil participantes diretos e atrai público superior a 200 mil
pessoas, numa média de 170 horas de espetáculos, o que
inclusive lhe valeu o título de “O Maior Festival de Dança do
Mundo” no Guinness Book desde 2005. Este ano, o evento
acontece de 22 de julho a 1º de agosto, em Joinville (SC),
cidade que respira dança, sendo sede da única Escola do
Teatro Bolshoi fora da Rússia. Você não pode perder!
www.festivaldedanca.com.br

Feira Gastronômica
OS MELHORES CHEFS DO MUNDO
O Rio de Janeiro vai sediar a maior e mais sofisticada
feira de comida e artes culinárias do mundo: o Sirha –
Salon International de la Restauration de l’hôtellerie et de
l’alimentacion, que acontece a cada dois anos em Lyon
(França). O evento, que é presidido pelo chef Claude
Troisgros, será palco de etapas seletivas do Bocuse D’Or e
da Coupe du Monde de La Patisserie, importantes concursos
gastronômicos internacionais. Durante a feira os visitantes
Fotos: Divulgação/Internet

terão acesso a produtos de destaque apresentados pela

primeira vez no Brasil por empresas internacionais e
produtores locais. O evento acontecerá de 14 a 16 de
outubro no Centro de Convenções SulAmérica.
www.sirha-rio.com

OXFORD PORCELANAS 13
 NÃO VIVO SEM

Viajante
profissional
Pago para fotografar o mundo e postar seus clicks
no Instagram, Paulo del Valle lista o que não pode
faltar quando está com o pé na estrada

POR CAMILE MAGALHÃES

Você costuma usar o Instagram? Que tal

viajar pelo mundo e ainda receber para postar
imagens de todos os lugares nesta rede social?
É o que faz o carioca Paulo del Valle, 25 anos,
que já andou de camelo no deserto, segurou
um bebê canguru e flutuou no Mar Morto. Tudo
porque vive de uma profissão ainda pouco
conhecida, mas muito invejada: é o primeiro
brasileiro instagrammer profissional. O trabalho
começou por acaso, quando fez um perfil e
as fotos postadas, tiradas com seu iPhone,
chamaram a atenção da equipe da rede social.
Em 2012, passou a ser um “usuário sugerido” e
a partir daí trocou o celular por uma câmera e
estudou fotografia. Com mais de 250 mil segui-
dores, é pago por empresas e órgãos governa-
mentais para promover marcas ou lugares.
Foto: José Felipe Gasparian

14 COLETIVA MAG
 Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal
2

1 2 3 4 5

CÂMERA IPHONE 6 ÓCULOS DE SOL MOCHILA MACBOOK

FOTOGRÁFICA É o objeto mais RAY BAN HERSCHEL SUPPLY É uma ferramenta
DSLR CANON 6D importante em minhas Sou uma pessoa que Não consigo andar por importante para a
Carrego-a para todos viagens. É essencial se incomoda muito aí sem a minha mochila, edição das minhas
os lugares que vou, para me comunicar com com a forte luz do sol. onde levo tudo que é fotos. É certo que vou
seja para fotografar a família e os amigos, Ficar muito tempo essencial para o dia usá-lo no final do dia
a trabalho ou para tirar fotos, gravar vídeos exposto me dá dor a dia. Nela guardo os para olhá-las com mais
registrar momentos e usar as redes sociais de cabeça. Por isso, objetos eletrônicos, não detalhes, editá-las e
com amigos e família. para mostrar os lugares sempre carrego óculos os deixando à mostra. deixá-las organizadas
É um objeto de grande que conheço e as escuros comigo. Coisas importantes, em pastas. Também
importância, não só experiências que tenho. como remédios, carteira, é essencial para
por minha paixão pela seguro, protetor solar, conversas em vídeo
fotografia, mas também vão dentro da mochila pelo Skype.
para deixar registrados aonde quer que eu vá.
os locais que conheço.

OXFORD PORCELANAS 15
 INSPIR AÇÃO

A Oxford Porcelanas traz a

Foto: Carpintaria Estúdio

tendência do conto de fadas
para a mesa com a linha Soleil
Encantada. O ouro revela
a nobreza, as cores claras
representam a inocência e o
lúdico e as borboletas a magia

ROMANTISMO
E DELICADEZA
Expressões como “Era uma vez” e “Felizes para sempre” nos remetem aos
contos de fadas. Atualmente, vários diretores de cinema têm se dedicado a
contar essas histórias a partir de novos ângulos e o público, de todas as idades,
tem aceitado bem a ideia. Antes restritos ao universo infanto-juvenil, produtos
inspirados no romantismo e na magia desses clássicos também passaram a
fazer parte de coleções de grifes adultas. A Coletiva Mag selecionou alguns
objetos que lembram a atmosfera dos contos de fadas

POR ELIDA HACK RUIVO

16 COLETIVA MAG
 Anel em ouro rosa e
diamantes com pedra
coral, que confere
delicadeza à peça, do
atelier Talento

Bandolete da Zara feito

com pedras de zircônia
e cristais Swarovski para
um visual romântico

Peep toe com

strass do estilista
Christian Louboutin

Criado-mudo da Maison
inspirado no mobiliário
originário da região da
Provence, no sul da França

Perfume da icônica
marca de luxo
britânica Burberry,
decorado com um
delicado laço e com
frasco que pode ser
Fotos: Divulgação/Internet

customizado com
suas iniciais

OXFORD PORCELANAS 17
 INSPIR AÇÃO

Da moda para a mesa, o

Foto: Carpintaria Estúdio

aparelho de jantar linha
Quartier, da nova coleção
da Oxford Porcelanas

BOHO CHIC
Crochê, couro, camurça, estampas étnicas e tons terrosos estão entre os
elementos que identificam o estilo Boho Chic. Um pouco étnico, um tanto
hippie, boêmio e vintage, ele é sinônimo de conforto e imprime personalidade.
Para compor um look completamente boho, algumas peças são essenciais,
como vestidos fluidos, saias longas, túnicas, batas, calças boca de sino e shorts
cintura alta. Acessórios de couro, miçangas, anéis grandes e cintos largos
também não podem faltar. Detalhes em franjas, penas e pedras são bem-vindos

POR ELIDA HACK RUIVO

18 COLETIVA MAG
 A franja é o elemento
boho dessa bota de
camurça da Luiza Barcelos

Maxicolar de metal ouro

velho, da Elo 7, repleto
de detalhes, como as
placas trabalhadas e as
moedas penduradas

O estilo boho chic

também conquistou a
decoração, com peças
Vestido Anne superdiferenciadas,
Fernandes, da como essa da Trevisan
coleção Boho Concept que pode ser
Bohemian usada como chaise,
Chic, com peseira ou seat garden
detalhes em
renda guipure
nas costas
Fotos: Divulgação/Internet

Pulseira Boho Chic, da

Trancelim Acessórios, feita
com pedra turquesa, spikes
dourados e strass de cristal
tcheco na cor safira

OXFORD PORCELANAS 19
 CAPA

Brincadeira de
gente grande
Designer por formação e fotógrafa por paixão,
Estéfi Machado conquista a simpatia de muitos pais
com seu blog, onde ensina a fazer os brinquedos
artesanais que produz para o filho Teo, de 7 anos

POR GABRIELA MORATELI • FOTOS HENRIQUE PERÓN

20 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS 21
A
CAPA
Aos 37 anos, Estéfi Machado é uma super-
mulher. Além de mãe e dona de casa, é fotógrafa,
designer, ilustradora, cenógrafa, produtora de
conteúdo na área infantil, colunista de revista
e blogueira. E é nesse cantinho especial, o blog
estefimachado.com.br, que ela compartilha suas
criações ao lado de uma pessoinha quase que
inseparável: o filho Teo, de 7 anos. É na compa-
nhia dele que ela traz à tona toda a criatividade e
inventividade que o mundo lúdico permite.
Tudo começou quando Teo era ainda bebê e Estéfi
teve que colocá-lo em um berçário para que pu-
desse voltar a trabalhar fora. Mas foi aí que a roti-
na da mamãe de primeira viagem mudou. “Acon-
teceu tanto dele ficar doentinho e eu precisar sair
do trabalho pra ficar com ele que resolvi trabalhar
somente como freelancer, definitivamente, em
casa, para poder acompanhá-lo”. Aí virou uma
regra: Teo tinha que participar diretamente
do ambiente de trabalho de Estéfi. Mas de que
maneira? “Ele vivia no meio de papéis, tecidos,
tintas, e a gente sempre inventava alguma coisa
pra fazer. Cada fase tinha uma complexidade,
ele era muito novinho, mas desde sempre esteve
pintando, colando, espalhando areia e botões pela
casa”, conta ela.
Com a rotina de trabalho em home office na maior
parte do tempo, ela sentiu a necessidade de repar-
tir seus conhecimentos com outras pessoas. Foi
aí que surgiu o blog, onde ela ensina brincadeiras
e compartilha suas ideias, que inspiram muitas
mães a praticarem com seus filhos. Hoje o blog
tem 10 mil visitas diárias. “Viu como as pessoas
gostam de brincar?”
22 COLETIVA MAG
Pitadas de fantasia
Com muita cor e criatividade, papelão, madeira
e cola viram animais, árvores, anjos. Um mundo
repleto de imaginação começa a fazer parte da
vida de muitos pais que se inspiram no jeito Estéfi
de ser para estarem mais próximos de seus filhos.
“O lúdico dá asas à fantasia, à criatividade. As
crianças de hoje estão recebendo as coisas muito
prontas, estão perdendo a capacidade de criar so-
zinhas e essa é uma boa alternativa para reverter
esse papel”, destaca.
Não é preciso ter supertalentos para recriar as
produções que ela ensina. “Tento postar ideias
que sejam fáceis para todos. São todas possíveis
de desenvolver, mas confesso que para algumas é
preciso ter alguma habilidade. O legal é que todas
são adaptáveis, cada brincadeira sai com a cara de
quem fez”, comemora.
E é dessa forma que brinquedos artesanais substi-
tuem as tecnologias que estão incorporadas no dia
a dia das crianças, como tablets, smartphones e
videogames. “Eu realmente acho que a tecnologia
pode ser muito ruim para crianças pequenas. Amo
tecnologia e isso não quer dizer que o Teo não
tenha acesso a ela. Ele tem, mas com muita mo-
deração”, explica. Essa interação de Teo tem hora
marcada e é cronometrada. “Se não for assim, a
criança não vê mais graça em nada, fica muito
imediatista, não consegue sentar no restaurante
com os pais e outras crianças sem um tablet para
brincar, não consegue conversar e nem desenhar.
Acho isso muito ruim, mas, infelizmente, vejo
muito”, lamenta. Enquanto isso, na casa de Estéfi
o clima é outro. “Tem coisa mais linda que criança
que brinca sozinha, fala com os brinquedos, se
diverte com um galho ou uma pedrinha?”, ques-
tiona a mãezona.
Rotina puxada
O dia de Estéfi começa cedo, quando ela leva o
filho para a escola, que fica num bairro longe de
casa. Teo estuda em uma escola Waldorf, cujo mé-
todo de ensino idealizado pelo pensador austríaco
Rudolf Steinerque alia o pensar, sentir e querer de
forma harmônica. “Eu também estudei em uma
 “
O TEO VIVE NO MEIO
DE PAPÉIS, TECIDOS,
TINTAS, E A GENTE
SEMPRE INVENTA
ALGUMA COISA
PRA FAZER. DESDE
SEMPRE ESTEVE
PINTANDO, COLANDO,
ESPALHANDO AREIA E
BOTÕES PELA CASA

Entre os brinquedos criados

em conjunto estão a máquina
fotográfica e a de escrever, esta
inspirada na Olivetti que Estéfi
ganhou quando tinha 11 anos

OXFORD PORCELANAS 23
 CAPA
O skate é a atual paixão de Teo, que
adora andar com ele na rua, ver vídeos
relacionados ao esporte, desenhá-lo
e brincar com os skates de dedo que
construiu com a mãe
24 COLETIVA MAG
APAIXONADA POR ARTE
O talento e o interesse pela arte se manifes-
taram ainda na infância e contaram com o
estímulo da escola de Estéfi, cujo método
privilegia as artes manuais e a expressão do
aluno. “Além dos trabalhos da escola, sem-
pre gostei de desenhar e inventar brinca-
deiras mirabolantes. Eu fazia e diagramava
minhas próprias revistas”, lembra.
Estéfi conta que, como filha do meio de
cinco irmãos, precisava criar brincadeiras
em que pudesse interagir com todos, com
os mais novos e os mais velhos, meninos
e meninas. “Sem dúvida meus pais sempre
gostaram de artes e incentivaram a gente
a experimentar de tudo, sem cobranças.
Agradeço muito a eles por isso”.
Essa veia artística ajudou Estéfi a escolher
um curso na universidade. Formou-se em
Design Industrial, na FAAP, em São Paulo.
“Eu sabia que o curso tinha relação com
artes plásticas e publicidade. Foi o que me
motivou a fazer”, conta.
 “
escola com esse método. Por isso, mesmo longe de casa,
vale o sacrifício”, destaca. Lá Teo permanece durante toda
a manhã. A mãe volta para buscá-lo por volta das 12h30 MEU FILHO TEM ACESSO
e o almoço acontece em casa. “À tarde, ele faz as lições da
escola, brinca muito, às vezes tem futebol, passeamos a pé À TECNOLOGIA, MAS COM
ou vamos até a casa de vizinhos”, conta ela, que não perde MODERAÇÃO. SE NÃO FOR
tempo quando o assunto é ficar ao lado do filho.
O dia é intenso, porém para Teo termina cedo. “Ele começa ASSIM, A CRIANÇA NÃO VÊ
a se preparar para jantar e dormir umas 18h30, para estar MAIS GRAÇA EM NADA, FICA
na cama até às 19h30”, diz a mãe. Haja disciplina! E é
quando Teo vai descansar que Estéfi aproveita para colocar
MUITO IMEDIATISTA, NÃO
a mão na massa pra valer! “É aí que eu trabalho muito. À CONSEGUE SENTAR NO
noite eu rendo mais. Pesquiso, crio, esboço, produzo e
edito fotos”, conta.
RESTAURANTE COM OS PAIS
E será que tudo isso não cansa não? “Sempre tive certeza de E OUTRAS CRIANÇAS SEM UM
que era o certo para mim, mas muitas vezes ficou puxado.
Então tive que pedir socorro para avós e tias. Por isso, hoje
TABLET PARA BRINCAR, NÃO
tenho uma pessoa em casa que me ajuda muito, o que me CONSEGUE CONVERSAR E
dá horas de sossego para outros trabalhos”, explica.
Estéfi é casada há 10 anos e o marido, que é diretor de cinema
NEM DESENHAR
publicitário, é quem dá palpite em seus trabalhos, principal-
mente na área fotográfica. Foi ele quem a incentivou a criar
o blog. “Muitas vezes ele senta com a gente e faz umas artes
também”, comenta. Conheça mais sobre o
De todas as atividades que fazem parte do seu dia, ela não trabalho de Estéfi no blog
www.estefimachado.com.br e
tem uma preferida. “Adoro todas, mesmo! Adoro fotogra- no Facebook (estefimachado).
far, criar brincadeiras e cenários, amo escrever”. Quando
estão fora do atelier, o passatempo preferido de mãe e filho
é passear nos parques da cidade, curtir um cineminha e
encontrar com a família.

Recompensa animadora
Desde que começou o blog, Estéfi recebe e-mails diários de
leitores. “Alguns são mensagens de agradecimento, em ou-
tros os pais contam que se sentem inspirados a passar mais
tempo com seus filhos e como pode ser simples preparar
uma brincadeira junto deles. Isso me emociona e me deixa
muito feliz”, relata. Estéfi conta que alguns também escre-
vem revelando que tiveram suas vidas mudadas por conta
das dicas que ela compartilha no blog e que sua relação com
o filho Teo passou a ser um exemplo a ser seguido. Outro
feedback que recebe é de mães que acabam abrindo mão de
uma profissão quando os filhos nascem ou são pequenos.
“A partir da minha história, elas percebem que é possível
aliar a criação das crianças ao trabalho”, orgulha-se.

OXFORD PORCELANAS 25
 ESPECIAL RECEBER

Manda
brasa
Muito apreciado no Brasil e tradição no almoço de
domingo na região Sul, o churrasco fica ainda mais
saboroso quando é planejado, do cardápio à decoração

POR FRANCINE MIRELE DA SILVA • PRODUÇÃO LIA PASOLD • FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

26 COLETIVA MAG
 Perto da churrasqueira, a bancada serviu de
apoio para os petiscos quentes e frios, que
foram dispostos em pratos, bowls ou pequenos
ramequins com itens variados

OXFORD PORCELANAS 27
 ESPECIAL RECEBER
O O churrasco como se conhece no
Brasil foi disseminado pelos gaúchos,
que herdaram a tradição dos tropeiros,
homens que transportavam gado dos
pampas até a região Sudeste. E se há
uma coisa que brasileiro sabe fazer bem
é reunir os amigos e a família e trans-
formar o churrasco em um momento de
pura alegria.
Em qualquer estação, a tradição do chur-
rasco, principalmente aos domingos, é
muito forte no Brasil, em especial em parte
do Sudeste e na região Sul, onde influencia
inclusive o mercado imobiliário, já que é
difícil quem compre um imóvel, mesmo
um apartamento, sem churrasqueira.
Carne de boa qualidade, sal grosso, gre-
lha com fogo moderado e alguns cuida-
dos na hora de assar são os itens básicos
de um bom churrasco. Para acompanhar,
pão de alho e farofa, que parecem ser
seus amigos inseparáveis, além de outros
28 COLETIVA MAG
O saleiro, além de
contribuir para a
decoração, pode
ser utilizado para
colocar outros
ingredientes, como
queijo ralado ou
algum molho
pratos que também casam perfeitamen-
te com ele: arroz, saladas, legumes e
vegetais grelhados (abobrinha, berinjela,
aspargos, etc.). Se a proposta for mais
sofisticada, a dica é apostar nos cogume-
los recheados com queijos gorgonzola e
camembert e no delicioso queijo provo-
lone defumado na grelha.
Embora exista simplicidade no preparo do
prato principal, não significa que o evento
não mereça atenção especial. Para quem
gosta de receber com elegância além de
preparar bons acompanhamentos para
a carne, é preciso cuidar do ambiente,
da mesa e do bem-estar dos convidados,
afinal é churrasco e é domingo.
Para este Especial Receber, a produtora
e decoradora Lia Pasold ambientou um
apartamento para um churrasco entre
amigos, com muita alegria e jovialidade,
dando dicas para manter o ambiente
informal, porém rico em detalhes.
 Brasileiro que é
brasileiro gosta
de churrasco com
cerveja. Para gelar a
bebida, foi utilizado
um balde comum,
amarrado com
guardanapos de
tecido para a água
não escorrer

CORTES MAIS APRECIADOS

As chamadas “carnes nobres” (traseiro do boi) são as

preferidas no churrasco do brasileiro: picanha, fraldinha,
maminha, contrafilé, alcatra e costela. Para Cesar
Vincenzi, do empório paulista Templo da Carne, com a
evolução do rebanho hoje já se usam também diversos
cortes dianteiros, como miolo da paleta, peixinho e acém.
Carnes como pernil e carré de ovelha e costelinha de
porco também são bastante apreciadas.

OXFORD PORCELANAS 29
 ESPECIAL RECEBER

O churrasco
geralmente é uma
ocasião informal, por
isso é bom deixar
os convidados à
vontade, servindo ao
estilo americano

ESCOLHENDO A CARNE

O sabor e a qualidade da carne

dependem de sua origem, da raça
e do tempo de corte. Para Clarice
Chwartzmann, do projeto “A
Churrasqueira”, o ideal é optar pela de
animais criados em ambientes abertos,
não confinados e com métodos que
não utilizem hormônios ou antibióticos.
“É importante observar a aparência e o
cheiro. A carne deve parecer úmida, mas
não empapada de sangue”, explica. Já a
cor deve ser rosada ou avermelhada e a
camada de gordura, que é responsável
pelo sabor, maciez e suculência, deve ser
clara, firme e levemente cremosa.

30 COLETIVA MAG
1

2 3

1. O ideal é escolher toalhas, complementos e flores a partir das louças que se tem em casa. As
taças azuis fogem da transparência óbvia e dão um toque especial à mesa 2. Dar novos usos ao que
se tem em casa é uma boa alternativa. Os copos brancos servem para apoiar os talheres, que não
precisam ser especiais para churrasco, mas devem ter uma boa serra 3. Em um churrasco o ideal
é usar guardanapos de tecido. Um para ser usado e o outro para ser colocado no colo, já que o
convidado pode fazer sua refeição no sofá ou em uma cadeira

OXFORD PORCELANAS 31
 ESPECIAL RECEBER

2 3

1. Apetitosa, a sobremesa ficou ainda mais bonita com a transparência dos copos. As porções
individuais também ajudam na hora de servir 2. A petisqueira e a taça de sorvete podem
ganhar novos usos. Aqui, uma abriga a salada e a outra um molho especial 3. Muita gente não
dispensa o café após as refeições. Em uma mesa de apoio foram colocadas xícaras com a
mesma estampa dos pratos usados no almoço. Um azul alegre, jovem e unissex

32 COLETIVA MAG
 CHURRASCO?
ELAS COMANDAM

Há um comportamento social
e cultural no Brasil de que em
um churrasco as mulheres
cuidam dos acompanhamentos
enquanto os homens comandam a
churrasqueira. Para derrubar esse
preconceito, a publicitária gaúcha
Clarice Chwartzmann criou o
projeto “A Churrasqueira”, onde dá
cursos que ensinam às mulheres
as técnicas e os segredos para um
apetitoso churrasco.

Um bom kit de churrasco, com

facas afiadas e garfos adequados, é
essencial para auxiliar no preparo e na
hora de servir a carne

OXFORD PORCELANAS 33
 DO IT YOUR SELF

Toque pessoal
Além de sustentável, porta-talheres feito com latas
recicláveis é prático e confere personalidade à casa

POR ELIDA HACK RUIVO • FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

34 COLETIVA MAG
O O movimento Do It Yourself (Faça você mesmo) surgiu nos anos 1950 estimulado
pelo aumento do preço da mão de obra. Hoje, ele ganha cada vez mais força não apenas
pelo alto custo dos serviços, mas porque muitos perceberam que é uma forma de dar
um toque de personalidade, criando peças exclusivas para suas casas. Nos Estados
Unidos, já existe um grande mercado formado, com lojas oferecendo matéria-prima
para o que você imaginar. No Brasil, o conceito está crescendo. E não faltam bons sites
e blogs com dicas e passo a passo para mil e um objetos.
A Coletiva Mag traz nesta edição uma ideia de porta-talheres publicada originalmente
no Madame Criativa, portal brasileiro especializado em Faça Você Mesmo. A tarefa de
reproduzi-la ficou com os talentosos artesões Iara Schiochet e Roberto Paulo Jagelski.

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

1. 6 latas sem tampa (preferência às mais altas, de tomate pelado) 2. Tinta esmalte

sintético 3. Primer para metal 4. 1 prego grosso 5. 1 prego tamanho padrão 6. 6 parafusos
pequenos tipo Philips 7. 2 parafusos médios tipo Philips 8. 2 arruelas 9. 1 tira de couro
(27cm x 1,6cm) para a alça 10. 6 pedaços de couro (7cm x 1,5cm) para as etiquetas
11. 1 pedaço de madeira (22cm x 15cm x 1,6cm) 12. 1 pedaço de madeira (veja uso no

passo 3) 13. Cola quente ou Super Bonder 14. Solvente 15. Feltro 16. Lapiseira ou caneta
17. Pincel 18. Martelo 19. Chave de fenda 20. Alicate (ou lima)

1 2

1. Com o auxílio de um alicate, dobre as rebarbas que tenham ficado no interior das latas. Se preferir, lixe com
uma lima. 2. Retire as sobras de cola do rótulo com solvente. Para melhor fixação da tinta, passe o primer para
metal na parte de fora das latas. Em seguida, pinte as latas por dentro e por fora com tinta esmalte sintético na
cor de sua preferência e deixe secar bem. Repita o processo com a madeira, mas sem usar o primer.

OXFORD PORCELANAS 35
 DO IT YOUR SELF

3 4 5

3. Com um prego grosso e um

martelo, faça um furo na lata para,
em seguida, colocar o parafuso.
Utilize o canto da mesa para
facilitar e, com a ajuda de uma
madeira, apóie a lata em cima.
Pode martelar com força que a
lata não vai entortar. Para não
machucar a pintura, coloque um
pedaço de feltro entre a madeira
e a lata.
4. Posicione as latas furadas no
local que serão parafusadas.
Marque o local do furo na madeira
com uma lapiseira ou caneta.
5. Faça os 6 furos na madeira 6 7
usando martelo e prego.
6. Parafuse as latas na madeira.
7. Faça a marcação dos locais
onde a alça de couro será pregada
na madeira (da mesma forma
que no passo 4). Faça os furos
com o auxílio de prego e martelo
e parafuse a alça. Para melhor
sustentação, coloque uma arruela
larga entre o couro e o parafuso.
8. Cole os pedaços de couro nas
latas e nomeie cada um de acordo
com seu uso. Exemplo: colher,
faca, garfo.

36 COLETIVA MAG
 MÚLTIPLAS FUNÇÕES
A ideia pode virar ainda um organizador
de mesa ou de ferramentas. Se você tem
crianças em casa, que tal transformá-lo
em um porta-lápis? Abuse das cores para
deixar a peça divertida.

OXFORD PORCELANAS 37
 DEIXE SE ENVOLVER NOS MOMENTOS
MAIS IMPORTANTES DA SUA VIDA.

38 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS
WWW.
E-SHOP OXFORDPORCELANAS.
COM.BR/

39
LOJA
 VIAGEM

AVENTURA
e liberdade
O Interesse por viagens a bordo de uma bike cresce em todo o mundo incentivado
pelas vantagens em comparação a outras formas de turismo, como economia, maior
flexibilidade no roteiro e contato mais próximo com a cultura e os costumes locais

POR CAMILE MAGALHÃES

40 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS 41
 VIAGEM
Charles Zimmermann, que já
conheceu 30 países de bicicleta,
em uma parada para apreciar a
bela paisagem do litoral da Croácia
O O professor universitário Charles Zimmer-
mann, 40 anos, deu a volta ao mundo de bicicleta.
Foram 30 países visitados e 32 mil quilômetros
percorridos em 747 dias. “Nunca havia participa-
do de uma competição, tampouco tinha domínio
sobre reparar um pneu furado ou um raio quebra-
do, mas queria pedalar e conhecer o mundo de um
modo diferente”, conta.
O Clube de Cicloturismo do Brasil já conta com 15
mil ciclistas cadastrados de diversas regiões do
país. A organização não governamental divulga
informações para promover a prática e disponibi-
liza um manual com sugestões de rotas e cuidados
para uma viagem segura. “Talvez o mais incrível
seja a proximidade com as populações locais. De
bike acabamos conhecendo mais profundamente
as culturas e os hábitos de cada região”, destaca
Rodrigo Telles, um dos diretores do clube.
Viajar de bicicleta tem outras vantagens. “Você
melhora sua saúde e o planeta ganha muito, porque
não recebe os poluentes gerados por todos os meios
de transporte motorizados”, observa Rodrigo. Mas
também existe o lado difícil. “Uma das tarefas
mais complicadas é quando precisamos transpor-
42 COLETIVA MAG
Fotos: Arquivo Charles Zimmermann
tar a bike. Muitas vezes não começamos os roteiros
na porta de casa, tomamos um ônibus ou um avião
para ir até o local onde a viagem inicia. Desmontar
a bicicleta e carregá-la, além de pagar as eventuais
taxas extras, é a parte chata”, relata.
As viagens de bike não precisam ser feitas necessa-
riamente em grupo. No entanto, o ideal é que os ini-
ciantes evitem viajar sozinhos, para que possam se
acostumar com esse meio de transporte alternativo.
Os roteiros são os mais variados e mudam de acor-
do com a preferência pessoal. Nos países da Europa
e da América do Norte é muito comum as pessoas
viajarem de bicicleta. Rodrigo conta que na Alema-
nha, por exemplo, as famílias tiram férias e viajam
de bike, inclusive com crianças. “É um ciclotu-
rismo mais calmo, por ciclovias, muitas vezes na
beira de rios ou lagos. No Brasil e na América do Sul
também há muita gente viajando de bike, porém
num estilo um pouco mais aventureiro, onde se
procura estradas não asfaltadas, montanhas, par-
ques nacionais e comunidades pequenas”, explica.
A Coletiva Mag selecionou três histórias de viagem
de bike, contadas pelos próprios aventureiros,
para você se inspirar.
 Fotos: Thiago Fantinatti
Thiago Fantinatti aos pés da
Cordilheira dos Andes, gigante da
natureza que ele cruzou durante a
viagem de bike pela América do Sul

Entre os desertos e as paisagens

geladas da Patagônia
Thiago Fantinatti, 35 anos, desenvolve-
dor web e fotógrafo – Fez uma viagem na
qual percorreu quase 15,5 mil quilôme-
tros de bicicleta, passando por Uruguai,
Argentina, Chile, Bolívia, Peru e as
regiões Sul e Norte do Brasil.

“Desci pelo litoral banhado pelo Oceano

Atlântico e subi pela costa do Pacífico. Do
lado leste, segui pelo litoral da Patagô-
nia Argentina, que é praticamente um
deserto, mas com uma fauna marinha
incrível e muito pouco povoado. Pelo
oeste segui alternando e cruzando a
Cordilheira dos Andes, entre a Argentina
e o Chile. Aí as paisagens são verdes e
úmidas, com muito gelo e eventualmente
neve. É realmente indescritível.
No geral é uma região pouco habitada e
que não tem muita infraestrutura, ideal
para aventureiros. É lógico que existe tu-
rismo convencional nas cidades, mas não
são muitas e a maior parte do território
é deserta. Viajar de bike foi bom justa-
BIKE HOTELS
mente por poder conhecer as localidades
que não fazem parte dos eixos turísticos
De acordo com o Clube de Cicloturismo do
mais conhecidos, ver de perto a natureza Brasil, a Itália oferece uma ótima infraestrutura
selvagem e conhecer os povos verdadei- para quem quer viajar de bike. No 1º Encontro
ros. Os chilenos e argentinos do interior Internacional de Cicloturismo Brasil Itália,
os brasileiros ficaram hospedados em bike
são extremamente receptivos.
hotels, como o Hotel Dory e o Alexander
A principal dificuldade foi o isolamento
Bike Hotel. Eles têm garagem de bicicletas,
em alguns momentos e o clima, às vezes minioficina, roteiros preparados e equipe de
um pouco inóspito. Em alguns trechos guias ciclísticos. A parceria com a agência Italy
precisei cruzar vastas extensões com Bike Tour permitiu, inclusive, que a bagagem
muito vento, o que dificulta muito para fosse despachada de um hotel para outro. Já
existem bike hotels em outros países. No Brasil,
quem se locomove numa bicicleta. O
o Dall´Onder, na serra gaúcha, foi o primeiro
lado bom é justamente o isolamento.
a se adaptar para receber turistas de bicicleta,
Sim, no final das contas os momentos permitindo que desbravassem as belezas do
em lugares isolados foram os melhores”. Vale dos Vinhedos com mais conforto.

OXFORD PORCELANAS 43
 VIAGEM
Todos os anos milhares
de peregrinos chegam à
Compostela a pé ou de bicicleta
As belezas e mistérios do Caminho de Santiago
de Compostela
Eliana Britto Garcia, 47 anos, microempresária e direto-
ra do Clube de Cicloturismo do Brasil – Viaja de bicicleta
desde 1988.
“Foi uma experiência maravilhosa. O Caminho de San-
tiago de Compostela é uma linha contínua de mais de 800
quilômetros de harmonia e de alegria. Fomos em maio,
na primavera. Os campos estavam verdes e floridos, mas
é preciso cuidado, pois nessa época tudo pode acontecer
em relação ao clima. Dependendo do ano, pode fazer um
calor extremo ou até nevar. Fizemos o roteiro com bastante
calma, cerca de 50 quilômetros por dia.
Há inúmeras rotas, saindo de diversos pontos da Euro-
pa. Optamos pela mais conhecida dos brasileiros, que é o
Caminho Francês. Saímos de Saint Jean Pied de Port, na
fronteira entre a França e a Espanha. Após Santiago há a
possibilidade de continuar o caminho até o mar, chegando
em Finisterre. Fizemos também este trecho, em mais dois
dias de pedal, totalizando 1.000 quilômetros.
O caminho é todo sinalizado por setas amarelas, mas é
indispensável comprar um guia, útil para indicar os locais
44 COLETIVA MAG
de hospedagem e os atrativos no percurso. A estrutura de
albergues é muito boa: um a cada cinco ou dez quilôme-
tros. O preço é bastante acessível, em torno de 10 euros por
pessoa. Em quase todas as vilas e cidades há restaurantes
que servem o menu do peregrino por preços bem razoáveis.
Todos os albergues são equipados com cozinha, para quem
quer preparar jantar e café da manhã, local para lavar e
pendurar a roupa e geralmente banheiros bem limpos.
Além de utilizar a estrutura de albergues, optamos por
acampar. Existem ótimos campings, mas não em todas as
cidades. Combinávamos com os albergues para acamparmos
no gramado. Foi excelente, porque podíamos dormir até um
pouco mais tarde, já que no albergue todos os peregrinos são
obrigados a sair no máximo até às 7h. Como estávamos na
barraca, começávamos a pedalar somente após às 9h.
A dificuldade maior é colocar a bicicleta num transporte
para chegar ao ponto de início e para voltar de Santiago.
Fomos de trem e não foi tão fácil quanto imaginávamos.
Não são todos os itinerários nem horários que aceitam bi-
cicleta. Acabamos demorando e fazendo várias baldeações,
o que é bem chato com a bicicleta carregada de bagagens. A
facilidade maior é já ter o roteiro traçado e sinalizado com
toda a estrutura de albergues funcionando.”
Fotos: Cesar Stella

Chapada Diamantina: mais perto do céu

Cesar Stella, 54 anos, e Regina Stella, 51 anos,
comerciantes – Casados há 32 anos, começaram
a pedalar em 2007, em pedais noturnos. Fizeram
o Circuito Vale Europeu, no Sul de Santa Catari-
na, em seguida uma cicloviagem da Argentina ao
Chile e não pararam mais.

“Partimos de São Paulo, com nosso carro car-

Cesar Stella registrou belas
fotos da viagem que fez
com a esposa Regina para
regado com seis passageiros e uma carreta com
as bikes e bagagens. Foram mais de 1.700 quilô-
metros até Mucugê, já na Chapada Diamantina,
ponto de partida da nossa cicloviagem. Saímos da
cidade de bike com o objetivo de dar uma volta
no parque, aproximadamente 270 quilômetros,
e retornar em oito dias ao ponto de partida. No
primeiro dia de pedal, seguimos até Andaraí,
passando por Igatu, conhecida pelas ruas de
pedras e ruínas do garimpo. Um breve descanso
no balneário do rio Paraguaçu e fomos parar na
aldeia quilombola do Remanso.
No dia seguinte, conhecemos a cachoeira do Ron-
cador, atravessamos o mangue conhecido como
Pantanal da Chapada ou Marimbus e interagimos com a
fauna e flora como nunca poderíamos imaginar. Seguimos

“
conhecer a Chapada até Lençóis, uma cidade que além das belezas naturais traz
uma deliciosa culinária típica. Lá fomos à Cachoeira do
Sossego e Ribeirão do Meio. Depois, buscamos um dos mais
TODOS OS MOMENTOS conhecidos pontos da chapada, o Morro do Pai Inácio, de

EM UMA CICLOVIAGEM onde é possível avistar as imensas formações e os relevos

da região. Passamos pela gruta da Pratinha e pela gruta da
SÃO ÚNICOS. É UMA Torrinha, uma das cavernas mais impressionantes do país.
FONTE DE INSPIRAÇÃO No outro dia, seguimos para o famoso Vale do Capão, local
místico que atrai milhares de pessoas que buscam simplici-
E SUPERAÇÃO QUE NOS dade a paz espiritual. A partir deste local é que se chega até
LEVA A SEMPRE QUERER a Cachoeira da Fumaça, com mais de 380 metros de altura.
Subimos com a bike nas costas passando pelos campos Gerais
PEDALAR MAIS E MAIS do Vieira e depois pelos Gerais do Rio Preto, de onde se avista
Cesar Stella o famoso Vale do Pati. Já quase por escurecer, chegamos na
conhecida Guiné, cidade-base da maioria dos turistas que
fazem trekking. Finalizamos retornando para Mucugê.
Em todos os lugares ficamos em pousadas, exceto em Len-
çóis, onde optamos por um camping. Todos os momentos em
uma cicloviagem são únicos. É uma fonte de inspiração e su-
peração que nos leva a sempre querer pedalar mais e mais”.

OXFORD PORCELANAS 45
 GASTRONOMIA

COZINHA
itinerante

Food trucks conquistam espaço nas ruas

do Brasil oferecendo cardápios variados
com apresentações convidativas

POR GABRIELA MORATELI • FOTOS RAPHAEL GÜNTHER

46 COLETIVA MAG

E
Eles chegaram de fininho e de repente
viraram atração principal nas ruas de
muitas cidades brasileiras. Os food
trucks – caminhões de comida – são uma
opção promissora para quem não quer ou
não pode sustentar um ponto fixo para
comercializar seus quitutes. Muitos res-
taurantes também têm encontrado neles
uma maneira de levar a comida onde os
clientes estiverem.
Este é o caso do Pepper Jack, em Blu-
menau (SC), fundado em 2010 com a
temática dos burguers norte-america-
nos. E foi exatamente em uma viagem
para os Estados Unidos que Caio Fonte-
nelle, sócio-proprietário do restaurante,
conheceu os food trucks e trouxe a ideia
para a cidade. Surgiu então o Pepper
Truck. No cardápio está o Hambúrguer
de linguiça Blumenau, segundo Caio, um
dos mais pedidos. “A receita foi criada
para homenagear a região, que tem uma
forte colonização alemã”, explica.
Em 2013, Claudia Daroncho e Aria-
ne Guimarães resolveram apostar no
conceito de comida de rua elaborada e
inauguraram a Bamboleiras, a primei-
ra confeitaria ambulante de São Paulo.
“Nossa ideia inicial era abrir uma confei-
taria em um ponto fixo, mas o alto custo
para implantação desanimou, apesar
de termos feito um plano de negócios e
insistido na ideia por quase quatro anos”,
conta Claudia. A receita exclusiva do Bolo
de lancheira elas compartilham aqui com
os leitores da Coletiva Mag.
HAMBÚRGUER DE
LINGUIÇA BLUMENAU
Ingredientes
Hambúrguer
1kg de linguiça Blumenau*
150g de pão branco embebido em leite
1 ovo
Sal e pimenta a gosto
Óleo de soja para fritar
Vinagrete
1 cebola
1/2 pimentão
10g de salsinha
50ml de azeite
10ml de vinagre
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
1. Misture todos os ingredientes do hambúrguer até que
a massa fique homogênea. Molde-os e coloque-os
em uma frigideira.
2. Quando virá-los acrescente uma fatia de queijo em
cima de cada um para que vá derretendo enquanto
termina o cozimento.
3. Sirva no pão de hambúrguer com uma colher (de
sopa) de vinagrete por cima do queijo.
Rendimento: 6 porções
*A receita foi especialmente criada para a linguiça
Blumenau. Caso não a encontre, pode substituí-la por
linguiça calabresa defumada.
ONDE TUDO COMEÇOU
Há mais de um século, os americanos já utilizavam
o conceito de restaurante ambulante. O primeiro
food truck de que se tem notícia foi criado em 1866,
quando um pequeno caminhão militar foi adaptado
para levar comida aos tocadores de rebanho. Nele
não havia refrigerador e a comida era composta
por grãos secos e outros alimentos não perecíveis.
Em 1890, os food trucks ganharam espaço nas
noites de Nova York e serviam as refeições para os
trabalhadores. Já em 1950, cantinas ambulantes
invadiram os Estados Unidos e de lá pra cá ganharam
variações. A culinária evoluiu, inclusive com o preparo
de quitutes gourmet.
OXFORD PORCELANAS 47
 GASTRONOMIA

48 COLETIVA MAG
 BOLO DE LANCHEIRA

Ingredientes

230g de farinha de trigo

40g de fécula de batata
2 colheres (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
3 ovos
300g de açúcar
1 colher (chá) de essência de baunilha
170g de manteiga sem sal
200g de coalhada
Raspas de 1 laranja
400g de doce de leite
Açúcar de confeiteiro (para decorar)
Papel manteiga (para embrulhar)
Manteiga e farinha (para untar)
Saco de confeitar
Bico de recheio
Mini forminhas para bolo

Modo de preparo

1. Unte e enfarinhe 12 miniforminhas para bolo em

forma de bastão (ou bolo inglês). Peneire juntos os
ingredientes secos, exceto o açúcar.
2. Bata a manteiga com o açúcar até ficar
esbranquiçado. Em velocidade média, junte os
ovos, um a um. Aumente a velocidade e bata até
ficar bem homogêneo e que tenha crescido em GUIA DE FOOD TRUCKS
volume. Acrescente as raspas de laranja e bata
rapidamente, só para misturar. Em São Paulo, berço dos food
3. Com uma espátula, misture 1/3 da farinha (da trucks no Brasil, a cozinha é bem
mistura de ingredientes secos). Acrescente metade variada, de comida de boteco à
da coalhada e misture. Junte mais 1/3 da farinha cantina italiana. Para auxiliar os
e misture o restante da coalhada. Termine com o interessados nesse conceito, surgiu
restante da farinha. Misture levemente, raspando o localizador Food Truck nas Ruas
as laterais do bowl, até que esteja homogêneo. (www.foodtrucknasruas.com.br),
4. Despeje a massa nas forminhas e asse por um guia de abrangência nacional
aproximadamente 20 minutos. idealizado pelas empresárias Carla
5. Depois de frio, desenforme. Coloque o doce de Somose Novalski e Kelly Martins
leite em um saco de confeitar com o bico de Ferreira. Que tal baixar agora o
recheio acoplado. Insira em uma das extremidades aplicativo para o seu smartphone?
do bolo e recheie até sentir que a massa começou
a estufar ligeiramente. Se necessário, repita na
outra extremidade.
6. Peneire os bolos com açúcar de confeiteiro
e embrulhe em papel manteiga, torcendo as
extremidades, como se fosse um bombom.

Rendimento: 12 porções

OXFORD PORCELANAS 49
 EN T R E V I S TA

Foto: Eduardo Biermnn/Divulgação

A vida
imita a arte
Depois de interpretar o chef de cozinha Vicente na
novela Império, o ator Rafael Cardoso se prepara na vida
real para abrir um restaurante no Rio de Janeiro

POR GABRIELA MORATELI

50 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS
Fotos: Gui Gomes/Inked Mag

51
 EN T R E V I S TA
D
Das panelas para a tela da televisão
e vice-versa. Assim é a agitada rotina
do ator Rafael Cardoso, 29 anos. Pai de
primeira viagem da pequena Aurora,
nascida em novembro, ele foi sucesso re-
centemente no horário nobre no papel do
chef Vicente, na novela Império. A pai-
xão pela cozinha é tanta que ele expandiu
seus horizontes para o ramo culinário.
Em breve, abrirá um restaurante no Rio
de Janeiro, empreendimento que tem
como sócias sua sogra, a jornalista Sônia
Bridi, e a atriz Regiane Alves. Entre um
compromisso e outro, ele também vem
se dedicando ao blog Puramesa (www.
puramesa.com.br), onde mostra suas ha-
bilidades com os alimentos e dá dicas de
alimentação saudável. Fora de cena, Ra-
fael gosta de preparar as receitas que ele
mesmo cria para a família e os amigos.
Nascido em Porto Alegre (RS), ele não
abandona suas raízes e volta pra lá para
rever os parentes e amigos de infância
sempre que consegue um espaço na
agenda. Seu último filme, “Os Senhores
da Guerra”, do diretor Tabajara Ruas, foi
todo gravado por lá.
Apaixonado por esportes, Rafael está
sempre pronto para experimentar novas
atividades. Quando criança, chegou
a jogar futebol nas categorias de base
do Grêmio e futsal no Internacional.
Atualmente descobriu o kart, que já lhe
rendeu alguns títulos em campeonatos.
Nesta entrevista exclusiva para a Coletiva
Mag, ele conta um pouco mais sobre o
que vem vivenciando.
52 COLETIVA MAG
“
APÓS LER MAIS SOBRE A
CURA PELOS ALIMENTOS,
SURGIU A VONTADE DE
COMPARTILHAR UM
POUCO SOBRE O QUE
VENHO APRENDENDO,
PASSAR ADIANTE ESSE
CONHECIMENTO. FOI ASSIM
QUE SURGIU O MEU BLOG
Como está a sua rotina profissional com a chegada
da Aurora?
Bem puxada por conta de tudo, mas nunca esteve tão boa.
Tenho trabalhado direto, mas no tempo livre não desgrudo
das duas (a mulher Mariana Bridi e a filha Aurora).
Você já tem algum projeto novo engatilhado?
Estou tocando as obras do restaurante e cuidando, quando
dá, do meu blog Pura Mesa, de gastronomia funcional. Já
tenho outros trabalhos em vista sim, mas nada certo. Pre-
firo não falar antes que aconteça.
Como surgiu a ideia de criar o blog?
Foi muito antes de existir o Vicente (personagem da novela
Império). Sempre cozinhei e pesquisei sobre alimentação
saudável e medicinal. Após ler mais sobre a cura pelos ali-
mentos, surgiu a vontade de compartilhar um pouco sobre
o que venho aprendendo, passar adiante esse conhecimen-
to. Às vezes, as pessoas querem comer melhor, mas acham
que é difícil. É muito simples comer bem! E o trabalho que
dá para cozinhar de forma saudável é o mesmo.
De onde vem essa sua paixão pela cozinha? Alguém
da tua família é do ramo da gastronomia e te inspira?
Na verdade minha avó sempre cozinhou muito bem. Meu
avô Paulo, que é pai da ex-esposa do meu pai, sempre me
levava pra pescar e depois ensinava a preparar o peixe. Meu
Foto: Divulgação
tio Silvio tem um café em Porto Alegre. Com o tempo fui
tomando gosto e me interessando também.
Você e a sua esposa Mariana são adeptos de uma
alimentação naturalista?
Alimentação saudável e funcional, mas sem extremismos.
Qual é o seu prato favorito e o que você mais gosta
de cozinhar?
Cozinho de tudo, como de tudo. Não tenho problemas com
isso, mas parto do princípio de que somos aquilo que co-
memos e a quantidade que comemos. Então, sempre tento
buscar ingredientes novos, receitas diferentes. Não tenho
um prato preferido. Atualmente tenho utilizado muitos tu-
bérculos, como inhame, cará, batata-doce e batata-baroa.
Mas tem alguma “besteirinha” que você não abre mão?
Sim! De um bom chocolate e um bom vinho eu não abro
mão mesmo!
Quando será inaugurado o seu restaurante Puro, que
é resultado da sociedade com a sua sogra, a jornalis-
ta Sônia Bridi, e a atriz Regiane Alves?
Vamos abrir em breve. O restaurante é nosso, mas tere-
mos um chef, que é o Pedro Siqueira, que também é sócio
e é quem assinará o cardápio do restaurante. Temos ainda
outra sócia. O restaurante é de alta gastronomia contempo-
rânea totalmente brasileira.
Assim como seu
personagem Vicente, Rafael
Cardoso ama cozinhar e
criar suas próprias receitas
Você é bem assíduo nas redes sociais e tem muitos
seguidores. Qual é a importância dessas mídias
pra você?
Sim. Considero um bom canal para trocar ideias e divulgar
o que interessa.
Vicente, o seu personagem na novela Império, era
bastante dedicado para ser reconhecido na pro-
fissão. Quais foram os principais desafios da sua
carreira de ator?
O Vicente era muito batalhador, e eu sempre fui assim.
Nunca tive medo de trabalho.
Como foi pra você voltar às origens durante as gra-
vações do filme Senhores da Guerra, no Rio Grande
do Sul?
Quando posso vou para o Rio Grande do Sul. Minha terra
é minha raiz, deixei bons amigos por lá e uma boa parte
da família também. Faço questão de voltar para rever e
conviver com eles.
Como consegue conciliar as agendas profissional e
pessoal da melhor forma?
Vou levando tudo como a vida pede. Tem horas que estou
mais focado em alguma atividade, mas sempre dá pra
arrumar tempo. Às vezes fica bem puxado, mas como estou
cercado de pessoas competentes, tudo anda bem.
OXFORD PORCELANAS 53
 TENDÊNCIAS

CLÁSSICO
ATEMPORAL
Em novas combinações, estampas
e estilos, o preto e branco continua
encantando as mulheres

POR CARLA LEMOS

Não dá mais pra dizer que o total quando todas as roupas

preto e branco é tendência, mas
essa combinação super clássica
está sim super em alta nessa
temporada de outono/inverno.
É só dar uma olhadinha nas
parecem já ter sido inventadas
e nós, mulheres, podemos usar
o que quisermos (de saia longa
à minissaia). Então, que tal
aproveitarmos a lição de Chanel

Fotos: Acervo Pessoal/Internet

araras das suas marcas favoritas e usarmos a elegância do preto
pra ver a fartura de opções: pe- e branco pra ousar no look do
ças lisas, listradas, em versões dia? Teste novas combinações,
estampadas étnicas ou florais. misture cores, estampas e
Mas por que preto e branco faz estilos. Se inspire nesses looks e
tanto sucesso? Coco Chanel é a revolucione seu estilo.
grande responsável. A estilista
francesa dizia que as cores se
harmonizavam perfeitamente e
sua beleza é absoluta. Mademoi-
selle Chanel era super ousada
em suas criações, reinventando
o guarda-roupa feminino se
inspirando em peças masculi-
nas. E como suas roupas tinham
formas revolucionárias (como
calças!), ela preferia confeccio-
nar (quase) tudo em branco e
preto para que a elegância da
combinação ajudasse a promo-
ver o novo estilo que ela estava
propondo. E deu certo!
Agora, quase um século depois,
a combinação volta com força

54 COLETIVA MAG
Vestido Dafiti, bolsa
Quitandeira, óculos
Livo Eyewear

OXFORD PORCELANAS 55
 C O M P O RTA M EN TO
Foto: Shoot the shit

CHOQUE
urbano
As inusitadas intervenções urbanas em Porto Alegre,
do projeto Shoot the Shit, dos publicitários Luciano
Braga e Gab Gomes, incentivam o público a refletir,
mudar de atitude e viver de forma mais compartilhada
POR GABRIELA MORATELI

56 COLETIVA MAG
 A ação “Que ônibus passa aqui?”
repercutiu tão bem que fez a prefeitura
de Porto Alegre perceber que faltava
informação sobre as linhas nos pontos

Pequenas ações podem mudar o mundo

Através de intervenções como “Se essa rua fosse
minha” e “Que ônibus passa aqui?” o projeto
chama a atenção da comunidade e das autorida-
des para as deficiências nos espaços urbanos. Na
primeira, eles reuniram um grupo de crianças e
de uma forma lúdica destacaram a necessidade de
placas de sinalização em diversos pontos da cidade.
A maior parte dos pontos de ônibus de Porto Ale-
A NOVA GERAÇÃO
DE BRASILEIROS gre, assim como acontece na maioria das cidades
Acesse www. brasileiras, não possui sinalização informando
anovageracao.art.br e
conheça outras iniciativas
quais linhas param no local. Para quem não está
como as de Luciano Braga acostumado a pegar ônibus num determinado
e Gab Gomes. Eles e
ponto, a falta de informação gera desconforto e
outros brasileiros ousados
e criativos estão no perda de tempo. O projeto “Que Ônibus Passa
portal desenvolvido pela Aqui?” é um alerta sobre esse grave problema.
Oxford Porcelanas para
compartilhar com o mundo Através de adesivos colados em diversos pontos
o que de melhor está sendo da cidade, as pessoas podem, de maneira colabo-
produzido no País.
rativa, escrever quais linhas passam ali. O apelo
Conheça, participe,
compartilhe, dê sua deu tão certo que chamou a atenção da mídia, dos
opinião!
órgãos públicos e da Empresa Pública de Trans-
porte e Circulação (EPTC), que propôs ao grupo
desenvolver um adesivo em parceria com a prefeitura.
“Todo criativo é inquieto. Fazendo intervenções na rua, Através de campanhas pela internet, na Copa do Mundo
conseguimos tirar nossas ideias da gaveta e suprir essa de 2014 os colaboradores do Shoot the Shit tiveram a ideia
inquietude”, confessa o publicitário Luciano Braga, um de levar a ação dos ônibus para diversas regiões do Brasil.
dos idealizadores do coletivo Shoot the Shit. O termo em O projeto decolou. A campanha contou com a participação
inglês, que significa “trocar ideias” e “jogar conversa fora”, de mais de 20 cidades, cerca de 5 mil pessoas confirmadas
caiu como uma luva para o momento que ele e o amigo Gab em todos os eventos e mais de 6 mil adesivos impressos.
Gomes estavam vivendo. Em 2010, insatisfeitos por não po- “O mais legal de tudo isso é poder fazer o bem para outras
derem colocar suas inspirações em prática nas agências de pessoas”, ressalta Luciano.
publicidade onde trabalhavam, partiram para a execução
nas ruas de Porto Alegre (RS). Multiplicando as boas ideias
O projeto realiza ações de comunicação para impacto Luciano Braga e Gab Gomes já contabilizam muitos
social, seja de forma independente ou em parceria. “O eventos e palestras onde explicam como funciona o
Shoot the Shit busca criar e desenvolver ações inusitadas projeto. Luciano conta que uma das novidades do Shoot
para deixar as cidades mais criativas e divertidas enquanto the Shit para este ano é a realização de um curso para
desperta um senso de cidadania e de cuidado com o espaço ajudar e incentivar publicitários a pensarem em projetos
público”, explica. O objetivo é que as pessoas percebam que colaborativos e de impacto social. Sobre as ações, ele
agindo também podem mudar suas realidades. prefere manter suspense. “São surpresa”, promete.

OXFORD PORCELANAS 57
58
Foto: Luciana Matosinhos

COLETIVA MAG
BOA FORMA
 YOGA NA
ÁGUA E NO AR Versão SUP, praticada sobre uma prancha de
stand up paddle, e Acro, com movimentos de
acrobacias, desafiam a gravidade

POR CAMILE MAGALHÃES

A
Apesar de ser uma filosofia milenar, com
origem na Índia há mais de 5 mil anos, o Yoga está
sempre se renovando. Usado para manter corpo e
mente sãos, é praticado de maneiras cada vez mais
surpreendentes e desafiadoras. Depois do sucesso
do Stand Up Paddle (SUP), agora a novidade é o
SUP Yoga, tendo a água como cenário. As acroba-
cias circenses, que inspiraram aulas nas acade-
mias, também vêm conquistando adeptos através
da Acro Yoga.
SUP Yoga: equilíbrio na água
Que tal praticar Yoga em cima de uma pran-
cha? É o que propõe o SUP Yoga. A nova versão
da modalidade chegou para integrar a arte da
concentração e do equilíbrio ao meio ambiente.
“Além de proporcionar um maior contato com a
natureza, ele trabalha e fortalece todos os grupos
musculares, melhora a postura, desenvolve
equilíbrio e coordenação, combate o estresse e
ajuda na autoconfiança e autoestima. É também
uma ótima oportunidade para curtir um dia de sol
com os amigos e principalmente para se refrescar
nos dias mais quentes”, conta a mineira Bianca
Guimarães, precursora da modalidade no Brasil.
Ex-professora universitária e mestre em Ciência
da Computação, hoje Bianca é instrutora e vive do
trabalho com a prática. “Faço retiros de SUP Yoga
com a finalidade de disseminar esta incrível ati-
vidade que vem conquistando pessoas no mundo
inteiro”, conta.
O servidor público Rodrigo Dequech de Rezen-
de, 38 anos, foi um dos seduzidos pelo esporte.
“Iniciei a prática em março do ano passado. Já
praticava Hatha Yoga e stand up paddle e quan-
do vi a aula que unia os dois, logo me interessei.
Além de ser praticado ao ar livre, traz flexibili-
dade ao mesmo tempo em que relaxa e fortalece a
musculatura”, afirma. Fernanda Jatobá, 27 anos,
que trabalha com vendas e é fascinada pelo mar,
também não abre mão do SUP Yoga, modalidade
pela qual se apaixonou há dois anos. “Praticar
Yoga na prancha me proporciona total bem-es-
tar. É uma harmonia entre a natureza, corpo e
mente”, garante.
Ao contrário do Yoga e da versão Acro, o SUP
Yoga não foi criado na Índia. Tudo começou no
Caribe e na Califórnia, onde o verão extremo e as

OXFORD PORCELANAS 59
 BOA FORMA

Foto: Luciana Matosinhos

A instrutora de SUP Yoga
Bianca Guimarães mostra
que é boa de equilíbrio
em cima da prancha

A Acro Yoga tem

movimentos fluidos de
postura em um ritmo
constante, como uma
dança, e é interativa,
sendo executada por dois
ou mais integrantes

60 COLETIVA MAG
 “
ALÉM DE FORTALECER TODOS OS
GRUPOS MUSCULARES, MELHORAR
A POSTURA, DESENVOLVER
EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO, O SUP
YOGA PROPORCIONA O CONTATO
COM A NATUREZA. UMA ÓTIMA
OPORTUNIDADE PARA CURTIR UM
DIA DE SOL COM OS AMIGOS E SE
REFRESCAR NOS DIAS MAIS QUENTES
Bianca Guimarães – precursora do SUP Yoga no Brasil
águas calmas e transparentes tornaram propícia
a atividade de meditação e alongamento. “O
primeiro vídeo da modalidade foi divulgado em
2009 pela super yogi americana Dashama Konah”,
conta Bianca.
A aula tem duração de 50 minutos. Após um alon-
gamento inicial fora da água, todas as posturas
são trabalhadas em cima da prancha de stand up
paddle. “Podemos aprofundar a aula com técni-
cas de relaxamento e até mesmo de meditação,
usando mantras e mudras da Swasthya Yoga. E a
melhor parte fica para o final da aula: o desafio
com duas pessoas na mesma prancha, alongando
e trabalhando a flexibilidade. Alegria e diversão
garantidas”, assegura Bianca.
A atividade é segura e não existem pré-requisitos
e nem contra-indicações. A instrutora afirma que
na maioria das aulas as pranchas ficam ancoradas
e o praticante muitas vezes nem precisa conhecer
as técnicas do stand up, apenas noções de alonga-
mento e flexibilidade.
Acro Yoga: companheirismo e confiança
Por ser divertida, a Acro Yoga tem conquistado
o mundo com praticantes de todas as idades e
culturas. A modalidade, que mistura elemen-
tos de acrobacia e massagem Thai, tem como
principal característica os movimentos fluidos
de postura em um ritmo constante como uma
dança. A terapeuta psicocorporal e fundadora do
método no Brasil, Elaine Lilli, explica que esses
movimentos são executados a partir de dois ou
mais integrantes. “Ela é perfeita para quem busca
atividade interativa. Outra diferença em rela-
ção ao Yoga tradicional é que são desenvolvidas
práticas acrobáticas aéreas em base móvel. Isso
potencializa capacidades físicas como equilíbrio,
força, flexibilidade e recursos emocionais como
coragem, ousadia e entrega”, ressalta.
Tudo isso chamou a atenção da coordenadora de
marketing Maria Beatriz Neves Vieira da Costa,
31 anos, que há quatro optou pela Acro Yoga, bus-
cando uma maior exigência física. “O principal
benefício foi o desenvolvimento da consciência
corporal. Quando você está suspenso, é preciso
ter domínio do corpo para não cair ou atrapalhar
o parceiro. Outro fator importante é o ganho de
confiança, tanto no outro quanto em si mesmo”,
analisa. O empresário Marcelo Ferreira, 38 anos,
pratica a modalidade há dois. “Ganhei fortale-
cimento muscular, equilíbrio e concentração.
Minha percepção corporal também está bem
melhor”, relata.
Existem evidências de que as práticas de Acro
Yoga começaram em 1938, na Índia, através do
guru Krishnamacharya. A partir dos anos 80
e 90, a técnica chegou a países como Estados
Unidos, Japão, Portugal, Espanha e Brasil. Elaine
fundou o primeiro grupo em São Paulo e vem de-
senvolvendo a modalidade desde 2004. Nas aulas,
com duração de uma hora e meia a duas, os alunos
desenvolvem práticas de posturas em duplas, ele-
mentos acrobáticos, inversões e séries em duplas
ou mais pessoas, com aquecimento, aprendizado,
aperfeiçoamento, execução e relaxamento.
Pessoas que apresentam boas condições de saúde
física e com um condicionamento físico básico
podem praticá-la. “É fundamental ter orientação
e supervisão de um professor formado, porque é
uma modalidade com técnicas complexas e pelas
manobras radicais podem ocorrer acidentes e
lesões. O professor tem como avaliar e sugerir as
técnicas mais adequadas dependendo do estágio e
condições físicas”, explica Elaine.
OXFORD PORCELANAS 61
 DECOR AÇÃO

ECOLOGICAMENTE
charmosas
Construções feitas com containers permitem uma infinidade de
configurações, adaptando-se as mais variadas exigências, de residências
a espaços comerciais, com vantagens sedutoras em relação à alvenaria:
sustentabilidade, rapidez na execução e baixo custo

POR FRANCINE MIRELE DA SILVA

COM VISTA PARA

A CORDILHEIRA
Nos arredores de
Santiago, no Chile, o
desafio do arquiteto
Sebastián Irarrázaval foi
projetar uma casa tão
deslumbrante quanto sua
vista: a Cordilheira dos
Andes. Como matéria-
prima foram utilizados 12
containers de diferentes
tamanhos, que deram vida
aos 350 m² da residência
de um colecionador de
arte e sua família.

62 COLETIVA MAG
Como o terreno é acidentado, os
containers foram posicionados em
declive e com espaços entre eles,
aproveitando as correntes de ar e
a iluminação natural. Embora não
mantenha a aparência natural dos
containers, a estrutura foi revestida
com aço corten avermelhado, que
ganha aparência de envelhecido ao
longo do tempo.
Em um ambiente contemporâneo,
preto, branco e vidro contrastam
com a espetacular vista das
montanhas, reservada até mesmo
para o quarto de banho, e formam
uma moldura perfeita.

Projeto: Sebastián Irarrázaval

Foto: Sergio Pirrone

OXFORD PORCELANAS 63
 DECOR AÇÃO
O Os containers tiveram os tamanhos padroniza-
dos na década de 60, revolucionando o transporte
marítimo. Desde então, essas enormes caixas
metálicas viajam pelos mares do mundo carre-
gando temperos, roupas, eletrodomésticos e tudo
o que se possa imaginar. Mas o que fazer com
eles depois de dez, quinze anos de uso, quando
não servem mais para o transporte de cargas?
Hotéis, vilas de estudantes, restaurantes, prédios,
conjuntos habitacionais e até mesmo casas de
altíssimo padrão.
A ideia de habitar containers surgiu na Europa,
mas há muitos anos ganhou força também nos
Estados Unidos, Ásia e aos poucos se espalha por
todo o mundo. No Brasil, muitos já são utilizados
como espaços comerciais e as primeiras residên-
cias feitas com containers já saíram do papel,
causando um misto de espanto e curiosidade. Isso
porque o brasileiro é bastante conservador quan-
do o assunto é construção civil. “Cada novidade,
64 COLETIVA MAG
HOSTEL SUPERESTILOSO
Inspirados no jogo russo Tetris, que encaixa
blocos coloridos, os arquitetos Karin Nisiide
e Carlos Salamanca construíram, em Foz do
Iguaçu (PR), um hostel lúdico de 500 m², com
70 leitos, usando 15 containers.
mesmo que já consagrada em outros países, pode
demorar anos para ser aceita”, explica o arquiteto
Danilo Corbas, que construiu a própria casa com
containers.
Os containers são fáceis de serem modificados,
recebendo portas e janelas onde for necessário.
Depois de adaptados ao projeto, são colocados no
terreno. É como brincar de lego: um módulo se
encaixa no outro, pelas laterais ou sobre o outro,
criando vãos livres que podem chegar a um terço
do seu comprimento.
Embora seja preciso investir em um bom isola-
mento térmico e acústico para garantir conforto,
a estimativa é que a economia chegue a 35% em
relação a uma casa de alvenaria do mesmo pa-
drão, pois as feitas com containers exigem muito
menos mão de obra e não necessitam de funda-
ção. O aspecto ecológico é outro atrativo, já que
gera menos resíduos e dispensa materiais como
madeira, tijolos, areia e cimento.
Quase todos os ambientes do hostel foram
executados em container, inclusive a piscina.
Os tetos dos containers que ficaram expostos
ganharam telhado verde, que ajuda na captação
da água da chuva que cai sobre ele, além de
ser uma alternativa ecológica para o conforto
termo-acústico.
A arquitetura de interiores remete ao industrial,
com tubulações e lâmpadas aparentes, uso de
cimento e madeira de reaproveitamento. Nessa
área, o forro de gesso iluminado não ocupa todo
o espaço, deixando assim a parte superior do
container aparente.
Assim como os containers, o mobiliário também
ganhou muitas cores vibrantes.
O pé-direito duplo da recepção foi feito em
estrutura metálica e fechado com as sobras
dos outros containers, para obter o máximo
reaproveitamento de todos os materiais,
gerando uma obra mais sustentável. As grandes
aberturas em vidro garantem uma iluminação
natural eficiente.

Projeto: Karin Nisiide e Carlos Salamanca

Foto: Agostinho Ramos

OXFORD PORCELANAS 65
 DECOR AÇÃO

MINHA CASA CONTAINER

Em 2011, o arquiteto Danilo Corbas construiu
a primeira casa container habitada no Brasil:
a sua própria residência. Utilizando quatro
containers e com uma área de 165 m², ela
ficou pronta em seis meses e ganhou uma
linguagem bruta, industrial, porém sofisticada.
Em forma de H, a casa ganhou volumetria. 

66 COLETIVA MAG
 Os grandes painéis de vidro ajudam na iluminação do ambiente,
gerando uma grande economia de energia elétrica. Ao fundo,
como revestimento, foram usadas placas cimentícias, dando
destaque aos objetos e elementos coloridos.
O piso em microcimento reforça a ideia da aparência industrial e
pela integração da sala de jantar e estar torna a leitura do ambiente
mais fácil, sem detalhes, brilhos ou texturas. A ausência de forro
deixa à vista a estrutura de containers do pavimento superior e a
placa de gesso acartonado abriga a iluminação em fitas de LED.

Projeto: Danilo Corbas

Foto: Plínio Dondon

OXFORD PORCELANAS 67
 INOVAÇÃO

A ARTE DE
encantar
O design moderno tem como desafio criar
produtos que surpreendam pela estética sem
deixar de lado a funcionalidade

POR ANDRÉA FISCHER

O que você analisa na hora de comprar um produto? Com certeza a beleza conta
muitos pontos, mas passada a emoção do contato inicial, outros fatores começam a
pesar na decisão de compra. Você irá se perguntar se é útil e prático de usar. Além de
Foto: Carpintaria Estúdio

despertar o encantamento, o design do século XXI busca satisfazer as necessidades

dos consumidores, aliando estética à funcionalidade. Seguindo este conceito, a Oxford
Porcelanas montou um setor especializado em Design e investiu em tecnologia indus-
trial para ampliar as possibilidades de criação, oferecendo novos produtos, formatos
que surpreendem e decorações inspiradas em tendências comportamentais.

68 COLETIVA MAG
Inspiração
As coleções da Oxford são resultado do trabalho constante
do setor de design. Designers com dedicação exclusiva ao
desenvolvimento de portfólio fazem pesquisas de tendência
na internet, em revistas e em importantes feiras nacio-
nais e internacionais. Algumas linhas também surgem de
viagens exploratórias, como a Floreal Luiza, inspirada nas
cores e formas das construções do centro histórico de São
Luís do Maranhão, e a Flamingo São Basílio, resultado de
um mergulho na cultura da cidade de Moscou, na Rússia.
Em sintonia com uma tendência de alimentação saudável
e detox, foram lançados os copos com receitas de sucos
funcionais aplicadas em seu interior.
Algumas linhas também são assinadas por famosos de-
signers e artistas plásticos. Entre os que já ilustraram o
catálogo da Oxford estão o brasileiro Marcelo Rosenbaum,
o chileno Enrique Rodríguez e o norte-americano Karim
Rashid, além do grafiteiro Rafael Sliks.
“Toda decoração desenvolvida pela Oxford resgata um mo-
mento, seja de uma cena de um filme, das tendências nos
holofotes das passarelas, de um registro de viagem, de uma
visita a um museu. São tantos aspectos da vida que podem
ser temas completamente inspiradores para um designer.
Além de uma estética agradável na decoração da mesa, ‘o
contar uma história’ faz toda diferença!”, afirma Cristiane
Leite Pereira, colaboradora da Oxford há 15 anos.

Tecnologia industrial
A inovação tecnológica é um importante diferencial da Ox-
ford e dá asas à criatividade que nasce no setor de design.
A produção de peças em ângulos retos, geométricas, só foi
possível com a aquisição de modernas máquinas de confor-
mação. Um dos modelos mais famosos é o Quartier, um dos
líderes de vendas.
Outro produto resultado de desenvolvimento tecnológico
são as travessas refratárias da linha Gourmet ao Forno. Um
dos desafios em sua produção foi criar uma massa de por-
celana que pudesse ir do frio ao quente, e vice-versa, sem
sofrer choques térmicos. Além disso, por se tratar de peça
que vai ao forno e esquenta muito, precisava de um design
que proporcionasse mais segurança durante o manuseio.
Assim nasceram as suas pegas diferenciadas, possíveis gra-
ças a uma máquina de conformação que consegue produzir
formas orgânicas.

OXFORD PORCELANAS 69
 FIM DE PAPO

DIVERSÃO NO PRATO
Quando o assunto é a alimentação infantil, nem sempre os pais estão satisfeitos
com o apetite e o comportamento dos filhos à mesa. Pensando nisso, a Oxford Porcelanas
desenvolveu uma linha de pratos com desenhos – coruja, avião ou dinossauro – para
estimular os pequenos a serem bons de garfo. A ideia é que cada espaço dos contornos seja
preenchido com um alimento diferente, deixando o prato colorido e irresistível. Use sua
criatividade e transforme as refeições de seu filho em uma saborosa e saudável brincadeira!

70 COLETIVA MAG
OXFORD PORCELANAS 71
 OXFORDPORCELANAS.
COM.BR/
WWW.

LOJA
E-SHOP

NO DIA A DIA
DO NOVO

LINHA DAILY
FLOREAL BILRO