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GABRIEL PIERNÉ
L’AN MIL
ÍNDICE
INTRODUÇÃ O......................................................................................................................................................... 4
Gabriel Pierné........................................................................................................................................................ 6
Vida e obra.......................................................................................................................................................... 6
L’AN 1000................................................................................................................................................................ 8
História................................................................................................................................................................. 8
Composição......................................................................................................................................................... 9
ANÁ LISE................................................................................................................................................................ 10
I- Miserere mei........................................................................................................................................... 10
II- Fête des Fous et de l’Ane.................................................................................................................... 21
III- Te deum laudamus…....................................................................................................................... 28
Conclusã o.............................................................................................................................................................. 37
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................................... 38
Web grafia............................................................................................................................................................. 38
ANEXOS.................................................................................................................................................................. 39
Alguns excertos de Partituras analisadas:1 and................................................................................. 39
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
INTRODUÇÃ O
mú sica B, e tem como foco a obra L’an Mil, de Gabriel Pierné (1863- 1937) e
respetiva aná lise temá tica e musical. Tematicamente, a obra está associada nã o só
execuçã o e aná lise interpretativa, como também a uma visã o sacra diferente pelo
temá ticas e, de que forma o compositor é influenciado pela sua singular visã o da
igreja. Esta aná lise também terá como por apoio vá rios excertos da obra L’an Mil,
que permitirá facilitar assim uma melhor aná lise da mesma., e onde serã o
L’an Mil, que, de alguma forma, contribuíram para o seu desenvolvimento. Esta
temá tica tem suscitado interesse por parte de outros investigadores, pelo que já
contextualizaçã o que terá por base a vida e obras do compositor em questã o, com
especial evidência na mú sica, O segundo capítulo desenvolve uma aná lise histó rica
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
GABRIEL PIERNÉ
VIDA E OBRA
cidade da Alsá cia- Lorena, em França. Filho de mú sicos, sendo o pai professor de
á rea da mú sica. Em 1871, a família muda-se para Paris por causa da liderança da
Foi neste ano que Gabriel Pierné começou e estudar no conservató rio de
Paris. Neste conservató rio, teve aulas com professores e compositores de grande
prestígio como, por exemplo, Marmontel para o piano, César Franck para o ó rgã o e
facto, a sua ligaçã o com Claude Debussy, com o qual teve uma amizade, teve
composiçã o e na direçã o.
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
assim continuará até 1934. No ano de 1914, Pierné, por encomenda, compõ e O
bailado Cydalise et le Chèvre-Pied. A ó pera de Paris recebeu esta obra com muito
Paris, eleito para ensino na Académie Des Beaux Arts, e mais tarde nomeado
que Gabriel Pierné nunca foi um revolucioná rio mas que assumiu um estilo
época e influenciados pelo cará ter da mú sica dos seus professores. De facto, sente-
melodias de Massenet.
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
L’AN 1000
HISTÓRIA
muito ocupado com toda a sua vida profissional. De facto, reconhece-se que como o
Já com foco na obra, esta é um poema sinfó nico dividida em três partes, com
um programa muito detalhado. Este, ao qual o tema foi sugerido pelo pintor Luc-
escrituras.
Esta obra foi estreada nos concertos Colonne, sob a direçã o de E.d. Colonne,
em 1898, e considera-se que foi um grande sucesso. Esta estreia fez subir o
cristã , o sucesso desta sua obra fez com que ele optasse por escrever mais algumas
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L’AN MIL, Gabriel Pierné
COMPOSIÇÃO
assumirem uma voz bem pró pria, têm muitas marcas de influências dos
Sente-se claramente que a obra L’an Mil faz continuidade à s obras religiosas
gregoriano cantados pelas vozes. Destes textos podemos observar o Dies Irae, o
Miserere mei e o Te Deum sã o muito contrastantes com a segunda parte do Fête des
Fous et de l’Âne.
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ANÁ LISE
I- MISERERE MEI
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1- Forma
Exposição:
Pierné, apresenta-se na forma de uma sonata clá ssica. De facto, como antes foi
andamento sonata.
que, nesta parte A, existem a apresentaçã o do tema principal, quase de cará ter
tema tem um cará ter idêntico ao de uma introduçã o e começa logo no início da
peça. Apresenta o tema principal na sua forma mais “pura” (sem variaçõ es
meló dicas ou harmó nicas) até ao nº 1. É a partir deste momento que o tema
É possível observar a ausência sú bita das marcas do tema principal, assim como
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alteraçõ es no caminho harmó nico da peça. Esta ponte é de grande duraçã o, quando
excertos de textura de “fanfarra”, o que muitas vezes é usado nas pontes como
considerado como mais importante, e que permite delimitar esta secçã o como
sendo a parte B, é a apresentaçã o de um novo tema. Este tema é muito mais lírico
(quer musicais, quer estilísticas) do que poderia ser a reexposiçã o no nº17, mas
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2- Harmonia
tema principal é apresentado sob diversos acordes: Sib menor, Mi Maior, Mib
Maior e menor, Fá menor, Solb Maior e Réb Maior (sendo estes referidos os mais
um caminho harmó nico por acordes mais complexos como, por exemplo, o acorde
Lá m Fá m Rém Sibm 14
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De facto, a primeira parte da ponte, em que ouvimos pela primeira vez o coro,
tem uma harmonia que transmite uma ideia de tranquilidade e de espiritualidade.
O compositor opta assim pela alternâ ncia entre o acorde de SolbM e Lá m, e Solb M
e Dó M, o que vai encontro do tal cará ter “divino”, intensificado pela textura sonora
coral.
SolbM Lá m SolbM Dó M
(A seguir, as vozes)
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Mim Fá # Mim Dó m
Este fragmento temá tico é escrito, mais uma vez, a partir de Mim, o que
representa, neste caso, um meio-tom descendente
LábM
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SibM
éebM
Dó #m Fá #M
Lá M
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Sibm F á - Dominante
Fá m (…)
Sibm
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Sibm
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3- Técnicas composicionais
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Pelos vá rios instrumentos
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Forma
1- Harmonia
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(continuaçã o)
Fá # Maior Lá Maior
(continuaçã o)
Fá Maior Lá Maior
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2- Técnicas composicionais
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As vozes entram com um elemento temá tico, que tinha já sido presente nas
cordas, e depois imitam, ironicamente, o grito do burro. No fim, repetem o tema
principal deste segundo andamento.
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1- Técnicas composicionais
andamento no qual o coro é mais presente, sendo esta principal em muitas das
fim do medo faz-se sentir na mú sica, na qual as vozes cantam alegoricamente, pelo
lentidã o. Cada motivo temá tico tem também um simbolismo. O ritmo sincopado
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musical puro.
uma viola solo toca um ”eco” do tema do primeiro andamento. Este é diferente do
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Um novo texto aparece no nº43 com uma mudança musical que representa,
assim, uma nova secçã o. Desde entã o, o texto nã o se resume apenas a “Alleluia” e
“Noel”. Assim,, o conteú do textual é: “Jesu benigne/ O Jesu/ Qui tenes claves mortis
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outros.
apresenta um cará ter muito mais barroco do que o restante da obra. Esta técnica
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rá pido ritmo harmó nico do baixo e todo um grande crescendo triunfal. Tudo isto, e
diferente, faz considerar toda esta parte seja considerada o clímax” do andamento
assim, o regresso ao primeiro tema. Aqui observa-se entã o uma reexposiçã o. Esta é
mais breve que a exposiçã o e conclui, num constante e gradual decrescendo, onde
tocado como que um “eco” pelo violoncelo solista, as vozes aclamam docemente
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2- Forma
Coda.
melodia, com novo texto, no considerado nº43. Esta primeira parte começa por
ao partir do nº43. Este novo tema é muito lírico e cantabile. Isto é uma das marcas
mais características do tema secundá rio de uma sonata. Depois, dá -se o começo do
já depois desta indicaçã o que começa o que pode ser considerado como que a
reexposiçã o. Porém, o que pode parecer uma reexposiçã o nã o é nada mais que uma
longa coda.
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CONCLUSÃ O
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BIBLIOGRAFIA
AA.Vv, Le Grand Robert des noms propes, Paris: Editions Le Robert, 1914
(consultado em 05/2018);
05/2018);
WEB GRAFIA
https://www.allmusic.com/artist/gabriel-piern%C3%A9-
IMSLP29312-PMLP65086-Pierne_-_l'an_mil_poeme_symphonique_avec_choeurs
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ANEXOS
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