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ELETRÔNICA INDUSTRIAL

INTRODUÇÃO À ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:

1. Definir o que é a eletrônica de potência;

2. Citar aplicações da eletrônica de potência e as vantagens do uso de chaves para o controle de potência

Elétrica;

3. Aprender o que são conversores estáticos de potência;

Introdução

A eletrônica de potência está presente atualmente e uma variedade muito grande de segmentos, tais como

plantas industriais, transmissão/distribuição de energia elétrica, áudio, carregadores para celulares,

computadores e automóveis.

Nesta aula, começaremos a conhecê-la em profundidade definindo o termo eletrônica de potência, enumerando

as vantagens do uso de chaves para controlar a potência elétrica, e os vários tipos de dispositivos

semicondutores empregados para tal.

Além de discutirmos a perda de potência em chaves não ideais e especificar os vários tipos de circuitos de

eletrônica de potência e as aplicações típicas desta.

1 Você sabe o que é eletrônica de potência?


Numa definição simples, podemos dizer que se trata do segmento multidisciplinar da Eletrônica voltado para o

controle e conversão de energia elétrica em altos níveis de potência, partindo de uma forma de tensão, corrente

ou potência disponível na entrada para uma forma dessas variáveis desejada na saída.

Algumas das aplicações da eletrônica de potência podem ser:

Carregadores de baterias;

Acionamento de motores elétricos;

Fontes de alimentação;

Transmissão de energia elétrica;

Amplificadores de áudio;

Mineração de alumínio;

Controle de iluminação (dimmer);

Solda elétrica.

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Para tal objetivo, utiliza-se de subsistemas denominados de conversores estáticos de energia.

Os conversores estáticos são circuitos compostos por dispositivos semicondutores empregados como chaves e

componentes passivos como resistores, capacitores e indutores, associados de forma a desempenhar as diversas

modalidades de conversão de energia.

Dependendo da conversão a ser efetuada, os conversores estáticos podem ser:

A razão para a utilização de chaves no controle de potência se deve ao fato de que, em termos ideais, as chaves

não apresentam perdas.

No circuito abaixo, vemos um potenciômetro controlando a energia fornecida à carga. É fácil inferir que, sempre

que a resistência do potenciômetro for ajustada para valores diferentes de zero, haverá uma parcela de potência

dissipada no potenciômetro, o que caracteriza perda. Quanto mais elevados forem os níveis de potência, mais

importantes se tornam as perdas.

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Se, por outro lado, empregarmos uma chave para o controle de potência, ao invés do potenciômetro, conforme

abaixo, veremos que não há perdas, pois, quando a chave está fechada (ligada), a queda de tensão é nula e, com a

chave aberta (desligada), a corrente será nula. Além disso, as chaves ideais são capazes de mudar de estado

instantaneamente, ou seja, o tempo de transição é igual a zero.

As chaves empregadas nos conversores estáticos são componentes semicondutores, tais como diodos,

retificadores controlados de silício (SCR), TRIACs, gate turn-off thyristor (GTO), insulated gate bipolar transistor

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(IGBT), transistor bipolar de junção (BJT), transistor de efeito de campo MOS (MOSFET), MOS controlled

thyristor.

Estes componentes não se comportam como chaves ideiais, ou seja, há perdas de potência associadas a

sua operação. As perdas podem ser:

Por condução

Diferentemente das chaves ideais, que quando ligadas, apresentam diferença de potencial nula em seus

terminais, as chaves semicondutoras apresentam uma pequena queda de tensão em seus terminais que,

especialmente se a corrente que atravessa a chave for elevada, leva perda de potência;

Por bloqueio

Quando desligada, a chave semicondutora apresenta uma corrente de fuga que, se não for desprezível, acarretará

em perdas nesse estado;

Por chaveamento

Devido ao fato das chaves semicondutoras não mudarem de estado instantaneamente, ocorrem perdas durante o

tempo em que transitam de desligado para ligado e vice-versa.

A quantificação dessas perdas através de equações será objeto de estudo quando estudarmos as chaves

semicondutoras.

Saiba mais
Aula de introdução à eletrônica de potência, do professor Leandro Michels, da Udesc;

O que vem na próxima aula


• Na próxima aula, iremos descrever as características e a operação do diodo comum e do diodo Schottky,
analisar circuitos com diodos, determinar as perdas no diodo, apresentar os principais valores máximos
nominais para diodos, descrever como testar e como proteger o diodo, e finalmente explicar como operar
diodos em série e em paralelo.

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CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu a eletrônica de potência, sua importância e possibilidades de aplicação;
• Atentou para as vantagens do controle de potência por chaves sobre os demais métodos e ainda foi
apresentado aos principais tipos de chaves semicondutoras;
• Aprendeu que as chaves semicondutoras, diferentemente das chaves ideais, introduzem perdas de
potência.

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