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Projeto Arquitetônico para

Engenharia Civil
.
Profa. Esp. Arq. e Urb. Nairama Barriga

C u rso d e Arq u itetu ra e Ur b an ismo


ILUMINAÇÃO NATURAL
Dimensionamento e tipologia de
aberturas
ILUMINAÇÃO NATURAL
Perfil:
Atuação com ética e responsabilidade socioambiental; proteção do equilíbrio do ambiente
natural e utilização racional dos recursos disponíveis.
Competências
As habilidades necessárias para conceber projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo
em todas as suas escalas e para realizar construções; considerando os fatores de custo, de
durabilidade, de manutenção e de especificações; considerando os regulamentos legais, as
políticas públicas e habitacionais, de modo a satisfazer as exigências culturais, econômicas,
estéticas, técnicas, ambientais, de segurança, de desempenho, ergonômicas e de
acessibilidade e mobilidade dos usuários.

Os conhecimentos especializados para o emprego adequado e econômico dos materiais de


construção e das técnicas e sistemas construtivos, para a definição de instalações e
equipamentos prediais, para a organização de obras e canteiros e para a implantação de
infraestrutura urbana.
Objetos de conhecimento
Artifícios de controle da luz natural e tipologias de aberturas laterais e zenitais
Características fundamentais da iluminação lateral e zenital
CORBELLA, O. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. Rio de janeiro: REVAN, 2003 , (apêndice 4).

GONÇALVES, Joana C. S.; VIANNA, Nelson S.; MOURA, Noberto C da S. Iluminação natural e artificial. Rio de Janeiro: Procel Edifica -
Eficiência Energética em Edificações, agosto/2011, (cap. 6).
ILUMINAÇÃO NATURAL

10% luz 20 a 35% luz

55% luz
ILUMINAÇÃO NATURAL

O que um bom projeto de iluminação


deveria englobar?

• Dimensionamento e forma das


aberturas

• sistema de iluminação artificial como


complemento

• conservação de energia elétrica

• diminuição do ganho de calor


ILUMINAÇÃO NATURAL

O conforto visual depende da luminância no campo visual

100.000 lux pode ser bastante agradável em uma paisagem


verde escura, mas pode ser intoleravelmente ofuscante em
uma areia de praia branca.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Modelos gráficos e matemáticos para dimensionamento


manual

NBR 15215-3 (ABNT, 2005) – Iluminação natural

Componente do Céu Componente Refletida Componente Refletida


Externa Interna

onde:
CIN - Contribuição de Iluminação Natural; CC – Componente Céu; CRE – Componente Refletida Externa; CRI –
Componente Refletida Interna; FM - Fator de Manutenção das superfícies internas; KT - Transmissividade do
vidro; KM - Fator de Manutenção dos vidros; KC - Fator de Caixilho.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Modelos gráficos e matemáticos para dimensionamento


manual

CIN também pode ser expresso pelo fator de ILUMINAÇÃO


NATURAL, ou seja:

onde:

EP – Iluminância num plano horizontal do ambiente interno;


EHext – Iluminância externa à sombra.
ILUMINAÇÃO NATURAL
EXERCÍCIO

A Contribuição da Iluminação Natural (CIN) é a razão entre


iluminância interna num ponto e externa, medidas simultaneamente.
Quando a iluminância do céu for de 16.000 lux e o nível de
iluminação no interior for de 200 lux, a CIN será de:
ILUMINAÇÃO NATURAL
EXERCÍCIO

A Contribuição da Iluminação Natural (CIN) é a razão entre


iluminância interna num ponto e externa, medidas simultaneamente.
Quando a iluminância do céu for de 16.000 lux e o nível de
iluminação no interior for de 200 lux, a CIN será de:

200 x 100
CIN =
16.000
CIN = 1,25% ou 12,5
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Maquetes em escala com medições


ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Programas computacionais

Software DIALux-Imagens em cores falsas


e renderização Fonte: www.dialux.com
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Programas computacionais

Permite a verificação e adequação:

- do dimensionamento e localização de aberturas;

- dos efeitos do uso de materiais, texturas e cores


na iluminância;

- da distribuição de luz.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Especificações das legislações, normas e regulamentos


em vigor.

• Normas brasileiras: NBR 15575:2013;

• Códigos de obras municipais;

• Regulamentação PROCEL/EDIFICA.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Especificações das legislações, normas e regulamentos


em vigor.

NBR 15575 (ABNT, 2013)


Edificações habitacionais — Desempenho

Item 13: Desempenho Lumínico - Requisito: Iluminação Natural

“Durante o dia, as dependências da edificação habitacional


listadas na tabela 4 devem receber iluminação natural
conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente,
através de recintos adjacentes.”
ILUMINAÇÃO NATURAL

Áreas de permanência Apenas com


prolongada Iluminação
natural
ILUMINAÇÃO NATURAL
Ou seja, 60% dos níveis mínimos exigidos pela
NBR 8995-1:2013 para iluminação artificial.

Este também é o índice recomendado por algumas normas européias.


ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

NBR 15575 (ABNT, 2013)


Edificações habitacionais — Desempenho
Premissas de projeto:

“Os requisitos de iluminância natural podem ser atendidos mediante


adequada disposição dos cômodos (arquitetura), correta orientação
geográfica da edificação, dimensionamento e posição das aberturas,
tipos de janelas e de envidraçamentos, rugosidade e cores dos
elementos (paredes, tetos, pisos etc.) ...

... A presença de taludes, muros, coberturas de garagens e outros


obstáculos do gênero não podem prejudicar os níveis mínimos de
iluminância especificados.”
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Códigos de obras municipais

Ambientes de permanência Ambientes de curta


prolongada: permanência:

Área abertura = Área piso / 6 Área abertura = Área piso / 8


ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Códigos de obras /
Regulamentação PROCEL-Edifica

“Ambientes residenciais sem elementos de proteção solar nas


aberturas com características consideradas padrão:
- abertura com 1/6 da área do piso;
- teto de alta refletância (80%);
- paredes com refletância média (60%);
- pisos de baixa refletância (30%); e
- profundidade limite do ambiente – até 2,5 vezes a altura da janela.

70% do ambiente com iluminação


natural em 70% das horas com luz
natural.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Qual a finalidade e como usar a ILUMINAÇÃO NATURAL?


• Manutenção de recursos naturais.
• Utilização de habilidade de projeto que envolvam
enfoques bioclimáticos, sombreamento e ventilação
natural.

Para isso, existem...


Estratégias que vão de simples a complexas soluções.
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Estratégias
ILUMINAÇÃO NATURAL
DIMENSIONAMENTO DE ABERTURAS:

Estratégias
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

LATERAL ZENITAL
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

Desuniformidade na distribuição no ambiente.


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

Desuniformidade na distribuição no ambiente.


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

A iluminação natural lateral é viável até uma profundidade de 2 à


2,5 vezes a altura da verga H (BROWN e DEKAY, 2004).
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

A iluminação natural lateral é viável até uma profundidade de


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

Prateleiras de luz:

- Auxilia no controle e distribuição da luz


difusa, além da redução do ofuscamento.
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação LATERAL:

Prateleiras de Luz: Protegem principalmente as zonas próximas


a abertura da luz solar direta, melhorando a distribuição da luz.
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL

Maior uniformidade de distribuição da luz natural em relação a


Iluminação lateral.

Locais profundos e
espaços contínuos;

Cuidado com carga


térmica e luminância.

Dificuldade de
Manutenção.
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL
Deve ter área de abertura máxima de 10% da área do piso.
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO
NATURAL:
Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - LANTERNIM
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - SHED


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - SHED

• No caso do
BRASIL, a
melhor
orientação é a
Sul.
ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - CLARABÓIA


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - ÁTRIO


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

Iluminação ZENITAL: Tipos de abertura - DOMUS


ILUMINAÇÃO NATURAL
SISTEMAS DE ABERTURAS PARA ILUMINAÇÃO NATURAL:

No caso da captura
de luz solar difusa
(céu coberto), uma
abertura horizontal
alta (luz zenital)
proporciona uma
melhor captura de
luz difusa no
espaço.
ILUMINAÇÃO NATURAL
PREOCUPAÇÃO COM A ILUMINAÇÃO NATURAL NAS
ETAPAS DE PROJETO
PARTIDO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Caracterização do edifício

• Imprescindível definir os
• Alternativas básicas relativas à luz
objetivos da iluminação natural
do dia
• Importância relativa da luz do dia
• Projetos de referência
• Que espaços poderão se valer
• Estudos da trajetória do sol e
dela?
mascaramentos
• Que conforto pode ser esperado?
• Distribuição e “profundidade”
• Com relação ao controle da
das plantas
insolação e da própria luz
• Cuidados com sombreamentos
• Qual o potencial de economia?
ILUMINAÇÃO NATURAL
PREOCUPAÇÃO COM A ILUMINAÇÃO NATURAL NAS
ETAPAS DE PROJETO

ESTUDO PRELIMINAR ANTEPROJETO E EXECUTIVO

• Janelas garantirão iluminação • Refinamento dos pontos referidos


adequada?
• Integração entre sistemas de
• Proteções solares são iluminação
exequíveis?
• Acabamentos que evitem
• Sistemas de controle são ofuscamento e contribuam com
eficazes do ponto de vista a distribuição da luz
luminoso e térmico?
• Orientações das janelas favoráveis
ILUMINAÇÃO NATURAL
SITUAÇÃO PROBLEMA: Observe as imagens
ILUMINAÇÃO NATURAL
1. QUESTÃO:
O correto aproveitamento da luz natural possibilita a redução do
consumo de energia. Para que este objetivo seja atingido em
edificações situadas nos trópicos, pode-se afirmar que
I – a clarabóia permite boa iluminação natural, com baixo consumo;
II – o uso de cobertura em shed é eficiente nas altas, médias e baixas
latitudes;
III – bandejas de luz (light-shelves) reduzem o uso de luz artificial em
ambientes de grande profundidade;
IV – o lanternim é uma opção eficiente para a entrada de luz natural
e ventilação;
V – a adoção de fachada de vidro é justificável somente em cidades
de altas latitudes.
São corretas apenas as afirmações:
ILUMINAÇÃO NATURAL
1. QUESTÃO:
O correto aproveitamento da luz natural possibilita a redução do
consumo de energia. Para que este objetivo seja atingido em
edificações situadas nos trópicos, pode-se afirmar que
I – a clarabóia permite boa iluminação natural, com ALTO consumo;
II – o uso de cobertura em shed é eficiente nas altas, médias e baixas
latitudes;
III – bandejas de luz (light-shelves) reduzem o uso de luz artificial em
ambientes de grande profundidade;
IV – o lanternim é uma opção eficiente para a entrada de luz natural
e ventilação;
V – a adoção de fachada de vidro é justificável somente em cidades
de altas latitudes.
São corretas apenas as afirmações:
ILUMINAÇÃO NATURAL
2. QUESTÃO:
Um estudo de iluminação natural em ambientes internos feito pelo Comitê Brasileiro
de Construção Civil mostra vários caminhos através dos quais a luz natural pode
alcançar um ponto no interior de uma edificação.

A figura acima distingue três caminhos básicos resultantes da divisão do fluxo


luminoso admitido em três componentes. Tais caminhos, I, II e III, correspondem
respectivamente às componentes:

a) do céu; refletida externa; refletida interna.


b) da declinação solar de inverno; da declinação solar de verão; da declinação solar
de outono.
c) do aquecimento direto; do aquecimento refletido; do aquecimento indireto.
d) transmitida direta; transmitida passiva; transmitida difusa.
e) de captação direta; de captação indireta; de captação múltipla.
ILUMINAÇÃO NATURAL
2. QUESTÃO:
Um estudo de iluminação natural em ambientes internos feito pelo Comitê Brasileiro
de Construção Civil mostra vários caminhos através dos quais a luz natural pode
alcançar um ponto no interior de uma edificação.

A figura acima distingue três caminhos básicos resultantes da divisão do fluxo


luminoso admitido em três componentes. Tais caminhos, I, II e III, correspondem
respectivamente às componentes:

a) do céu; refletida externa; refletida interna.


b) da declinação solar de inverno; da declinação solar de verão; da declinação solar
de outono.
c) do aquecimento direto; do aquecimento refletido; do aquecimento indireto.
d) transmitida direta; transmitida passiva; transmitida difusa.
e) de captação direta; de captação indireta; de captação múltipla.
ILUMINAÇÃO NATURAL
3. QUESTÃO:

A Contribuição da Iluminação Natural (CIN) é a razão entre iluminância


interna num ponto e externa, medidas simultaneamente. Descubra qual a
quantidade de iliminância obrigatória do ambiente, uma vez que a
Contribuição da iluminação natural foi de 5% e a iluminância do céu for de
20.000.
ILUMINAÇÃO NATURAL
3. QUESTÃO:

A Contribuição da Iluminação Natural (CIN) é a razão entre iluminância


interna num ponto e externa, medidas simultaneamente. Descubra qual a
quantidade de iliminância obrigatória do ambiente, uma vez que a
Contribuição da iluminação natural foi de 1,5% e a iluminância do céu for de
20.000.

Ep
0,015=
20.000
Ep = 300 lux

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