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Módulo 1 - Introdução
Neste modelo de negócios possibilitado pela Cloud Computing, a Internet passa a ser
o cérebro das operações e atividades das empresas, permitindo que novas
capacidades sejam entregues como serviço pela rede, sem necessidade de aumento
de infra-estrutura e com pagamento atrelado ao uso feito pelos usuários. Dessa
forma, a web torna-se o grande centro de armazenamento e gestão de recursos
variados, uma complexa rede de sistemas hoje instalada fisicamente em milhares de
servidores e computadores de usuários.
Apontado por muitos especialistas como uma evolução natural do que vem sendo
desenvolvido no setor de TI nas últimas décadas, o novo formato proposto pela
Cloud Computing mantém uma linha tênue entre conceitos, tendências e recursos já
trabalhados na área de tecnologia e outros mais recentes, como Software como
Serviço, ASP (Application Service Provider), Virtualização, Utility Computing e Grid
Computing, que serão explicitados no Módulo 2 deste curso.
Dessa forma, a Computação em Nuvem pode ser entendida como uma reunião de
conceitos, agora apresentados sob uma nova dinâmica, uma reorganização do
modus operandi, que promete mudar gradativamente a forma e a entrega da
computação nos próximos anos, incluindo a transferência de infra-estrutura
tecnológica para terceiros e um processo de remuneração que pode ser comparado
ao que se pratica hoje no pagamento mensal de contas de energia, água ou gás.
Por outro lado, essas mudanças não reduzem as responsabilidades dos profissionais
de TI das corporações. A despeito dessas alterações, funções como prover
segurança, tempo de resposta, níveis de serviço, mudança de cultura e
disponibilidade permanecem intocadas na lista de suas preocupações.
Mudanças à vista
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para se adequarem à nova realidade, passando obrigatoriamente por fatores como a
necessidade de elevar o nível dos serviços oferecidos aos seus consumidores.
Assim, o que vislumbra um cenário propício e promissor para a Cloud Computing não
é apenas a possibilidade de reduzir os investimentos em recursos tecnológicos, mas
também, o entendimento de que esses recursos poderão ser utilizados de maneira
mais eficiente no negócio principal dessas organizações. Esse pensamento é
impulsionado pela provável ampliação de recursos de ponta a uma parcela maior de
usuários, a melhoria dos serviços oferecidos, a redução de equipamentos e
capacidades ociosas de computação nas empresas e a idéia de que os
departamentos de Tecnologia da Informação poderão migrar dos aspectos
puramente técnicos de hoje para se tornarem uma fonte geradora de importantes
ferramentas e soluções para o crescimento das corporações.
Segundo os defensores do conceito, tudo isso, e muito mais, será possível com a
Computação em Nuvem, e é justamente nessas bases que a propaganda da Cloud
Computing se apóia. Resta saber se todos os investimentos em pesquisa, o contexto
favorável e todo esse interesse inicial despertado pela idéia serão capazes de
transformar essa tendência em realidade, juntamente com todas as suas promessas.
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Cloud Computing
Virtualização
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Diversas empresas vêm apostando na Virtualização como uma forma de amenizar a
extrema fragmentação de suas infra-estruturas tecnológicas, que demandam muito
espaço físico e consomem altos índices de energia, com o trabalho de uma série de
servidores independentes e muitas vezes ociosos. Geralmente, empresas montam
infra-estruturas preparadas para suportar momentos de pico de utilização. Assim, ao
mesmo tempo em que existem máquinas rodando 100% de sua potência, há outros
servidores utilizando apenas 10% a 15% de sua capacidade máxima, o que gera
desperdício.
Grid Computing
A Grid Computing tem origem nas soluções desenvolvidas para dar continuidade às
pesquisas acadêmicas na década de 90. Esses estudos exigiam o processamento de
grandes quantidades de dados, como cálculos, mas encontravam sérias barreiras nas
verbas escassas para custear o equipamento necessário para que o trabalho fosse
executado. Hoje, essa tecnologia já é colocada em prática por companhias de
diversos segmentos, que aproveitam a capacidade ociosa de algumas máquinas para
ampliar as possibilidades de atuação de seus equipamentos.
Utility Computing
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Dentro do panorama de conceitos e idéias que vem se desenhando no mercado de
Tecnologia da Informação, a Utility Computing é mais uma peça-chave entre as
novidades difundidas recentemente no setor. Em um modelo que poderia ser
traduzido como Computação de Utilidade Pública e classificado como Computação
sob Demanda, o usuário tem a possibilidade de contratar software, hardware e
serviços conforme sua necessidade de utilização e em função de fatores como picos,
quedas e conforme o período de uso. Nesse formato, o processo se assemelha ao
modo de comercialização de serviços como o fornecimento de água, luz ou telefone.
Dessa forma, a idéia da Utility Computing é que o usuário, seja ele uma empresa ou
um indivíduo, possa utilizar software como quem abre uma torneira ou acende a luz,
concentrando sua atenção em apenas fazer uso dos recursos de computação,
enquanto os fornecedores se ocupam dos investimentos para viabilizar uma infra-
estrutura que permita a disponibilidade e ao mesmo tempo, a qualidade dos serviços
que chegam ao consumidor da tecnologia em questão.
Cloud Computing
Módulo 3 – Benefícios
Neste módulo, trabalharemos mais a fundo algumas das vantagens que as soluções
baseadas na Cloud Computing prometem trazer para a área de Tecnologia da
Informação, especialmente para a cadeia de usuários corporativos desse mercado.
Ao mesmo tempo em que suas estruturas de tecnologia migram para uma base
virtual suportada por contratos de serviços, em detrimento da compra de aplicativos,
sistemas e programas, as empresas podem utilizar esses recursos de acordo com a
sua demanda, pagando apenas por aquilo que consumirem. Isso também favorece a
realização de projetos específicos, que nos modelos anteriores eram mais difíceis de
serem desenvolvidos, já que dependiam muitas vezes de investimentos de alto
custo, impraticáveis para as verbas reduzidas de muitas áreas de TI ou mesmo por
seu custo-benefício no conjunto de operações das corporações. Com a Cloud
Computing, essa opção torna-se viável, pois as soluções de ponta estarão disponíveis
a preços e formas mais compatíveis com a realidade econômica das organizações.
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Redução de custos de TI
Aliado ao pagamento por serviços conforme a demanda, outro fator que contribuirá
para a economia dos usuários será a ausência de custos com manutenção,
atualização, licenças e suporte, que hoje concentram uma fatia considerável das
verbas destinadas às áreas de Tecnologia da Informação nas empresas. No cenário
da Cloud Computing, essa verba poderá ser redirecionada para outros fins, abrindo
uma nova gama de possibilidades para as corporações.
Um dos pontos que a Cloud Computing deve favorecer é uma maior agilidade na
escalabilidade da infra-estrutura das empresas, que poderão aumentar e diminuir
suas capacidades de computação sempre que for oportuno, de forma imediata e
rápida, sem que para isso tenham que prejudicar suas operações ou efetuar a troca
de equipamentos, máquinas e componentes. Paralelamente, a nuvem também
auxiliará na determinação por parte dos profissionais de TI da estrutura mínima de
recursos tecnológicos para que as empresas mantenham seus negócios.
Para os usuários, outro benefício será a facilidade para trabalhar a partir de qualquer
local com os dados abrigados nas nuvens da Cloud Computing, já que os dispositivos
de acesso à Internet estão em franco desenvolvimento, assim como seus aplicativos
e ferramentas. Deste modo, muitas das operações das empresas, especialmente as
externas, ganharão em agilidade e rapidez, otimizando o tempo dos profissionais,
aumentando sua produtividade e melhorando o atendimento aos clientes dessas
companhias.
Uma das oportunidades que a Cloud Computing deve abrir para os fornecedores é o
ganho de escala em termos de clientes. Se antes eles desenvolviam pacotes de
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produtos e sistemas extremamente caros para uma pequena parcela de usuários, a
nuvem possibilitará a oferta desses recursos de ponta, por meio de serviços, a um
número maior de consumidores, em especial, as pequenas e médias empresas, que
passarão a ter acesso mais fácil a tecnologias sofisticadas. Se bem trabalhada, essa
base potencial de clientes poderá ampliar o mercado desses fornecedores e
conseqüentemente, elevar sua participação dentro de seus respectivos segmentos.
Outro ponto que deve ser explorado por essas empresas fabricantes é aproveitar o
formato para desenvolver novos negócios e aplicativos que estabeleçam um
diferencial para suas operações no mercado, assim como o investimento na melhoria
dos serviços ofertados aos usuários.
Cloud Computing
O tema vem despertando a curiosidade dos profissionais de TI, cada vez mais ávidos
por soluções que permitam aliar o gerenciamento integrado e o armazenamento de
dados com a redução de custos e a necessidade constante de aplicar recursos que
acompanhem o crescimento econômico de suas empresas.
A Cloud Computing é vista como uma possível resposta para essas demandas por
grande parte dos analistas, mas encontra suas ressalvas em outras frentes, que
vêem na supervalorização desse conceito uma certa dose de exagero, já que suas
promessas ainda contam com poucos exemplos práticos e suas implicações ainda
não são totalmente conhecidas, ou mesmo não encontraram alternativas
satisfatórias para serem solucionadas.
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Outros profissionais e especialistas também entendem que toda a movimentação e a
discussão em torno da Computação em Nuvem encontram suas raízes mais atreladas
a ações de marketing do que propriamente às novidades que o conceito pode trazer,
visto que os recursos destacados pelos defensores da idéia já são oferecidos – em
maior ou menor grau – por algumas tendências de mercado, como a terceirização de
infra-estrutura de TI ou mesmo de áreas de negócios, o chamado Business Process
Outsourcing (BPO).
Mudança na infra-estrutura de TI
Redução de pessoal
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Alguns estudiosos mais alarmistas chegam mesmo a prever a extinção das áreas de
TI em muitas empresas nos próximos anos e a migração dos profissionais para as
fabricantes de tecnologia, que não terão condição de absorver todo esse contingente.
Assim, o principal desafio para os profissionais das áreas de TI será encontrar novas
formas de atuação e novas maneiras de mostrarem-se úteis dentro do organograma
da empresa, o que exigirá mudanças de foco e direcionamento, como veremos a
seguir.
Para se sustentar e se sobressair nessa nova etapa em que a tecnologia deve estar
inserida, o profissional vai ter que se reciclar, adquirindo conhecimentos mais
abrangentes para desempenhar um papel menos técnico e mais estratégico nas
empresas. O padrão atual de funcionário dos departamentos de TI, onde a maioria
das iniciativas das iniciativas acaba se voltando para as soluções ligadas à
manutenção, promete ficar obsoleto.
Os indivíduos que souberem fazer essa transição do padrão técnico de hoje para o
perfil de negócios do profissional de TI da Cloud Computing sairão na frente e irão
ganhar muitas posições nessa corrida.
Cloud Computing
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termos operacionais como no que se refere aos trâmites burocráticos, especialmente
na formalização da nova relação com seus clientes.
Mudança de mentalidade
Legado de infra-estrutura
Segurança e confiabilidade
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obrigatoriamente que desenvolver meios eficazes para garantir a máxima proteção e
a confidencialidade desses data centers virtuais, evitando um vazamento de
informações extremamente prejudicial para seus clientes.
Juntamente com a segurança, o conhecimento detalhado por parte dos usuários dos
trâmites operacionais e da forma como o sistema é disponibilizado pelos
fornecedores será essencial para que esse cliente estabeleça uma relação de
confiança com seus prestadores de serviços. Um passo importante para conquistar
esse nível de parceria é garantir que o usuário em questão tenha ferramentas para
controlar quem terá acesso aos dados da companhia nessa estrutura terceirizada.
Além de ser uma condição básica para os negócios, a qualidade dos serviços
prestados deve ganhar ainda mais peso, já que a relação fornecedor-cliente será
regida por um contrato de nível de serviço, que estabelecerá regras e até multas se
alguma promessa não for cumprida satisfatoriamente.
Cloud Computing
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Neste módulo nós iremos destacar algumas das soluções formatadas dentro da Cloud
Computing ou próximas daquilo que o conceito promete como modelo de entrega de
serviços de tecnologia.
Aplicativos de escritório
Em termos de soluções que podem ser aplicadas nas rotinas de trabalho das
organizações, a oferta de serviços baseadas na proposta da Computação em Nuvem
vem crescendo nos últimos tempos, com a participação de empresas que, até então,
não atuavam com esse tipo de aplicativo.
O Google, que tem a raiz de seus serviços planta na Internet, criou o Google Apps
Premier Edition, um pacote de serviços com formato definido para concorrer com o
pacote Office, da Microsoft, e com demais alternativas baseadas em código aberto.
Hospedado na web e com foco empresarial, o pacote conta com recursos como e-
mail com alta capacidade de armazenamento, comunicador instantâneo, agenda,
editor de textos, planilhas, “gerador” de sites, página web inicial que pode ser
customizada, proteção contra malwares, ferramentas de gerenciamento de TI e
implementação de políticas de compliance, além de suporte técnico por telefone,
suporte a acesso via Blackberry e garantia de 99,9% de disponibilidade por ano,
garantida por contrato.
Com a proposta, o Google espera conquistar uma boa recepção junto aos usuários
domésticos e repetir essa boa acolhida no mercado corporativo, seguindo a
tendência da Cloud Computing e apostando em fatores como o menor custo em
relação ao pacote Office, apesar de ainda não oferecer tantos recursos quanto o
concorrente da Microsoft.
A disputa pelos aplicativos deve aumentar nos próximos anos. Outra companhia de
peso que pretende brigar pelo mercado hoje dominado pela Microsoft é a IBM, com o
seu Lotus Simphony, um conjunto de ferramentas de escritório que também leva a
Internet um processador de texto e de planilhas, e um editor de apresentações.
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Nesse cenário, os sistemas de gestão empresarial (ERP, na sigla em inglês)
oferecidos por empresas como Oracle, SAP e Totvs, vêm desempenhando um papel
fundamental para centralizar esses dados, agilizar a atualização das informações e
facilitar o controle da empresa para a tomada de decisões.
A SAP, por sua vez, está trabalhando no Business ByDesign, suíte online de soluções
sob demanda que será direcionada para pequenas e médias empresas e vem
concentrando os esforços de desenvolvimento da companhia há mais de cinco anos.
A idéia inicial é de que a cobrança pelo serviço seja feita através do pagamento de
uma taxa mensal por usuário.
Todos esses recursos são ofertados no modelo de serviços e a cobrança por essas
tecnologias é feita por meio de taxas, que se assemelham ao pagamento de uma
assinatura por parte dos clientes.
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Com o objetivo de tornar seus serviços mais abrangentes, a Salesforce fechou uma
parceria com o Google, que possibilita a combinação de seus aplicativos de
Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente com os aplicativos do Google Apps.
O investimento em serviços de data center é mais uma tendência que caminha rumo
aos preceitos estipulados na Computação em Nuvem. Muitas empresas estão
“alugando” parte da capacidade de seus poderosos centros de dados para usuários
que necessitam de potência extra de computação para viabilizar seus negócios. Do
mesmo modo, empresas como Tivit, EDS, IBM e Accenture têm se especializado cada
vez mais em não serem apenas provedores e integradores de infra-estrutura, mas
também de serviços agregados, como consultoria, gestão e desenvolvimento de
sistemas.
Contando com clientes como o jornal The New York Times e a National Geographic, a
empresa já oferece o serviço nos Estados Unidos e em países da Europa, e pode ser
utilizado em conjunto com outras aplicações em nuvem da Amazon, como o Simple
Storage Service (S3), que trabalha com o armazenamento de dados.
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programa original, o aplicativo conta com recursos de edição e tratamento, além de
permitir que os usuários armazenem e compartilhem suas fotos na rede.
Outra solução neste contexto é o Num Sum, aplicativo gratuito da TrimPath que
fornece recursos para a criação e o gerenciamento de planilhas eletrônicas, contando
com algumas ferramentas como cálculos, gráficos e formatação de células.
Cloud Computing
IBM
Uma das mais antigas companhias do mercado de tecnologia, a IBM vem abrindo
suas portas - e também seus cofres - para a Cloud Computing nos últimos anos,
construindo infra-estruturas para clientes e ao mesmo tempo, mantendo projetos em
seus ambientes de Computação em Nuvem. Os centros de dados da companhia
estão disponíveis para usuários de diferentes indústrias, como bancos,
telecomunicações, governo, educação e serviços de hosting. Entre as iniciativas da
empresa nessa direção o destaque é o Blue Cloud, conjunto de soluções de
hardware, software e serviços baseados na Internet.
Com o objetivo de incluir novas tecnologias e serviços que irão capacitá-la a oferecer
soluções em larga escala de Computação em Nuvem aos clientes, a IBM também
anunciou a construção de um novo data center cloud no Estado da Carolina do Norte,
Estados Unidos, com investimento previsto de US$ 360 milhões.
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Outra iniciativa de destaque da companhia em direção à nuvem computacional é o
centro de dados que será implementado em Tóquio, no Japão. O novo centro de
pesquisas atuará no fornecimento de serviços online sob demanda para empresas,
universidades e agências do governo.
Microsoft
A gigante de software Microsoft é mais uma das companhias que, aos poucos,
começa a enxergar a nuvem computacional com outros olhos, ao destinar parte de
seus recursos para desenvolver soluções nesse campo.
Essa modificação rumo ao conceito de nuvem fica mais clara quando se verifica que
a maior empresa de software do mundo está empenhada na construção de 20 novos
centros de dados da empresa, estrutura que abrigará aplicações formatadas e
disponibilizadas pela rede. O custo de cada data center está estimado em cerca de
US$ 500 milhões.
Juntamente com esses esforços, a Microsoft está realizando uma série de alianças
com pequenos e médios parceiros em todo o mundo, com o objetivo de estimular
pesquisas e inovações em soluções de computação que utilizem a web como ponto
central.
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construindo um novo centro de dados avaliado em US$ 600 milhões no distrito de
Bluffs, Estado de Iowa. Entre outros fins, o empreendimento se dedicará ao
desenvolvimento de serviços online.
Locaweb e Tivit
No data center que será instalado na capital paulista, cada unidade comportará entre
três e quatro mil servidores físicos, basicamente a mesma quantidade de
equipamentos disponível no atual centro de dados da companhia, que também passa
por reformas. O empreendimento terá capacidade de abrigar 100 mil servidores
físicos.
Quem também já aderiu à onda foi a EMC, com a criação de uma unidade de negócio
dedicada à Cloud Computing, fruto da aquisição da Pi Corporation, empresa de
gerenciamento de informações. A aposta da EMC é que, com o constante
crescimento da produção de dados, as corporações terão que mudar seus data
centers. Como não é possível fazer essa mudança diversas vezes em curtos períodos
de tempo, a virtualização e o conceito de Cloud Computing serão a resposta para as
barreiras encontradas.
Cloud Computing
Nuvens em alta
Defendida por muitos, criticada por poucos, e ainda não muito clara, mesmo para
muitos profissionais de tecnologia, a Cloud Computing descortina um horizonte
promissor, mas que ainda está cercado de interrogações e incertezas. O debate
sobre a sua viabilidade, suas possíveis aplicações e prováveis conseqüências vem
crescendo em todo o mundo, assim como os investimentos na direção desse conceito
e as iniciativas que podem transformar em realidade o que ainda hoje é uma
tendência sujeita a diversas interpretações. Tudo isso em um futuro bem próximo.
Com a previsão de que em 2012, 25% da TI das empresas serão entregues por meio
de modelos não tradicionais, o instituto de pesquisas Gartner, por exemplo, já
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alertou as empresas prestadoras de serviços e os CIOs para a necessidade de
avaliarem a Cloud Computing nas ofertas disponíveis aos seus clientes, ao lado de
modalidades como Infrastructure Utility, Software as a Service e Storage as a
Service.
Movimentação do mercado
Para Carl Claunch, analista do Gartner, os servidores, por exemplo, serão muito
diferentes daquilo que conhecemos atualmente. As próximas gerações de servidores
Blade devem deixar de ser centralizadas e cada vez mais modulares, com os projetos
inserindo componentes de rede, armazenamento, memória e funcionalidades de
softwares, distribuídas num mesmo suporte físico e melhorando desempenho.
Segundo Claunch, o que deve mudar é o compartilhamento e conexão de diferentes
memórias entre as diversas áreas dos centros de dados.
Nesse processo, a virtualização é uma ferramenta que deve ganhar fôlego nos
próximos anos, já que as empresas que estão investindo em seu parque de
servidores são atraídas pela capacidade de rodar com eficiência sistemas de gestão,
sem consumir recursos adicionais, o que abre uma oportunidade para introdução de
softwares que dividam a máquina física em estruturas virtuais. Esse provável
crescimento no número de servidores virtuais possibilitará o avanço da computação
suportada via Web, ampliando a capacidade de entrega de serviços de qualidade por
parte dos fornecedores e minimizando os custos desse processo para os mesmos.
Outro campo que deve ser beneficiado com a Cloud Computing e a comunicação
baseada na web é a questão da mobilidade. Como a idéia é ter tecnologia disponível,
em qualquer hora e qualquer lugar, os dispositivos móveis (celulares inteligentes,
notebooks e computadores de mão) terão um papel fundamental na disseminação do
conceito e por isso, deverão motivar pesquisas e inovações que permitam a
ampliação de utilização de seus respectivos recursos.
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A infra-estrutura de TI das empresas usuárias
Outra projeção feita por especialistas do setor será a crescente adoção de sistemas
híbridos pelos usuários, com parte das operações baseada em seus domínios e o
restante abrigado nos data centers de terceiros. Dentro dessa nova realidade, as
organizações deverão estar preparadas para gerir um ambiente de multisourcing,
expresso em uma combinação dinâmica de recursos internos e externos. Ao mesmo
tempo, será preciso ser mais criterioso para definir quais processos trarão mais
vantagens se forem terceirizados e o que deve ficar fora desse processo.
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