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FATORES DE RISCO AOS

MEIOS DE CONTRASTE
Profª Mariana Elisa
FATORES DE RISCO AOS MC
• Paciente com reação prévia ao MC
• Idade acima de 50 anos.
• Doença cardiovascular preexistente.
• Insuficiência renal prévia.
• Diabetes, Mieloma, hipertensão e
desidratação.
• Sexo feminino maior ocorrência do que no
masculino na relação de 2:1.
Condutas Prévias ao exame:
• Anamnese para detecção dos fatores de risco;
• Avaliar a real necessidade do exame e o
emprego MC;
• Informarem ao paciente a possibilidade de
aparecimento de reações adversas, e da
dificuldade de realização de testes;
• Avaliarem ou não o uso de pré-medicação.
Cuidados antes da Administração do
MC:
• Estabelecer procedimentos de informação do
paciente (Anamnese);
• Identificar os fatores de risco x benefício do
exame;
• Certificar-se da indicação precisa do meio de
contraste;
• Ter previamente determinada a conduta no
caso de complicações.
Condutas no caso de Reações
Adversas
• Leves: exige apenas observação. Não requer
tratamento medicamentoso
• Moderadas exige observação cuidadosa e
necessita de tratamento medicamentoso
• Severas ou graves: Exige atendimento
imediato geralmente exige Internação
Condutas no caso de Reações
Adversas
• Extravasamento cutâneo: no tratamento inicial deve-
se elevar a extremidade afetada acima do nível do
coração; aplicar gelo por 15 a 30 minutos (depois três
vezes ao dia em 1 a 3 dias consecutivos); é sinal de
perigo aumento do edema ou dor após as primeiras 2 a
4 horas, alteração da sensibilidade do membro,
ulceração da pele ou presença de bolhas.
• No caso de Urticárias: se leve não necessita
medicação se moderada uso de medicação
Condutas no caso de Reações
Adversas
• No caso de Bronco espasmo: se leve não necessita
medicação se moderada uso de medicação
• No caso de Edema Facial: se leve não necessita
medicação realizar avaliação das vias áreas (pode ser
necessário intubar)
• Equipamentos que devem estar na sala de exames:
Carrinho com todos os medicamentos necessários
em caso de emergência, ressuscitador, material para
intubação e Oxigênio puro.
Indicação de uso de Contraste Hiposmolar
(não iônico)
• Maior que 60 anos de idade.
• Apresentar asma brônquica ou rinite alérgica.
• Alergia medicamentosa ou a frutos do mar.
• Realizado quimioterapia ou radioterapia recentemente.
• Angina estável ou estenose aórtica grave.
• História de convulsões associadas a distúrbios vasculares cerebrais,
tumor ou abscesso.
• Pacientes que estão em choque.
• Presença de hipertensão arterial.
• Pacientes que apresentaram alterações ECG durante exposições
anteriores aos MC.
• Pacientes que não conseguem completar exame por que sentem
muita dor.
Condutas após administração dos MC
• Manter o acesso venoso permeável após a
injeção do meio de contraste visto que as
reações fatais ocorrem dentro de quinze
minutos após injeção do meio de contraste.
• Aliviar compressões abdominais se utilizadas e
elevar as pernas em caso de hipotensão;
Protocolos para prevenção das
reações adversas
• Pacientes Não enquadrados no grupo de
Risco: O exame contrastado poderá ser
realizado sem preparo especial
• Pacientes enquadrados no grupo de Risco: O
uso de medicamentos antialérgicos se faz
necessário antes da realização do exame.
Protocolos para prevenção das
reações adversas
• Pacientes em situações especiais:
• Propensos a Insuficiência Renal - hidratação
prévia e monitoração da função renal
• Com doenças cardiovasculares - evitar
contrastes com sais sódicos preferir os a base
de meglumina e monitorar com ECG.
Protocolos para prevenção das
reações adversas
• Pacientes de alto risco que necessitem de
exame radiológicos de urgência: 200mg
hidrocortisona, via EV, a chegada ao serviço e
repetir de 4 em 4 horas até terminar o exame.
50mg prometazina ou difenidramina 1 hora
antes do exame. Realização do exame em
ambiente hospitalar.
Protocolos para prevenção das
reações adversas
• Pacientes Crianças e Adolescentes:
• Pacientes não enquadrados no grupo de risco: o exame
poderá ser realizado sem preparo especial.
• Pacientes enquadrados no grupo de risco: seguir
rigorosamente as orientações médicas de preparo do
paciente, aumentar a observação ao surgimento de possíveis
reações adversas.
• Pacientes Grávidas Devido ao fato dos MC serem formados
por moléculas muito pequenas e que se difundem
rapidamente pelo espaço extra e intracelular pode ocorrer à
possibilidade do mesmo cruzar a barreira placentária e assim
entrar em contato direto com o feto. Portanto sempre que
possível evitar seu uso no 1º trimestre da gravidez.
Protocolos para prevenção das
reações adversas
• Pacientes Amamentando No período de
amamentação a mulher deve retirar o leite
antes do exame e armazenar. Durante um
período de 12h retirar e descartar. Uma vez
que a meia vida Biológica dos Meios de
Contraste gira em torno de 60 minutos
dependendo da quantidade num período de
12h não haverá mais vestígios no corpo da
mãe.
FLUOROSCOPIA
Profª Mariana Elisa
Histórico
• 1886-Thomas A. Edison inventou o
fluoroscópio . O fluoroscópio original possuía
uma tela de sulfeto de zinco-cádmio.
• 1941- William Chamberlains’s estudou a baixa
iluminação das telas de fluoroscopia.
• ANOS 50- Intensificador de imagem.
• A imagem gerada pela fonte de raios-X é
mostrada em tempo real em uma tela
fluorescente, que converte o padrão dos raios-
X deixando o paciente em um padrão de luz.
Histórico
• O fluoroscópio inventado por Edison era infinitamente
mais prático do que os demais aparelhos de raios-X.
• Tratava-se de uma caixa portátil de madeira, composta por
um visor numa das extremidades.
• E uma tela revestida de tungstênio de cálcio no fundo,
através da qual se podia observar o esqueleto em tempo
real, prescindindo da impressão da imagem.
• Os cientistas até então procuravam demonstrar a
simplicidade do aparelho de fluoroscopia e passar a ideia
de que devido a esta simplicidade qualquer pessoa
poderia examinar, por exemplo, sua própria mão.
Histórico
• Edison não chegou a patentear a sua invenção e
abandonou os planos de produzi-la em escala
industrial logo que suas suspeitas quanto aos
efeitos mortíferos dos raios-X se comprovaram.
• Isto ocorreu em 1902 quando seu assistente teve
que amputar sua mão para evitar que os efeitos
da radiação se espalhassem pelo seu corpo, o
que todavia foi em vão. Infelizmente já era tarde
demais, para muitos dos pioneiros no uso do
raio-X.
A Fluoroscopia na era Moderna
• Como vimos no inicio a intensidade da luz que o
equipamento produzia era diretamente proporcional
á intensidade do feixe de raios-X, o que gerava altas
doses.
• Hoje a Fluoroscopia apresenta-se bem mais segura,
isto devido ao uso do Intensificador de Imagem, que
converte os raios-X em luz visível, e assim diminui a
dose no paciente.
A Fluoroscopia na era Moderna
Radiologia X Fluoroscopia
• A Imagem Radiográfica é obtida pela projeção dos raios X que
atravessam o corpo a ser estudado, atingem as telas
intensificadoras ou Écrans (que transformam a radiação em
luz visível), e por fim registram no filme a imagem
radiográfica.
• Imagem Fluoroscopia a técnica da fluoroscopia produz uma
imagem contínua e instantânea que é especialmente útil para
guiar procedimentos, procurar através de uma seção do corpo
determinadas patologias e observar uma função dinâmica. A
imagem, nesse caso é registrada eletronicamente em vez de
num filme radiográfico. Podendo ser posteriormente
registrada também no filme radiográfico.
O que é mesmo a Fluoroscopia?
• É o exame que utiliza um sistema dinâmico
para captura das imagens. Que possibilita um
estudo em tempo real da estrutura de
interesse. Sendo está a principal diferença
entre um exame radiográfico comum
(radiografia) e um exame de Fluoroscopia.
• OBS: LEMBREM-SE a principal diferença
está no MODO DE AQUISIÇÃO DAS IMAGENS
EQUIPAMENTO DE RADIOGRAFIA x
FLUOROSCOPIA
• A radiografia convencional utiliza filmes
sensíveis aos raios-X e necessita do processo
de revelação para visualização das imagens.
• A fluoroscopia possui um sistema dinâmico de
aquisição de imagens, e estas são vistas em
tempo real durante o exame.
Então qual o componente principal que difere o
aparelho da Radiografia convencional do aparelho de
Fluoroscopia?
• É o Intensificador de Imagens!!!
E qual a importância do uso do
Intensificador de Imagens?
• Um exame fluoroscópio necessita de muitas
imagens e com o Intensificador se DIMINUI a
dose de radiação no paciente. Sendo está sua
principal função.
UNIDADE DE FLUOROSCOPIA
CONVENCIONAL - COMPONENTES:
• Válvula produtora dos
raios X localizada sob a
mesa de exames.
• Intensificador de imagem,
que se movimenta
verticalmente e um
televisor.
• Um compartimento porta
filmes de modo a permitir
o registro de imagens
sempre que necessário.
UNIDADE DE FLUOROSCOPIA CONVENCIONAL –
COMPONENTES PERIFÉRICOS:
• Os principais tipos de equipamentos periféricos utilizados
na fluoroscopia são:
• As Câmaras photo-spot: que gera a imagem em filme
fotográfico a partir da saída do intensificador de imagem.
Ainda podendo arquivar as mesmas durante o exame.
• Equipamentos spot-film: que são acoplados ao
intensificador de imagem e permitem aquisição de
imagens radiográficas em sistema tela-filme
pressionando um botão. Os equipamentos spot-film
produzem imagens convencionais tela-filme com uma
resolução melhor do que as imagens produzidas com
intensificador de imagem.
Fluoroscopia Digital
• A diferença para a convencional está no fato desta
possuir um SISTEMA COMPUTACIONAL acoplado ao
intensificador de imagens.
• Este sistema permite além da visualização em tempo
real com mais nitidez, a possibilidade de:
• Manipulação das imagens; envio das imagens para
análise simultânea; armazenamento no Driver do PC
ou em CD; impressão em filme com várias
possibilidades de formatação de imagens (4:1 / 6:1 /
12:1).
Fluoroscopia Digital - Equipamentos
• O Photo-spot digital: que são câmaras de TV
com um scan lento e de alta resolução, nas
quais o sinal é digitalizado e armazenado na
memória do computador. Ou podem utilizar
câmaras do tipo CCD que permite visualização
quase instantânea das imagens em um
monitor de vídeo.
VANTAGENS DA FLUOROSCOPIA
DIGITAL
• Não Necessita de Porta-filmes, as imagens são
capturadas sob a forma digital e exibida em
monitores de alta resolução, ou usada para
armazenamento e manipulação, conforme a
necessidade, podendo ser registrada em filme se
desejado, formatação com Múltiplas Imagens em
um Filme. Podendo ser colocadas quatro em um,
seis em um, nove em um ou mesmo 12 imagens
em um filme.
VANTAGENS DA FLUOROSCOPIA
DIGITAL
• O radiologista pode ainda interpretar o estudo
através de um monitor localizado na sala de
comando de exames, as imagens por fluoroscopia
digital podem ser trabalhadas e/ou manipuladas
com o uso de filtros especiais.
• Imagem estática e dinâmica com apenas um
sistema, imagens avaliadas em tempo real, para
checagem de qualidade, não é necessário deixar
o paciente para revelação do filme convencional.
VANTAGENS DA FLUOROSCOPIA
DIGITAL
• Redução da exposição do paciente em cerca
de 30 a 50%, se comparada com a
fluoroscopia convencional.
• Isto graças à grande sensibilidade dos
receptores de imagem, que utilizam processo
progressivo de aquisição de imagens. Essa é
uma consideração muito importante em
aplicações pediátricas.
PROTEÇÃO PROFISSIONAL PARA A
FLUOROSCOPIA
• O técnico assistente deve ficar atento para
que não fique próximo à mesa e nem em
nenhum dos lados do radiologista, por conta
da radiação espalhada.
• Aventais de proteção de chumbo devem
sempre ser usados durante o exame. Assim
como óculos com lentes com chumbo e
protetores de Tireóide além de luvas
plumbíferas.
PROTEÇÃO PROFISSIONAL PARA A
FLUOROSCOPIA
Atividade de Fixação
1. Quais os fatores de risco aos MC?
2. Quais condutas deve-se seguir antes da injeção dos MC?
3. Quais cuidados deve-se tomar antes da injeção dos MC?
4. O que fazer no caso de reações adversas?
5. Quais as indicações para utilizar o contraste não-iônico no
exame do paciente?
6. Quais condutas deve-se seguir após a injeção dos MC?
7. Quais os protocolos de prevenção antes da administração
dos MC? (para o grupo de risco e de exames de urgência).
8. Como se apresenta a fluoroscopia na era moderna?
9. Qual a diferença da Radiologia para a Fluoroscopia?
10. O que é fluoroscopia?
11. Qual a importância do intensificador de imagem na
Fluoroscopia?
12. Quais os componente do equipamento de
fluoroscopia convencional?
13. Para que serve o sistema computacional acoplado ao
intensificador de imagem na fluoroscopia digital?
14. Quais as vantagens da fluoroscopia digital?
15. Como deve ser a proteção do profissional de
radiologia na fluoroscopia?

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