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ESTUDO DIRIGIDO
Homicídio:
É a eliminação da vida extra-uterina de uma pessoa por outra. Alguns autores dizem
que é a eliminação injusta, ilegal, ilícita, porém estas expressões já estão implícitas
no tipo da primeira definição. A expressão “vida extra-uterina” –5 art. da CF garante
a vida – é utilizada para diferenciar o homicídio do aborto.
Art. 121 do cp
§ 5º perdão judicial
2. Objetividade jurídica
O médico ao retirar o coração de uma pessoa que teve morte cerebral, acaba
por cessar todas as atividades do corpo, tanto a respiratória e a circular. Esse
médico não cometeu homicídio, por mais que o fato seja típico (matar alguém), pois
agir em conformidade da lei (9.437/97), o fato é lícito.
3. Sujeitos do delito
4. Tipo Objetivo
O núcleo do tipo é indicado pelo verbo “matar”, que significa eliminar, ceifar,
tirar a vida de pessoa humana.
1. Conduta “disparar” de A em B à
2. resultado morte em B (3 – há nexo causal / 4 – tipicidade) ß Art. 121 CP
Homicídio privilegiado
Privilegiado - § 1º
Forma qualificada
Outra corrente diz que, se o nada (ausência) é fútil, é o mesmo que dizer que
a ausência de motivo é até mesmo torpe. Assim, o crime é visto como simples, a fim
de não desrespeitar a legalidade. Se não há motivo, não há o que se analisar.
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Qualificadoras
I – Torpe
II – Fútil
V – Conexão
IV – Surpresa
Homicídio híbrido
É a possibilidade de cumular uma forma privilegiada (subjetiva-motivação) ou
uma ou mais qualificadoras objetivas (meio ou modo de execução).
Ex: pai que mata estuprador da filha – agir por vingança é torpeza (qualificadora
subjetiva). Pode-se dizer, ainda, que o crime é privilegiado pelo relevante valor moral
e social. Porém, o crime não pode ser privilegiado e qualificado ao mesmo tempo,
pois se trata de elementos subjetivos e não há cumulação neste caso.
1) Autoria
2) Materialidade
4) Torpeza (subjetivo)
5) Surpresa (objetivo)
Primeiro são julgados os quesitos da defesa, para beneficiar o réu. Se o crime
é julgado como privilegiado (4 votos contra 3), o quesito 4, torpeza, não irá a
julgamento (já definiu o motivo do crime-subjetivo).
Infanticídio
Sujeito ativo
Sujeito ativo, somente a mãe. É crime próprio, unisubjetivo e que admite
concurso de agentes.
Sujeito passivo
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o
faça:
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Tipo objetivo
Tipo subjetivo
Tentativa
Tentar não justifica a ação penal, não se pune a tentativa de instigar, auxiliar
ou induzir o suicídio.
Pena
Aumento de pena
Se o crime é praticado por motivo egoístico (todo motivo que acarrete uma
vantagem para o agente, não necessariamente econômica), terá a pena duplicada.
Objetividade jurídica
Classificação
Aborto atípico
Aqui o aborto só pode ser realizado por médico, mais ninguém. O estado de
necessidade geral pode ser qualquer pessoa. No estado de necessidade geral é
requisito o perigo atual. O perigo atual não é necessário nesta excludente de ilicitude
específico do aborto.
Aborto necessário
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Real
Ficto
● Menor de 14 anos:
● Alienada: não tem compromisso com a realidade, não se confunde com
o rebaixamento mental.
● Débil mental: expressão antiga (parte especial do código) –
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, pessoa com o
rebaixamento mental
Resumindo
Autoaborto X Aborto com ou sem consentimento
Se o aborteiro quiser lesar ou matar a gestante, ele agirá com dolo e serão
aplicados os arts. 126 + 121. Não aplicar-se-á o art. 127.
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um
terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a
gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer
dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Liminar foi cassada: delicadeza do tema (decidido apenas por uma única
pessoa e órgão colegiado) e liminar satisfativa (após o aborto, não há mais interesse
– satisfaz a autora).
O julgamento demora, basta uma lei federal para definir este assunto. Porém,
o legislador tem receio de enfrentar questões polêmicas, deixando para o Judiciário
julgar casos concretos, criando uma jurisprudência sobre o assunto.
Fundamentos utilizados