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C I N E M A

Invenção e Linguagem

Prof. Dr. Roberto Elísio dos Santos


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Antecedente técnico: a Fotografia


Representação da realidade em imagens fixas obtidas por meio de reação
físico-química

Niepce (1826) – fixação de imagens fotográficas;


Daguerre (1835) – câmera fotográfica (daguerreótipo)

Fox Talbott (1840) – negativo (reprodução)


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Contexto histórico
Século XIX – MOVIMENTO

Revolução Industrial + Revolução Liberal

• Desenvolvimento científico e tecnológico

• Ascensão da burguesia industrial

CINEMA – Primeira manifestação artística criada pela burguesia


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Correspondência artística
Literatura – Realismo (França, 1857) – Madame Bovary, de
Gustave Flaubert
Artes plásticas – Impressionismo (rapidez, movimento, cor)

Correspondência com as idéias - Positivismo


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Precursores do Cinema
Étiene Jules Marey – médico francês, criador da
cronofotografia (1874) e do fuzil fotográfico
(1882), capaz de tirar 12 fotos por segundo.
Edward Muybridge – fotógrafo inglês que utilizou
múltiplas câmeras para capturar o movimento
de animais (1878) e inventou o zoopraxiscópio
(1879).
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Thomas Edison
O inventor e empresário norte-
americano Thomas Alva Edison,
criador do fonógrafo e da lâmpada
elétrica, interessou-se pelas imagens
em movimento e construiu o
cinetoscópio em 1892.

O aparelho era acionado por uma


alavanca, destravada quando se inseria
uma moeda em uma abertura, e
permitia a uma pessoa por vez assistir a
um filme curto. Thomas Edison
patenteou sua invenção e tornou-se
produtor e fornecedor de equipamentos
cinematográficos.
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Irmãos Lumière

Filhos de um pintor e fotógrafo, Louis e Auguste Lumière


possuíam uma fábrica de negativos fotográficos na cidade
de Lyon. Em 1895, inventaram o cinematógrafo, com o
qual filmaram e fizeram a primeira projeção pública de
cinema, no subsolo do Grand Café de Paris (28/12/1895).
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Georges Méliès
Mágico e empresário teatral francês,
Méliès assistiu às primeiras exibições
dos filmes realizados pelos Irmãos
Lumière e decidiu usar o cinema em
seus espetáculos.

Com o equipamento cinematográfico,


produziu “truques” utilizando máscaras
e edição. Em 1902, adaptou para o
cinema o livro Viagem à Lua, escrito
por Julio Verne, e deu início ao cinema
narrativo.
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A linguagem cinematográfica
• Jean Alexandre Louis Promio – cinegrafista francês
que trabalhou para os Irmãos Lumière, fez, em
1897, o primeiro travelling da história do cinema,
ao colocar sua câmera numa gôndola, em Veneza.
• Edwin S. Porter – cineasta norte-americano que
trabalhou para Thomas Edison. Em 1903, dirigiu O
grande roubo de trem, primeiro western e o primeiro
filme a mostrar uma imagem em
primeiro plano.
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David W. Griffith
Com experiência no teatro, Griffith ingressou no
cinema em 1907, trabalhando para a produtora
Biograph, para a qual realizou cerca de 500
filmes curtos de 1908 a 1914, ano em que
dirigiu o longa-metragem O nascimento de uma
nação. Ele desenvolveu a linguagem
cinematográfica ao usar ação paralela, close,
campo e contra-campo e criando a decupagem
clássica, que reforça o naturalismo fílmico.
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A ilusão de realidade
Icone (signo visual que apresenta
Imagem fotográfica semelhança com o objeto representado)
Índice (signo afetado pelo objeto que denota)

INDEXALIDADE

Impressão de realidade
CINEMA 2 operações básicas Filmagem (descontinuidade)
Montagem (continuidade)
Decupagem clássica “montagem invisível” (combinação de planos)

Ilusionismo – neutralização da descontinuidade


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Bibliografia
ARAÚJO, Inácio. Cinema – o mundo em movimento. São Paulo:
Scipione, 1995.
BROCHARD, Philippe; FOIRET, J. Os Irmãos Lumière e o Cinema.
São Paulo: Augustus, 1995.
COSTA, Antonio. Compreender o Cinema. Rio de Janeiro: Globo,
1987.
COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema: espetáculo, narração,
domesticação. São Paulo: Scritta, 1995.
SABADIN, Celso. Vocês ainda não ouviram nada: a barulhenta
história do cinema mudo. São Paulo: Lemos Editorial, 1997.
SANTOS, Roberto Elísio dos. Cinema: arte e documento. São
Paulo: Pueri Domus, 2002.
XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: a opacidade e a
transparência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
. D. W. Grffith – o nascimento do cinema. São Paulo: Brasiliense,
1984 (Encanto Radical, 59).

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