Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nome do Formando
O Homem e o Ambiente
Manual de Formação
Índice
Introdução.....................................................................................................................3
Ambiente ...................................................................................................................... 8
Principais problemas ambientais................................................................................... 9
1
A poluição e a saúde pública ...................................................................................... 11
Poluição sonora .......................................................................................................... 12
Poluição do ar | atmosférica ........................................................................................ 13
Poluição da água ........................................................................................................ 15
Poluição dos solos | resíduos...................................................................................... 16
Poluição Radioativa .................................................................................................... 17
A poluição e as florestas ............................................................................................. 19
Aquecimento global .................................................................................................... 21
As tecnologias verdes: custos e benefícios e as Novas fontes de energia e sua utilização 21
1. Energias renováveis: Biomassa............................................................................... 21
2. Energias renováveis: Geotérmica ............................................................................ 23
3. Energias renováveis: Hídrica ................................................................................... 25
4. Energias renováveis: Eólica .................................................................................... 25
5. Energias renováveis: Solar ...................................................................................... 26
6. Energias renováveis: Ondas e Marés ...................................................................... 27
7. Energias renováveis: Biogás ................................................................................... 27
Relação entre sociedade do consumo e sociedade sustentável: Comportamentos
favoráveis à preservação do ambiente........................................................................ 28
Protocolos e convenções internacionais do ambiente e do desenvolvimento sustentável 29
Metodologias .............................................................................................................. 33
Avaliação ....................................................................................................................33
Materiais utilizados. .................................................................................................... 35
Bibliografia | Webgrafia ............................................................................................... 54
2
Introdução
Quando, em 1995, a Comissão Europeia lançou o “Livro Branco” sobre a educação e a
formação, intitulou-o “Ensinar e Aprender / Rumo à Sociedade Cognitiva”. Título elucidativo
de uma conceção de futuro focalizada na apreensão da complexidade das sociedades
modernas e nas competências que os indivíduos deverão desenvolver para as
compreender e nelas intervir de modo consciente e transformador, utilizando
inteligentemente os recursos disponíveis e produzindo novas respostas. Compete à
educação e à formação a ingrata ao mesmo tempo que estimulante tarefa de
responder de forma adequada e eficaz a esse desafio.
O Mundo Atual surge inserido na componente de formação sociocultural dos currículos
de formação profissional, comportando as preocupações enunciadas acima. Isto é,
pensar no e sobre o Mundo Atual significa inscrevê-lo simultaneamente como objeto
de reflexão e como terreno de intervenção. Só a atitude reflexiva permite definir e
estabelecer os contornos de uma crítica certeira e construtiva que abra caminho para a
mudança através da ação/intervenção assumida e determinada. A sua inclusão nos
diferentes níveis da formação profissional visa precisamente dotar os indivíduos de
competências gerais de compreensão e análise, crítica e participação e intervenção
consciente e autónoma, quer enquanto membros de uma sociedade próxima, quer
enquanto cidadãos de um mundo ao mesmo tempo acessível e distante. Por outro
lado, embora inscrita nas competências globais atrás enunciadas, a relação com o
mundo do trabalho deve constituir um referencial visível, quer porque é esse um dos
claros objetivos da formação, quer pelos atuais contornos de que se reveste esse bem
fundamental do equilíbrio e da paz social – o trabalho.
4
O que é o Ecossistema?
Ecossistema é um conjunto de vidas que interagem entre si e entre a natureza, como
por exemplo, uma floresta e vários animais. Também fazem parte do ecossistema,
espécies sem vida (abióticas) como, por exemplo, minerais e seres vivos (bióticas)
como, por exemplo, os produtores, que produzem o seu próprio alimento como plantas,
os consumidores, aqueles que se alimentam de outros seres como todos os animais e
por último, os decompositores, organismos que se alimentam de outros organismos
como as bactérias. É bom ficar bem informado de que dentro desse ciclo, um precisa
do outro para sobreviver.
O homem como ser vivo faz parte da biosfera, interage com os outros seres vivos
mantendo relações ecológicas com eles, algumas vezes de forma harmónica, mas na
maioria das outras vezes de forma desarmónica, com isso causando constantes
prejuízos para a vida da biosfera em geral.
O homem moderno e civilizado é adaptado apenas para viver em sociedade e dentro
das cidades, ele consegue viajar e acampar temporariamente em quase todos os
lugares do planeta, mas já não se consegue adaptar à vida dos indígenas, tornou-se
impossível para o homem moderno voltar a viver nu na natureza. Cada ser vivo tem
um ambiente em que se adapta melhor e se o ecossistema em que ele vive
for modificado pelo homem, a sobrevivência desses seres vivos fica ameaçada porque
eles são dependentes desses ecossistemas que foram montados e organizados em
teias alimentares estabelecidas durante milhões de gerações que fizeram a história da
evolução genética dessas espécies.
Neste sentido, a UNESCO lançou, em 1971, o programa internacional "O Homem e a
Biosfera" para incentivar a cooperação entre os países no sentido de conhecer e
encontrar formas de evitar a degradação da biosfera.
A Preservação do Ambiente assume um papel cada vez mais importante na melhoria
da nossa qualidade de vida. Assim, todas as nossas atividades devem ser pensadas
em função da preservação ambiental.
O que é a Educação Ambiental?
Ambiente: O meio ambiente ou chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas
vivas e não-vivas da Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a
vida dos humanos.
Educação Ambiental tem como objetivo formar uma população mundial consciente e
preocupada com o ambiente e com os seus problemas, uma população que tenha os
conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de
compromisso que lhe permitam trabalhar individual e coletivamente na resolução das
5
dificuldades atuais e impedir que elas se apresentem de novo (Carta de Belgrado,
Colóquio sobre Educação Relativa ao Ambiente, Belgrado, 1975).
A Educação Ambiental é a consciencialização do ser humano em relação aos perigos
que afetam o meio ambiente. Educar significa transmitir, instruir, dar a conhecer …. Em
conjunto temos que contribuir para um ambiente e qualidade de vida sadia. Para isso é
necessário conhecer o que podemos ou não fazer para melhorar o meio em que
vivemos de forma a contribuirmos para a existência do nosso planeta.
Competências
As competências específicas marcam o percurso formativo, permitindo articular
objetivos, conteúdos/assuntos, estratégias e metodologias. A sua aquisição é, no
fundo, a resultante de um processo pedagógico/formativo que se pretende possa
conduzir a um “saber em ação” específico, articulado com um “saber em ação” geral
(porque constituinte de atitudes e comportamentos transversais a muitas atividades
humanas), legitimando assim, a existência de cada módulo como “unidade autónoma de
ensino/aprendizagem”.
No entanto, num programa que se apresenta com três graus de complexidade e de
exigência e com um conjunto algo heterogéneo de módulos por grau, verifica-se, por
vezes, que as chamadas competências gerais se tornam, em certa medida também
competências específicas, de tal modo neles se pretendem desenvolver “saberes em
uso” cujo exercício passa, por exemplo, pelo respeito pelas diferenças ou pela
tolerância ou, ainda, pelo exercício da cidadania. Noutros casos, as mesmas
competências ou semelhantes podem ser trabalhadas em módulos diferentes, embora
sempre integradas em conjuntos distintos, o que acontece, por exemplo, em módulos
que se centram em áreas afins do conhecimento. Surge ainda uma terceira situação
em que, a graus diferentes, são assinaladas competências semelhantes, sendo que,
nesses casos, o nível de desenvolvimento da competência é diferente. Por exemplo,
“identificar” é (qualitativamente) diferente de “analisar...”.
É ainda importante acentuar que se deve atribuir uma importância relevante a
competências que, não se encontrando explicitamente identificadas nos módulos, devem
“atravessar” todos os programas de formação. Por exemplo, o princípio de uma
autonomia progressiva, a capacidade de negociação, o recurso a novas tecnologias, a
promoção de uma auto-avaliação e autoaprendizagem ao longo da vida, a
comunicação em todas as suas formas, a flexibilidade, a capacidade de iniciativa, a
capacidade de lidar com o imprevisto, são princípios estruturantes de qualquer plano
de formação que pretenda formar cidadãos livres e intervenientes social e
profissionalmente. Todas estas competências surgem com maior ou menor evidência
6
(por
7
exemplo diluídas nas sugestões metodológicas) em todos os módulos e a sua
presença deve ser obrigatória no decurso do processo de ensino/aprendizagem:
Conteúdos a abordar
- Principais problemas ambientais relacionados com o ar; água; resíduos e o ruído A
poluição – Contaminação ou deterioração do ambiente com substâncias químicas,
lixo, fumo, ruído, etc. Tipos de poluição: do ar, da água, dos solos, luminosa e sonora;
- A poluição e a saúde pública: definição de saúde pública, a qualidade do ar e os
problemas de saúde, a escassez de água potável e a saúde, a poluição sonora e os
problemas auditivos e psicológicos, a poluição luminosa e o sono, a poluição e a
alimentação – dioxinas, fosfatos, metais pesados, comportamentos favoráveis à
preservação do ambiente com impacto na saúde pública;
- As tecnologias verdes: custos e benefícios: definir Tecnologia Verde, energias
renováveis, a aplicação das mesmas em Portugal, vantagens e desvantagens;
- Comportamentos favoráveis à preservação do ambiente: a eficiência energética e os
gestos que podemos adotar no dia-a-dia;
- Protocolos e Convenções internacionais no domínio do ambiente e do
desenvolvimento sustentável aplicáveis à tecnologia.
8
Ambiente
A Revolução Industrial teve lugar quando se iniciou a produção em massa de bens de
consumo em grandes unidades industriais e com recurso a máquinas a carvão e, mais
tarde, a petróleo, gás natural e eletricidade. Deste modo, a par do desenvolvimento da
tecnologia moderna, a produção de bens de consumo ficou muito facilitada. Na época
pré-industrial - isto é, antes da Revolução Industrial - não existiam comboios, carros,
aviões, luz elétrica, fábricas, telefones ou televisores.
Quanto mais nós produzimos e consumimos, mais afetamos o meio ambiente à nossa
volta. Durante os últimos 50 anos, pela primeira vez na história, temos testemunhado
sinais claros da influência do Homem no ambiente de todo o planeta; estamos a criar
problemas ambientais que não são apenas locais, mas também globais. Um dos
problemas ambientais à escala global prende-se com as alterações climáticas
induzidas pelo Homem, também conhecido por aquecimento global.
As alterações climáticas induzidas pelo Homem são o resultado na nossa emissão de
gases de efeito de estufa para a atmosfera. Estas emissões têm diversas origens,
incluindo as atividades industriais e agrícolas, que fornecem os mais variados bens de
consumo, as centrais energéticas, que produzem eletricidade, os carros e os aviões,
que nos permitem deslocações rápidas e confortáveis.
9
A ideia de desenvolvimento sustentável , pelo contrário defende que deveria haver
crescimento, mas de forma a que os recursos sejam recicláveis e não esgotados”.
Fonte: Giddens, Sociologia, pg 635)
Desenvolvimento Sustentável, significa que o crescimento deve ser conduzido, de
forma a reciclar os recursos físicos (em vez de os esgotar), de forma a manter os
níveis de poluição no mínimo possível, a pensar nas gerações futuras. É pensar, agir e
refletir sobre sustentabilidade do ambiente tal como o conhecemos. Em suma é utilizar
os recursos naturais eficientemente de forma que as gerações vindouras também os
possam usar.
Questão urbana:
- Ocupação urbana desordenada e sem planeamento;
- Desequilíbrio na relação entre população rural/urbana;
- Concentração da população próximo das áreas industriais e urbanas.
Questão ecológica:
- Perda da biodiversidade;
- Poluição do ar, do solo, da água;
- Assoreamento de rios e lagos;
- Aquecimento do planeta (mudanças climáticas);
- Chuva ácida;
- Desflorestação.
As chuvas ácidas formam-se pela combinação do dióxido de enxofre com o vapor de
água existente na atmosfera.
Causas:
- Poluição atmosférica;
- Indústrias e transportes;
- Emissões de enxofre;
- Queima de petróleo e carvão.
Consequências:
- Contaminação dos recursos hídricos;
- Contaminação dos ecossistemas terrestres;
- Desflorestação;
- Erosão dos solos;
- Erosão de edifícios urbanos;
10
- Provoca doenças do foro respiratório.
Questão económica:
- Intensificação do processo de industrialização com predominância de tecnologias
poluidoras e de baixa eficiência energética;
- Desperdício de matéria-prima, de água e de energia;
- Aumento do lixo (urbano, industrial, doméstico);
- Uso de agroquímicos na agricultura.
1- Água:
- Suprimento de água para consumo humano;
- Qualidade;
- Contaminação dos oceanos;
2. Ar:
- Poluição;
- Efeito estufa;
- R-Redução da camada de ozono;
3. Biodiversidade:
- Devastação dos recursos florestais;
- Aceleração do ritmo da extinção das
espécies. Disposição inadequada;
Geração Acelerada;
Esgotamento da capacidade dos aterros.
4. Energia:
- Redução do uso de energia por fontes não
renováveis; Desenvolvimento de fontes
alternativas de geração.
11
5. Resíduos:
Disposição
inadequada;
Geração Acelerada;
Esgotamento da capacidade dos aterros.
12
Poluição sonora
Consequências:
- Aumento da poluição atmosférica;
- Aumento da produção de resíduos;
- Diminuição da qualidade de vida da população;
- Aumento de doenças respiratórias;
- Aumento das situações de smog.
SMOG: Mistura de nevoeiro e fumos poluentes. Smoke + Fog = Smog
13
As consequências do smog assumem maior gravidade numa situação de inversão
térmica, em que a temperatura do ar junto ao solo é inferior à que se regista em
altitude. Nestes casos, o ar não ascende e provoca a concentração dos fumos junto à
superfície terrestre.
Poluição do ar | atmosférica
14
O efeito de estufa existe na Terra desde a formação da sua atmosfera. Está estudado
que na ausência de efeito de estufa natural a temperatura na Terra seria 33ºC mais
baixa.
15
Poluição da água
16
A indústria é o setor de atividade que mais polui a água. Com elevadas cargas
orgânicas, químicas e substâncias tóxicas e por isso extremamente venenosa, essa
água é lançada, direta ou indiretamente, nos rios, ribeiras, lagos e albufeiras. Provoca
graves desequilíbrios ecológicos, com a morte de muitas espécies aquáticas e
anfíbios. Por outro lado, infiltrando-se no solo, vai envenenar as águas subterrâneas,
que pode ter consequências para a saúde pública.
Se a poluição de um rio ou ribeira podem ser combatidos eficazmente em alguns anos,
as águas subterrâneas, que se renovam muito lentamente, podem manter-se
contaminadas durante dezenas ou mesmo centenas de anos.
As mudanças no clima causadas pelo aquecimento global, poderão afetar os padrões
de chuva existentes, alterando o acesso às reservas de água de modos pouco
previsíveis.
17
diversidade do tipo de resíduos e uma menor capacidade de se degradar na natureza,
pode ter consequências muito graves para o ambiente.
Segundo o estudo do Eurostat sobre o lixo (2007), em Portugal, cada um de nós gerou
472 kg de resíduos sólidos urbanos. A reciclagem, a incineração e a compostagem
são práticas ainda pouco frequentes entre os portugueses. 63% do lixo criado é
depositado em aterros sanitários, 19% é incinerado, 10% é alvo de compostagem e
apenas 8% é reciclado.
O estudo revela ainda que a República Checa (294 kg/pessoa), é o país com menor
quantidade de lixo produzido por pessoa e que a Dinamarca se destacou como maior
produtora de resíduos (801 kg/pessoa). Portugal situa-se a meio da tabela. A
Dinamarca, apesar de ser responsável por grande parte do lixo que, por ano, se
produz na UE, deposita apenas 5% dele em aterros sanitários. A preocupação com o
tratamento dos resíduos é clara, 53 % do lixo é incinerado, 24% é reciclado e
reaproveitado e 17% do lixo orgânico, através de um processo de compostagem, é
transformado em fertilizante.
A degradação dos solos é um processo no qual a qualidade da terra piora e os seus
valiosos elementos naturais são esgotados por serem utilizados de forma excessiva,
pelas secas ou por serem fertilizados inadequadamente. Os efeitos a longo prazo são
difíceis de reverter. A produtividade agrícola diminui e existe menos terra arável
disponível. A Desertificação: Degradação intensa da terra, que culmina em condições
semelhantes ao deserto.
Poluição Radioativa
19
genéticas, lesões nos órgãos. Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis
naturais de radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou
artificiais.
Substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo,
e que acompanham alguns materiais de interesse económico, como petróleo e
carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio
de atividades mineiras; Substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são
radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”.
A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da
Terra é muito grande, decorrente do declínio radioativo do urânio;
Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de:
indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações,
energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares.
Em síntese:
- A poluição sonora provoca: Surdez, problemas cardíacos e nervosos, insónia, estado
de fadiga.
- A poluição atmosférica aumenta as taxas de mortalidade por doenças pulmonares crónicas.
- O buraco do ozono na atmosfera tem consequências graves nos seres vivos, sendo
uma delas o aparecimento de cancro na pele.
Para que haja qualidade de vida e não se coloque a saúde em risco, é necessário que
o ambiente esteja protegido das agressões constantes do homem. Assim, é preciso,
entre outras medidas:
- Diminuir a quantidade de gases que se enviam para a atmosfera;
- Diminuir a quantidade de adubos, pesticidas e herbicidas que se usam na agricultura,
que poluem os solos e contaminam os lençóis de água;
- Proteger as águas, procurando tratar e despoluir os esgotos e as águas que vêm das fábricas;
- Cuidar os lixos domésticos e outros que degradam e poluem o ambiente;
- Reciclar e reutilizar o papel, o vidro, etc., utilizando-o no fabrico de outros objetos
em vez de o abandonar em lixeiras;
- Evitar o desperdício de água.
A poluição e as florestas
As florestas são um elemento essencial do ecossistema:
- Ajudam a regular as reservas de água;
- Libertam oxigénio para a atmosfera;
- Remoção do dióxido de carbono;
20
- Favorece as condições climáticas para que chova;
- Previnem a erosão do solo.
A desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais / destruição
das florestas. A desflorestação é diretamente causada pela ação do homem sobre a
natureza, principalmente devido a abates realizados pela indústria da madeira:
exploração comercial e construção de infraestruturas; abates para obtenção de solo:
cultivos agrícolas; habitação; turismo; indústria; incêndios; é uma grande ameaça para
a humanidade; é responsável pela destruição de ecossistemas; nos últimos dez anos,
catorze milhões de quilómetros quadrados de florestas (trinta vezes a superfície de
Espanha) transformaram-se em desertos e mais de trinta milhões de quilómetros
quadrados estão ameaçados.
Os custos ambientais da desflorestação incluem a erosão dos solos e as cheias:
quando estão intactas, as florestas têm a importante função de absorver e reciclar
muita água das chuvas. Uma vez desaparecidas as florestas, a chuva cai em cascata
pelas encostas provocando inundações e depois secas.
21
Uma das florestas mais cobiçadas. Porquê?
- Reserva de água potável;
- Possui madeiras exóticas;
- Subsolo muito rico em minérios;
- Grande biodiversidade, com espécies exóticas.
Aquecimento global
É o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra.
Fenómeno que ocorre desde meados do século XX, traduz-se no aumento gradual da
temperatura da superfície da Terra, causada pelo aumento dos níveis de dióxido de
carbono e outros gases na atmosfera.
As principais consequências do aquecimento global são: cheias, degelo dos glaciares,
propagação de doenças, temperaturas muito elevadas, aumento dos níveis das águas
dos oceanos, desertificação (avanço dos desertos), alteração das correntes marítimas
(frias/quentes) ou extinção gradual de todas as espécies.
22
Antártida: o continente mais cobiçado, porquê? Maior reserva de água doce do
planeta, grande influência sobre o clima mundial (regulador da temperatura na Terra);
possui grande diversidade e quantidade de recursos naturais (marinhos e minerais); e
possui um elevado valor económico.
23
O que fornece um sistema de calor a partir da Biomassa?
Calor de uma planta central pode ser distribuído para outros edifícios próximos para
aquecimento de água para calefação e serviço.
Vantagens comparativas a cada edifício:
- Maior eficiência
- Menores emissões
- Segurança
- Conforto
Desvantagens
- Altos custos iniciais
- Requer mais atenção do que plantas de combustível
fóssil Se cultivados de maneira sustentável:
- Produção reduzida líquida de gases de efeito estufa
- Baixo teor de enxofre que reduz as chuvas ácidas
- Diminuição das emissões de poluidores.
24
Os resíduos da limpeza das florestas representam uma importante fonte de energia
renovável. Assim, desde 1999 que opera em Portugal uma central dedicada à
produção de energia elétrica a partir de resíduos florestais que não tenham outra
aplicação além do aproveitamento energético. Tem uma potência elétrica de 9 MW e
consome cerca de 8,7 toneladas de resíduos florestais por hora ou cerca de 109.000
toneladas por ano deresíduos.
25
Em Reykjavik, capital da Islândia, cerca de 95% das casas são aquecidas por este
processo, sendo, por isso, considerada uma das cidades menos
poluídas do mundo. Em Portugal, o enquadramento dos
Açores junto da crista Médio Atlântica, na confluência
de três placas tectónicas: Americana, Africana e
Euroasiática proporciona uma intensa atividade
vulcânica com mais de três dezenas de erupções
vulcânicas históricas registadas, bem como outras
manifestações superficiais evidenciáveis da enorme
quantidade de energia endógena existente no subsolo
em muitos locais do arquipélago.
A primeira experiência na produção de energia elétrica
por via geotérmica teve o seu início no ano de 1980,
com a instalação da central geotérmica piloto, com uma
potência instalada de 3 MW, no Pico Vermelho em São
Miguel. Os locais identificados como prováveis
produtores de energia
geotérmica são as zonas entre Flamengos e Pedro Miguel, no Faial, e
Madalena/Candelária, Lagoa do Capitão e Lajes do Pico. Regra geral, em média a
temperatura aumenta 1ºC por cada 32m que se avança em profundidade na crusta
terrestre. Em zonas vulcânicas como é o caso dos Açores este gradiente térmico
chega a ser 5 vezes superior. Os seus reservatórios geotérmicos com interesse
ultrapassam os 200ºC.
Todas as ilhas açorianas, à exceção de Santa Maria, têm um grande potencial
geotérmico, suficiente para satisfazer as necessidades elétricas do arquipélago.
27
de água interrompendo pontualmente o fluxo de água nos rios. Ao restabelecer o fluxo
de água, através de uma queda de nível, acionam-se turbinas produzindo eletricidade.
A energia produzida através das barragens é um tipo de energia não poluente e
abundante, ao contrário de outros tipos de energia como, por exemplo, o carvão e o
petróleo. As barragens ajudam a garantir uma alimentação regular de água às centrais
hidroelétricas mas, muitas vezes com consequências terríveis: podem alagar
excelentes terras de cultivo, não podem ser construídas em qualquer lugar e têm
custos muito elevados, os ecossistemas aquáticos e os situados em locais de
construção de grandes barragens são afetados. Muitos dos efeitos não são
irreversíveis e a natureza com a contribuição humana acaba por encontrar novos
equilíbrios.
28
um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a
instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem. Tem ainda
impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos
desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração. E
outros dos impactos menos positivos é o impacto sonoro: o som do vento bate nas pás
produzindo um ruído constante (43dB(A)). As habitações mais próximas deverão estar,
no mínimo a 200 metros de distância.
29
6. Energias renováveis: Ondas e Marés
A energia disponível no mar é muito abundante. Os equipamentos para conversão
desta energia renovável em eletricidade ainda se encontram em desenvolvimento,
procurando melhorar o seu rendimento e a sua resistência ao ambiente marítimo.
Na Ilha do Pico, Açores, existe uma central com 400 kW, a primeira no Mundo a
produzir eletricidade a partir das ondas de uma forma regular. Na costa Portuguesa, já
foram testadas várias tecnologias e está em preparação a Zona Piloto ao largo de São
Pedro de Moel para acolher projetos de demonstração para aproveitamento da energia
das ondas.
Falámos tanto de energias renováveis, custos, benefícios, mas então o que são
energias não renováveis e porque que a aposta nelas devem ser cada vez menor?!?
Energias não renováveis são energias que se esgotam a ritmo muito mais rápido do
que o que homem poderá repor. A sua utilização gera muita poluição.
São exemplos, os combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás Natural.
O Gás Natural: é encontrado, geralmente, junto das reservas petrolíferas. É a mais
barato e menos poluente dos combustíveis fósseis, mas de mais difícil extração. O
Petróleo: é um combustível fóssil, produzido em algumas zonas do subsolo da Terra. É
a principal fonte de energia atual. É de fácil transporte, mas potencial causador de
desastres ambientais. E o carvão: é uma das fontes de energia mais abundante mas
também uma das mais poluentes.
30
Relação entre sociedade do consumo e sociedade sustentável:
Comportamentos favoráveis à preservação do ambiente
Educação ambiental: Formar cidadãos ativos que saibam identificar os problemas e
participar efetivamente na sua solução e prevenção. Que ajudem a conservar o nosso
património comum, natural e cultural. Que hajam, organizem-se e lutem por melhorias
que favoreçam a sobrevivência das gerações presentes e futuras da espécie humana
e de todas as espécies do planeta, em um mundo mais justo, saudável e agradável
que a atual.
Torna-se clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à
natureza, no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável,
com reflexos positivos evidentes na qualidade de vida dos cidadãos.
A Educação Ambiental constitui-se assim numa forma abrangente de educação dos
cidadãos, através de um processo que procura incutir no educando uma consciência
crítica sobre a problemática ambiental.
A reciclagem diz respeito a um conjunto de processos que permitem aproveitar
materiais usados sem utilidade para nós - resíduos – para fabricar produtos
completamente novos. Depois do lixo separado nos ecopontos: são recolhidos por
viaturas próprias e conduzidos até às estações de Triagem, onde são despejados em
passadeiras rolantes e várias pessoas de forma manual, vão fazendo uma separação
mais cuidadosa, no fim de corretamente separados vão entrar nos diferentes
processos de reciclagem.
Reciclar permite poupar matérias-primas, como o alumínio, o estanho, o petróleo, a
madeira e a areia. Para além disso, é melhor fabricar materiais a partir de objetos
reciclados do que a partir de matérias-primas, pois exige menos energia e menos
gastos de dinheiro. Quando está a reciclar, está a contribuir para a redução do
consumo de energia e para a preservação do ambiente.
Os resíduos para reciclagem são separados consoante os materiais de que são
feitos. Para os materiais secos recicláveis, existe uma padronização de cores para
os recipientes de recolha: Cor verde - Vidro
Cor amarela - Plástico e
Metais Cor azul - Papel e
Cartão
31
PAPELÃO: Jornais, listas telefónicas, folhetos de publicidade, Folhas de caderno,
revistas, folhas de rascunho, Papéis de embrulho, Caixas de papelão, Caixas de
brinquedos, Pacotes de leite.
PLASTICÃO: Garrafas plásticas e sacos, Tubos e canos, Frascos de champô,
Embalagens dos detergentes, Baldes e bacias, Restos de brinquedos
PILHÃO OU PILHÓMETRO: Pilhas, Baterias de máquinas fotográficas e outras
Atividade: E nós… O que podemos fazer? | 25 Ideias para poupar ambiente (e dinheiro) -
texto em anexo.
32
– sistema internacional com padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
– sistema administrativo flexível e capaz de autocorrigir-se.
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas devem ser
tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
1. limitação do crescimento populacional;
2. garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
3. preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
4. diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com
uso de fontes energéticas renováveis;
5. aumento da produção industrial nos países não-industrializados com
base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
6. controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;
7. atendimento das necessidades básicas (saúde, escola,
moradia). No âmbito internacional, as metas propostas são:
– Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
– Proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos, pela
comunidade internacional;
– Extinção das guerras;
– Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização
das Nações Unidas (ONU).
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de
uma empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente,
estendendo essa cultura a todos os níveis da organização, para que seja formalizado
um processo de identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente e
resulte na execução de um projeto que alie produção e preservação ambiental, com
uso de tecnologia adaptada a esse preceito.
Outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado de
desenvolvimento sustentável são: uso de novos materiais na construção;
reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais; aproveitamento e
consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
reciclagem de materiais reaproveitáveis; consumo racional de água e de alimentos;
redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de alimentos.
O Desenvolvimenro Sustentável tem seis aspectos prioritários que devem ser
entendidos como metas:
33
– a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação,
saúde, lazer, etc);
– a solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo
que elas tenham chance de viver);
– a participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da
necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe
para tal);
– a preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
– a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e
respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre
de populações oprimidas, como por exemplo os índios);
– a efetivação dos programas educativos.
O Desenvolvimento Sustentável é também um compromisso voluntário por parte da
população e requer convencimento e motivação. Trata-se de uma idéia mobilizadora,
da criação coletiva de uma utopia, com a plena consciência da dificuldade que isso
pressupõe.
Além disso, desenvolvimento sustentável introduz uma dimensão ética e política que
considere o desenvolvimento como um processo de mudança social, com conseqüente
democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição eqüitativa dos custos e
benefícios do desenvolvimento.
Desde meados da década de 1980 que se discutem mudanças climáticas globais na
esfera internacional. Tal processo resultou na realização da Conferência das Nações
Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD, realizada no Rio de
Janeiro em 1992, que gerou, entre outros documentos, a Convenção Quadro de
Mudanças Climáticas - CMC. Passados cinco anos, houve o estabelecimento do
Protocolo de Kyoto – PK - que, diferente da Convenção, estabeleceu normas mais
claras sobre a redução de emissões de gases de efeito estuda e metas a serem
atingidas por países que emitiram mais gases.
O protocolo é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução
da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a
maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em
11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de Março de 1999. Sendo que para este
entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das
emissões, o ratificassem.
Assim entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em
Novembro de 2004.
34
As metas de redução não são homogéneas a todos os países, colocando níveis
diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em desenvolvimento
(como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução.
Países como os EUA não assinam o protocolo, pois alegam que os países em vias de
desenvolvimento não tem metas obrigatórias de redução das emissões de gás
carbono para os países em desenvolvimento.
O protocolo de Quioto expirou em 2012, mas houve o compromisso da ONU e de
alguns governos para o delineamento de um novo acordo, com novas metas a serem
cumpridas após 2012.
O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas
ações básicas:
• Reformar os sectores de energia e transportes;
• Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
• Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
• Limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos sistemas energéticos;
• Proteger as florestas.
“ O mundo tem o suficiente para as necessidades de todos, mas não para a ganância
de todos.”
Mahatma Gandhi
Metodologias
Tal como o nome indica não se trata da imposição de determinado método, mas
apenas de elucidar um modo de dar coerência ao tratamento de determinados
assuntos, visando a aquisição de determinadas competências. Procurou-se dar para
cada módulo sugestões de trabalho e exemplificar alguma das etapas do método
preconizado com um exemplo de atividade.
Dada, no entanto, a heterogeneidade de módulos propostos, é também diversa a
forma de apresentação deste ponto. Pretende-se, com isso, diversificar ainda mais as
hipóteses para o formador, podendo, a partir da leitura de todos os módulos, encontrar
noutros, modalidades mais ajustadas à sua forma de trabalhar ou estímulos criativos
em que mais se reveja. Com esta diversidade pretende-se, pois, dotar o formador de
instrumentos metodológicos que,
35
ainda que não fazendo parte de um módulo determinado possa, no entanto, configurar
outras hipóteses a partir de elementos extraídos dos diferentes módulos.
Como princípios básicos, aponto os seguintes:
- As metodologias devem ser ativas, visando uma autonomia crescente por parte dos
formandos;
- O trabalho de projeto ou a resolução de problemas surgem como elementos
estruturantes dos processos ativos de aprendizagem;
- Devem diversificar-se as formas de abordagem dos conteúdos, quer através de
trabalho individual quer de grupo, recorrendo a técnicas de pesquisa, sem esquecer
processos de dinâmica de grupos que ajudem a desbloquear naturais resistências;
- É de valorizar a apresentação dos produtos obtidos, usando estratégias de
socialização dos mesmos.
Avaliação
A avaliação preconizada, independentemente das formas e modalidades
desenvolvidas, recobre, no entanto, algumas características comuns: incidir quer nos
processos quer nos produtos, como forma de evidenciar o caráter formativo da
avaliação em consonância com a progressão da aprendizagem; definir-se num quadro
de negociação variável, de acordo com os objetivos e os instrumentos requeridos, mas
valorizando sempre a dimensão negocial e crítica como sendo competências gerais a
adquirir pelos formandos; reforçar os aspetos de uma progressiva autonomia e
capacidade de decisão, características fundamentais à procura e seleção de
informação, necessárias num processo de formação ao longo da vida.
Os critérios para avaliação do progresso e da aprendizagem dos formandos resultam
das competências definidas.
O plano de avaliação deve refletir os diferentes estilos de aprendizagem dos
formandos, as diferentes formas de evidenciarem as suas aprendizagens e a natureza
das capacidades que vão ser avaliadas. A autoavaliação também deve ser
considerada.
Assim, a avaliação terá que incidir tanto nos processos de trabalho, como nos seus produtos.
A informação recolhida deve dizer respeito a conceitos, capacidades e estratégias de
ação, atitudes e valores.
A avaliação deverá ser contínua podendo incidir nos seguintes produtos: relatórios de
reflexão pessoal (resultantes, por exemplo da discussão de temas controversos ou das
simulações em torno de dilemas), trabalhos resultantes das atividades de resolução de
problemas que podem
36
ter suportes variados (informação recolhida e tratada, adequação das propostas de
intervenção, implementação das propostas e resultados obtidos), participação nas
discussões. A formadora pode adquirir informação de formas diversas:
1. Observar a forma como é organizado e planificado o trabalho (“Diário de bordo”, folha de
registo com os parâmetros de avaliação, ...);
2. Analisar a informação selecionada e/ou trabalhada;
3. Observar o desempenho dos formandos na concretização das diversas atividades
(expressão oral, argumentação, capacidade de ouvir os outros, respeito por opiniões
diferentes, interpretação e aplicação de conhecimentos, equacionar variáveis, );
4. Analisar os argumentos e as reflexões produzidas e a adequação das propostas de
intervenção (por exemplo: as ideias e opiniões apresentadas refletem a pesquisa
efetuada, são considerados pontos de vista diferentes, as propostas de ação são
exequíveis, as propostas de ação referem-se aos próprios ou apenas aos outros, ).
A definição dos parâmetros de avaliação e dos respetivos critérios deve ser negociada
com os formandos no início das atividades e sugere-se, ainda, a atribuição de pesos
diferentes para os produtos de avaliação de modo a tornar mais claro o modo como se
obtém a classificação final de cada formando.
37
Consciencialização e sensibilização ambiental
Afirmações:
2. Qual a tomada de posição face a esta, concordam, discordam, com base em argumentos.
Podemos mudar o
clima? Poluição
afasta a chuva
Na verdade, as radiosas esperanças de outrora de que poderíamos mudar o clima
para melhor deram lugar à sombria tomada de consciência de que só estamos a piorar
as coisas. É agora evidente que aquilo que os cientistas mais inteligentes do mundo
não podiam conseguir por projeto, as pessoas comuns estão em vias de concretizar
por acidente. Os seres humanos têm não só capacidade para alterar os padrões
climáticos à escala local, regional e global, como já o estão a fazer – de uma maneira
potencialmente catastrófica.
Vejam-se os milhares de milhões de toneladas de anídrico carbónico que são emitidas
todos os anos, no decurso da nossa vida quotidiana. Conduzir um automóvel, ligar
uma luz, trabalhar numa fábrica, adubar um campo, tudo isso contribui para a
crescente carga atmosférica de
38
gases que aprisionam o calor. A menos que comecemos a controlar as emissões de
CO2 e de compostos similares, as temperaturas médias globais vão, provavelmente,
subir entre 1 e 5 graus até ao final do século; mesmo a extremidade inferior desse
espectro pode causar muita confusão meteorológica. Entre outras coisas, quanto mais
elevada for a temperatura, mais rapidamente a humidade pode evaporar-se da
superfície da terra e condensar, sob a forma de gotas de chuvas nas nuvens,
aumentando substancialmente o risco tanto de secas como de chuvas torrenciais.
A atividade humana está a modificar a precipitação de outras maneiras dramáticas. As
imagens de satélites mostram que os aerossóis industriais – ácido sulfúrico e coisas
semelhantes – emitidas pelas siderurgias, refinarias de petróleo e centrais elétricas
estão a suprimir a precipitação nos grandes centros industriais.
Para refletir:
1. Quais pensam ser os principais problemas ambientais no nosso país?
2. Acham que estes problemas afetam os vários países do mundo?
3. De que modo a atividade humana pode provocar problemas ambientais? Que
exemplos conhecem?
4. Consideram que o cidadão comum pode dar um contributo na resolução desses
problemas? Como?
5. Que tipo de ações realizam no dia-a-dia para ajudar a resolver os problemas
ambientais? Por exemplo, costumam separar o lixo para reciclagem? Ou aproveitar as
folhas utilizadas apenas de um lado para rascunhos?
39
6. Consideram que o desenvolvimento económico é compatível com a qualidade do ambiente?
40
ele seja refletido de volta ao espaço. Isto faz com que a atmosfera da Terra se
aqueça, no que é conhecido como o efeito estufa. Em
41
apenas 200 anos, a concentração de dióxido de carbono em nossa atmosfera
aumentou em 30%.
42
43
44
45
46
47
48
49
RIBEIRO, Luís; TEIXEIRA, Clara; MORGADO, Manuel (2009), “25 Ideias para poupar o
Ambiente (e dinheiro…), in VISÃO Edição Especial Verde, pp. 132 – 146, Lisboa.
50
Ficha de Conhecimentos
51
De que energias renováveis ouviste falar? Escolha a que tu achas mais
importante continuar a implementar em Portugal e justifica a tua resposta.
Bom trabalho!
52
Bibliografia | Webgrafia
53