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amostrador.
No início de 1940, este ensaio foi introduzido no Brasil pelo Eng. Odair
Grillo através do IPT de São Paulo e, em 1945, o Eng. Milton Vargas apresentou o
(Teixeira, 1993).
bem como diferentes procedimentos foram adotados. Estes fatos causaram uma
ensaio SPT com outros parâmetros. Desta maneira, a sondagem passou por um
período de descrédito.
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A primeira tentativa de padronização se deve à Associação Paulista de
reconhecimento dos solos, a qual serviu como base para a MB 1211, atual NBR-
um valor de atrito lateral. Na verdade, não seria bem uma modificação, mas sim,
costuma aplicar uma torção à haste com uma ferramenta (chave de grifo, por
rotação do amostrador. Este valor poderia ser utilizado, por exemplo, na avaliação
T
fT (1)
40,5366 * h 17,4060
em que: f T = tensão de atrito lateral ( kgf/cm2 )
T= torque máximo ( cm.kgf )
h= penetração do amostrador ( cm )
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Para a dedução desta fórmula, Ranzini (1988) considerou uma variação
até uma tensão máxima na superfície lateral cilíndrica, passando pelo trecho
Esta fórmula foi corrigida depois de seis anos por Ranzini (1994), eq. ( 2 ).
O autor considerou então que a tensão de atrito lateral fosse constante, tanto na
face lateral do amostrador, como na abertura inferior. Isto porque entendeu que
a profundidade ( h ) de cravação.
> @
fT (2)
½
2S®R 2h h 0 R r 2R r r 3 ¾
1
¯ 3 ¿
em que: h= ( altura total de cravação do amostrador)
R= 2,54 cm ( raio externo do amostrador)
r= 1,905 cm ( raio mínimo da boca do amostrador )
h0= 1,90 cm ( altura do chanfro tronco-cônico)
Portanto:
T
fT (3)
40,5366h 3,1711
em que: “ f T ” em kgf/cm2, “T” em kgf.cm e “h” em cm
ou
T
fT (4)
41,336h 0,032
em que: “ f T “ em kPa, “T“ em kN.m e “h“ em m
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Após a sugestão de Ranzini (1988), no início da década de 90, alguns
capacidade-de-carga de fundações.
2*T
fT (5)
S * d2 * L
sendo: T = torque medido
d = diâmetro do amostrador
L = comprimento de cravação do amostrador
apresentam com coerência. Fatores como peso próprio das hastes, sucção, área
influenciado os resultados.
FIGURA 6 - Esquema de
carregamento (compressão e tração)
com atrito lateral e ponta agindo no
amostrador apud Lutenegger e
FIGURA 5 - Esquema do ensaio SPT-T
Kelley (1998)
apud Lutenegger e Kelley (1998)
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FIGURA 7 - Atrito lateral obtido através do SPT-T, do ensaio de tração e do
ensaio de compressão no amostrador apud Lutenegger e Kelley (1998)
mesmo:
vertical;
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O torquímetro deve ser utilizado na posição horizontal para não afetar na
medida do torque;
e limitações do SPT-T.
Vantagens:
Aferição do valor N;
execução;
Limitações:
Causa torção das hastes e rompimento das luvas em solos com índices de
Exige muito esforço físico dos operadores quando executados em solos que
elétrico são muito mais rápidos pois, enquanto um ensaio de SPT-T demora
um dia inteiro para realizar quinze metros, o outro demora em torno de duas
horas.
sedimentares, eq. (6), e residuais, eq. (7) . Cabe ressaltar que o N72 é o valor de N
para uma eficiência de cravação de 72%, que corresponde à média das energias
com os valores de N no SPT, como por exemplo, camadas de areia com alguns
Nesse mesmo ano, Decourt (1991) apresentou uma nova relação T/N para
os solos da bacia sedimentar de São Paulo, ao invés do 1,1, esse valor seria 1,2.
Assim, para um solo qualquer, com uma relação T/N qualquer, poderia se
obter um Neq, o qual corresponderia ao valor que uma sondagem SPT daria se,
Paulo, sendo esse um solo pouco estruturado e para o qual já foram estabelecidas
várias correlações.
tipos de solo:
x Solos terciários da bacia de São Paulo ( geral ): T = 1,2 N72. Valores não válidos
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abaixo do lençol freático com N72 maior que 20, T entre N72 e 0,5*N72
Neq
x Argilas moles ( sedimentos quaternários ): a relação N72 apresenta uma
tendem a possuir T/N maiores, o que está bem exemplificado em Decourt (1998),
Quadro 1:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T/N
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Comparando-se solos que estão abaixo do nível d’água e acima do mesmo,
nesse Quadro que a relação diminui para os solos abaixo do nível d’água.
que 2 é típico de solo colapsível e T/N em torno de 1,2 é típico de solo não-
colapsível. Essa conclusão foi modificada quando Decourt (1996) percebeu que
QUADRO 2 - T/N valores para areias finas, acima e abaixo do nível d’água
apud Decourt e Quaresma Filho (1994),
NÍVEL D´ÁGUA PROFUNDIDADE T/N T/N
(m) média para cada Média acima e abaixo
profundidade Nível d’água
Acima 1,00 0,97
2,00 1,07 1,02
3,00 0,64
4,00 0,42
Abaixo 5,00 0,69
6,00 0,74
7,00 0,70 0,71
8,00 1,08
9,00 0,78
10,00 0,65
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FIGURA 8 - Índice de Vazios (e), Índice de Colapsibilidade (C.I.) e T/N
apud DECOURT ( 1992 )
realizados em vários locais, onde estudou uma correlação entre o atrito lateral
fT = a + b*N (8)
obtém-se:
fT N ( solo sedimentar ) ( 10 )
16
fT N ( solo residual ) ( 11 )
10
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Comparando-se as eq. ( 10 ) e eq. ( 11 ) com aquelas mostradas no Quadro
uma boa concordância com as equações obtidas por Decourt e Quaresma Filho
universal.
S5 Argila silto-arenosa 1 a 52
Areia fina e média argilosa 90 0,09+N/18 N/17 N/13 a N/20
S6 Arg. org. siltosa pouco arenosa 0 a 30
Areia fina e média argilosa 47 0,13+N/25 N/20 N/10 a N/25
S7 Arg. org. siltosa pouco arenosa 0 a 21
Argila siltosa pouco arenosa 106 0,01+N/18 N/18 N/16 a N/22
R1 Silte arenoso pouco argiloso 7 a 33
29 0,19+N/18 N/10 N/11 a N/20
Residual
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